Pensamentos



Cap-17
Pensamentos

Harry chegou à torre da Grifinória e encontrou Rony e Hermione deitados no sofá, ela encostada no ombro dele e ele apoiado na cabeça dela. Harry olhou por um momento os dois e se perguntou por que eles passaram tanto tempo para assumir que gostavam um do outro, eles formavam um lindo casal, ela o completava e vice e versa. Será que ele, Harry, iria achar alguém assim, que o completasse? E se ele morresse sem achar essa pessoa? Afinal, o futuro dele era um mistério, ninguém sabia se ele iria sobreviver. Ele não sabia se poderia vencer Voldemort, mas não se importava com isso, queria poder vingar a morte de seus pais, queria poder fazer com que ele sofresse como ele fez para tanta gente.

Ele olhou novamente para os dois, pensando na falta que ele sentiria de seus melhores amigos quando ele morresse no confronto final, porque ele sabia que era quase impossível ele sobreviver a algo assim. Ele é um simples adolescente tem muito o que viver, mas se for para viver com uma pessoa como Voldemort a solta, matando pessoas e fazendo outras sofrerem ele não queria.

Só em pensar em pensar em Voldemort ele sentia uma raiva tremenda, uma vontade de bater em alguma coisa, de explodir algo. Mas ele iria se vingar, ele iria! Nesse momento ele viu que seus amigos tinham acordado e estavam olhando para ele.

“Onde você estava Harry?” perguntou Hermione se levantando.

“Estávamos preocupado cara! Você saiu correndo feito um louco e não soubemos de você pelo resto do dia.”

“Eu estava com Alessandra!” Disse ele quando Hermione lhe deu um abraço de preocupação.

“Que roupas são essas?” perguntou Hermione quando soltava o pescoço do garoto e olhou para suas roupas.

“Ah! É que fomos para o Brasil...” disse Harry sorrindo.

“Brasil?” perguntou Rony dando um salto do sofá.

“É que fomos ver o túmulo da mãe dela!”

“Até agora!” disse Rony chocado, apontando para o relógio da sala comunal.

“Vocês não sabem o que aconteceu...” Harry contou sobre a morte da mãe de Alessandra e sobre a febre da garota, sobre a visita ao Brasil e tudo mais.

“Então você ficou cuidando dela esse tempo todo?” perguntou Hermione

“Fiquei!”

“Então você realmente está gostando dela?” perguntou Rony pensativo.

“Não sei ainda.”

“Mas para você ter ficado agitado antes de vê-la. Parece que vocês têm uma ligação.” Disse Hermione deixando os dois rapazes olhando fixamente para ela.

“Como assim, Mione?” perguntou Harry sem entender nada.

“Esquece! Acho que isso precisa ser avaliado mais um pouco. Por Merlin são três da manhã!” disse a garota olhando para o relógio, e se levantando num salto.

“É melhor irmos tentar dormir um pouco, antes do dia amanhecer.” Disse Rony puxando Harry que estava ainda concentrado no que Hermione dissera.

Estava ou não gostando da garota? O que ele sentia por ela não se comparava ao que ele sentiu por Gina, não tinha a mesma intensidade. Porém ele não conseguia parar de pensar nela desde a primeira vez que ele a viu, talvez tenha simplesmente ficado impressionado com ela. Mas o que explica a vontade dele beijá-la no lago? Só atração pelo momento. E aquela sensação de angustia que ele sentiu antes de Hermione dar a ele a senha? Estava só preocupado com ela.

O que será que Hermione quis dizer com eu e Alessandra termos uma ligação? Será que é verdade? Quando nos vimos da primeira vez, era como se eu já a conhecesse. Eu me sinto a vontade com ela, e falo e faço coisas sem pensar quando estou com ela. Eu confio nela! Por que será? Meus sentimentos estão tão confusos, eu não consigo entendê-los.

Harry passou um bom tempo perdido em seus pensamentos, até que caiu no sono. E começou a vê-la em seus sonhos, ela estava linda e sorria para ele, porém de repente ela pára de sorrir e cai no chão de olhos fechados, ele corre em direção a ela, mas no momento em que ele está chegando perto dela ele começa a cair no escuro. Ele já havia tido aquele sonho era o mesmo em que Sírius aparecia, ele ficou esperando Sírius aparecer e quando ele apareceu, estava flutuando desacordado num mar de escuridão, porém não foi igual ao outro. Dessa vez Harry ouviu a voz de Sírius.

“Eu estou vivo! Não morri!”

“Sírius onde você está?”

“Eu..”

Harry acorda suado e ofegante em sua cama na torre da Grifinória. Olha as horas no relógio de cabeceira e se senta na cama, olhando para a janela ele começa a pensar no sonho. Teria sido apenas um sonho? Precisava de respostas. Já era a segunda vez que ele sonhava com aquilo, e agora ouvira a voz de seu padrinho pedindo ajuda.

Ele sabia o que fazer, será que sabia mesmo? Talvez ele precisasse esperar mais, afinal seria mais prudente se ele tivesse certeza do que ia fazer. Mas e se realmente seu padrinho estivesse vivo e pedindo ajuda, como ele poderia ajudá-lo? Perguntaria a Hermione quando a visse, talvez não, e se ela simplesmente o incriminasse como fez da outra vez? Não sabia o que fazer, quer dizer só tinha uma alternativa; procurar Alessandra, mas ela já está muito preocupada e ele só iria levar mais problemas. Mas então como iria saber se o que ele sonhou era verdade? Iria perguntar a Tonks! Ela era prima dele e iria gostar da idéia de seu primo não estar morto. E Harry com certeza iria ter uma segunda opinião sobre o assunto.

