Treinamento e Castigo
Em um pacato bairro da cidade de Surrey, ou talvez não tão pacato assim, todos os esnobes moradores de Little Whinging já haviam se recolhido para o conforto de suas casas. Porem nas ruas ainda se podia ouvir o barulho dos arruaceiros que vagavam por ali durante o verão, eles andavam pelas ruas gritando e batendo em qualquer um que fosse mais fraco que eles e passasse em sua frente, se dedicavam especialmente em destruir o bairro, viravam latas de lixo, quebravam caixas de correio, o parque infantil que estivera ali, não possuía mais nem um brinquedo inteiro mais.
Esses vândalos, como eram chamados pelos moradores, eram motivo de muita fofoca e discórdia entre vizinhos, discórdia porque os “vândalos” eram filhos de alguns dos mais respeitados moradores do bairro, mais esses moradores se recusavam a acreditar em tal coisa, diziam que os filhos nunca seriam capazes de fazer coisas como essas.
Mais isso não vem ao caso no momento, o que realmente importa tinha muito pouco a ver com os arruaceiros ou com os pais deles, o que realmente importava era uma luz acesa no segundo andar do nº. 4 na Rua dos Alfeneiros, naquele quarto estavam três dos mais estranhos jovens encontrados na cidade até mais estranhos talvez do que os vândalos que vagavam pelas ruas. Ali estavam três bruxos, Rony Weasley, Hermione Granger e Harry Potter.
_ Mione, da pra você explicar? _ disse o garoto mais alto com cabelo ruivo _ Só manda a gente ler não adianta muito.
_ Ok Rony _ disse ela com calma _ é só você tentar não pensar em nada, afaste todas as suas preocupações, tudo, tente não pensar em nada.
_ Isso é muito difícil! _disse Rony com cara de serio
_ Eu que o diga _ disse o moreno de cabelo bagunçado.
_ Eu sei que é difícil mais nós temos que aprender, e vocês sabem disso. _ respondeu Hermione _ agora se concentrem.
Todos os dias desde que chegaram aquela casa eram assim, praticavam Oclumência e Legilimência e tentavam aprender a teoria de outros feitiços com os livros que Lupim havia lhes mandado. Em pouco mais de uma semana já haviam conseguido muitos avanços, tudo graças ao empenho dos três, nem mesmo em Hogwarts eles haviam se empenhado tanto.
Eles estavam tão concentrados que só saiam do quarto para comer ou para ir ao banheiro, o que acabava despertando a curiosidade de Tia Petúnia, que três dias antes fora pega por Hermione escutando atrás da porta, o que causou muitos risos de Rony e Harry e uma Tia Petúnia mais vermelha que um pimentão. Desde e então a Sra. Dursley evitara encarar qualquer um dos três, o que acabou por ser bom, porque desde então não tinham mais tido interrupções em seus treinamentos.
Eles já estavam praticando a horas naquele dia e finalmente Rony havia conseguido fechar completamente a sua mente, já estava tarde quando ouviram o som da porta frente batendo. E da Sra. Dursley falando alguma coisa que não pode ser entendida pelos três.
_ O Duda chegou! _ disse Harry.
_Toque de recolher _disse Rony com um meio sorriso
_ Vamos dormir, amanhã continuamos _ disse Hermione começando a juntar os livros.
Duda chegar em casa, geralmente era o sinal do “toque de recolher” como era chamado por Rony, depois que ele chegasse os três deveriam ir dormir se não quisessem Tio Valter berrando na porta do quarto.
Depois de juntarem todos os livros, pergaminhos e mais algumas coisas que estavam espalhadas pelo chão e coloca-las em um canto do quarto, Hermione conjurava dois colchões no chão nos quais Harry e Rony dormiam, já que os Dursley não tiveram nem ao menos delicadeza de oferecer o quarto de hospedes, Harry deixara a sua cama para Hermione.
_ Não esqueçam de fechar a mente _ disse hermione depois que todos já estavam deitados _ e boa Noite!
‘Noite _responderam os outros dois em uníssono.
Os últimos acontecimentos abalaram permanentemente o mundo mágico, o ministério estava em caos e ninguém parecia fazer nada para mudar isso, tudo que o ministro fazia era sancionar novas leis de segurança que quase sempre resultavam em nada. Porem em sua ultima declaração ao Profeta Diário ele fora longe de mais.
O jornal trazia na primeira pagina uma manchete com os dizeres: Hogwarts Fechada! (mais detalhes nas pp. 3 e 4) e logo a baixo de uma foto onde se podia ver os portões de Hogwarts trancados com por um cadeado de aparência enferrujada.
Na noite de ontem, quinta-feira, o atual Ministro da Magia, Rufus Scrimgeour declarou que a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts não reabrirá para mais um ano letivo no próximo dia 1º de setembro.
