Epílogo



Naquele domingo, a Mansão Malfoy encontrava-se, como diriam os mais antigos, na santa Paz de Merlin.  Os seis adultos curtiam calmamente suas bebidas, aproveitando o Sol fraco do mês de Março, enquanto discutiam coisas triviais e se divertiam. Quero dizer, quase todos pareciam se divertir, já que a testa franzida do patriarca Malfoy enquanto ele encarava nada amigavelmente o jovem apanhador da Inglaterra, James Potter, e o olhar apavorado que este exibia, indicavam outra coisa.


Enfim, este parecia mais um pacato e adorável almoço típico de família.


- Mãeeee, a boneca assassina me atacou de novo. – o berro do herdeiro Malfoy ecoou pelo jardim inteiro, vindo do campo de Quadribol aos fundos.


Quero dizer, quase pacato.


E nem meio segundo depois, três pequenas figuras apareciam no campo de visão. O primeiro era um garotinho loiro de seis anos de idade, seus olhos verdes eram os únicos visíveis em seu rosto aristocrático tão sujo de lama quanto seu uniforme do time de quadribol inglês; logo ao seu lado vinha outro garoto, este de cabelos negros e cacheados e pele imaculadamente branca. Ele exibia uma feição séria, diferente do enorme bico de seu melhor amigo.


- Ele estava sendo malvado, Tia. – bufou a terceira pessoinha, cruzando seus braços em frente do corpo, numa adorável cara irritada.


Katherine Anastacia Zabine caminhava um pouco atrás de seu irmão, suas vestes tão sujas quanto as do garoto loiro, seus caracóis loiros embaraçados e seus olhos azul-claro espreitados, direcionando um olhar feio.


- O que você fez dessa vez, Thomas? – a mulher ruiva perguntou, se contendo para não revirar os olhos. O herdeiro Malfoy parecia ter prazer em pregar peças em Kath, e a garota, que tinha um temperamento ruim, não as levava muito bem.


- Eu sou completamente inocente dessa vez.. – o pequeno reclamou, no melhor tom inocente e olhar encantador que um rosto coberto de lama podia lhe proporcionar. – Pode perguntar pro Blake.


Pedindo paciência aos céus, Gina dirigiu sua atenção ao outro Zabine. – Blake, por favor? - O moreno apenas revirou seus olhos azuis, tão escuros que eram quase negros, e olhou Gina diretamente nos olhos, um costume seu quando ia conversar com alguém.


- Por mais que o Thomas seja um idiota integralmente, a Katherine agiu sem pensar, mais uma vez. – disse simplesmente, ignorando a mãe que lhe reprimia por suas maneiras e a risada mal contida de seu pai.


E antes que o herdeiro Malfoy reclamasse, ou ao menos percebesse que havia sido insultado, um barulhento ronco de motor ecoou pela casa inteira, assustando todos na mesa.


- Eu não acredito! Mãe, ela voltou! – Daphné berrou inesperadamente, e sem avisos levantou de sua cadeira e correu pra frente da Mansão, sendo seguida de perto por todos, com duas exceções.


 Draco que já estava caminhando em direção da porta, notou a ausência de sua mulher e a procurou com os olhos.  


Gina mantinha seus olhos baixos, encarando suas mãos, que retorciam o guardanapo em seu colo. – Ruiva? – ele chamou gentilmente, tocando-lhe o ombro e fazendo-a encará-lo.


- Ela finalmente está de volta, Draco? – sussurrou, seus olhos enchendo de lágrimas e esperança.


- Bom, pela entrada barulhenta e exuberante, eu teria que dizer “sim, ela está de volta”. – comentou com um sorriso de lado e a puxando pela mão para caminharem até a porta.


- Eu vou esganar a sua filha assim que eu colocar minhas mãos naquele pescoço magro. – prometeu quase alegremente, caminhando junto dele e entrelaçando seus dedos.


