Cap.4



Naquele ano aconteceram muitas coisas boas e muitas horríveis.
Eu ganhei mais amigos; anunciei meu namoro com George pra quem queria saber; meu tio Sirius morreu, mas não temos certeza; minha tia Lívia e minha prima Isis foram morar conosco; choramos muito naquele ano; me distanciei de George; ele fugiu da escola com sua vassoura, para montar a loja; fiquei muito triste por muito tempo.
No final de Agosto, meu primo Carlinhos, o mais velho dos Weasley, foi em nossa casa para saber como estavam tia Lívia e Isis, mas principalmente por mim.
- Oi tia Jenny!
- Oi Carlinhos, tudo bem? Como esta o pessoal?
- Ah, bem né? Não podemos fazer nada! - disse Carlinhos ficando triste.
- Ai! Hunf, consegui! - exclamou uma pessoa atrás de Carlinhos muito bem vestida.
Quando minha mãe e Carlinhos olharam, ficaram espantados, pois George havia “aparatado” ali mesmo.
- George, o que faz aqui? - perguntou minha mãe já sabendo a resposta. - A Vanessa esta no quarto dela, dormindo. Pode subir.
- Muita obrigada tia Jenny! Oi Carlinhos, tudo bem mano?
- Er...Tudo! - disse Carlinhos meio desajeitado.
- Então ta...Licença! - disse George subindo as escadas com muita rapidez. - Ah, muito obrigado de novo tia Jenny! - George disse ao voltar as escadas e dando um beijo no rosto de minha mãe.
- De nada! - disse minha mãe, dando risada.

George subiu as escadas e foi direto para meu quarto. Entrou. Eu estava dormindo, eu não levantava da cama. Não tinha forças pra nada. Ele veio bem pertinho, agachou e me deu um selinho carinhoso.
Minhas irmãs também estavam tristes, mas não do mesmo jeito que eu estava. As cartas de Victor estavam jogadas no chão, lacradas.
Eu acho que a única coisa que eu fazia era acordar e tomar banho. Nessa hora, minha mãe sempre vinha me acordar para me ajudar no banho.
Sem querer, George tropeçou em um embrulho que ele reconheceu muito bem. Era o presente dele, eu não tinha nem tocado. Eu sei que ele ficou triste, eu vi.
Naquela hora, eu fiquei olhando pra ele e falei:
- Sabia que você fica lindo com essa cara de triste, sendo que o seu foi o primeiro que eu abri? - disse para George com uma cara de um pouco feliz, um pouco triste.
- Vanessa, você esta bem? - disse George meio assustado.
- Mais ou menos... Eu sabia que você iria vir aqui um dia ou outro, ai pedi pra minha mãe embrulhar de novo. Eu sabia que você ia fazer essa cara.
- Você esta com fome?
- Não. - disse, tentando me levantar.
- Você precisa comer! - nessa hora, ele me agarrou, pois eu ia cair. - Ta vendo? Você precisa comer!
- Posso falar a verdade? - olhei pra ele com cara de fome. - Eu to com MUITA fome!
- Então senta ai. Eu já volto.
Ele desceu as escadas e pediu pra minha mãe fazer um prato de comida. Ela ficou alegre em saber que George havia me convencido de que eu precisava comer.

Todos ficaram alegres e subiram ate meu quarto. Minha tia me deu um abraço tão bom... Eu estava me sentindo bem com aquele abraço e a abracei, mas não tinha forças.
Um tempo depois minha mãe chegou com um prato de comida e falou:
- George já volta. Ele foi fazer um negócio por ai.
- Ai mãe, ele não foi aprontar não né? - eu disse preocupada.
- Não, ele foi fazer uma coisa pra você. - disse minha mãe toda feliz, pois ela sabia o que ele estava tramando. Não fique preocupada e come pra você ter força.
- Ta bom! - falei ficando menos preocupada.
Quando acabei de comer, minha mãe abriu a janela do meu quarto, percebi que aquele era o lugar mais sujo da face da Terra, cheio de cartas pelo chão. Peguei todas e comecei a abrir algumas. Abri primeiro uma das cartas de Krum. Nela dizia:
“Minha querida amiga Vanessa,
Estou lhe enviando esta carta para saber como estás. Fiquei sabendo da morte da morte de seu tio, meus pêsames.
Também lhe enviei esta carta para saber se suas irmãs estão solteiras. Não é pra mim, e sim pro meu irmão. Você sabe né? Ele sempre gostou de você e pra mim, acho que não vou precisar mais. Não preciso nem falar o porque.
Um grande abraço
do seu eterno amigo
Victor Krum.
Obs: Estou pensando seriamente em ir pra sua casa passar um tempo. Vocês estão de férias não estão? Ah, vou levar meu maninho. De repente rola um clima entre ele e uma de suas irmãs “.
- Ah, essa é boa. O irmão do Vitinho sempre gostou de mim e por isso vai ficar com uma das minhas irmãs? Que bom que ele vem aqui. Eu já discuto isso com ele! - disse meio brava. - Ele ta meio caduca! Eu não pareço com nenhuma das minhas irmãs! Nos só temos algumas coisas parecidas... O branco do olho vale? - disse como estivesse conversando com Victor bem ao meu lado.

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