“Depois do ataque do Comesais da Morte e o assassinato do nosso querido Dumbledore por um membro do corpo docente de professores, (Severo Snape, professor de DCAT) Hogwarts não é mais considerada segura, e será interditada por tempo indeterminado,” disse Scrimgeour parecendo um tanto cansado ao se dirigir aos repórteres.
“É para própria proteção dos alunos, que eles deverão permanecer em suas casas junto a seus pais e familiares longe de qualquer perigo.” respondeu o ministro quando questionado sobre o destino dos alunos, “ele apenas esqueceu de citar que nem ao menos nossas casas parecem estar seguras ultimamente,” destaca o repórter.
A noticia do fechamento de Hogwarts foi recebida com consternação e sobressalto pela comunidade bruxa, embora ainda não tenha sido esclarecido como os seguidores de Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado (mais conhecidos como Comensais da Morte) invadiram Hogwarts. O ministro afirma que tudo está sendo investigado. Há especulações de que os chamados Comesais tenham recebido ajuda de um dos alunos da instituição, Draco Malfoy, filho de um conhecido Comensal e antigo membro da socialite Bruxa, Lucius Malfoy.
Minerva McGonagall a atual diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts ainda não foi encontrada para dar qualquer declaração sobre o fato, entretanto Scrimgeour...
_ O que ele pensa que está fazendo? _ pergunta McGonagall que acabará de ler o jornal aquela manha.
_ Como ele pode? Nem ao menos nos comunicou _ disse Flitwick que estava em frente à mesa da diretora juntamente com os outros diretores das casas parecendo seriamente aborrecido.
_ Scrimgeour definitivamente passou dos limites _ disse Slughorn com cara de poucos amigos.
_ O que vai fazer Minerva? _ perguntou Sprout parecendo preocupada.
_ Tenho que falar com Rufus, se ele pensa que pode interferir em Hogwarts dessa maneira está muito enganado, _ disse Mcgonagall com um olhar severo _ Scringeour não sabe onde está se metendo, ele...
Ela foi interrompida por serie de pancadas na porta.
_Entre, Hagrid! _ disse Slughorn que havia se adiantado para abrir a porta.
Hagrid estava com um ar doentio, abatido, mais magro, pálido e até seus olhos estavam vermelhos como se estivesse acordado há muito tempo.
_Obrigado professor _ disse se dirigindo a Slughorn e logo depois se virando para McGonagall _ Professora o Scringeour está aqui, ele disse que quer falar com a Senhora.
_ Pois o diga para subir, realmente tenho assuntos a tratar com ele, _ respondeu McGonagall satisfeita.
_ O Problema é que ele não veio sozinho, Professora, _ respondeu Hagrid _ Acho melhor vocês virem comigo! _ disse saindo da sala no que foi seguido pelos outros.
Quando já estavam quase chegando ao saguão de entrada Flitwick se dirigiu ao guarda caça.
_Quem veio com o Ministro, Hagrid?
Hagrid não respondeu, apenas apontou para a pequena multidão a sua frente, havia cerca de trinta a quarenta pessoas ali presentes, todas com roupas rochas escuras, e logo a frente delas estava o Rufus Scrimgeour.
McGonagall estacou no topo da escada sendo ladeada pelos outros professores que estavam de espantados com o tamanho da comitiva do ministro.
_ Minerva, que prazer revê-la! _ disse Rufus sorrindo ao percebe a presença da diretora
_ O que estão fazendo aqui Scrimgeour? _ disse ela irritada e fazendo o sorriso no rosto do ministro desaparecer.
_ Eles vieram revistar o castelo. _ disse se referindo as pessoas de roxo.
_ Revistar o castelo? Mais como? Por quê? _ perguntou Sprout assustada será que havia mais alguem no castelo?
_ Este castelo, tem muitas passagens secretas, muitas delas desconhecidas até mesmo pelos professores, já está na hora de pormos um fim nisso. Tenho certeza que você não vai se opor não é Minerva? Não depois do que aconteceu?
McGonagall não teve tempo de responder
_ Mais é claro que vai, e se ela não se opor eu me oponho Hogwarts sempre teve seus segredos, e isso faz parte da magia que envolve o castelo, ela é assim desde que foi construída, _disse Hagrid visivelmente irritado _ nem mesmo Dumbledore conhecia todos seus segredos, e não será você que vai desvendá-los.
O ministro fuzilou Hagrid com um olhar assassino, mais o meio gigante não pareceu se incomodar.
_ Hagrid tem razão, se até hoje nenhum dos diretores dessa instituição conseguirão desvendar os segredos desse castelo, não será você a fazê-lo Rufus e...
_ Por Merlim Minerva, você realmente não vai levar em consideração o que... O que ele disse _ falou indicando Hagrid com um gesto da mão.