- Ela sabe disso, ruiva, ela sabe. – ele comentou num meio sorriso.


--


As quatro motos - nas cores amarelo, preto, azul-metálico e verde - fizeram uma entrada triunfal, com os mais diversos tipos de malabarismos sobre suas duas rodas, até pararem uma ao lado da outra, bem em frente aos seis adultos e três crianças que encaravam tudo boquiabertos. 


Vail foi o primeiro a retirar seu capacete metálico, sorrindo e acenando pra todos os presentes, enquanto caminhava até a moto amarela e ajudava a passageira de Fou a descer. A pequena Joanne Shmtson pulou direto nos braços de seu padrinho e sorriu pra ele assim que retirou seu capacete. Ela trajava um macacão preto com dourado numa versão mini de motoqueiros profissionais, com direito a couro legítimo, idêntico ao de seu pai.  


Fou riu  enquanto tirava seu próprio capacete vendo que Bernard não conseguiu tirar o seu antes de ser atacado pelo super abraço de Daphné, que se dependurou em seu pescoço e lhe xingava de todos os nomes possíveis e imagináveis.Mas a loira o soltou rapidamente, partindo para sua segunda vítima, quase derrubando sua gêmea quando a atacou.


- QUATRO ESTÚPIDOS ANOS, Sua vaca ruiva, não se faz isso com irmãs normais e muito menos com gêmeas. – ela berrou, enquanto chorava e ria. – DÓI, EMMY, DÓI FICAR LONGE DE VOCÊ, CARAMBA. Eu choro quando eu menos espero e, no fundo, eu sei que a razão é você e aí eu me desespero por não saber o que está acontecendo.. – tagarelou, ainda a apertando contra si.


- Eu sei, Barbie. Eu sei.. – a ruiva grunhiu pela falta de ar, abraçando a irmã de volta.


- EMMY AIMÉE MALFOY. – berrou a matriarca Malfoy, caminhando na direção de sua filha, como um leão que caminha até sua pobre e indefesa presa.


A ruiva procurou seu pai rapidamente com os olhos, e quando os cinza se encontraram, uma pequena conversa se deu e então, ela soube. Estava ferrada.


- Mãezinha, seria uma pena assassinar sua filha pródiga que finalmente retorna pra casa, certo?! – ela perguntou, sorrindo amarelo, e colocando as mãos na frente do corpo pra se defender.


E sem avisos prévios, Gina Malfoy atacou, se jogando sobre sua filha mais velha e a abraçando num estilo muito parecido ao de sua própria mãe, diversas lágrimas rolando de sua face e molhando a jaqueta de couro da outra ruiva.


Todos trocaram olhares emocionados, observando a cena. Até que, como se não tivesse chorado por dez minutos sem parar, Gina se afastou e pegou sua filha pelos ombros, e a encarou olho no olho.


- Se você sumir de novo por tanto tempo, mamãe vai atrás e te prende numa corrente no pé da minha mesa, sim?! – avisou docemente, dando um leve tapinha no ombro de Emmy e saltitando de volta para ao lado de seu marido.


A filha apenas riu com a ameaça e se abaixou pra retirar algo de um suporte em sua canela. – Trouxe um presente pra você, pai.. – disse com o sorriso que era marca registrada dele.


E ao estender a mão, um punhal de cobra apareceu, mas agora, diferente de quando ela havia o recebido, os olhos do animal estavam fechados e ele parecia estranhamente sem vida, como se tivesse feito o que devia e agora aproveitava seu sono pacificador.


Draco observou o objeto atentamente, e em dois passos ele estava bem em frente da filha a levantando nos braços com a força e intensidade de seu abraço, enquanto ela gargalhava alegremente.


- Claaaro, porque eu dou um terno Kevin Klein pra ele, e mal recebo um obrigada, e Emmy aparece com uma faca velha e ganha um super abraço especial. – Daphné reclamou em voz alta, observando a cena. – E ele ainda tem coragem de dizer que gosta de nós duas do mesmo jeito. Humpft. – fez ela, cruzando os braços como uma criança emburrada.


