Enfim, o dia das Bruxas!



Cap-21
Enfim o dia das Bruxas!

A semana passou muito devagar, Harry podia contar os segundos, e isso era uma coisa que ele não queria, pois desde que Alessandra lhe dissera que eles iriam resgatar Sírius no dia das Bruxas ele esperava ansiosamente.

Quando ele chegou à sala comunal naquela tarde em que foram buscar a taça de Hufflepuff, ele informou à Rony e a Hermione o que Alessandra lhe pedira. No dia seguinte Rony e Hermione foram se encontrar com a diretora e quando voltaram se encontraram com Harry e contaram tudo que se passou no encontro.

“Ela quer nossa ajuda quando vocês forem para o ministério.” Falou Hermione para Harry enquanto eles jantavam.

“Ela quer que aprendamos em uma semana um monte de coisas.”

“Ai Rony! Vai ser esplendido! Vamos aprender uns feitiços avançados e algumas coisinhas mais.”

“É ainda bem que é você quem vai ter que estudar hierogrifos!”

“Não é hierogrifo, é hieróglifo! E ela vai querer que na sexta você venha conosco para ela conversar sobre o plano.” Falou Hermione colocando uma colher de sopa na boca.

“Mas o dia das bruxas é no sábado!”

“Eu sei Harry, mas ela disse que seu papel na execução do plano é muito importante para você ficar se preocupando antes do tempo.”

“Eu me preocupo muito mais quando não sei das coisas!” falou Harry emburrado.

“É nós sabemos!” falou a garota rindo.

“Mas ela pediu para a gente sempre lhe contar os mínimos detalhes.” Falou Rony agora olhando a namorada que agora estava em gargalhadas a plenos pulmões no meio do salão principal com todos ao seu redor olhando para ela.-

“Mione você está bem?”

“Eu....HaHaHa....Tô!” antes que eles pudessem dizer mais alguma coisa ela se levantou e saiu em direção à torre da Grifinória, deixando os meninos ali parados sem dizer nada.

As aulas estavam chatas, os professores estavam chatos e as tarefas que eles passavam estavam mais chatas que tudo. Harry não conseguia pensar em nada, mesmo Rony e Hermione dizendo tudo que acontecia na sala da diretora, ele não conseguia pensar em nada mais do que na sexta em que iria falar com ela e saber o que eles iriam fazer para libertar Sírius daquele lugar.

Quando finalmente chegou na sexta ele assistiu as aulas com Rony e Hermione e depois da aula do Prof°. Flitwick eles correram para o dormitório onde Harry pegou a caixa do medo e foram direto para o gabinete da diretora. Ao chegarem lá eles foram recebidos por Tonks e Lupin que estavam com a diretora.

“Oi ainda bem que vocês chegaram cedo, temos um probleminha para resolver!” disse Alessandra quando eles chegaram.

“Que tipo de probleminha seria esse?” perguntou Rony meio irônico.

“Nós não temos permissão para entrar no departamento de mistérios!” respondeu Lupin sério.

“Como assim? E agora?” perguntou Harry se levantando da cadeira em que
acabara de se sentar.

“É simples! Você se lembra do dia que o ministro veio aqui conversar comigo?” disse Alessandra à Harry.

“Lembro sim!”

“Pois então! Eu fui pedir autorização à ele e ele nem me atendeu!”

“Mas ele tem obrigação de atender você!”

“Eu sei, mas temos que concordar, eu botei ele literalmente para correr daqui naquele dia.” Disse ela rindo.

“Mas e agora?” Perguntou Harry.

“Só temos até agora duas soluções, a primeira, que eu acho que ninguém vai aceitar, é tentarmos de novo com o ministro e você Harry vai comigo para conversar com ele.”

“Isso nunca!”

“E a segunda é irmos clandestinamente!”

“Clandestinamente?” perguntou Hermione.

“È, sem avisarmos nada à ninguém. Tonks pode conversar com a amiga dela do departamento de mistérios e podemos entrar no departamento sem ninguém saber que estamos lá.”

“Prefiro a segunda.” Disse Rony todo entusiasmado.

“Eu também!” concordou Harry.

“Então está decidido!” disse a Garota também empolgada.

