Restaurando a Ordem
Capítulo XII – Restaurando a Ordem
Ou quase isso.
Ginevra Weasley tinha a mente trabalhando vigorosamente apenas para solucionar a posição cretina que seu amado irmão imbecil havia lhes colocado.
Ela estava tão irritada por não tê-lo impedido quanto tivera a chance, mas em sua defesa, não tinha como saber que ele iria escolher a garota mais... insana para fazer parte – involuntariamente - daquele pequeno jogo.
Agora, tinha uma estória muito indecente sobre Harry correndo por Hogwarts como um balaço desenfreado. E, apesar disto fazer maravilhas à sua aposta no bolão – desde um sem número de pessoas havia alterado suas apostas, não levando mais em consideração o que Ron jogara -, fazia muito mal à relação de Harry e Hermione. E o tempo estava correndo... Assim, se de fato quisessem recuperar todo dinheiro investido e lucrar, era preciso agir de forma inteligente e veloz.
A ruiva lançou um olhar para Hermione, esta parecia feliz em ignorar Harry e Ron, metodicamente fatiando sua omelete, na verdade, era perturbador vê-la fazendo aquilo, ela tinha som ar sombrio e não parecia em definitivo estar cortando comida, mais bem, parecia planejar a melhor forma de cortar alguém. Gina não tinha certeza se Harry ou Ron...
Na verdade o ar estava muito pesado na mesa da grifinória aquela manhã. Harry com cara de poucos amigos então comia cereais. Ela não entendia o por quê. E, afinal, qual eram as chances dele e McFlair estarem juntos, de verdade? Ela gemeu.
Por favor, que seja mentira, por favor que seja mentira.
Ela lançou um olhar reprovador a Ron, que estava tão pálido e tenso que, se não fosse por seu usual apetite devastador, acharia que ele estava a beira de um colapso. Ele merecia um, Gina pensou com maldade e desgosto, observando de soslaio o irmão.
Gina lançou um olhar furtivo a Harry. Estava ansiosa.
Mas precisa agir logo antes que o “plano brilhante” de Ron tomasse proporções indescritíveis.
-Humm... É verdade que você e a Lizzie McFlair estão juntos, Harry?
Hermione enrijeceu sob a pergunta, apesar de sua aparente concentração no assassinato da omelete... Harry deixou sua colher devagar sobre o prato e fitou Ginny desconcertado.
-Por que inferno todo mundo de repente está interessado nisso?!
Gina sorriu com ironia. – Me desculpe, não quis ofendê-lo. Não sabia que me enquadrava como qualquer uma para você. Só estava perguntando como uma amiga. Você não precisa ser grosseiro.
Harry suspirou. – Me desculpe, Gina. É só... eu apenas sai uma vez com ela. Por insistência de Ron. Não é como se fossemos nos casar ou qualquer coisa semelhante ao momento.
-Oh, realmente? – Gina fingiu estar sinceramente surpresa. – Bem, você deve ter causado uma grande impressão, então.
Harry a encarou divertido. – Dificilmente.
Ron cutucou Harry maliciosamente, sob um segundo olhar de Gina. – Não seja modesto, soube que você balançou o mundo dela.
Harry fitou Ron com estranheza, sua expressão confusa fez Gina saltar interiormente. Não havia chances no inferno de Lizzie ter conseguido entrar nas calças de Harry Potter. “Aquela vadiazinha!”
Ela olhou para Ron com um sorriso perverso, ao qual o ruivo retribuiu. – Ah, vamos lá, Harry! Sou seu melhor amigo! Você pode me dizer!
Hermione agora mal se movia. Era quase mórbido, na verdade. Ela não queria ouvir como Harry havia finalmente se “tornado um homem”, mas, por outro lado, não podia obrigar a se mover do lugar, seus ouvidos mais atentos à conversa do que gostaria de admitir.
-Contar o quê?!
Ron fingiu impaciência. – Qual é?! Todo mundo sabe que você dormiu com a Lizzie.
O queixo de Harry caiu e ele ficou um minuto inteiro encarando Ron em descrença antes de se recuperar e afirmar secamente:
– Todo mundo quem? Por que, estranhamente, nunca fui informado disso. E aparentemente sou parte fundamental da equação.
Gina deixou escapar uma risadinha zombeteira. – Certo. Então vocês não fizeram nada, ok. Harry, amor, se você quer que acreditemos deveria mandar Lizzie parar de dizer quão maravilhosa e inesquecível fora a noite de vocês.
O moreno parecia ter levado um soco. – Ela o quê?! – Ele meneou a cabeça bruscamente e de repente estava rígido de ódio.
Gina interiormente estava gritando, saltitando e batendo palmas alegremente. Ela finalmente teve coragem de lançar um olhar a Hermione, que desistira de prestar atenção a sua comida e fitava Harry.
O moreno não parecia notar o olhar perscrutador de Hermione. Na verdade, Harry parecia cego de raiva para notar qualquer coisa além da mesa da Corvinal.
-Harry? – Ron o chamou com genuína preocupação.
Ignorando-o, Harry se levantou de supetão e a passos largos passou a atravessar o salão.
-Não sei por que... – Gina começou suavemente, hipnotizada por um instante no caminhar de Harry. – Mas não acho que Lizzie estava falando a verdade – se voltou para Hermione e sorriu diabolicamente. – Ela está tão ferrada.
-Ah merda. Ah merda – Ron murmurou. – Ele vai matá-la. Ah Merda. Ah meu Merlim, eu serei o próximo.
-Ron, não é que eu goste de Elizabeth ou que não quisesse que ela fosse castigada... – Gina começou. - Mas acho que você deve parar Harry antes que chega à mesa da Corvinal. Eu realmente não quero que ele pegue detenção por conta daquela garota.
-Eu não quero. Ele vai me matar! Você não está entendendo... Ele vai acabar com ela e vai me caçar. Lembra que eu o forcei a ir nesse maldito encontro? – Ron gemeu.
Gina riu com leviandade. – Azar o seu. Você deveria saber melhor do que jogá-lo encima de uma devoradora de homens interesseira.
Ron choramingou – Mas ela era tão bonita.
-Ron, anda logo! Ele não pode chegar naquela mesa.
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(continua)
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N/a: Aparentemente saindo do hiatus.
Comentários (2)
CONTINUAAAAAAAAAAAAAA
2015-02-28Eba, saindo do hiatus! Tive que ler desde o começo pra relembrar a fic, mas foi divertido fazê-lo, tinha esquecido como eram engraçadas as situações. Quero só ver o Harry dar um escandalo no meio do salão e a reação da Hermione, afinal, tá na hora dela pedir desculpas pelo jeito que o tratou na noite enterior. Bem-vinda de volta!
2012-03-10