Hagrid não se abalou com o comentário apenas olhou para McGonagall a espera de sua resposta.
_ Mais é claro que levo em consideração o que Hagrid diz _ disse McGonagall fazendo surgir um sorriso discreto no rosto do guarda caça _ e neste caso em especial ele tem completa razão, então ministro, por favor, eu agradeceria se você pedisse aos seus... A seus Homens que se retirem e logo depois me acompanha-se, tenho assuntos a tratar com você _ finalizou ela mostrando a ele o jornal enrolado que ainda tinha em mãos.
Scringeour bufou mais mandou que seus acompanhantes se retirassem, mais tarde ele voltaria, sabia quando tinha perdido uma batalha, mais a guerra estava só no começo.
_ Acho melhor ir com eles para abrir os portões Hagrid _ disse Minerva calmamente.
_ E sobre o que seria o assunto que você gostaria de tratar Minerva? _ perguntou Scrimgeour como se já não soubesse.
_ Por favor, Scrimgeour, não se faça de desentendido _ disse Minerva com aquela voz professoral_ você sabe muito bem do que estou falando. Como você pode dar tal declaração sem nem ao menos comunicar o conselho da escola?
O Ministro ficou levemente desconsertado com a pergunta tão direta, mais logo se recompôs.
_ Eu pensei que devido aos últimos acontecimentos o conselho não discordaria e é claro que...
_ Pois pensou errado Ministro, pois o conselho não aprovou sua decisão. _ disse um rapaz loiro de olhos castanhos que entrara silenciosamente pela porta de carvalho acompanhado de mais três jovens.
O ministro procurava de onde tinha vindo à voz do atrevido que lhe interrompera, os demais professores também procuravam McGonagall ao avistar os jovens sorriu, Flitwick e Sprout os encaravam como se não acreditassem que eles estivessem ali, e Slughorn olhava para todos curioso, tentando entender quem eram aqueles jovens. Quando Scrimgeour finamente avistou quem fora que lhe interrompera o fuzilou com os olhos.
_ E quem é você rapaz, para falar pelo conselho de Hogwarts? _ perguntou o ministro _ Alias quem são vocês? E como entraram aqui pensei que os portões estivessem trancados? _ disse se virando para Hagrid que se retornara a pouco e que também exibia um enorme sorriso.
_ E realmente estão _ disse o garoto se referindo ao portão.
_ Mais então como? Como vocês entraram? _ disse o ministro discretamente tirando a varinha do bolso despertando os antigos instintos de auror.
_ Guarde sua varinha ministro! Ninguém aqui tem a intenção de te azarar, não até agora. _ disse uma das acompanhantes do rapaz loiro que interrompera o ministro, era uma garota de cabelos pretos e olhos acinzentados e que mantinha um olhar firme.
O Ministro obedeceu sem saber o porquê mais obedeceu recolocou a varinha no bolso e continuou a encarar os jovens que agora tinham um olhar divertido como se tivesse achado graça na reação do ministro.
_ Mais vocês não responderam quem são vocês? _ perguntou novamente o ministro.
A garota de cabelo castanho que até então permanecera calada se adiantou
_Ah, claro não nos apresentamos, eu sou Eliza Bagshot, este é Michael Jaeger, _ disse se apontando o moreno _ David Walters _ o loiro que interrompera o ministro_ e Nicolle Carter _ finalizou apontando a garota de cabelos pretos.
_ Muito prazer, _ disse Scrimgeour com falsa cordialidade _me desculpe mais ainda não sei quem são você. E o que fazem aqui? Hogwarts foi interditada _ Scrimgeour frisou a ultima palavra no que McGonagall soltou uma nota de impaciência.
_Você saberá quem somos e momento certo ministro, _ disse o rapaz chamado Michael _e quanto ao que viemos fazer, no momento basta saber que viemos falar com a Professora McGonagall, então se você não tem mais perguntas, professora podemos conversar? _ finalizou se dirigindo a McGonagall.
Minerva que sorria aparentemente satisfeita com a resposta do rapaz ao ministro, afirmou com a cabeça.
_ Bom, Rufus acho que acabo de resolver o problema que tinha a tratar com você, _ disse de virando para subir as escadas novamente _ Agora minhas desculpas mais tenho assuntos a tratar, Hagrid lhe acompanhara até os portões. E depois Hagrid, por favor, vá até minha sala. Filio, Pamona e Horácio vamos, e vocês quatro também _ se dirigiu aos quatro jovens que se afastaram para o ministro passar.
Ao chegar a sala que outrora pertencera ao professor Dumbledore, McGonagall transfigurou cadeiras para todos e logo depois se dirigiu a sua mesa.