“Vocês estão sendo muito irresponsáveis! Já vamos fazer algo que nunca foi feito antes e ainda vamos ter que fazer escondidos?” perguntou Hermione com um olhar de total repreensão.

“Mas isso não é um problema tão grande, afinal vocês foram para o ministério sozinhos no quinto ano e conseguiram passar por tudo sem que ninguém percebesse.” Disse Tonks que agora estava sentada com a cabeça encostada no namorado.

“É mas naquela época estávamos desesperados!” respondeu Hermione.

“E agora não! Mais um motivo para dar certo!” disse Alessandra tranquilamente.

“E qual vai ser o plano?” perguntou Harry à Alessandra ignorando o desespero de Hermione que agora era abraçada por Rony.

“Tudo tem que ocorrer nos quinze últimos minutos do dia das bruxas, ou seja, temos que sair daqui no máximo onze e quinze, usamos uma chave portal para o saguão de entrada do ministério que à essas horas estará provavelmente vazio e nos encaminhamos ao departamento de mistérios onde a amiga de Tonks estará à nossa espera para nos informar o local exato da sala.” Falou Alessandra calmamente.

“Certo e se não der certo temos um plano B?” perguntou Hermione, ainda abraçada por Rony.

“Temos, saímos correndo!” respondeu a garota rindo, algo que deixou Hermione completamente extasiada.

“Vai dar certo Mione, e vamos todos sair bem e com o Sírius de volta.” Disse Lupin dando um sorriso consolador para a menina.

“O.K.! Vamos aos papeis de cada um. Primeiro o mais importante é conhecer o local.” Alessandra se virou e com um aceno de varinha fez aparecer uma maquete exata da sala do véu, porem com alguns desenhos no chão da maquete e seis bonequinhos que provavelmente seriam eles. -

“Os desenhos! Hermione e eu fizemos um estudo intenso para saber o que significava cada um, eu fiquei com o grego e ela com os hieróglifos, cada um de nós vai ficar em uma ponta da estrela, fechando assim a corrente de energia entre o mundo dos vivos e dos mortos, isso impedirá que algum espírito saia do véu enquanto Harry estiver dentro.”

“Alessandra!” chamou um dos quadros.

“Sim Papai.”

“Você por acaso está pensando em abrir a passagem do mundo dos vivos e
dos mortos?”

“Estou papai.”

“Você sabe no que isso pode implicar?”

“Sei pai.”

“Está bem, se você sabe e vai continuar eu confio em você.”

“Obrigada Papai.”

“Quais são as implicações que isso pode causar?” perguntou Harry curioso.

“Uma invasão de espíritos maus do além ao mundo dos vivos.” Respondeu ela tranquilamente.

“Só isso!” disse Harry ironicamente.

“Só, mas estamos tomando todas as providências para que isso não ocorra. Voltando, Harry, você vai entrar no véu e procurar Sírius, já que é você que tem uma ligação maior com ele e foi você quem sonhou com ele.” O rapaz acendeu com a cabeça. –“Rony e Lupin irão ficar responsáveis por puxar Harry de volta, com Sírius ou sem Sírius.”

“E todas aquelas coisas que a gente aprendeu foi em vão?” perguntou Rony, que agora recebia uma cotovelada de Hermione.

“Não Rony, aquilo foi precaução. Se algo acontecer a alguém os outros vão saber o que fazer. Afinal, lidando com uma coisa dessas todo cuidado é pouco! Pronto acho que todos já sabemos o que fazer então amanhã de onze horas todos aqui, certo? Agora todos voltemos aos seus afazeres, pois eu e Tonks temos muito o que fazer para a festa de amanhã.”

“Festa?” perguntou Rony desnorteado, enquanto voltavam para o salão comunal.

“É Rony, amanhã é dia das bruxas, tem festa no colégio todo ano se lembra?” disse Hermione sem paciência.

“Então vamos perder a festa?”

“É Ronald, bela conclusão!”

“Não precisa ser grossa, tá bom?”

“Eu não estou sendo grossa!”

“Está sim, se não gosta do meu jeito de ser então por que está namorando comigo?” perguntou o rapaz zangado e depois virou as costas para a namorada e o amigo e foi para o dormitório.

