A Pista!
_Harry?
Rony e Hermione acabavam de aparatar, ainda com os trajes da festa, no Hospital St. Mungus. O ruivo chamava o amigo há exatos quinze minutos, porém o moreno parecia petrificado, pois não respondia nada e nem piscava mostrando sinais de que estava ouvindo. A castanha já estava preocupada com o amigo quando um velho medi-bruxo, todo de branco, apareceu na porta da Sala de Espera.
_Algum Sr. Potter?
_Eu. – Harry levantou-se de súbito, fazendo Hermione pular de susto e Rony arregalar os olhos – onde está a minha mulher?
_A Srta. Parkinson está bem. – o velho medi-bruxo tranqüilizou-o – no momento ela descansa e...
_Posso vê-la? – Harry perguntou afoito.
_Sim, mas devo avisá-lo que ela precisa de repouso – o medi-bruxo dizia enquanto andava por um corredor, com um Harry apreensivo ao seu lado. – e somente parentes poderão visitá-la no momento – ele avisou os Weasley que os seguiam.
_Mas nós somos amigos. – Rony pronunciou-se olhando diretamente para Harry, que sorria fracamente.
_Obrigado Rony. – Harry agradeceu fracamente.
_Lamento, Sr... – o médico pergunta com uma sobrancelha erguida.
_Weasley, Ronald Weasley. – ele falou apressado.
_Bom, Sr. Weasley... somente o Sr. Potter pode vê-la agora, ela está em estado de choque e não pode ficar sufocada, entende?
_Eu entendi. – Hermione disse rápido entendendo perfeitamente a situação delicada que a amiga se encontrava – nos dê notícias Harry.
_Isso mesmo, esperaremos na Sala do Hospital, ok. – Rony falou sorrindo fracamente. Era a primeira vez em quase quinze anos que eles sorriam um para o outro. (N/a: Que lindoooo!!!!)
_Certo. - Harry falou antes do medi-bruxo dar-lhe passagem para o quarto onde Pansy estava.
Assim que entrou no quarto, Harry sentiu um aperto ainda maior no peito. Pansy estava vestida com uma simples camisola do hospital, e sua aparência pálida contrastava com o amarelo bebê pintado nas paredes. Ele não entendia porque tudo aquilo estava acontecendo com ele. Eles demoraram tanto tempo pra se acertarem, e agora ela esta ali, num estado que nem ele mesmo sabia até aquela hora. O filho deles de apenas cinco meses fora levado por uma louca que certamente tinha ligação com o sujeito que eles prenderam há um semestre atrás. “Merlin, me ajude neste momento.” ele pensava quando uma voz o tirou de seus devaneios.
_Agora podemos conversar melhor, Sr. Potter – o medi-bruxo de sobrenome Andrews, pelo que o crachá informava, estava próximo à Harry - é melhor o Sr. sentar-se. O que tenho para lhe dizer é extremamente delicado.
_Por favor, fale logo está me assustando. – Harry pediu impaciente, sentando-se à cadeira próxima da cama de Pansy.
_Bom, o caso é que sua esposa – a palavra deu orgulho à Harry naquele momento – está em estado de coma-bruxo.
_COMA? – Harry assustou-se – mas como ela... ela estava bem... e... não entendo. – ele falou olhando para a face pálida de Pansy.
_Fale baixo, Sr. Potter. Estamos na Ala Pediátrica! – o medi-bruxo ralhou.
_Ala Pediátrica? – Harry franziu o cenho. – por quê?
_Simples. Quando o Sr. chegou com a Srta. Parkinson aqui, ela estava desacordada, não somente desmaiada, mas desorientada também. As pupilas estavam dilatadas – Harry olhou para a face da amada e sentiu os olhos arderem – e ao atendê-la pude perceber que seu estado não era dos melhores.
_O que você quer dizer? Fale, por Merlin! – ele quase pulou no pescoço do homem.
_Ela sofreu alguma perda recente? – o medi-bruxo perguntou abruptamente.
_Nosso bebê foi seqüestrado há algumas horas. – ele falou desolado – o Esquadrão de Aurores está no caso, mas... ela... bom, nós brigamos.
_Isso explica o porquê da bebida...
_Como? – Harry não entendeu.
_Ela chegou aqui, além de desacordada, cheirando à bebida. – o medi-bruxo explicou – junte doses a mais de Fire Whisky com o seqüestro de um filho e ainda uma briga com o companheiro. Isso explica o estado da Srta. Parkinson.
_Ela está em coma porque bebeu então?
_Não, o estado de coma dela é puramente emocional. – o medi-bruxo falou, levantando-se – ela está em coma pelo choque do seqüestro do filho. – o homem mirou Harry por um momento e perguntou – o nome da criança é Adam, eu suponho.
_Sim. – Harry ergueu os olhos assustado – como o Sr...?
_Ela balbuciou isso quando a enfermeira tirava suas vestes e colocava a camisola. Segundo a enfermeira Pram, sua ‘esposa’ balbuciou isso quando foi tocada no ventre. – o medi-bruxo disse observando a reação de Harry. – durante a troca de roupas.
_... porque a ala pediátrica? – Harry interessou-se alguns segundos depois.
