capitulo 3



CAPITULO 3

O Ron tenta sondar o meu rosto sob a máscara, a fim de apreender a minha reacção. De repente parece nervoso, inseguro. Como poderei explicar-lhe este cenário, este teatro, é perfeito? Que faz nascer em mim um desejo intenso? Agarro a mão dele e beijo-o intensamente. Conduzo-o sob o meu vestido para ele poder sentir, por si próprio, a minha reacção. Depois recuo alguns passos e começo a despir-me lentamente, dirigindo-lhe o meu melhor sorriso para o fazer compreender que ultrapassou as minhas esperanças mais loucas. Caminho lentamente à volta da cama, apreciando a sensação de provocação, certificando-me de que todos os espectadores têm a mesma visão vantajosa da minha indumentária.
Estou em estado de choque, embora totalmente satisfeita. Não consigo acreditar no que está a acontecer-me, mas não hesito em saborear cada instante de triunfo. Aproximo-me do Ron e beijo-o com toda a paixão que sou capaz, passando uma coxa para entre as pernas dele para me deleita com a sua erecção enorme. Tiro-lhe a roupa com um sorriso travesso e triunfante e digo-lhe para ficar onde está. Deito-me na cama, sozinha.
- Vou finalmente poder continuar o que me obrigaste a interromper ontem á noite, seu maroto…
Para grande surpresa minha – e devo dizer para grande satisfação – o quarto começa a rodar lentamente. Muito lentamente. Com um movimento apenas perceptível, o soalho circular gira sobre si próprio. Eu estendo-me langorosamente sobre a cama, afastando amplamente as minhas coxas, ainda cobertas pelas minhas botas diabólicas, e olho atentamente à minha volta. Pelo menos cinquenta pares de olhos observam cada um dos meus movimentos, desejando-me. Pelo menos trinta pénis preparam-se para se a entesarem perante o espectáculo que vou oferecer-lhes, com este pensamento, o meu sexo abre-se como uma flor e sinto a seiva a escorrer até à colcha de cetim cor-de-rosa. Liberto os meus seios do seu entrave, permitindo-lhes respirar livremente e inchar-se de orgulho. A minha mão desce por si própria para entre as minhas pernas, enquanto a outra afasta os lábios húmidos do meu sexo para poder atingir mais facilmente a pequena parcela que me faria ter um orgasmo instantâneo se eu mo permitisse.
O Ron deixa-me gozar este prazer inesperado. Sinto-me ao mesmo tempo deusa inacessível, objecto de cobiça e desavergonhada da pior espécie. Imagino todas aquelas pessoas arquejar por minha causa, os casais a acariciar-se a fazer amor do outro lado das janelas, excitados à vista do meu corpo inflamado, e sinto-me irresistível.
O Ron aproxima-se dos pés da cama enterra o rosto entre as minhas coxas ardentes. Banha-me com a sua saliva, penetra-me com a língua, com os dedos. Já não sei que liquido emana quem. A única coisa que sinto é o orgasmo iminente, desmesurado, que vai sacudir-me de um momento para o outro. O Ron leva-me até à borda do precipício e ergue-me bruscamente. Passa para a cabeceira da cama e acaricia-me suavemente a garganta, segurando-me os pulsos para eu não poder pôr fim à minha agonia e permitir-me aquele prazer libertador.
Beija-me no pescoço, os seios, com uma doçura insuportável. Sinto na pele milhares de choquezinhos eléctricos, centelhas de prazer. Ele ergue-se finalmente e recomeça a acariciar-me com a ponta dos dedos, primeiro muito suavemente, depois de uma forma mais insistente. Sobe para a cama, ao meu lado, e volta a atacar, sabendo que não tardo a explodir e não querendo privar ninguém d espectáculo. Eu sinto as vagas espalharem-se por todo o corpo e tenho um orgasmo de uma intensidade impensável. O meu ventre agita-se interminavelmente, o meu corpo retorce-se contra a minha vontade e, finalmente, o Ron mergulha dentro de mim.
Ele coloca as minhas pernas sobre os meus ombros e monta-me a um ritmo desenfreado. Vira-me, puxa-me para a beira da cama e põe-se de pé, atrás de mim.
- Gostas?
- Oh, Ron, como é que adivinhaste?
- Um dia digo-te…