A garota de olhos acinzentados que se chamava Nicole fitava o quadro do professor Dumbledore como se recordasse de algo, o Dumbledore do quadro que aparentemente estava dormindo lhe deu uma piscadela que a fez sorrir e logo depois voltou ao seu estado imóvel, Minerva que não havia visto a piscadela do professor mais reparara na garota observando o quadro explicou:
_ Ele ainda não acordou, permaneceu dormindo desde que o quadro apareceu. _ disse com uma voz triste, a garota não disse nada apenas fez um sinal de que entendera com a cabeça.
Logo depois Hagrid entrou pela porta, sorrindo.
_Professora o Ministro já foi, eu acompanhei ele até o portão e depois ele aparatou.
_Obrigado Hagrid! _ respondeu a professora
_E você seus pestinhas _ disse com um olhar divertido de quem queria parecer bravo mais não obtivera sucesso _ terminaram os estudos e simplesmente desapareceram, se esqueceram até mesmo dos amigos!?
Os quatro ficaram ligeiramente vermelhos com a acusação do antigo guarda caças.
_ Desculpe não termos vindo te visitar Hagrid, é que... _ começou Liza ainda vermelha.
_ É que o que? – perguntou o meio gigante _ estavam muito ocupados? É isso?
_ É isso mesmo Hagrid! _ disse Nick sorrindo _ E você pare de bancar o zangado, porque não está convencendo ninguém.
Ao ouvir as palavras da garota Hagrid sorriu, como não sorria desde o que acontecera com Dumbledore e abraçou a garota com tanto entusiasmo que até a levantou do chão.
_ Senti sua falta Hagrid _ sussurrou para que só ele ouvisse
Depois o meio gigante abraçou um por um dos que estavam na sua frente, abraçando por ultimo Mike.
_ Um dia você ainda quebra a coluna de alguém Hagrid _ disse em tom de brincadeira, no que fez todos rirem.
_ Mais afinal, quem são vocês? _ perguntou Slughorn que já não conseguia mais conter a curiosidade _ Se é que eu posso saber é claro!
McGonagall olhou insegura para os quatro como se não soubesse se deveria contar ou não. Davi assentiu com a cabeça. E a professora respondeu
_ Esses Horacio, são os Guardiões de Hogwarts!
_ Eu não acredito! Não pode ser! _ disse Hermione que acabara de abrir o jornal que chegara a poucos minutos triste.
_ O que foi Mione? _ perguntou Ron preocupado – Outro ataque? Alguém que nós conhecemos?
Disse chamando a atenção de Harry que até então estava concentrado lendo um dos livros que Lupim havia mandado.
_ Não, é Hogwarts, _ disse ela triste _ foi fechada! È a manchete de hoje _ explicou mostrando a primeira pagina aos outros dois e se deixando cair sentada na cama,
_ Mais Mione, nós já sabíamos que era possível que isso acontecesse _ disse Rony sentado ao lago dela e tentando consola-la _ E mesmo se Hogwarts reabrir, nós não iríamos voltar, não é?
_É Rony, mais mesmo assim, _ disse Hermione _ são mil anos, Mil anos Rony, e isso nunca aconteceu...
_Eu sei, também me sinto mal por isso _ falou Ron com sinceridade _ Hogwarts era como se fosse nossa casa, mais pense que é só até essa guerra acabar. Só até nós acabarmos com o Vol... com o Voldemort.
Mione olhou espantada para Rony, ele nunca havia dito o nome antes, Harry não demonstrou espanto, apenas sorriu,
_ Mais tem uma coisa estranha, _ disse Harry que pegara o jornal das mãos de Hermione para ler a reportagem _ Olhem, “Minerva McGonagall a atual diretora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts ainda não foi encontrada para dar qualquer declaração sobre o fato...” _ Se Hogwarts fosse realmente fechada quem deveria dar a noticia era McGonagall não o ministro.
_ Você tem razão, porque ela deixaria isso com o ministro? E não seria “encontrada para dar declarações”? McGonagall não é o tipo de pessoa que foge... _ perguntou Rony
_ Realmente muito estranho, a não ser, que o ministro quisesse que ela não fosse encontrada, _ falou Mione mais para si mesma do que para os outros dois _ Agora a pergunta é, mais porque ele não iria querer que ela fosse encontrada pela imprensa?
_ Isso não tem como nós sabermos, não agora. _ disse Harry.
