Um Pouco Dela



Oi...
Quero me desculpar pela demora... E agradecer a todos os comentários!
E sem mais, vamos ao novo capítulo.
***

Capítulo 4
Um Pouco Dela


-Anda – ela mandou, aproximando-se. – Deixe-me ver.

-Já que insiste – resmungou a contragosto.

Hermione se posicionou à frente do moreno, ajoelhando-se perto dele. Então passou a desabotoar sua camisa de manga comprida.

–Eu posso fazer isso – ele reclamou. A jovem ergueu a sobrancelha, voltando em seguida a atenção para os botões do rapaz. – Senhorita Granger, eu realmente posso fazer isso!

Ela o olhou. Pelo jeito, estava muito contrariado, estava a chamando pelo sobrenome, mesmo que educadamente. – Sei que pode. Apenas posso ser mais rápida. Mas já que insiste... – disse cruzando os braços.

-Você é muito orgulhosa, sabia? – ele retrucou passando a desabotoar o que faltava dos botões.

-Olha quem fala – contrapôs por suas vez vendo-o retirar a camisa, deixando seus braços a mostra. A jovem desviou o olhar nervosa, lembranças passando por sua mente.

Com um suspiro, ela as fez sumir, não era tempo de pensar nelas... Voltando sua vista para Harry, a morena o observou tentar retirar a camiseta sem sucesso, mas não se moveria até que lhe pedisse ajuda. E assim Harry o fez. – Hm, eu não sei se você percebeu... Mas eu, bom, eu não consigo sozinho retirar isto. Meus ombros doem. Pode me ajudar?

Hermione ainda fingiu ponderar e, com um sorriso meia-boca, retrucou. – Será um prazer, senhor auto-suficiente – o rapaz virou os olhos enquanto erguia os braços.

Quando ela ergueu sua camisa, não pôde deixar de deslizar as mãos levemente pelos lados dele. O sorriso dela aumento quanto a face de Harry fora coberta pela camiseta e ela pôde observar rapidamente o peitoral do amigo, Hermione não podia negar que adorava vê-lo assim.
Por fim, lhe retirou a blusa.

-Viu? Eu disse que estava bem – retrucou mostrando a única ferida que já cicatrizara.

Hermione sorriu ironicamente. – Claro, Harry. Tem toda razão... – disse pegando a pomada. – Deite-se.

Harry não disse nada, apenas o fez. Quanto mais rápido Hermione lhe passasse a tal pomada, mais rápido poderia estar novamente vestido...

Assim que ela passou a pomada no primeiro ferimento, em seu peito, Harry ofegou e expirou com força para não gritar de dor. Hermione sabia que isto iria acontecer, mas ainda assim, sentiu tanta dor quanto Harry, enquanto o rapaz fazia de tudo para não se debater na cama.

Ele a olhou, parecia que seu corpo estava em chamas. “Isso é normal?”
A morena assentiu penalizada. – Isso logo irá passar, Harry. Por favor, eu sei que é difícil, mas tenha paciência...
O moreno apenas fechou os olhos e quando Hermione teve de passar a pomada em outro ferimento, ele cerrou os dentes com força.
Assim que terminou de passar a pomada em todo seu torso, ela o fez se sentar. Queria observar como estavam os curativos das suas costas. Fizera alguns feitiços para que, quando o moreno estivesse deitado, não pudesse sentir os ferimentos e assim, poderia deitar-se daquele modo com tranqüilidade, já que toda aquela área estava dormente.
Ela suspirou ao ver as nódoas de sangue dos curativos, também havia no lençol. Em minutos, os curativos foram retirados, os ferimentos limpos e cobertos novamente e o feitiço de dormência executado outra vez, Hermione também limpou o lençol e fez Harry deitar outra vez.

A morena suspirou olhando-o, “a parte mais difícil” pensou revestindo-se de paciência e coragem. “Vamos lá Hermione, você já fez isso outras vezes...” ponderou aproximando-se. “Mas não com os olhos verdes fitando-me!” Retrucou para si e sentindo-se mentalmente perturbada com o olhar do amigo, baixou a vista.

