Pesadelos
Cap-1
Pesadelos
Estava escuro, não dava para destinguir nada, quando de repente um barulho vindo dali de perto. Ele começa a correr em direção à fonte do barulho, quando ele para e tudo volta ao seu completo silêncio, exceto pela sua respiração rápida e eufórica, sentia um medo horrível que vinha do interior do seu peito e não tinha a menor idéia sobre o que fazer. “Um sinal”, pensou, “um simples sinal”, ele não sabia o que fazia ali, mas clamava desesperadamente por um sinal pois não sabia nem o que fazia naquele breu. Ele precisava de um caminho, quando por milagre ele vê uma luz, mas ela não era uma simples luz, era verde e com ela trazia ao mesmo tempo esperança e agonia. Veio imediatamente um pressentimento; “não podia ser”; ele correu o mais rápido que pôde em direção à luz e quando essa cessou . Por sorte ele chegou a tempo. Mas não totalmente.
Agora a sala estava iluminada pelo luar e ele podia reconhecer o local. Ele olhava desesperadamente para os lados à procura de algo: ele estava na torre de astronomia e havia um vulto às suas costas, quando ele se virou não havia ninguém só um riso vindo de longe. Ele olhou para a grande janela que deixava a lua cheia iluminar a torre e viu o motivo de seu desespero: lá através das janelas pairava um crânio com uma cobra saindo de sua boca, “A marca negra”-pensou- e logo abaixo havia algo que caia bem devagar, como se alguém tivesse dado um pause numa imagem e a estivesse passando bem devagar.
¬“Professor não!” gritou com todas suas forças.
De repente ele acordou e percebeu que mais uma vez estava sonhando com a noite na torre de astronomia, na noite em que Dumbledore morreu. Mas no momento em que se deu conta havia alguém sentado na ponta de sua cama, ele rapidamente procurou seus óculos na sua mesa de cabeceira e os pôs, e viu que o vulto era sua tia, Petúnia.
“Tia Petúnia? O que a senhora faz aqui essa hora da noite?” perguntou Harry assustado.
“ Harry, preciso falar com você e preciso falar agora!”
Harry percebeu que a sua tia falava sério mas em momento algum passava pela sua cabeça o motivo daquela conversa, seu aniversário não podia ser, voltara de hogwarts fazia apenas um mês e para seu aniversário faltava mais de mês.
“Harry você deve estar estranhando a minha visita à essa hora da madrugada, mas eu preciso lhe contar uma coisa que só hoje estou tento coragem para fazer isso, então por favor não me interrompa” disse a tia quando viu que o rapaz ia falar algo “Harry você já vai fazer 17 anos e com essa idade você vai se tornar independente de nós e eu tenho certeza de que você vai deixar essa casa o mais depressa possível, por isso preciso lhe dizer que eu sempre amei sua mãe e sofri quando ela morreu, e apesar de tudo que eu fiz para você, eu sempre te amei também. Talvez você não esteja entendendo e foi por isso que eu vim aqui, para esclarecer as coisas entre a gente”
Harry não estava entendendo nada, e não podia acreditar que estava vendo sua tia que sempre o maltratou, e o tratou como um lixo, sentada na sua cama dizendo que amava sua mãe e a ele também. Realmente ele não estava entendendo nada.
“Meu querido, eu sei que lhe maltratei muito e não vou dizer que foi sem querer, mas somente depois que Dumbledore veio aqui nos falar da gravidade da situação foi que eu caí na real. Eu vi que poderia perder você também e não ia agüentar o remorso de não ter falado com você tudo que eu sentia. Antes que eu perca a coragem!”
“Harry quando éramos crianças, eu e sua mãe, éramos as melhores amigas uma da outra, até que aquela carta que dizia que ela era bruxa nos separou. Ela só queria saber do mundo mágico e nem dava atenção para mim, então eu comecei a sentir raiva da magia. E as coisas só pioraram quando fomos crescendo, você talvez tenha pensado que eu tinha inveja por Lily ter recebido a carta e eu não, mas na verdade é que eu tinha ciúmes porque depois que Lily descobriu que era bruxa não queria mais ficar comigo, somente com suas novas amigas.”
“ Depois que ela e Thiago começaram a namorar e a trazer ele em casa parecia que eu existia novamente , porém quando eles decidiram se casar, e eu e Valter também, ela nem foi ao meu casamento”- nessa parte Petúnia se debulhou em lágrimas e só depois de algum tempo ela começou a falar de novo-“eu jurei para mim mesma que depois daquele dia eu odiaria tudo que viesse da magia e que se fosse preciso eu a esqueceria também. Foi aí que o pai e a mãe morreram, o pai morreu de um acidente de trânsito e a mãe morreu pouco tempo depois de depressão e sua mãe só apareceu uma vez quando ela estava doente, então pra mim a nossa mãe tinha morrido por culpa dela.”
“ Então Duda nasceu e você um pouco depois, eu soube disso porque sua mãe me mandou um cartão”-ela esticou a mão para Harry e ele pode ver que havia um pedaço de papel todo remendado com durex, quando olhou direito era uma foto dele quando bebê e atrás havia escrito: petúnia eu soube do nascimento de seu filho e a parabenizo por isso pois agora eu sei o que é ser mãe. Lily – ele percebeu que agora sua tia chorava ainda mais, mas ela respirou fundo e continuou – “Quando eu soube que ela tinha morrido eu chorei dias escondida no quarto, Valter até pensou que era depressão, mas era remorso. Então eu prometi para mim mesma que você nunca conheceria a magia nem que para isso eu tivesse que reprimir você, e foi por isso que nós sempre ti maltratamos. Harry eu tenho que pedir seu perdão, por tudo, me desculpe, eu sei que não mereço mas eu precisava vir aqui tentar, antes de você partir.”
“Tia Petúnia eu nem sei o que dizer"- quando ele disse isso ela se agarrou em seu pescoço e deu nele um abraço tão materno que Harry nunca pensou que ela fosse capaz de dar- "Tia Petúnia, eu não posso dizer que vou perdoar, nem muito menos esquecer tudo o que vocês fizeram, mas eu posso dizer que a partir de hoje eu vou tentar enxerga-la com outros olhos e vou tentar não odiá-la tanto.” – nesse momento ela lhe deu um beijo na testa, se levantou e enxugou as lagrimas.
“ Obrigada, você tem o coração de seu avô!” Dizendo isso se retirou do quarto, deixando o rapaz com seus pensamentos e quando ele voltou a dormir não teve mais aquele pesadelo.
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