Como ninguém disse mais nada sobre o assunto Harry voltou a ler seu livro, no que foi seguido por Rony e Hermione. Harry desde que voltara a casa dos Durley vinha treinando duro, passava horas concentrado em livros, e havia conseguido progresso em legilimência também, ele conseguira penetrar na mente de Hermione por duas vezes enquanto estavam treinando, Mais o maior progresso visivelmente fora em oclumência, nem Rony nem Hermione conseguiam mais penetrar nos pensamentos de Harry como conseguiam quando chegaram a casa. Mais os avanços não eram visíveis somente em Harry, Hermione e Rony também, haviam progredido muito, Rony a contrario do que Hermione esperava se dedicava ao máximo ao treinamento, o fato de não poderem utilizar magia atrapalhava muito, mais mesmo assim eles continuavam, aprendiam à teoria dos feitiços, praticavam Legilimência e Oclumência, e assim se passaram cinco longas semanas, agora faltavam apenas uma para que Harry completasse dezessete anos e pudesse deixar aquela casa.
Slughorn ao ouvir a resposta da professora McGonagall, arregalou os olhos, e se levantou de supetão, encarando ela como se ela tivesse dito algo absurdo.
_Mais como? Não pode ser! Isso é só uma lenda... _ disse ele inseguro _ não é?
_ Somos tão lendas quanto à câmera secreta _ disse Davi que estava se divertindo com o espanto de Slug.
_ Horacio se acalme, sente-se _disse McGonagall a Horacio _ Então você já conhece a lenda?
_ Eu já ouvi falar mais nunca me aprofundei no assunto _ respondeu ele mudando, tom de espanto, para o de curiosidade.
McGonagall respirou fundo, enquanto todos permaneciam em silencio.
_ Como com certeza vocês todos sabem, a cerca de mil anos, Hogwarts foi fundada pelos maiores bruxos da época, Helga Hufflepuff, Rowena Ravenclaw, Godric Gryffindor e Salazar Slytherin. Três dos quatro fundadores conviviam em perfeita harmonia, porem Salazar Slytherin queria ser mais seletivo em relação aos alunos que entravam em Hogwarts, não admitindo assim que bruxos nascidos trouxas, ou sangues ruins como eram chamados por ele, entrassem em sua casa, _ McGonagall parou por alguns segundos mais logo reiniciou, _ Como os outros três fundadores, não compactuavam com tal comportamento, Salazar optou por se afastar de Hogwarts, deixando aqui a câmara secreta e o juramento que um dia seu herdeiro se vingaria matando todos os que ele, Slytherin, considerava indignos de estudar aqui em Hogwarts.
_ Mais essa é lenda da Câmera Secreta e não dos Guardiões _ interrompeu Slughorn.
_Se você me permiti continuar! _ respondeu ela irritada
_ Claro, me desculpe!
_ Diz a lenda, que preocupados com a promessa de vingança de Slytherin, e com as possíveis brigas que aconteceriam entre seus herdeiros, os fundadores nomearam quatro guardiões, de sua confiança, para que esses protegessem o castelo e os alunos, não só contra o “Herdeiro de Slytherin” mais contra todo o mal que pudesse se abater sobre o castelo. E diz também a lenda que esses mesmo guardiões ainda permanecem em Hogwarts a protegendo de todo o mal que possa a atingir.
_ Mais é claro que, assim como em todos os tipos de lenda, essa foi indiscutivelmente aumentada, e que grande parte do que é contado por ai, são apenas crendices populares.
_ Mais do que você contou o que seria “crendice popular”? _ perguntou Slughorn visivelmente interessado no assunto.
_ O fato de os “mesmos” Guardiões permanecerem em Hogwarts _ respondeu Nick que ainda estava abraçada com Hagrid _ não são os mesmos, até mesmo porque ninguém vive mil anos, pelo menos não sem algum tipo de “ajuda”.
_ Mais se não são os mesmo, quem são vocês?
_ Sempre que um Guardião esta doente, muito velho, ou impossibilitado de alguma forma para o trabalho, ele escolhe um sucessor, alguém de confiança, que após terminarem um treinamento, se torna o novo guardião _ explicou Liza com muita paciência._ esse “ritual” é repetido a mil anos, e nós, fomos os últimos guardiões escolhidos.
Depois da resposta de Liza, Slug permaneceu calado tentando absorver as informações que havia recebido.
_ Mais o assunto que nos trouxe aqui, não foi esse. _ começou Mike um pouco mais serio _ Professora, o que saiu no jornal, é verdade?
Houve um momento de silencio onde todos olharam para McGonagall esperando uma resposta.
_Espero que não Mike, eu realmente espero que não! _ disse a professora deixando transparecer um olhar de cansaço.
_ O que você quer dizer com “espero que não” professora? _ perguntou Liza.
_Ah Liza, _ começou ela _ nós estamos vivendo em tempos tão difíceis, e depois do ataque e o que aconteceu com o Dumbledore, não sei se os pais dos alunos vão permitir que seus filhos voltem. _ disse McGonagall _ Eu não queria fechar Hogwarts, eu não queria mais parece que não temos alternativas.