-Harry, é o seguinte, - disse devagar. – Terei que retirar sua calça, você ainda tem uns ferimentos, como sabe. Tudo bem? - ergueu os olhos para perceber que ele ainda a observava firmemente.

-Tenho para mim que não tenho outra opção, não é mesmo? – indagou com um pequeno sorriso. – Já não é tão constrangedor assim – retrucou soando perto do indiferente. – Afinal, é você quem tem cuidado de mim todo esse tempo – completou com um sorriso de agradecimento, apertando levemente o braço da morena. Ela lhe ofereceu um sorriso nervoso como resposta e voltou sua vista para o corpo dele.

Ela abriu o botão e o zíper de sua calça, contrariada por estar tremendo. Afastou-se bruscamente. - Algum problema? – ouviu Harry indagar com preocupação.

-Não... Nenhum – disse buscando não falhar em seu tom de voz. De qualquer modo não o olhou, precavendo-se da possibilidade de Harry entendê-la. – Apenas tenho que levitá-lo, certo? – disse apontando a varinha para ele, que concordou.

Retirara sua calça com cuidado e o pôs novamente na cama, limpara os ferimentos que se encontravam ali, pusera outros curativos. O levitara novamente e recolocara sua calça, para lhe pôr sentado.

-Como se sente?

-Estranhamente cansado – retrucou abrindo os olhos. A morena lhe ofereceu um copo que continha alguma coisa que certamente parecia não ter um bom gosto. – O que é isso?

-Poção do sono – Harry fez um careta. - Vai lhe fazer bem – retrucou colocando o copo em suas mãos.

Ele olhou a “poção do sono” como lhe dissera Hermione e indagou quase debochado. – Isso irá me fazer dormir para sempre?

-Obviamente que não – ela vislumbrou alivio no rosto do moreno, mas a expressão sumira tão rapidamente como viera e Hermione não pôde ter certeza.

Harry respirou fundo e bebeu de um gole aquele líquido, tinha a impressão que seria melhor assim. “Até que o gosto não é tão mal” ponderou devolvendo o copo para Hermione. Ela pôs o copo no criado mudo e o ajudou a deitar-se.

-Logo fará efeito – Harry nada disse enquanto a observava retirar seus óculos. – Será bom que descanse um pouco mais – disse passando a acariciar o topo de sua cabeça. Harry assentiu fechando os olhos, sentindo suas pálpebras mais pesadas.

-Obrigado Hermione... – disse baixinho. - Eu sei que dei muito trabalho, mas a partir de agora farei de tudo para colaborar – murmurou e depois de um suspiro profundo, adormeceu.
**

Harry acordou sentindo a cabeça doer. Ele pensou que, talvez, se sua cabeça se dividisse em minúsculos pedacinhos, como dava a impressão, aquela maldita dor pudesse passar. E pediu a Merlim ou quem quer que fosse que aquilo parasse.

Ele tateou o criado mudo ao lado de sua cama, a procura de seus óculos. Como se não bastasse, pouco enxergava e forçar a vista lhe doía mais à cabeça. Assim que os pusera no rosto, vasculhou o lugar – forçando-se a erguer seu pescoço. - na esperança de encontrar aquele rosto familiar. Ele voltou a recostar sua cabeça no travesseiro quando não a encontro, sentindo um cansaço anormal pelo breve esforço. – É Harry... se continuarmos assim, tão logo sairemos dessa cama – murmurou ironicamente enquanto fechava os olhos. Quem sabe assim aquelas marteladas em seu cérebro parassem?

Ele não soube quando tempo ficou daquele modo, sequer ouvira a porta abrir enquanto ponderava sobre como havia sido o dia anterior. Se é que dormira apenas um dia.

Hermione Granger era sua amiga (“ao menos foi o que ela disse”) e, pelo modo como o olhava e agia ao seu redor, o conhecia muito bem. “Bem até demais” Ponderou, sentia-se um livro aberto quando ela lhe fixava o olhar. Às vezes, aquilo era desconcertante. Visto que, para Harry, a conhecia a pouco mais de doze horas... Ainda assim, pudera tirar suas próprias (e iniciais) conclusões da garota.