Os adultos riram da cena, enquanto Bernard ia de encontro aos outros presentes para abraçá-los. Katherine assistiu aquilo tudo, vendo até seu estóico irmão sorrir quando o homem moreno, que estranhamente parecia muito com seu pai, bagunçar seu cabelo negro. Decidindo que estava cansada de ser ignorada e se ninguém iria lhe apresentar aqueles estranhos, ela mesma o faria.


- Quem é você? – ela perguntou diretamente, puxando na calça do homem para chamar sua atenção. 


Bernard apenas sorriu e agachou pra ficar mais perto da altura da pequena garotinha.


- Eu sou seu irmão mais velho. – ele contou, apontando pra si mesmo.


- Não, não, moço. O Blake que é. – ela retrucou, balançando a cabeça pros lados para reafirmar o seu ponto de vista. Seus caracóis loiros bagunçando mais ainda.


- Não, querida, esse é o Bernard, o seu irmão que estava viajando, você não lembra? O papai te mostrou fotos dele. – Luna interrompeu carinhosamente, tentando acalmar o cabelo dela.


- Aquele que namora a irmã do Thommy? – perguntou astutamente, seus olhos quase brilhando em reconhecimento.


- E essa seria eu.. – Emmy se intrometeu também se abaixando pra ficar da altura das crianças, sorrindo para a cunhada que ela nunca tinha visto. – Emmy Malfoy. – complementou  apontando pra si mesma.


- Uou, você é bonita. – exclamou inocentemente, sua boca se abrindo num perfeito O.  – Parece a minha boneca.


Bernard riu, levando uma nada amável cotovelada na boca do estômago, acompanhado de um “Cala a boca, Ken.” E essa foi a deixa para Vail e Fou se enfiarem no argumento, zombando dos dois amigos, causando risadas nos adultos e fazendo as crianças imediatamente perderem o interesse na conversa.


A pequena Zabine sorriu para a garotinha vestida de motoqueira e sinalizou pra ela se aproximar, o que ela o fez alegremente.


- Eu sou a Kath, quer ser minha melhor amiga do mundo inteiro? – a loira perguntou logo de cara na simplicidade que somente uma criança pode ter, um enorme sorriso em seu rosto sujo.


- Anna, e, sim, eu quero ser sua amiga. - Joanna sorriu de volta, enquanto seus olhos iam se transformando  num azul muito claro, quase branco, idêntico ao de sua nova amiga. 


- Uou, seus olhos mudam de cor. – a garota observou com admiração, fazendo a francesa adquirir um tom de vermelho em suas bochechas, com direito até a mechas avermelhadas em seu cabelo negro.


- Eu sou metamorfomaga, e como eu sou criança não controlo muito bem, então, eu acabo roubando alguma característica de alguém que eu acabo de conhecer. Mas o tio Bernard está me ensinando a controlar porque ele é muito poderoso e entende disso. – disse numa respiração só, torcendo suas mãos de nervosismo. – Você ainda quer ser minha amiga, né?!


- Então você pode ter qualquer rosto que quiser? – interrompeu nada educadamente, Thomas Malfoy, invadindo completamente o espaço pessoal da francesa, tentando olhar mais de perto os olhos dela que ainda estavam iguais os de Kath.


Imediatamente a garota ficou mais vermelha ainda com a proximidade, seus cabelos ficando da cor de um tomate fresco e seus olhos ganhavam a coloração esverdeada igual à do garoto.  Afinal, em sua visão de sete anos de idade, aquele era o ser mais bonito que ela já tinha visto, depois de seu pai, padrinho, e tio, é claaaro.


- N-n-n-ã-ãão. – engasgou, acenando com as mãos pateticamente, tentando fazê-lo se afastar, mas as transformações o interessaram mais ainda. 


