Monitoria-chefe





- Como vocês dois devem ter percebido; e os outros monitores também; o monitor-chefe ainda não foi nomeado. Eu conversei com o prof. Dumbledore, e ele foi de acordo que devido aos acontecimentos; (e como vocês sabem sobre o assassinato do Sr. Saunders) somente um monitor-chefe não daria conta de monitorar os horários mais complicados e monitorar os outros monitores. Pensando assim tomamos uma decisão.
Hermione faltava pular de tanta curiosidade; enquanto isso, Draco tentava imaginar sua vida de monitor-chefe. Teria mais poder, seria mais popular. Se ele já tinha grande parte das meninas aos seus pés, com a monitoria-chefe não haveria menina que resistiria. Menos, é claro, aquela ali ao seu lado; que pelo visto teria poder igual ao dele.
"Ridícula."
– Serão nomeados dois monitores-chefes, que já foram escolhidos. Serão os senhores: Srta. Granger e o Sr. Malfoy.
“Não! Isso não é possível! Não podem haver dois monitores! Eu não preciso do Malfoy para fazer tudo, eu dou conta! Era pra ser eu e só eu; e não eu e o mongol do Malfoy.” pensava Hermione revoltada.
- O Sr. e a Srta. terão de patrulhar juntos o último horário, monitorar os outros monitores e participarão de algumas reuniões com os professores caso haja necessidade. Como vocês sabem, o monitor-chefe possui seu próprio quarto. Como este ano serão dois monitores, fizemos alguns arranjos. O quarto de vocês dois está localizado no 5º andar e foi separado. Entretanto, vocês compartilharam do banheiro e da sala. Espero que isso não os incomodem; afinal foi tudo decidido de última hora.
Hermione agora ficara pálida. Ter que dividir banheiro e sala com um Malfoy... Isso não era legal. “Mas que saco! Nem sossego vou ter mais! É um absurdo ter que dividir o banheiro e a sala com ele.”
- E, antes de finalizar e os senhores retornarem para suas casas; como o prof. Dumbledore disse, esse ano haverá o baile de comemoração a Hogwarts, e os monitores-chefes deverão ir juntos. Sentarão na mesa, junto aos professores.
“Pronto, era só o que faltava! Não, não pode ser! Eu não vou ao baile com esse cretino! Ele não vai estragar essa festa, não vai!”
- Mas professora, os pares são escolhas pessoais dos alunos. – tentou Hermione.
- É. Eu não vou dançar com essa sangue-ruim. – reclamou Malfoy.
- Sr. Malfoy, não fale assim da Srta. Granger. Vocês irão juntos sim; afinal vocês estarão representando a escola, e como bons exemplos mostrarão aos alunos que a união está acima das opiniões pessoais ou de suas casas. – concluiu McGonagall. – Os senhores tem mais algo dizer? – perguntou a professora olhando para um Malfoy indiferente à situação, e uma Granger um tanto quanto zangada.
“Eu não acredito! Eu só posso ter sido uma bruxa muito ruim na minha última vida! Merlin não gosta de mim mesmo! Ter que dividir quarto, monitorar com ele, ir a reuniões com ele, ir ao baile - ao baile! - com ele! Que ódio! Como eu odeio ele. Quem foi a criatura que pôs essa coisa no mundo?”
- Como os senhores não se manifestaram eu dou isso como um não. Então nossa primeira reunião está encerrada. Aliás, arrumem suas coisas, pois amanhã os senhores se mudarão para seus novos aposentos. E, por favor, me entreguem seus distintivos de monitores; pois ganharam um novo de monitores-chefes. E boa noite. – encerrou, a professora.

