O Jantar





- Certo, Harry... Vamos acabar logo esse jantar, eu te levo para o seu hotel, e acabamos logo com isso...
-É, pra você tudo parece simples assim, não é? Dá-se um jeito, abandona-se tudo e todos e voi la! Tudo resolvido! Mas comigo não é assim. Eu enfrento os meus problemas de cabeça erguida!
-Quem é você pra insinuar algo sobre mim? Sobre a minha vida? Se liga, Harry, eu não sou mais aquela garotinha educada....
-Isso você nem precisa dizer. Oh, meu Merlin... O que eu não daria pra saber o que realmente houve com você!
-Nada que seja da sua conta!
-Claro que é! Nós temos uma história, Hermione...
-A história passa, fica esquecida. As pessoas mudam e os sentimentos acabam. Aceite isso, aceite a nova Hermione e esqueça aquela garotinha boba que você conheceu!
-Eu não vou esquecer...Eu não quero esquecer. Você e o Rony foram a família que jamais tive. Pelo menos era. Até você partir, e o Rony morrer.
-O QUE? O RONY MORREU?
-Que bom que por pelo menos alguém do seu passado você ainda demonstra alguma afeição!
-Não seja injusto...O Rony..Merlin! Como isso aconteceu?
-Na verdade foi bem depois da morte de seus pais, uns 3 meses depois, e duas semanas depois de seu sumiço. Voldemort tentou me atingir, rony colocou-se na frente e... – disse ele, sem conseguir continuar. Aquela dolorosa perda ainda parecia tão recente, ainda sangrava.
-Oh, meu Merlin, eu não sabia...Eu não queria noticias da Inglaterra... Eu estava revoltada com a morte dos meus pais, com...
-Com?
-Esquece! Passou...
-Não passou,Mione! Você ainda sente falta do nosso mundo, da gente, de.. de mim!
Uma fina lágrima percorria o rosto da garota. Se ela sentia falta de tudo aquilo? Por mais que tentava negar isso para o mundo, para si mesma, ela sentia. Mais do que tudo. Mas ela não ia dizer isso, não podia admitir.
-Eu estou muito satisfeita com a minha vida aqui. Sou reconhecida, admirada, invejada.
-E amigos? Você tem amigos?
-Eu? Isso é importante.
-É, acho que vou ter de aceitar que a Hermione que eu conheci não existe mais.
-É, não existe.Parece que você finalmente compreendeu.
Eles ficaram num silêncio amargurado por longos minutos. A comida permanecia intocada, e algumas pessoas já observavam o estranho comportamento do casal.
-Você não vai comer nada? As pessoas estão olhando!
-Que se danem! Meu estômago está embrulhado demais para comer algo. Coma você!
-Hum, eu também não quero... Regime,sabe?
-Por que você não admite que esta situação a deixou balançada? É tão dificil assim??
-Eu não estou balançada! Deixe de ser presunçoso!
-Ah,não?Não preciso que você admita, posso ver em seus olhos.
-Uau! Olhem só como ele ficou esperto! Demorou,hein?
-O que você quer dizer com isso?
-Eu? Ah, não! Não quero admitir! Por que você não vê em meus olhos? – disse ela sacarticamente, fixando bem um olhar de censura no rapaz. Até que, ao mergulhar na tristeza daqueles olhos tão verdes a censura se perdeu-se, e deu lugar a um olhar amendrontado, quase que carinhoso. Oh, Merlin... Depois de tantos anos, aonde esse sentimento podia levá-la?
-Porque este estranho e inexplicável rancor a tornou impossivel de se penetrar. Mas, saiba.. Eu posso ver muito bem que você está com medo.
-Oras! Medo! De que, posso saber?
-De você mesma! De deixar cair esse redoma de proteção que você usa pra afastar os outros.
-Francamente! Que besteira.
-Oh, não! Não é nenhuma besteira. Você sabe disso. Eu sei que sabe.
-Chega disso,ok? Chega dessa conversa maluca. Vamos pedir logo essa conta e vou levá-lo ao hotel.