Dito isto, agarrou as minhas ancas com todas as suas forças e puxou-me para ele, mergulhando nas profundezas do meu corpo. A mão dele vem encontrar o meu sexo atordoado e os seus dedos hábeis exercem gestos e pressões que voltam a fazer-me soçobrar. Já não penso nas pessoas que nos observam. Limito-me a retirar da sua presença uma satisfação intensa, uma prazer duplicado. Dedico secretamente cada estocada que o Ron me consagra a uma ou um dos meus admiradores anónimos, tentando assim agradecer-lhes a honra que me fazem. Sinto o Ron a estremecer, imenso dentro de mim. Ele vai e vem com uma força inesgotável, possuindo-me pela frente, por trás, por baixo e por cima. Quando me deixa finalmente deitá-lo na cama e montá-lo, ponho ao seu serviço toda arte de que disponho. Sento-me em cima dele, acariciando-me para deixar escorrer livremente o fluxo de prazer que não se esgota. Ele mantém os braços rígidos à sua frente e eu ergo-me, agachando-me levemente sobre ele e exercendo pressões suaves. Acelero perante a sua expressão incrédula. Faço amor com ele com toda a ternura, arte e gratidão de que sou capaz. Grito-lhe o meu amor, a minha felicidade e acelero até ele atingir por sua vez o orgasmo, virando-me de lado para me dar as últimas estocadas.
O quarto mergulha de imediato nas trevas. Ah! Bendita escuridão! Por muito que tenha apreciado o cenário há alguns minutos, quero agora gozar este primeiro contacto com o Ron em toda a intimidade. Conheci uma das fantasias mais poderosas e, neste preciso momento sinto-me confusa. Fui mesmo eu quem se deu assim em um espectáculo? Tenho dificuldade em acreditar e sou assaltada por um tumulto de sentimentos contraditórios. Ele fez-me conhecer uma experiência com a qual só pudera sonhar, mas não tenho a certeza de querer repeti-la. Foi tão intensa, tão incrivelmente exaltante, que de repente tenho algum medo do significado de semelhante revelação. Sinto-me feliz, esgotada, desconcertada, apaixonada e não quereria partilhar este momento de cumplicidade com mais ninguém.
Ron recebe-me nos seus braços, acaricia-me os cabelos, e eu sei com uma certeza absoluta que quero ficar ali durante muito, muito tempo…
- Sabes que agora podemos mudar de lugar? Podemos passar para trás dos vidros…
- Não, não. Não é a mesma coisa. Ron, foi…não sei como te dizer. Há anos que eu sonho com uma coisa destas. Não com tantos pormenores, evidentemente, mas foi tudo perfeito. Tudo! Estou contente por ter vivido isto uma vez e estou satisfeita. E para ti, não foi demasiado duro?
- Nem por isso. É claro que me senti um pouco desconfortável no início, mas depois habituei-me. Fica nos meus braços um bocadinho, depois levo-te a ver a casa. Tenho mais uma surpresa…queres passar a noite comigo?
- Como se fosse preciso perguntar!
Ficamos ali, confortavelmente saciados, nos braços um do outro. Sinto agora uma grande vontade, uma necessidade intensa de ir para casa. Como não podemos ficar ali a noite toda, não vale a pena demorarmo-nos. Além disso ele falou de outra surpresa…Sigo o Ron para uma pequena divisão contígua na qual podemos arranjarmo-nos um pouco. Ele pede-me então para conservar a máscara no rosto, e eu não me faço rogada.
- Como é que soubeste deste lugar? Quem é que pode imaginar um sítio assim?
- Isso faz parte da surpresa…Levo-te a fazer a visita completa?
- Se tu quiseres, mas quero ir para tua casa…
- Sim. Não demora, prometo.
Ele conduz-me por outro corredor, depois faz-me subir umas escadinhas. Lá em cima do corredor, entrecortado por inúmeras portinhas, curvava-se como para seguir uma divisão circular. Compreendo que se trata das cabinezinhas nas quais as pessoas estavam sentadas.
- Ron, não quero ver outro casal…
- Shiu! Segue-me.
Ele abra uma das portas e, antes de eu ter tempo para reagir, ele toca no interruptor e inunda a divisão de luz. A cabine está ocupada: um homem e uma mulher, ambos com máscara, abraçam-se pela cintura.
Manequins…
O Ron passa à divisão seguinte e repete o gesto: mais dois manequins igualmente com máscaras…
- Tenho um amigo que é estilista. Ele usava este lugar para convidar os clientes para verem as suas novas colecções. O prédio é dele e assim não tinha de pagar a manequins verdadeiros. Ficaste desiludida?
Olho para ele, faço o meu sorriso mais feliz de toda a minha vida, abraço-o com força:
- Creio bem que conseguimos fazer desta uma noite inesquecível…


~*FIM*~


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Então gostaram?

Eu quero mtas reviews com as respostas!!

Gosteimt de escrever esta fic ^^ espero que vcx tenham gostado de lê-la.

Bj’s,
Ana.teresa

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Comentários (1)

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