***


- Deve estar feliz, né, Granger? Passar quase todos os dias ao lado do gostoso e gato do Malfoy. Pelo menos assim a tornará um pouco mais popular, né? – começou Malfoy, logo após eles terem saído da sala.
- Não enche, garoto! – respondeu Hermione ainda atordoada com tudo que ouvira.
- Viu? Nem consegue falar quando esta ao meu lado. - falou Malfoy, provocativo.
- Cala a boca, seu verme! – disse Hermione dando as costas e indo a direção de sua casa.
Já se afastando de Malfoy, Hermione o ouviu dizer:
– Quem olha assim; ninguém diz, que se agarra com qualquer um que tromba no meio do trem. Logo ela parara de andar e exclamara nervosa:
– O quê? – mas já era tarde demais, o loiro já havia se afastado o suficiente para não ouvir sua exclamação.
Hermione estava gelada e nem dera mais passos: parara completamente. Como ele podia saber, se ele estava no vagão dos monitores? A não ser que alguém contou para ele; afinal o menino com certeza ouvira Rony gritar seu nome. “Como você pode ser tão burra Hermione! Lógico que esse menino sabe que é você, só um surdo não ouviria Rony! E agora, o cretino do Malfoy sabe!” ao ver Hermione já tinha chegado ao quadro da mulher gorda.
- Leviosa.
O quadro se abriu e Hermione passou; ainda pensando no que faria para se livrar do maldito loiro. Não repara em seus amigos, Harry logo parara em frente a ela, fazendo-a trombar com ele.
- O Malfoy não te fez nada, não? – começou Harry.
- Hermione, o quê ela queria? – continuou Rony.
- Mione, você tá bem? – disse Gina, a única que percebera o estado emocional que a amiga estava e vira que algo além do que a Prof. Mcgonagall disse, mexeu com ela.
- Não, ele não me fez nada. E a prof. McGonagall realmente queria falar comigo; eu sou a nova monitora-chefe. – disse Hermione como se estivesse falando que tirara um “aceitável” em transfiguração.
- Sério? Que legal, Mione! Puxa! Mas você deveria estar pulando de felicidade, não? Parece que isso não era o que você queria... – falou Harry.
- Seria legal se eu fosse a única. – tentou continuar, mas Rony a interrompeu.
- Como assim? Só há um monitor-chefe!
- Nesse ano serão dois, eu e o... – respirou fundo. – Malfoy.
- O quê? Como assim? Você tem certeza? – quem perguntara agora era Gina.
- É por causa do que tem acontecido. Ela disse que um monitor-chefe não daria conta de tudo sozinho, pois ele teria que participar de reuniões, monitorar o ultimo horário, monitorar os monitores... – explicou Hermione. – E amanhã eu vou para o quarto de monitor-chefe.
- Mas, espera aí, – interrompeu, Harry. – só tem um quarto de monitor-chefe!
- Tinha só um quarto. Agora serão dois, porém eu ainda terei que dividir a sala e o banheiro com o idiota do Malfoy.
- E Malfoy não reclamou? Ele vai ter que dividir um banheiro com uma pessoa que não tem sangue puro, e ele não reclamou? – Rony achara estanho.
- Ele tentou Rony, mas McGonagall não deixou. – disse Hermione. – E ainda tem mais uma coisa.
- E ainda tem mais? - perguntou Rony já sentando, por não agüentar mais ficar em pé.
- Eu terei que ir ao baile com ele. – disse Hermione abaixando a cabeça, como quem já esta conformada com a notícia.
- O QUÊ?! MAS... – Rony tentou argumentar.
- Mas, Mione, isso realmente passou dos limites. Isso é uma escolha pessoal sua – falou Harry frizando a última parte.
- Eu sei; mas a McGonagall disse que nós estaremos representando a escola, e a união das casas e blábláblá... - concluiu Hermione. – Eu vou subir. Preciso arrumar minhas coisas, afinal amanhã eu me mudarei e ainda tenho que aceitar as notícias de hoje que não foram poucas.
Hermione foi para seu dormitório deixando para trás um Rony inconformado, um Harry pensativo e uma Gina curiosa.
- Mas ela seria meu par! – contestou Rony.
- Agora não é mais. – continuou Gina.
- Dá um tempo Gina, não torra. – disse Rony.
- Se toca, seu mongol. Mesmo se o Malfoy não fosse com ela, você não iria ter coragem para chamá-la. E outra: ela não é afim de você! Parte pra outra. Já era pra sua ficha ter caído há muito tempo. – disse Gina.
- Gina! Não fale assim... – disse Harry tentando consolar o amigo. – Rony, ela só não percebeu... Ainda.
- Droga! A Gina tem razão! Mas que p... – disse Rony soltando fagulhas e indo para o dormitório.
- Boa noite pra você também. – disse para seu irmão. – Estou com sono e já vou dormir. – disse Gina dando um selinho em Harry, e subindo para o dormitório.
- Boa noite, linda – disse Harry indo para seu dormitório.

***


Chegando em seu dormitório, perdido ainda em seus pensamentos sobre tudo o que acabara de acontecer, Draco percebera que conseguira atingir um ponto fraco naquela sabe-tudo. “Não tava demorando...” e logo uma carta em cima de sua cama mudou a direção de seus pensamentos.

Draco,
Deve estar feliz com a noticia que recebeu essa noite, não? Monitor-chefe! O quê posso dizer? Lugar melhor você não estaria! Como eu sei, não convém saber. Espero que você saiba fazer disso uma arma a seu favor, não me decepcione.