_ Mais é caro que temos! _ disse Davi o que fez todos olharem pra ele com curiosidade _Talvez, alguns alunos não voltem realmente, mais eu não acredito que serão todos. Hogwarts é o segundo lar de muitos alunos, e apesar do que aconteceu, Hogwarts ainda é o lugar mais seguro no momento. E nós quatro podemos cuidar da segurança do castelo se for preciso.
_ Por favor, Professora _ disse Hagrid, se juntando aos garotos _ Seria muito triste que ver Hogwarts vazia...
_ Acho que eles têm razão Minerva, você se lembra no que Pamona disse, no dia... _ ele deu uma breve olhada para o quadro de Dumbledore _ no dia que tudo aconteceu? _ disse Flitwick com sua vozinha enviesada _ Se houver um aluno que queira voltar, nos estaremos aqui para ensinar.
McGonagall com um olhar indeciso para todos.
_ E professora, se fecharmos Hogwarts, será como se Voldemort tivesse vencido, _ foi notado que logo após menção do nome ouve um desconforto entre os professores _ e sem ninguém aqui será muito fácil para ele se apossar do castelo, foi isso que ele sempre quis, não foi?
Com as ultimas palavras de Nick a diretora pareceu se convencer.
_ Vocês te razão, não podemos deixar Hogwarts a mercê de novos ataques. Estaremos aqui para protegê-la _ McGonagall estava decidida e recuperara o antigo brilho no olhar_ E se algum aluno quiser voltar, estaremos esperando no dia 1º de setembro.
_ E nós estaremos aqui para ajudar em tudo que for preciso! _ disse Liza sorrindo. _ Será ótimo voltar ao castelo.
_ Maravilhoso! _ disse Nick com um sorriso maroto.
_ Exatamente, só espero que não se empolguem muito, e retornem aos seus antigos costumes de tempo de colégio _ disse ela severamente. _ Eu não sou mais sua professora, mais ainda posso lhes dar uns bons puxões de orelha, se for preciso é claro.
_ Não professora, imagine, nós não fazemos mais esse tipo de coisa. _ disse Mike com um olhar inocente que não enganava a ninguém.
_ È professora, agora nós crescemos e nos tornamos Homens responsáveis! _ disse Davi com o mesmo olhar de Mike.
Ao ouvir as ultimas duas palavras de do garoto Liza e Nick que já estavam segurando a risada começaram a gargalhar, de tal forma que pareci que alguém invisível estava lhes fazendo cócegas.
_ Do que vocês duas estão rindo? _ perguntou Mike lançando um olhar assassino às duas garotas.
_ De nada me desculpe não foi nada _ respondeu Liza tentando se controlar,
_ Agora vamos ao trabalho que temos muito que fazer, _ disse McGonagall que havia sorrido discretamente ao ouvir os garotos _ temos que escrever aos alunos para saber quem vai voltar, você poderia cuidar disso Filius?
_ Claro, se me permite já estou indo. _ disse ele se encaminhando a porta da sala.
_ Horacio, você poderia falar com os outros professores para sabermos os que permaneceram?
_ Claro, já estou indo! _ disse ele também se retirando da sala, mais não antes de lançar um olhar avaliativo aos Guardiões e depois sorrir como se tivesse aprovado, é parece que Horacio Slughorn estava cobiçando quatro novos valiosos integrantes para sua enorme coleção de “amigos”.
_ Pamona, preciso de um favor, _ disse McGonagall com um sorriso maroto, ela rabiscou alguma coisa em um pedacinho de papel _ Mande uma coruja a essa pessoa e diga que venha ainda hoje, _ disse integrando o papel a Sprout que enrugou levemente o semblante ao ler o nome no papel _ Vamos fazer uma surpresa para o Ministro.
Sprout saiu da sala com um estranho sorriso nos lábios.
_E Hagrid, é claro temos que restaurar sua cabana, _ nesse momento Hagrid sorriu abertamente _ acho que vocês dois podem o ajudar com isso não podem? _ perguntou aos dois garotos e sem esperar resposta continuou
_ E vocês garotas fiquem a vontade apenas esperem um segundo quero que levem uma quarta minha até o curujal.
_Sem problemas _ disse Nick sorrindo.
_Eu já vou indo então professora, até mais _ disse Hagrid.
_A claro Hagrid e se precisar de alguma coisa para o conserto da cabana.
_ Obrigado professora, vamos garotos? _ disse já se retirando.
Os garotos seguiram o antigo guarda caça resmungando baixinho algo que pode se entendido como “Nós sempre ficamos com o trabalho pesado, ela nunca fazem nada...”
