Epílogo
15- Epílogo
- Não é assim, Mione.
- E que experiência de vida você tem para estar tão certo disso?
Ron riu, convencido.
- Com a quantidade de irmãos que tive, não é difícil saber.
- Você é o mais velho? Pelo menos uns dez anos mais velho? Ronald Weasley, você tem apenas uma irmã mais nova e somente um ano mais nova. Se você era excepcional enquanto criança e ajudava sua mãe a trocar as fraldas de Ginny com apenas 1 ano de idade, me avise. Assim posso ter esperanças que nosso filho seja inteligente.
O sorriso de Ron continuava em seu rosto, mas se apresentava um tanto deformado e seus olhos estavam em choque.
- Muito engraçadinha, Sra. Weasley. – ele concluiu. – E meu filho é inteligente.
- Nosso.
- Meu. – ele teimou. – Você ainda quer contestar? Provar a maternidade dessa criança? É visível que é meu filho: o cabelo ruivo, os olhos azuis, a indiscutível beleza Weasley...
- E a inteligência, vem de onde?
Silêncio.
- Nosso filho, amor. – Ron sorriu e beijou o topo da cabeça de Mione. Então encarou o bebê deitado em sua cama e sussurrou. – E é melhor que você aprenda logo: sua mãe é impossível, ela simplesmente consegue tudo o que quer.
Hermione limpou a garganta. Ron a olhou, ela o encarava séria.
- Mas! Faz parte do seu charme. – ele acrescentou com um meio sorriso. Ela riu e ele pareceu respirar aliviado.
- Acho que acertei agora. – Hermione olhou para a fralda recém-colocada.
- Aposto 10 galeões que não.
- Não envolva nosso filho em apostas.
- Por que não? 50% é dele, claro.
Ela o encarou, séria de novo.
- Certo, 75%. Nem parece que você me ama, Mione.
Hermione riu, contra vontade e deu um tapa leve nas costas de Ron, que ria.
E então os dois pararam.
A gargalhada da criança deitada contagiou o ar do quarto. Os pais o encaravam boquiabertos, visivelmente orgulhosos de seu filho.
O bebê não parava de rir. Mostrando sua gengiva vermelha, ainda sem sinais de dentes. A barriga lisinha se mexia de acordo com a gargalhada, subindo e descendo. Os poucos fios de cabelos ruivos saíam do lugar enquanto ele mexia a cabeça, ainda rindo. Os olhos, intensamente azuis, encaravam Ron e Hermione.
Hermione, com uma mão sobre a boca e os olhos marejados de lágrima, levantou da cama e saiu do quarto.
- Ron! Ron, onde você colocou minha máquina? Eu te disse para não tirar do lugar! Ron!
Mas ele não parecia ouvir...
A gargalhada do seu filho era algo infinitamente mais importante do que qualquer outra coisa. Ele ria, encarando o pequeno Weasley, sem nem ao menos conseguir entender o que sentia.
O bebê agora o olhava, levantando um dos pequenos bracinhos em direção ao pai.
Ron deitou ao seu lado, segurando a mão de seu filho, que ainda sorria, assim como o pai.
Ron sabia que Hermione ainda estava gritando, procurando pela máquina, mas o que ele estava vivenciando ali era único. Único e para sempre.
Ele chegou ainda mais perto de seu filho, abraçando-o, encostando sua testa na dele. E disse, não mais alto que um sussurro:
- Eu sei, eu também te amo.
- Ron!
Ele suspirou e olhou para o filho.
- Acostume-se, Arthur. Ela tem uma tara por ruivos de olhos azuis. Daqui a pouco será você.
Ele pegou o filho no colo e isso fez com que as fraldas deslizassem por suas pernas.
- Mione! – ele gritou – Você acaba de perder 10 galeões pra mim e para o Arthur!
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