-Faça o que quiser. Mas você não vai fugir pra sempre!
-Veremos. Garçom! Traga a conta, por favor?
Segundos mais tarde o garçom trouxe a conta e entregou-a a Harry. No entanto, Hermione a puxou bruscamente, assinando algo lá.
-Eu gostaria de ter pago a conta,sabe?
-A conta já foi paga pelo ministro, eu só precisava assinar.
-Hum,ok. E como você vai me levar ao hotel?
-Um dos carros do ministério. Vamos!
Os dois se levantaram e saíram do lotado restaurante. As ruas estavam apinhadas, principalmente de turistas, que faziam as compras de natal de última hora. Harry observava tristemente o movimento das ruas.
A silenciosa viagem de carro demorou apenas 15 minutos. Harry nem percebeu quando Hermione parou o carro em frente a um luxuoso e extremamente lotado hotel.
-Oh, Merlim – começou ela a reclamar- Desse jeito vai ser dificil uma rápida acomodação aí.
-Pode ir embora, eu me viro sozinho.
-Se fosse só por você eu ia mesmo. Mas é meu trabalho, eu tenho que acompanhá-lo.
-Uau, quanta consideração – disse sarcasticamente.
-Eu não imaginava que você esperasse mais.
Os dois saíram do carro, Harry recolheu sua bagagem e eles rumaram para a recepção, que, assim como o resto do hotel, estava um verdadeiro caos.
-Com licença –começou Hermione, falando com uma bela mulher, a recepcionista – temos uma reserva em nome de Harry Potter.
-Reserva? Sinto muito senhorita, mas estamos lotados. Todas as reservas feitas já estão sendo utilizadas por seus respectivos donos. A não ser que tenho sido para outra noite. Quer que eu verifique?
-Claro.
Como era um elegante hotel trouxa, a bela recepcionista se dirigiu ao computador para verificar a reserva.
-Desculpe, senhora, mas houve um engano. Realmente foi feita uma reverva em nome do Sr. Potter. Nesse mês ainda, mas para o dia 26 de dezembro, não hoje, dia 22. Sinto muito.
-Você sente muito? E para onde vamos? Todos os hotéis dessa cidade estão lotados!
-É, eu sei isso. Também vi no noticiário. Mas não há nada que possamos fazer. Desculpe.
-Oras...-começou Hermione indignada.
-Tudo bem, senhorita – cortou-a Harry –Vamos Hermione, terá de haver ao menos um lugar vago nesta cidade!
-Não tem, Harry!
-Anda, vamos tentar!
Eles foram para o carro ministerial, onde Harry recolocou suas malas e Hermione pegou um telefone celular e uma lista telefônica. Sem nenhuma surpresa não havia vagas em lugar algum. Hermione estava ficando aterrorizada, enquanto Harry se divertia com o “desespero” da antiga amiga.
-O que vamos fazer,Harry? Já liguei para todos os hotéis desta cidade, os bons, os ruins, os péssimos, e não há vagas!
-Olha, eu fico bem em qualquer lugar.Posso ficar aqui no carro mesmo, pelo menos esta noite...
-Claro que não!!!
-Você seria demitida, não é isso?
-Não..Quero dizer, é. É isso,sim.
-Qual a outra solução que você vê, então?
-Já vi que não tem outro jeito. Vou ter de levá-lo para a minha casa.
-E você aguenta isso?
-Vou ter de aguentar, não é?




N/a: Miiiil anos depoooois, cá estou eu! Nem tenho cara de pedir desculpa! Haha! Mas sei lá, sinto muito mesmo! É que me desentusiasmei com fics em geral, só posto frequentemente mesmo na minha com a Dani, a Always – De uma tragédia nasce um amor , mas tô tentando mudar isso! E nem se preocupem, o proximo capitulo desta fic aqui já está escrito, falta só digitar e dar umas pinceladinhas a mais ;]
Desculpem pelo capitulo tosco, mas foi o máximo que consegui ;~~
Beijos, e comentem tá?
Quando mais comments fofosos mais vontade dar de postar rápido! =D
;***

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