L. Malfoy


Draco amassara a carta e jogara fora. Quase todo dia recebia uma daquelas, mesmo que não houvesse nada de novo, seu pai fazia questão de mandar para saber como andavam as coisas em Hogwarts.
“Idiota! Eu não sou mais nenhuma criança, não preciso da ajuda dele, eu sei ser bom sem ajuda dele! Ele acha o quê? Que eu vou ser sempre seu aprendiz de comensal? Pois ele se engana pensando assim. Ele ainda vai ver!”. Draco não agüentava mais aquelas cartas, não agüentava mais seu pai, não agüentava mais ter que seguir ordens. Afinal, ele era um Malfoy e não um qualquer.

***


Deitada em sua cama, Hermione não percebera que Gina entrara no quarto. Ela mantinha suas cortinas fechadas para que ninguém a perturbasse; porém Gina percebera que não era só o fato de ser monitora-chefe junto a um certo sonserino que a incomodava, e sim algo mais. Algo que ela não tinha conhecimento, mas que ela queria descobrir.
- Hermione? – tentou.
- Hum... Oi Gina... – disse Hermione abrindo a cortina.
- Er... Você está bem? – começou.
- Estou. – tentou disfarçar.
- É que você chegou com uma cara tão estranha... E eu sei que não é a monitoria-chefe que te deixou assim... – prosseguiu. – Aconteceu alguma coisa que você não me contou?
- Não...– ela não agüentava mais. Precisava contar para alguém.
Gina era sua amiga mesmo elas tendo se afastado por causa do namoro dela com Harry. Estava na hora de reativar essa amizade e ela estava precisando.
- Ah, Gina, é que aconteceu tanta coisa já nesse primeiro dia de aula... Um assassinato, agora eu fui nomeada monitora, e vou ser obrigada a aturar o Malfoy...
- É isso o que te preocupa? O Malfoy? – interrompeu.
- Não! Bem... Sim. Na verdade; ah... Ninguém merece! – disfarçou (de novo).
- Mione, vai ver que não é tão ruim assim. Vocês vão se encontrar no máximo à noite na monitoria e olhe lá. – tentou consolar.
- Espero. – tentou encerrar o assunto.
Hermione não conseguia contar para a amiga que ela havia beijado alguém no trem, e o Malfoy sabia. Não, ainda não era a hora.
- Se foi só isso; então eu vou dormir. Boa noite. Relaxa e tenta não pensar nisso. – e assim Gina foi para sua cama.
- Como se fosse fácil. – pensou Hermione para que ela mesma pudesse escutar.

***


Malfoy trocou de roupa, vestiu qualquer roupa que encontrou, e se deitou embaixo de cobertas de veludo negro, bordada com o símbolo da família Malfoy.
Seus pensamentos não o deixavam dormir. Como ele queria, às vezes, sair dali. Sair daquela vida. Mas, antes que seus pensamentos sobre seu pai e sua vida continuassem, outro pensamento surgiu em sua cabeça. Aliás, outro pensamento retornou a sua cabeça: Granger.

“Mas que droga! Não podia ser outra garota para ser minha ‘companheira’ de quarto? Assim, quem sabe, podia rolar algo mais. Quem sabe uma monitoria íntima...

***


“Que raiva! Não podia ser outro monitor-chefe? Sei lá! Qualquer um! Mas não. Tinha que ser o bicha do Malfoy”.

***


“Mas não! Tinha que ser a sangue-ruim, nerd, idiota! A santa do potter! Que ódio! Que raios essa garota tem que entrar tanto na minha vida?”.

***


“Será que ele ganha pra me perturbar?”.

***


“Será que ela não se toca que é uma folgada?”.

***


“Ele vai ver! Quem ele pensa que é para tirar com a minha cara? Me chamando de qualquer uma! Como se eu beijasse qualquer um que vejo pela frente!”.

***


“Já basta ter me beijado! Mas ela vai pagar por ser tão folgada a ponto de beijar esses lábios que foram feitos a mãos, não é qualquer uma que encosta aqui não, ela que me aguarde”.

***


“Tá se remoendo só porque se acha o gostosão e todo mundo baba por ele, menos eu”.

***


“Trouxa maldita!”.

***


“Mimado!”

***


“Pela-saco”.

***


“Babaca”.

***


“Você que me aguarde amanhã!”

***


“Você vai ver o que te aguarda amanhã!”

***


“Te odeio Granger”

***


“Te odeio Malfoy”


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.