- Thomas, seu babaca, sai de cima da minha nova melhor amiga. – berrou Kath, arrancando o loiro de perto de sua amiga com uma força descomunal para uma garotinha de cinco anos e lhe dando um belo golpe na cabeça.


Enquanto os dois lutavam, o que consistia de gritos e ocasionais tapas por parte da loira, Joanna conseguiu se recompor( voltando à sua face original quase completa, mas mantendo os olhos de Thomas, já que ela não havia conseguido aprender a controlar isso ainda) e, com um grande sorriso, ela se aproximou da terceira criança presente, que silenciosamente assistia a tudo, com olhos atentos.


- Olá, eu me chamo Joanna, mas pode me chamar de Anna. Eu sou da França e minhas pessoas favoritas no mundo inteiro são meu pai, minha mãe, o meu padrinho e o meu tio Bernard e a minha tia Em. Minha comida favorita é sanduíche de pasta de amendoim e eu tenho sete anos. – disse alegremente, estendendo a mão para cumprimentá-lo.


O garoto vagarosamente levantou seus olhos para encará-la, uma expressão de tédio em seu rosto pálido e pura e simplesmente não disse nada.


- Hello? Alô? – ela tentou chamar, passando sua mão na frente do rosto dele, que nem sequer pestanejou. – Alguém aí?


Como resposta, ele revirou os olhos, entediado. E ao contrário do esperado, ela levou aquilo como boa notícia e sorriu novamente.


-Olá, eu me chamo Joanna, mas pode me chamar de Anna. Eu s-


– Salazar, você é irritante. – ele interrompeu e com isso, lhe deu as costas e começou a andar, chamando em sua voz baixa pelo amigo, que imediatamente parou de gritar e o acompanhou pra longe delas.


As duas meninas os assistiram ir, e depois se entreolharam.


- Meu irmão é tãããão esquisito. – Kath comentou seriamente, pra depois sorrir pra sua nova amiga. – Quer ir brincar com as bonecas que eu trouxe?


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- Mas então, Zabine, o que lhes deu pra voltar pra casa? Finalmente acharam juízo em algum canto exótico do mundo? – James comentou de bom humor, enquanto caminhavam pra dentro de casa.


- Nada disso, Potter, é que eu fiquei sabendo sobre um casamento e vim saber que tipo de drogas você está dando pra minha melhor amiga. - respondeu enquanto jogava sua jaqueta em cima de uma poltrona da sala de estar, sentava e se fazia em casa.


- Nem me diga, Bernard, estou tentando descobrir isso há muitos anos. – Draco replicou sentando numa poltrona, enquanto Gina se sentava no braço da mesma.


Daphné revirou os olhos, enquanto puxava o noivo para o seu lado num sofá de dois lugares. – Papai, não atormente meu noivo hoje. – pediu, como se fizesse isso o tempo inteiro.


As pessoas riram, e Luna adquiriu sua feição mais curiosa, enquanto observava a pequena discussão silenciosa de outro casal. Bernard tentava convencer a namorada a se sentar no colo dele, e quando ela simplesmente o ignorou e caminhou até o sofá de três lugares, ele se levantou emburrado e se espremeu entre ela e Fou.


- Sabe o que eu não entendi muito bem? – a loira mais velha comentou. - Como o Draco simplesmente não disse nada sobre os quatro anos longe dos olhos dele que o Bernard passou com a Emmy. 


Por um milésimo de segundo os olhares de Draco e Bernard se cruzaram, uma cena da formatura voltando em suas cabeças.


- Porque o padrinho é esperto e prefere o mais bonito, obviamente. -  o moreno respondeu sem modéstias, abraçando a namorada e a aconchegando em seus braços.


- Não sei, hein, Puce, eu acho que é porque apesar da Pen te amar e tudo mais, ela não hesitaria em te aniquilar, sem piedades, caso você ao menos pensasse em fazer burradas.  – quem respondeu foi Vail, calmamente, causando mais risadas ainda.


