Prólogo



Prólogo - Aquele do Sonho

Foi repentino e em apenas um toque. Um olhar de relance e estava em minha mente... Como se fosse uma memória a tempo esquecida. Mas não era exatamente uma memória que já havia vivido.

-Harry, o que está fazendo aí? – ela perguntou as suas costas, em tom divertido.

Ele quase poderia vê-la, isto é, imaginá-la. Deveria estar à porta, os braços cruzados, um sorriso doce brincando em seus lábios... – Você sabe – ele gesticulou voltando-se para a mulher. E ela estava como ele imaginara, sem tirar nem pôr, o que o fez abrir um sorriso maior. – Finalmente encontrei coragem para organizar este meu escritório.

-Ah Merlim! Estou tendo uma visão – falou com um sorriso de motejo. Ele rolou os olhos. – Bom, senhor Potter, já estava mesmo na hora. Tinha medo de entrar nessa sala e me perder – a morena falou novamente com aquele ar irônico. – Apenas não se canse muito está bem? – Harry assentiu. – Então deixarei você aqui, organizando isto. Não quero atrapalhar.

Ele franziu a testa. – Hey. Venha aqui... Não posso acreditar que esteja fazendo novamente.

Ela o encarou fingindo não entender o que o homem queria dizer, aproximando-se. – O que foi?

-Às vezes você consegue ser tão perversa, meu amor – retrucou puxando-a para si. A mulher caíra em seu colo.

-Perversa? O que eu fiz? – perguntou outra vez fingindo-se confusa.

-O problema é o que não fez - replicou beijando suavemente seus lábios.

-Apenas queria deixá-lo à vontade – disse afastando-se e fitando-o.

-Não me deixe – ele retrucou, a mulher riu aproximando-se de seus lábios.

-Tenha um bom trabalho – murmurou em sua boca, afastando-se em seguida.

-Mione!

-O que foi dessa vez?

-Eu não vou conseguir – falou balançando a cabeça. – Perdi toda minha concentração. Preciso de um incentivo - disse lhe puxando pela cintura.

-Harry James! – ela exclamou quando percebeu o intuito do moreno.

-Hmm?

-Você tem que trabalhar – ela disse sem muita certeza ou atenção. Já que o fazia automaticamente, como numa gravação... Utilizava isso para ver se Harry voltava a “consciência”, mas isto quase nunca acontecia.

“Voltar à consciência”, isto quer dizer apenas uma coisa: deixar de “se ocupar” dela (Hermione).
Tentar fazê-lo parar, mesmo não querendo exatamente isso... Quer dizer, ela sabia que Harry tinha seus afazeres, mas não poderia negar: a atenção que ele lhe detinha, sempre acima de qualquer outra coisa, a deixava em êxtase.

-Chega! – o empurrou completamente ciente de que se não o tivesse feito agora, não o faria mais. E também porque a governanta, trouxa, estava a organizar a casa, dando os comandos aos outros empregados da casa. Mesmo o escritório de Harry sendo um dos únicos lugares em que os empregados não podiam tocar em nada, isso não os impedia de aparecer repentinamente por ali. – Faça o trabalho... – continuou em uma voz mansa, enquanto ele beijava-lhe o pescoço. – E terá uma recompensa – com isso, ela se afastou, levantando-se.

Harry soltou um muxoxo desgostoso, levando a mão ao cabelo. – Está bem, senhora Potter – falou um pouco contrariado. A morena lhe sorriu e ele não pôde deixar de retribuir o sorriso... - Não sei como consegue fazer isso comigo – disse olhando para a mão esquerda, mais precisamente para a aliança que estava em dedo anular.

-Não sabe? – indagou tocando a sua própria aliança. Então, aquelas palavras apareceram na parte exterior de seu anel, como se estivessem queimando, ela sabia que também se encontravam na de Harry. “Ontem, Hoje e Depois...”. Ela também sabia que na parte interior das alianças estaria outra frase, no mesmo estilo da anterior: “... E Para Sempre: Você e Eu” e logo depois se encontravam dois “H” entrelaçados.

Harry levantou os olhos para ela e sorriu. Aquilo era um segredinho deles: quando sentiam saudades um do outro, apenas tocavam nas próprias alianças. Então, um saberia que outro estivera pensando em si. – Eu amo você – disse só movendo os lábios.

-Eu sei disso – retrucou de volta, também apenas movendo os lábios.

-Presunçosa – moveu novamente os lábios, ela riu.

-Não, eu não sou – retrucou erguendo a sobrancelha. - Antes mesmo de percebermos eu já era sua, meu amor – disse beijando-lhe rapidamente a boca e afastando-se, retirando-se do local.

-Hermione...

-Sim? – voltou-se para ele.

-Irei cobrar a minha recompensa.

-Estou contando com isso – disse com um sorriso malicioso.

Ele suspirou assim que a mulher saíra, quando terminarei aquela organização? Será que ainda hoje? Conseguia ver a esposa ainda aquela tarde?
Sua aliança lhe chamou a atenção, lá estavam novamente as palavras... Ele sorriu, voltando-se animadamente para a pilha de pergaminhos e documentos que se encontrava naquele lugar. Ela o estava esperando. E ele não a decepcionaria... Não mesmo.


-Harry? – ela indagou. - O que foi?

-Nada não houve nada – murmurei num suspiro. “Ninguém entenderia”. Voltando-me para a garota, disse. – Não foi nada.
**

Como alguém pode ser normal com sua melhor amiga depois de descobrir que esta será sua esposa daqui a alguns anos? Ainda mais quando esta está num “quase-relacionamento” com seu melhor amigo?! Então, soma-se a isso a minha degradante falta de capacidade de discrição e o que temos?
Por certo um desastre.