_Com toda a minha experiência em casos assim Sr. Potter, posso afirmar que o ambiente recém-nascido pode ajudá-la a recobrar a consciência.
_Está dizendo que ouvir choro de bebês, ou ainda sentir o cheiro de recém-nascidos pode trazê-la de volta? – Harry perguntou atônito.
_Sim. Não seria o primeiro caso meu que daria certo. – ele disse sorrindo bondosamente.
_Desculpe perguntar, mas... qual outro caso? Digo, se puder compartilhar a informação, lógico.
_Nem tudo na vida é Segredo de Estado, Sr. Potter. – o velho homem falou – há quase um ano atrás deu entrada uma paciente em trabalho de parto aqui, - o medi-bruxo fez cara de pensativo - seu nome era algo como... – pensou mais um pouco – como Eliz... não... era Lizbeth. – Harry arregalou os olhos de surpresa. (N/A: O_O eu tb! Rs*) - Sim, tenho certeza. Era esse o nome da loira.
_Lizbeth? Lizbeth Marshall? – Harry perguntou visivelmente interessado.
_Acho que sim. Penso que o sobrenome seja esse mesmo... a conhece?
_Com certeza. – o moreno pensou com certa raiva- Mas o que aconteceu ao filho dela?
_Ah, sim. Continuando...ela perdeu o bebê, na verdade ele nasceu morto. Não pudemos fazer nada. Ela ficou em estado de choque quando recebeu a notícia. Então a transferimos pra cá. – o medi-bruxo falou como se estivesse revivendo a cena – ela acordou alguns meses depois. Ainda me lembro do que ela disse: “ele vai me pagar”.
_Ela falou algum nome? Qualquer nome? Endereço?
_Desculpe Sr. Potter, mas isso é confidencial. São informações somente do Hospital.
_Errado – uma voz vinda da porta fez os dois homens virarem-se. Era Draco e Virgínia Malfoy acompanhados dos Weasley - agora são do Departamento de Mistérios, Ministério da Magia. – Draco aproximou-se mostrando o distintivo de Chefe da Seção. (N/A: Inventei de novo! Rs).
_Conte-nos tudo que sabe sobre Lizbeth Marshall, Sr.? – Gina perguntou diretamente ao velho medi-bruxo.
_Andrews, George Andrews. – o velho profissional respondeu.
_Sim, Sr. Andrews. Então diga-me tudo que sabe.
_Na verdade, Sra. eu já contei tudo que me lembrava ao Sr. Potter. – o homem apontava para Harry que parecia concentrado em acariciar a face da mulher desacordada – não sei de mais nada, sinto muito.
_Vocês fazem ficha de todo paciente que entra aqui não é? – Hermione perguntou agilmente.
_Sim, todos os dados possíveis são coletados e escritos numa ficha, que posteriormente ficará guardada no Arquivo do Hospital. – ele falou prontamente.
_Leve-nos até lá. – Hermione falou ao homem e Gina assentiu – não demoramos. – a castanha falou para os demais.
_Assim espero. – Rony disse e Draco somente suspirou.
O ruivo e o loiro viraram-se para falar com o moreno que antes estava acariciando a face de Pansy, porém desta vez Harry estava com uma expressão miserável no rosto. Os olhos vermelhos, prendendo as lágrimas que teimavam em tentar sair, a boca contraída num esforço óbvio de quem tenta não chorar. Draco olhou pra Rony tentando falar algo, mas da sua boca nem uma palavra, sarcástica ou não, saía. O ruivo deixou todo o último vestígio de orgulho de lado e aproximou-se. Harry apenas lançou-lhe um olhar deprimente antes de sentir o amigo abraçando-lhe ternamente.
_Chore. – disse Rony e então Harry não se segurou mais.
Deixando todo o sofrimento que o corroia por dentro aflorar, Harry chorou. Chorou por tudo que sentiu naquele momento, por ter sido um idiota culpando Pansy pelo seqüestro do filho deles, chorou por ter sido idiota ao ponto de deixá-la sair da festa sozinha, por ter sido idiota para deixar um bebê de cinco meses com uma senhora como babá “Foi tão fácil desarmá-la.” ele pensava enquanto sentia as lágrimas varrerem-lhe as mágoas e o apoio dos amigo devolvendo-lhe o ânimo de continuar na luta.
_Er... Harry? – Hermione, que chegara junto de Gina, falava com cautela ao notar a cena dos amigos reconciliando-se.
_Sim. – ele falou desvencilhando-se do abraço e encarando Hermione.
_Temos uma pista de onde está o Adam. – a castanha falou prontamente mostrando-lhe uma pasta vermelha, com uma etiqueta de confidencial entre as mãos.
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N/A: Oiiiiiiiiiii!!!!
*se esconde atrás de um escudo conjurado*
Como vcs estão?
Gostaram do cap? Tô com pena da Pansy!!! Buáááááááá...
O que será que tem na pasta que tá com a Mione??
E alguns de vocês estão me perguntando: cadê o Adam?
Calma gente. Ele aparece no próximo... ou não! *risada maléfica*
Só comentando pra saber...
Bjus e COMENTEM!!!
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