- Ou talvez pelo fato de todo mundo saber que você alegremente deceparia um braço seu antes de fazer algo para machucá-la. -  Fou comentou em voz baixa, para apenas o amigo moreno ouvir.


Bernard o olhou de lado, mentalmente concordando.


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Ninguém soube quem, mas alguém sugeriu uma partida de quadribol. Algo a ver com Fou dizendo que não havia melhor time que o seu em Beauxbatons e Bernard querendo prová-lo errado, ou algo do estilo. Só se sabe que agora todos se encontravam no campo impecável da Mansão Malfoy.


Por uma questão de justiça, deixaram os dois meninos escolherem e a surpresa foi geral quando o pequeno Blake, após ele e Thomas convocarem seus respectivos pais, chamou Emmy e não Bernard.


- Traiçãããão!  - o irmão mais velho berrou, apontando um dedo para o caçula que apenas o encarou de volta sem expressão alguma.


- James! – o loirinho Malfoy gritou, acenando para seu cunhado favorito no mundo inteiro.


- O cara de cabelo roxo. – o Zabine chamou, causando um levantar de sobrancelhas de todos os presentes. E mais um grito de “Traiçãããão”, por parte do irmão.


Blaise sorriu de lado e cutucou sua futura nora com o cotovelo. – Eles estão tãããão ferrados, meu pequeno gênio já tem até uma estratégia de jogo.


Emmy e Fou riram e acenaram, zombando de Bernard, que finalmente havia sido escolhido por Thomas.


Vail foi escolhido em seguida, e Gina se prontificou a jogar para igualar os times. Mas enquanto eles colocavam os coletes dos times e as devidas proteções, um elfo avisou que eles tinham mais visitas.  


- HEY, TEM ESPAÇO PRA MAIS DOIS AÍ? – gritou uma voz da entrada do campo, e as figuras de Evan Rossier e uma bonita garota morena apareceram, caminhando de mãos interligadas na direção deles.  E quando eles chegaram perto o suficiente, Bernard e Emmy não conseguiram segurar seus queixos.


- Emmy vai jogar? – Pandora Potter perguntou com um sorriso de lado, já prendendo seus longos cabelos num rabo de cavalo e convocando uma vassoura para sua mão. – Então, eu sou do time dela.


- Primuxco. – Evan berrou, já se jogando sobre o parente que não via há anos. - Você viu a minha namorada? O James nem tentou me matar como você disse que ele faria. – comentou risonho, orgulhoso de seu feito.


- O mesmo não pode ser dito sobre o meu pai. – James replicou, revirando os olhos.                  


- Mas eu só fiquei no hospital por dois dias, então nem conta. – o ex-sonserino disse, como se não fosse nada e perto do que Bernard, Emmy, Fou e Vail haviam passado nos últimos anos, realmente não era.


E enquanto eles se equipavam e pegavam vassouras, os velhos amigos colocaram o papo em dia.


- E o que você fez da sua vida, cara? – Zabine perguntou, enquanto ajeitava seus protetores, Emmy era maligna e ele não estava com vontade de perder algum órgão importante naquele jogo.


- Me formei em Administração e agora trabalho pro teu pai, já sou vice-presidente jr. Da companhia dele. – contou, também se arrumando cuidadosamente, sua namorada também era um ser cruel. – Mas nem pense que vai mandar em mim só porque um dia vai virar meu chefe.


- Não se preocupe, eu, Em, Fou e Vail compramos uma montadora de carros trouxa e vamos adaptar carros com magia.  É moderno e aventureiro, perfeito pra nós. – “..além de uma ótima fachada para nossos verdadeiros  empregos”, ele pensou. – Eu acho que você vai ter que se contentar em ter a Daph como chefe, somente. – contou com um sorriso malicioso.


- Hey, Barbie e Ken, estão prontos? – Emmy chamou, e quando os dois Rossier se viraram depararam-se com os sorrisos maliciosos de suas amadas e engoliram em seco.