“Ela é... Organizada, inteligente – muito inteligente, chega a ser um pouco impertinente por isso. –, audaz e orgulhosa (completamente), é um tanto agitada e é atenciosa – beirando a super-proteção” ele sorriu lembrando-lhe da quantidade de perguntas que fizera, uma atrás de outra, quando acordara. “Essa garota tem uma determinação no olhar... Tive a impressão que emanava razão tendo, ao menos tempo, um quê de doçura, impulsividade e ferocidade... Como é possível?” Ainda assim, ele não tinha sequer um vislumbre do que pudera ter feito ou sido para ela lhe doar tanta atenção...
Sentia-se dolorosamente incompleto quando ela sorria ou lhe tocava ou apenas o olhava de uma maneira, uma maneira que não conseguia reconhecer... (Harry queria compreendê-la como a morena fazia consigo, queria poder saber quem era ela de verdade e conhecer cada qualidade e defeito seus, queria poder perceber cada olhar e tom que usava em cada situação...) Seu coração parecia afundar e sua mente tentava buscar em seu olhar respostas que, por alguma razão, sabia que encontraria nela – de todo modo, talvez alguma pancada na cabeça, na luta contra Voldemort ou seja lá quem for, houvesse lhe deixado louco. Era, afinal, ridículo e inconcebível pensar que apenas Hermione fosse capaz de solucionar seus problemas...

-Harry – ela chamou baixinho, sentando-se na ponta da cama. Ele abriu os olhos para observar um grande sorriso surgir nos lábios dela. - Tive, por um momento, medo de que não fosse real...

-Parece real... – ele murmurou em resposta, retribuindo o sorriso. - Há quanto tempo está aqui? – indagou fazendo uma careta enquanto tentava sentar-se. A morena se prestou a ajudá-lo - Não ouvi a porta abrir...

-Pouco mais de cinco minutos – retrucou. – Trouxe algo para você comer – ela indagou mostrando uma bandeja encima do criado-mudo.

-Não, eu acho que não – o moreno disse balançando a cabeça.

-Você pode fazer um esforço – mas o tom dela não era sugestivo, era imperativo quando colocara a bandeja a sua frente.

-Não tenho fome – Harry retrucou com firmeza.

-Não lembre de tê-lo perguntado – o moreno ergueu a sobrancelha. Ela, às vezes, era intragável.

-Vou acabar pondo tudo para fora – insistiu torcendo o nariz.

-Não se preocupe... Tem mais de onde isso veio, se é essa a sua preocupação – Hermione contrapôs com ironia, enquanto punha a sua frente uma colher do que parecia e cheirava (“e muito bem, por sinal...” Não que ele fosse admitir de qualquer modo) a mingau. – Vamos Harry. Abra a boca.

-Eu nã... – a morena enfiara a colher em sua boca sob olhar de protesto de Harry. – Dá próxima vez, diga-me se quer me matar engasgado – reclamou em azedume.

Hermione riu limpando o canto de sua boca. – Está percebendo o quando está sendo infantil? Francamente Harry...

-Franca...? - mais uma colherada. Ele expirou inconformado. – Francamente digo e... – outra. – Hermione! – ela lhe dispensou um olhar cinicamente curioso. – Pá... – e mais uma. Harry tomou a colher da mão da garota. – Eu como, satisfeita? – indagou olhando-a duramente.

-Certa- - com um sorriso torto, Harry enfiara uma colher cheia na boca da amiga.

-O que me diz? Bom? – ele perguntou erguendo a sobrancelha de modo altivo. – Você não parece achar tanta graça agora – zombou.

-Ah cala boca, Potter – ela retrucou quando engolira tudo, saindo do choque.

Ele riu dando de ombros, comendo com maior satisfação.
**
(continua)
**
Gente, eu sei que ele (o capítulo) não está muito bom e que, pela demora, ele deveria estar, no mínimo, impressionante... Mas eu estou meio perdida nisso aqui...
Quero agradecer muito¹²³ (^^) a Lílian Granger Potter, sem essa senhorita acho que esse capítulo nunca sairia...
Ah! Também devo agradecer ao senhor Saulo (^^) XP, pois foi esse moço que me apresentou a Lily. Obrigado viu?
Espero que, ainda assim, comentem, tá?
Até breve.

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