Devo estar enlouquecendo. Não é possível. Isso não pode ser verdade, não pode ser real. Certamente é um delírio! Isso, um delírio! Porque, por exemplo, hoje, quase uma semana depois do insidente, olha onde estou!
Maldita Hora em que eu aceitei ir a festa do Slughorn para espairecer...

Como não estávamos tendo aula – já que Hogwarts estava fechada e tornara-se um tipo de abrigo. - E o clima de Hogwarts estava muito pesado – como conseqüência da verdadeira guerra que estava cada vez mais próxima. -, Slughorn teve a “brilhante” idéia de fazer esta festa para os alunos do seu “circulo”. E como é dia dos namorados, adivinha o tema da festa?

E por causa deste Maldito dia e da minha maldita falta de atenção quando estive falando com Hermione, que caímos num visgo – isto é, estamos abaixo de um visgo enquanto todos nos observam com um misto de curiosidade e malicia.

Olho para minha melhor amiga um instante. Quais são as minhas opções?

Opção Número 1: Fugir. Sair correndo desse lugar...
“Não, creio que não. O que as pessoas diriam? Que acho a Hermione horrenda, certamente. Não, eu não posso fazer isso com minha melhor amiga”.
Opção Número 2: Lançar “Obliovates” em todos
“Hmm, isto pode ser uma boa... Oh Esqueça Harry! Só por um milagre você vai conseguir atingir todos”.
Opção Número três: Beijá-la.
“É claro Potter... Como se esta fosse uma alternativa. O Ron nunca mais vai olhar na tua cara! Além de, é claro, reverter em zero as chances da Mione com o cabeça-dura do Ron...” . Como se tivéssemos culpa em alguma coisa, penso amargamente.

Depois de quase – penso eu. – uma eternidade nessa paralisia, por conta do choque, resolvi. Dei um passo a frente – de esgueira pude ver Ron (que era o acompanhante da Mione nesta festa) arregalar os olhos. Será que ele não podia colaborar?! -, minha mão tocou a face de Hermione, ela estava tão rubra... Assim como imagino a minha própria.

Inclinei meu rosto um pouco – quase pude ouvir o findar das respirações as minhas costas. –, me aproximando devagar do rosto de Hermione, Talvez pudesse ser um sonho, mas o mais certo é que eu estivesse esperando que uma idéia luminosa pudesse se instalar em minha mente gratuitamente. “ Não Harry, Lançar ‘Obliotate’ em todos não dá” Repito mentalmente me aproximando mais.

Antes que meus lábios tocassem os da minha amiga realmente, abaixei um pouco mais meu rosto. De modo que, mesmo parecendo que sim, meus lábios nunca tocaram totalmente os de Hermione. Quero dizer, meu lábio superior estava no inferior dela e o meu inferior abaixo do inferior dela – sem ao menos tocá-lo -, então... Isso não pode ser considerado um beijo, não é?

Eu sei que o Ron vai querer me matar depois disso, mas foi minha melhor idéia... Separamo-nos.
Sinto muito, amigão.

Mas pensando bem... Talvez eu tenha feito a coisa certa. Não era o Ron, afinal, que estava com ela na minha “visão”... Era eu. E, sinceramente, ela parecia me amar, me amar de verdade. Assim como, bem, eu a ela – No sonho, eu quero dizer.

Mas, e se fui eu, agora, quem causou tudo isso – isto é, o quase-relacionamento-que-deveria-virar-“relacionamento”-e-que-não-acontecerá-entre-Rony-e-a-Mione e, conseqüentemente, o nosso casamento futuramente? Com esse-beijo-que-não-é-nem-um-beijo-de-verdade? Ah meu Merlim! A culpa é toda minha, não é? Fui eu, agora, que fiz o Ron e a Hermione não se acertarem!
Suspiro pesadamente. Por que coisas desse tipo só acontecem comigo?

Tudo bem, tudo bem! Eu posso resolver isso. Posso contar a verdade para o Ron e tudo voltará ao normal! Isto, é claro, se ele não quiser me socar... E também se ele quiser falar comigo...

Como se eu tivesse tempo para tanto: Bancar o cúpido, caçar pedaços da alma de Voldemort e estudar como um condenado para derrotar o mesmo.
E como esta minha “visão” valesse de alguma coisa. Na certa é mais uma de minhas loucuras – loucura esta que pareceu bem real, se quer saber... – E que apenas significa que devo parar de estudar tanto com Hermione.

Deve ser apenas isso” Penso num esforço para me convencer.
Há várias coisas em “jogo”, por assim dizer. Além do mais, eu não gosto da Mione, não assim. E também mesmo que gostasse, não estaria no direito. Ela ama o Ron e a recíproca, até onde sei, é verdadeira. Além do que também, eu nem sei se estarei vivo quando essa guerra acabar... Então, tudo isso está fora de cogitação, fora de nexo, fora da minha realidade.
**
(continua)
**
Resumo nada a ver com o fic, né?

Bom, isso não é um prólogo de fato...
E uma coisa: O fic tem um pouco de tudo. Não é Drama, não é comédia. Mas, em sua maioria é Romance, Ok?!
Espero que gostem e se isso acontecer... Comentem certo? Ficaria muito feliz!
Esse fic eu não sei bem quando vou atualizar, mas acho que não vai demorar.
Beijão e desculpem-me os erros que possa ter cometido...

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