Estavam ferrados.


O time preto, de Blake, tinha Emmy e Pandora como artilheiras, Vail e Blaise como batedores e Fou no gol. E no vermelho, Bernard era o goleiro, enquanto Gina e Evan jogavam como artilheiros; Draco e James ficavam de batedores.


As próximas quatro horas foram o que Blake e Thomas chamariam de as horas mais legais do dia,  já que apenas se recostaram em suas vassouras e assistiram o jogo de camarote, vendo diversas jogadas imperdíveis e muitas que eram provavelmente ilegais.


Blake assistiu seu time massacrar o adversário, mostrando que, como ele esperava, o time constituído pelos franceses(Fou, Vail e Emmy) era bem melhor que o que de seu irmão mais velho. Thomas, como capitão do outro time, nem ao menos se importou com a derrota, já que estava preocupado demais ficando impressionado com a habilidade de sua irmã mais velha,  Pandora e até mesmo de sua mãe. Em sua cabecinha loira, ele jurava a si mesmo que a partir daquele dia, ele sempre escolheria as garotas para seu time primeiro.


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Depois daquele longo dia, apenas os Malfoy permaneceram na Mansão, enquanto seus visitantes voltaram pra casa, ou no caso dos franceses, seguiram Bernard para o lar dos Zabine.


- Isso parece até surreal, loiro. – Gina comentou, encostando a cabeça no ombro do marido, assistindo Emmy tentar ensinar Thomas a fazer uma elaborada pirueta na piscina e Daphné dava palpites de sua cadeira, tentando se bronzear com o feitiço Solar colocado no cômodo.


- Finalmente nossos três monstros juntos. Eu espero que a Mansão agüente. – ele debochou, observando a quantidade de água espirrando para os lados, quando seus dois filhos pulavam nada inocentemente molhando a irmã.


A ruiva riu, e lhe deu um leve empurrão. – Não fale assim dos meus filhos.


- Claaaro, enquanto eles estão sendo alegres e engraçadinhos são seus filhos, mas assim que a primeira coisa quebrar serão só MEUS filhos. – disse, revirando os olhos.


- Não seja dramático, Malfoy. – a ruiva zombou, lhe dando uma leve beliscão na barriga.


- Dramático? – fingiu-se de indignado, pondo-se de pé. – Vamos ver quem é o dramático assim que eu lhe jogar naquela piscina, ruiva.


E dizendo isso, ele a pegou no colo e caminhou até a piscina onde a derrubou sem cerimônias, não dando atenção a suas ameaças.


- E isso é pra todos saberem quem manda nessa casa. – ele zombou, mas antes que pudesse jogar seu melhor olhar vitorioso pra cima da mulher, foi empurrado pra junto dela.


Daphné sorriu triunfante. – E essa pessoa seria quem, pai? – perguntou com seu melhor sorriso irritante, dando um tchauzinho para os pais.


Entretanto, sem ela perceber Emmy chegou por trás, a pegou no colo e pulou com ela na água, causando risadas.  Thomas, o único que restara ainda em terra, começou a fazer uma dança da vitória, por ser o sobrevivente. Draco estendeu o braço pra fora da água e, num único puxão, trouxe sua cópia mirim pra junto dele na água, numa queda espetacular.


Enquanto a família inteira ria e continuava a se divertir, eram observados por duas criaturas.


- Eu te disse que tudo daria certo no final, Akim. – a pequena elfa doméstica disse, com satisfação na voz.


- Eu sei que disse, irmã. Mas o plano de Mika só deu certo depois de 16 anos, e ainda sim Akim teve que interferir no vento aquele dia para as mestras finalmente descobrir toda a verdade. – o outro elfo retorquiu, observando o rosto feliz de seu mestre.


- Não  seja chato, Akim. Meu plano deu certo e somos uma família de novo. – disse simplesmente, e com isso, ela lhe deu as costas, com destino aos seus aposentos.