Ele não conseguiu dormir mais, ficou acordado na cama
pensando. Rony acordou e foi se arrumar, ele o seguiu e desceram os dois juntos. Harry ainda estava pensativo, não sabia se era legal ele contar aos amigos sobre o sonho.

“Harry você está bem?” perguntou Rony quando Hermione estava junto com eles no café da manhã.

“É Harry você não está parecendo nada bem. Você dormiu alguma coisa?” perguntou Hermione preocupada.

“Não dormi quase nada, eu tive aquele sonho de novo!”

“Qual? O com Sírius?” perguntou Rony.

“Ele mesmo! Mas agora ele falou comigo!”

“E o que aconteceu?” perguntou Rony

“Ele dizia que estava vivo!”

“Eu não queria cortar seu barato Harry, mas isso pode ser que nem da outra vez. Quando Voldemort usou o Sírius para levar você até ele.” Disse Hermione, olhando diretamente para os olhos de Harry.

“Eu pensei nisso, por isso eu vou perguntar a Tonks sobre meus sonhos.”

“Eu estou orgulhosa de você Harry!” disse hermione dando um beijo na bocheche dele.

“Desse jeito eu vou ficar com ciúmes.” Disse Rony rindo.

“Não precisa ficar não Won Won.”

“Ah Mione não começa!” disse Rony corando. Ela deu um beijo na boca dele que fez Harry inveja-los.

Harry percebeu que Tonks estava na mesa dos professores, e decidiu ir conversar com ela. Chegando lá ele chamou a mulher para um canto com menos alunos e contou seu sonho e sua opinião.

“Isso é interessante, me acompanhe até minha sala Harry!” pediu a mulher que hoje estava com cabelos da cor do de Gina, eles entraram na sala de DCAT e ela indicou uma cadeira para ele sentar e entrou no pequeno cômodo atrás da sala. Em pouco tempo depois ela voltou com um monte de pergaminhos que tinham a aparência de serem muito antigos.

“O que é isso?” perguntou Harry apontando para os pergaminhos.

“Isso Harry talvez seja a resposta para sua pergunta!” respondeu a professora abrindo um dos pergaminhos e colocando sobre a mesa para que Harry também pudesse vê-los. –“Quando Sírius sumiu naquele véu eu também fiquei muito triste, e vi o quanto você também ficou. Então como eu trabalho no ministério, na primeira oportunidade que tive fui lá no departamento de mistérios conversar com uma colega minha sobre o véu. Ela me disse que tudo que sabiam sobre o véu era que o que estava nesses pergaminhos. Então eu peguei emprestado para mim estudar um pouco sobre o assunto, essas aqui são cópias perfeitas dos verdadeiros pergaminhos.” Disse ela apontando para os pergaminhos em cima da mesa.

“Eu pesquisei durante um ano até que comecei a entender
algo! Veja aqui.” Disse ela apontando para uma figura esquisita que mais parecia um lago negro.-“ esse é o véu! Pelo que entendi, o véu negro ou o chamado véu dos mortos, foi um presente do antigo Deus egípcio Hosiris para o Deus grego Ádes, você sabe quem foi Ádes? Ele foi o Deus do reino dos mortos.”

“Mas qual o propósito desse véu?” perguntou Harry ainda olhando para o pergaminho aberto em cima da mesa.

“Eu passei mó tempão tentando descobrir isso, até que com esse aqui eu entendi!” disse ela abrindo outro pergaminho.-“Esse aqui diz que o véu é uma passagem para o reino dos mortos.”

“Então o Sírius está preso no reino dos mortos?”

“Exato!”

“E não tem como retira-lo de lá?”

“Tem! Mas eu ainda não sei como!”

“Como assim?”

“Veja! Aqui nessas ilustrações mostra uma caixa que seria capaz de abrir o véu e libertar todos quem quiséssemos do reino dos mortos e trazer de volta a vida. Mas eu nem sei o que é essa coisa nem como fazer!” Disse a mulher abaixando a cabeça. Enquanto Harry olhava para a figura da caixa, “Será que era mesmo o que ele estava pensando?”

“Tonks! Eu acho que sei o que é essa caixa!”

“O que? E o que você acha que é?”

“É a caixa do medo! Eu ganhei uma no meu aniversário!”

“Como é? Você ganhou uma de aniversário? Como? Essa caixa do medo é raríssima, tem até quem diga que elas não existem!”

“Alessandra me deu uma.!”

“Alessandra? Meu Merlin, acho que eu já sei o que fazer! Harry volte para seus afazeres que eu falo com você quando conseguir respostas.”

“Mas e quanto a Sírius?”

“Se eu estiver certa acho que pode haver uma possibilidade de resgatarmos ele!”

“O que? Você acha?”

“Acho, mas não vá esperando muito, pois eu posso estar errada.”

“Então eu vou torcer para que você não esteja.”

“Agora vamos por que temos muita coisa para fazer!” disse ela dando uma piscadela para o garoto.

Harry voltou para seus amigos e foram paras as aulas, Harry ainda com os pensamentos no sonho que tivera e no que Tonks falara, será que ele teria realmente a chance de rever seu padrinho? Como ele queria isso! Não prestou atenção em nada naquele dia, e tinha certeza que continuaria assim até ter notícias de Tonks.

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