Capítulo VIII



Capítulo VIII

Aparataram em Hogsmead.

–Espero que não tenha esquecido sua varinha – disse enquanto andavam pelo vilarejo.

-Não, definitivamente – disse dando um sorriso nervoso.

-Não se preocupe – disse tocando seu ombro. – Só pedi que trouxesse a varinha por precaução. Você conhece os gêmeos Weasley, não mudaram nada - falou gesticulando. – Chegamos! – disse assim que entrou no local.

-Alô Harry! – um homem ruivo e forte exclamou o cumprimentando com um aperto de mão e depois um abraço. – Mas quem você trouxe aqui?! Não! – disse irônico colocando a mão na boca, demonstrando surpresa. – A Srta. “monitora” Granger! Uau!

Sorrindo sem jeito ela foi puxada para um abraço. – Olá... Fred?

-Exatamente! Mas se você quiser, eu posso ser o Jorge, Gui ou Carlinhos... – retrucou marotamente. – Tudo o que quiser – disse fazendo uma reverencia. A morena corou. -Jorge! Caro irmão. Olha quem se encontra em nosso humilde estabelecimento.

-Oh Merlim! Socorram-me – disse dramaticamente um Jorge com a mão no peito. – Pensei que não viveria para ver isso – Harry e Hermione se entreolharam. Realmente, eles não mudariam nunca. – Como vai, Hermione?

-Muito bem, principalmente por estar aqui, com vocês – disse jocosa.

Jorge sorriu - Quando Harry nos disse que você viria aqui, não pude acreditar.

-Mas parece que ele trouxe a prova viva.

-Então? Estariam dispostos a me mostrar os mais novos produtos da WWW?

-Será um prazer!

A loja era bem espaçosa, tinha inúmeras prateleiras com diversos produtos. E ela soube, logo depois, que ainda havia um estoque lá nos fundos.
O lugar nunca ficava vazio, o que impedia vez ou outra Fred e Jorge de lhe mostrar as inovações, então, quem acabava o fazendo era Harry.

-Não mexa nisso! – Harry exclamou antes que a morena tocasse em um dos produtos que lhe chamou atenção. – Não toque em nada desta prateleira, em especial aqui... – apontou para local onde havia poções do amor. - Os rapazes enfeitiçaram-na, há uma azaração antifurto que eles criaram.

-E o que acontece? – ela indagou se afastando do lugar, como se a qualquer hora tudo pudesse explodir.

Harry sorriu. – Não é nada que possa matar. Mas se você não quer em seu rosto em letras garrafas “Ladra”, urticária e furúnculos ao longo do corpo por um mês... aconselho que não toque - Hermione o encarou em horror, afastando-se ainda mais do local, puxando-o.

-Posso viver sem isso. Não deixa de ser criativo, entretanto.

-Estamos falando dos gêmeos Weasley afinal – disse lhe guiando para um corredor feito por estantes cheias de bugigangas e o que pareciam ser doces que os ruivos criavam. – Olhe essa bala... Tem sabor de caramelo – ele se aproximou para pegar uma do pote transparente a sua frente, mas a morena o impediu.

-Está louco? – exclamou segurando seu braço. Harry apenas sorriu e, retirando delicadamente a mão dela de seu braço com a mão livre, pegou o doce. Para desespero da mulher.

-Hey. Acalme-se... Eu posso pegar qualquer coisa da loja – disse calmamente, Hermione suspirou. – Experimente.

-Hã... Eu acho que não – falou afastando a mão dele de perto de sua boca.

-Não confia em mim? – ela o fitou por um instante. Hesitante. Antes de pegar o doce. – Eu nunca faria mal a você, Mione - completou quando esta pusera o confeito na boca.

Assim que sentiu o gosto de caramelo, ela passou a procurar qualquer vestígio anormal em seu corpo. – Bom, até agora tudo bem – disse franzindo a testa.

Harry sorriu. - Olhe para baixo. Agora - quando ela o fez, pôde ver seu corpo se ergueu sozinho, alguns centímetros acima do chão.

–Ah meu Deus! - murmurou olhando-o abismada.

–Até você terminar essa bala, pode ficar flutuando.

Meia hora depois, estavam saindo da casa de logros dos gêmeos. – Gostaria de ir comigo ao Três Vassouras?

-Adoraria – disse distraidamente.

“Isso é um encontro?”
“Não! O que é isso?! Francamente”
“Me parece um encontro...” Hermione virou os olhos enquanto virava a cabeça para observar melhor o lugar. “Quero dizer, vocês estão indo fazer sabe-se-lá-o-quê, sozinhos”.
“Besteira! Harry está apenas sendo educado. Como ele sempre foi, por sinal” Hermione ponderou. “Além do mais, estaremos em um lugar público”.
“Tudo bem, então. Você é a dona da situação por aqui...”.

Aquele estranho debate mental a fez recordar de uma promessa que fizera há muito tempo. Franzindo a testa, ela voltou sua atenção para Harry.
**

-Acho que não soube – disse depois de beber um pouco mais de sua cerveja amanteigada. - Estive com Gina na quarta-feira, almoçamos juntas. Ela estava com Beatriz, a namorada de Neville.

Harry ergueu a sobrancelha. – Algo como: “Fique próximo de seus amigos e mais próximo ainda de seus inimigos”?

-É exatamente o que pensava enquanto via as duas.

-O que achou? De Beatriz, digo.

-Ela me parece simpática e bem jovem.

-Ela é jovem. Talvez seja por isso que Gina não a suporte.

-De fato – Hermione disse sorrindo levemente. - Você tinha razão. Ela gosta mais de Neville do que pode imaginar.

-Era de se esperar que algo assim pudesse acontecer. Gina e Neville não se desgrudavam depois que terminamos.

Hermione ergueu a sobrancelha. – Isso é ciúme ou estou enganada?

-De modo algum – retrucou calmamente. – Deixe-me lhe contar um segredo – disse se aproximando. –Acho que foi a melhor coisa que fiz em minha vida inteira... – murmurou em seu ouvido.

-Harry!

-Não. Não me leve a mal. Eu amo a Gina, de coração. Juro! – exclamou quando Hermione lhe encarou desconfiada. – Mas não do jeito que ela merece ser amada. Entende?

-Entendo – disse balançando a cabeça positivamente, um sorriso pequeno. – É um modo gentil de dizer que não a ama – ele voltou novamente seus olhos para ela. – Não se preocupe Harry. Vali-me desta frase tantas vezes que não tenho como lhe recriminar.

Ele a observou por um instante. – Como você conseguiu ficar tanto tempo longe daqui?

-Não tenho idéia. É como se o tempo estivesse parado enquanto estive todos estes anos por lá.

-Você... Não sentiu... Falta?

-De certo, Harry. Principalmente sua – ela ponderou. – e de Gina.

Ele sorriu. – Acredite. Nós sentimos muito sua ausência.

Quase duas horas se passaram e depois de uma longa conversa, Harry se pronunciou.

-Vamos? – a morena apenas assentiu.
*
(continua)
*
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