Às vezes em nossa vida nós vemos obrigados a fazer escolhas, escolher um caminho a seguir, “Escolher entre o certo e o fácil”, como diria Dumbledore, e estranhamente nós temos uma tendência a seguir o fácil, mais o fácil nem sempre continua fácil até o fim, o que no começo parecia bom pode se tornar um pesadelo, pode ferir, e o pior de tudo não fere a nós mesmos apenas, fere também aos que estão próximos de nós, fere principalmente a quem amos. E quando isso acontece, quando vimos que nossos erros, afetam quem amamos, é ai que descobrimos a verdadeira dimensão de nossas escolhas, é ai que descobrimos a dor verdadeira. A dor que nos coroe por dentro, a dor da culpa. Era essa dor que o garoto de cabelos loiros desgrenhados e aparência doentia estavam sentindo, e era por isso que lagrimas escoriam em sua face.
Draco Malfoy, um garoto de exatos 17 anos, que outrora abusara do conforto e do lusco da fortuna dos Malfoy, agora estava jogado em um quarto escuro que a ele mais parecia uma masmorra, a única luz existente no cômodo era a luz da lua que vinha de uma janela com grades bem no alto da parede, a qual ele não alcançava, no cômodo não havia mobília a não ser um colchão rasgado em um canto, no qual ele estava sentado com as costas escoradas na parede úmida.
Draco remoia as lembranças dos acontecimentos recentes, o assassinato de Dumbledore, a fuga de Hogwarts, a ultima rebelião em Azcaban cinco dias após a invasão a antiga escola, rebelião na qual seu pai fora livre, e por fim o acontecimento do dia anterior, o seu encontro com o Lorde das Trevas!
[Flash Back]
_ Mi’Lord por favor não o castigue ele é só um garoto, ele não poderia.
_ Cale-se Cissa, a idade dele não é desculpa, na idade dele eu já havia feito coisas muito piores do que matar um velho caduco, _ disse Voldemort, sorrindo como se se houve lembrado de algo muito prazeroso, _ Draco venha até aqui.
Draco que até então, permanecera imóvel no meio do salão, sentiu o sangue congelar mais se dirigiu até a frente da cadeira de prata onde Voldemort estava sentado, sua pernas estavam bambas e ameaçavam perder o equilíbrio a qualquer estante mais mesmo assim ele continuou.
_ Eu vou lhe dar uma chance para se explicar, apenas uma ouviu? _ disse Voldemort com uma voz gélida que fez os todos os pelos de Draco se arrepiarem _ Então, pode começar. Por que você não matou aquele velho, quando ele estava fraco e desarmado? Porque Draco?
Draco não sabia o que responder, estava com medo, já vira Voldemort castigar seus cervos antes, e ele não era uma cena nada agradável de ver, pensou em mil historias a contar, mais por fim acabou decidindo-se pela verdade, Não porque era fiel a Voldemort mais porque ouvira falar que ele era um perfeito Legislimente e que não era fácil conseguir enganar o Lorde,
_ Eu não pude. _ disse ele tão baixo que só o que pode ser ouvido foi um muxoxo indecifrável.
_ Fale alto moleque, não abuse de minha paciência _ disse Voldemort em tom de alerta,
_Eu não pude, não consegui _ disse ele mais alto dessa vez.
Voldemort se permitiu uma gargalhada fria e sonora que pode ser ouvida por toda a fortaleza.
_ Você ouviu isso Lucius? _ disse se dirigindo ao um homem loiro próximo a porta _ Seu filinho não pode matar Dumbledore, ele não conseguiu _ falou em tom de deboche. _ Estou começando a achar que Draco tem um coração bom, ele sentiu pena do velho, não foi garoto?
Draco permaneceu calado.
_ O problema Draco, é que eu não posso permitir esse tipo de fraqueza em meus cervos, _ Voldemort se levantara de sua cadeira e agora andava em volta de Draco _ Imagine o problema que teria me causado se não fosse nosso querido Snape, aquele velho ainda poderia estar vivo _ ele disse a ultima no ouvido de Draco com um grito que fez Draco se encolher como se tivesse levado uma tapa.
Voldemort retirou a varinha de um bolso interno de sua veste e a aponto para Draco,
_ Mi’Lorde, por favor, não, não o castigue, castigue a mim, _ Narcissa Malfoy tinha se jogado no chão aos pés de Voldemort _ Por favor, eu imploro, por favor!
Voldemort olhava para Narcisa com um misto de nojo e diversão, já Lucius que também estava presente na sala não esboçava nem um tipo de sentimento ou reação com relação à mulher ou ao filho.
_ Cissa, minha cara Cissa, se levante, _ disse Voldemort ajudando a mulher a se levantar _ Acho que Draco não merece, mais vou atender a seu pedido, não vou castigar Draco...
Draco olhou incrédulo para Voldemort, Narcisa cairá novamente, mais dessa vez de joelhos.
_ Obrigado Mi’Lord, muito obrigado, o Senhor é muito generoso...