Não há nada melhor do que dormir sabendo que fez um trabalho bem feito.


 The End?


N/a: E FINALMENTE, essa história acaba antes de fazer quatro anos, pelo menos :D


Muito obrigada por terem acompanhado e espero não tê-las decepcionado em relação ao final das personagens. Eu, particularmente, adoro os filhos da Luna e do Blaise..


Então, a amada misteriosa do Evan era a Pandora. E lembram do começo da história, do dia que a Emmy e A Daph descobrem que são irmãs? entããão, o Akim tava controlando o tempo e intervindo pra ver se elas descobriam tudo, por isso o espelho quebrou ao meio e refletiu cada uma.. ahshuahsa Ele e a Mika tentavam fazer isso desde que foram separados.. ;D


Então, agora sobre essa história de continuação.. Eu tenho uma idéia a respeito de um futuro dessa fic, mas eu não tenho certeza se as pessoas ainda lêem essa historia e tudo mais..e meu tempo anda muito escasso por causa da faculdade e tudo mais.. (Conselho, não façam Engenharia, é o inferno!!!!)


Ahsuahsahsa


Então, pra quem gosta de ter esperança sobre uma continuação eu criei um bônus, mas quem não gosta ou não quer continuação simplesmente não leia, beleza?!


BEEEEEEEEEEEEEIJOS E COMENTEM!!


--


Meses depois, Askaban.


Quando se é um prisioneiro de segurança máxima e bruxo das trevas perigoso que tentou matar toda sua família, o dia das visitas mensais é provavelmente um dia solitário. Mas não naquele dia para o prisioneiro 66758. Já que pela primeira vez em quase 24 anos, ele recebia uma visita. Uma visita muito interessante.


- Você tem certeza? ­– a pessoa perguntou, esquadrinhando-o com seus olhos cor de rubi.


- Claro que tenho, eu estava lá e lembro como se fosse hoje. – Lucius Malfoy retorquiu com sequidão. – Por que o interesse repentino numa velha profecia? Ela nunca se concretizou. – retorquiu com descaso, seus dedos contornando as cicatrizes verdes em seu rosto, uma mania que ele havia adquirido com os anos.


- Ela não se concretizou AINDA, velho estúpido. – a voz retorquiu também secamente, e num movimento de mãos quase rápido demais para um ser humano, ela jogou um recorte de revista para ele.


O velho senhor Malfoy viu no primeiro plano sua neta Daphné, vestida de noiva, rodopiar num decorado salão de baile junto do estúpido mestiço Potter e antes que ele pudesse expressar seu asco sobre o seu sangue nobre estar sendo manchado, uma cena mais ao fundo chamou a atenção. Muito mais atrás, sua outra neta discutia fervorosamente com um rapaz que, se seus olhos não estivessem enganados, era um Rossier-Zabine. Puro sangue, ele pensou, Não. Melhor ainda. Puríssimo Sangue; 


E seus olhos quase saltaram de seu rosto quando o Zabine, que antes chacoalhava uma pequena caixa de jóias na frente do rosto da mulher, estendeu sua mão e a colocou contra o ventre da ruiva, num gesto de carinho. Na cabeça do velho, imediatamente a profecia que ele acabará de contar a aquele estranho soou, na mesma voz asmática da profetiza que havia lhe contado.  


Quando o sangue da Nobreza Mágica se encontrar novamente em um só bebê, concebido por heróis e destinado ao seu próprio guardião, ele trará a próxima Era das Trevas. E sob a influência do poder mais perigoso existente, segurará o destino final do mundo mágico em suas mãos.


- Weasley, Prewett, Black, Malfoy, Lestrange e Rossier. – o loiro sussurrou consigo mesmo, pensando na antiga realeza mágica inglesa.


- Você vê, não? – a pessoa perguntou, parecendo que sorria. Lucius acenou levemente com a cabeça, chocado demais. – A história está apenas começando...


(.......)

Beeeeijos, mi amigas

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