“Nossa primeira briga como namorados!” disse Hermione com raiva sentando no sofá ao lado de Harry. –“Eu fui grossa?”

“Foi!”

“E agora o que eu faço?”

“Vá falar com ele!”

“E se ele não quiser falar comigo?”

“Ele só está esperando que você suba para falar com você, ele realmente gosta de você!”

“Obrigada!” disse a garota abraçando o amigo e se levantando para ir ao dormitório masculino à procura de Rony.

Sozinho na sala comunal Harry começou a pensar que amanhã ele iria buscar Sírius e no dia seguinte ele estaria com ele novamente. A felicidade o invadiu coisa que não acontecia desde que o próprio Sírius lhe cogitou a idéia dele ir morar com ele. Quem sabe agora realmente não moravam juntos? Amanhã ele teria de volta o padrinho, uma pessoa para fazer perguntas e se aconselhar. Amanhã ele teria de volta a pessoa mais próxima de um pai que ele já teve.

Ele estava tão feliz que nem percebeu um barulho vindo dos dormitórios, Rony e Hermione agora desciam ao encontro dele em abraços e beijos. Quando chegaram ao lado de Harry eles o tiraram de seus sonhos e os três desceram para pegar o finalzinho do jantar, depois eles voltaram para a torre da Grifinória jogaram um pouco de xadrez, com Rony como vencedor em todas, e depois foram se deitar, pois no dia seguinte teriam muita coisa para fazer.

Harry acordou cedo e de bem com a vida. Olhou para a janela e o dia estava nublado, voltou seu olhar para o dormitório, este estava ainda dormindo com altos roncos de Neville. Ele se arrumou e desceu para a sala comunal, chegando lá encontrou Hermione já acordada estudando algo que realmente parecia importante. Ele chegou ao lado dela e se sentou na cadeira ao lado.

“Oi Harry, acordou cedo eim?”

“É, o que você está fazendo?”

“Os últimos detalhes dos desenhos!” disse ela mostrando os pergaminhos que ela trabalhava.

“Parece complicado!”

“E é, a gente vai ter que escrever todos esses desenhos no chão para que a passagem se abra, e não pode conter nenhum erro.”

“Ontem você falou que isso nunca foi tentado antes, é verdade?”

“É, a única coisa que temos são os pergaminhos, que são como manuais de instrução. Deles descobrimos tudo que precisávamos.”

“E como a caixa dos medos entra nessa?”

“Ela é a chave. Os desenhos são a fechadura, e ela a chave!”

“E Alessandra descobriu isso tudo?”

“Foi! E como você está se sentindo?”

“Estou ansioso para ver o Sírius de novo!”

“Espero que dê certo!

“Como assim?”

“Espero que você não se decepcione se não der certo, como eu já lhe disse isso nunca foi tentado e pode dar errado!”

Essa frase pesou na consciência de Harry durante todo o dia, ‘E se não desse certo? E se eu não o vir nunca mais?’. O salão principal estava belíssimo, não estava como nos anos passados, estava mais vivo, mais claro, havia abóboras gigantescas no meio do salão, cada uma com uma expressão desenhada. E no meio do salão tinha um palco circular com cortinas prateadas. No chão haviam muitas estrelas desenhadas e no lugar das quatro grandes mesas havia pequenas mesinhas espalhadas pelo salão. As pareces estavam enfeitiçadas para cair água delas e por mais que estivesse frio lá fora, dentro do salão o clima era agradavelmente quente, apenas a água que caia das paredes fazia o clima permanecer ameno. Eles foram uns dos primeiros alunos a chegar ao salão principal, já que a festa começaria as dez eles poderiam curtir um pouco antes de irem para o ministério. A festa começou exatamente às dez e para surpresa de todos, no início da festa todas as luzes se apagaram deixando somente as abóboras gigantes e as estrelas do chão brilhando no salão. Depois os alunos se deliciaram com o jantar e com as sobremesas. E quando deu dez para as onze Harry, Rony e Hermione se levantaram da mesa com perguntas de Gina e de Neville sobre seu paradeiro futuro. Depois eles se dirigiram para a sala da diretora prontos para o resgate.

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