_ Porem, _ ele a interrompeu _ eu não posso deixar isso assim, se eu não fizer nada, meus servos vão pensar que eu estou ficando fraco ou pior que estou ficando com o coração mole, e isso eu não posso admitir, não não _ e com um gesto rápido da varinha lançou uma maldição, que fez Narcisa Malfoy gritar desesperada.
Draco ao ver a mãe sendo torturada pulou em Voldemort que com um gesto rápido o lançou na parede, Draco caiu ainda consciente mais impossibilitado de se mexer, Voldemort o havia paralisado por meio de feitiço, ele viu a mãe ser torturada por muito tempo até que finalmente ele se cansou, Draco sentiu uma lagrima escorrer pelo rosto já sabia o que procederia viu uma luz verde atingir Narcisa no peito e logo depois ouviu o baque do corpo caindo no chão, ele procurou pelo pai que ainda permanecia imóvel indiferente ao que aconteceu a sua mãe. E com lagrimas no rosto ele desmaiaou.
[Fim do Flash Back]
Ao se lembra do pai Draco sentiu um ódio crescer em seu peito, aquele homem deixara sua mãe morrer sem fazer nada, ele assistira a ela ser torturada sem nem ao menos demonstrar pena, Draco o odiava com todas as forças que tinha, e jurara que um dia se vingaria. Mais no momento a única coisa que Draco queria era fugir daquele lugar, mais estava muito cansado, precisava dormir, pensaria nisso quando amanhecesse.
Algumas horas depois, longe dali mais precisamente no centro de Londres, Rufus Scringeour encarava o teto de seu gabinete, ele estava cansado havia dormido poucas horas aquela noite, houvera outro ataque a trouxas, provavelmente só mais uma das “festinhas” dos comesais. As conseqüências da festinha foram dois trouxas e um membro do esquadrão de elite no hospital, e ele ainda tinha que pensar em como procederia com McGonagall No dia anterior fora quase enxotado do castelo, e aqueles garotos, quem eram? Scringeour foi tirado de seus devaneios pelo barulho de batidas na porta.
_ Entre! _ disse ele desanimado.
Uma mulher morena de aproximadamente uns trinta anos entrou, pela sala.
_ Vim trazer seu jornal e, chegou isso para o senhor disse ela pondo em cima da mesa uma carta com o selo de Hogwarts, Scringeour enrugou o semblante ao ver o selo na carta, murmurou um obrigado para a secretaria que se retirou. Viu que a carta tinha como remetente McGonagall e ao abrir enrugou ainda mais o semblante. Só havia três palavras na carta
Leia o Jornal.
Scringeour deixou a carta de lado e pegou o jornal na mesa e ao ver a primeira pagina disse um palavrão e saiu da sala batendo a porta.
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N/A: Ai Meu Merlim, que vergonha, eu sei eu sei eu demorei, o meu pc deu pau... Mais pelo menos dessa vez vocês não podem reclamar do tamanho do cap. 19 paginas de Word, e nem assim eu consegui colocar tudo que eu queria, mais eu já to escrevendo o cap. 5, não vou estipular data mais acho que não vai demorar. Bjus e Obrigado pela paciência.
Ainda a procura de uma Betha
Mone-JP: Anem, eu ia gosta tanto se vc fosse minha Beta, mais se seu pc ta estragado... Se arruma e vc quiser ser a minha beta me manda um e-mail. E quanto a Harry e Gina, espera, acho que você vai gostar do que eu vou fazer... T+, bjus
Eduardo Gomes: Meu querido sobrinho, eu tenho outra fic sim, + eu na postei ela então quando eu posta eu te mando o Link, e eu te desculpo pela demora em comenta se vc me desculpa pela demora em posta? E eu te entendo, tbm leio mts fics, Bjus
Daniel m. dos santos: Digamos que o seu chute foi muito bom, eu realmente no começo pensei em colocar os Guardiões como se fossem herdeiros dos fundadores, mais ai eu lembrei que o Voldemort é o ultimo herdeiro vivo de Slytherin, então ia sobra alguém... bjus pra ti tbm!
Bernardo filho: Obrigado! ^^
Marcio (Rabino): Obrigado pelo toque, eu nem tinha reparado e add ai; [email protected]
Renato: Desculpe pela demora e mt obrigado, bjus
Felipe: Mt obrigado, espero que sejam elogios msm, mais se a fic tive ruim e vc quiser xinga tbm... A opinião de vcs é mt importante!
Fernando: O cap. ta ai, espero que tenha gostado e obrigado!
Anita: Quem vc pensa que é, pra fica me cobrando hein sua pirralhinha? Brincadeira! Bjus
Eric Roberto Brasil Lopes: Primeiro obrigado, e espero que vc goste não só do final + da fic toda! T +
Manoella: Obrigado!
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