O Dia Perfeito



- Ela foi encontrada da mesma forma que Fudge. – disse Hermione lendo a reportagem.

- Agora já são dois. Precisamos descobrir a ligação entre eles, e rápido. – disse Rony.

- Vou dar uma pesquisada pra ver se encontro algo sobre essa Thirsa Woodcroft. – disse Hermione. – e vocês dois, tratem de estudar!

Passaram o sábado inteiro estudando no salão comunal. À tarde Gina se juntou a eles, dizendo se sentir bem melhor. O jogo entre Lufa-Lufa e Corvinal havia acabado, e para felicidade dos Grifinórios, Corvinal ganhou de 180 a 160, dando grandes chances a Grifinória. Agora estava nas mãos deles, e o jogo contra Sonserina nunca era fácil. Mesmo esta tendo perdido praticamente todos seus jogadores no ano anterior, restava Draco, que agora era o capitão, e dele Harry esperava qualquer coisa.

Hermione se juntou a eles também, dizendo que não tinha encontrado nada sobre a tal mulher, além de que ela é uma grande vidente, descendente direta de Morgana, a maior vidente da Idade-Média.

Durante toda a semana só se ouvia falar do jogo entre grifinória e sonserina e nas chances de fim do campeonato. O clima acirrado entre as duas equipes se espalhou pelos corredores de Hogwarts. A semana inteira foi marcada por duelos entre alunos das duas casas. Harry pediu a seu time que evitasse ao máximo brigar contra os sonserinos, preservando seu time intacto.

O dia do jogo chegou, e Harry rezava para que o tempo estivesse bom. Com medo ele foi até a janela de seu quarto assim que acordou e viu um céu claro e nada de neve. Sorriu. Estava perfeito. Trocou de roupa e desceu até o salão principal para tomar café. Sentados todos reunidos estavam os membros do time. Assim que Harry entrou uma salva de palmas foi ouvida, originada dos alunos grifinórios e também alguns de outras casas, como Luna, que já estava com seu chapéu com um enorme leão na cabeça, que rugia alto. O garoto se juntou aos outros membros do time, assustado com a animação dos alunos e o desânimo dos colegas.

- Cadê a animação de vocês? – perguntou ele se sentando ao lado da namorada, que tomava um suco de abóbora distraída.

- Vai ser um jogo difícil. – falou Seline.

- Nós estamos preparados. – disse Harry, confiante. Normalmente ele ficava nervoso antes do jogo, mas dessa vez era diferente. Estava preparado. Sabia que o time estava bom. Tinham treinado bastante. – iremos vencer hoje, podem apostar nisso.

O resto do time o olhou espantado. Nunca tinham visto o capitão tão confiante assim. A confiança dele era contagiante. Em pouco tempo eles já estavam brincando e cantando. Foram em direção aos vestiários sorridentes. Os outros alunos olhavam para eles e ficavam curiosos em saber o motivo da determinação daquele time. Sonserinos olhavam desgostosos. Alguns até ficaram mais preocupados.

Vestiram os uniformes vermelhos com detalhes dourados e aguardaram o apito que anunciaria a entrada deles em campo.

- Concentre-se Rony. É só concentrar. Você sabe o que fazer. Atenção ao que acontece em volta, todos vocês. Eu não vou ficar dando ordens durante o jogo. Tenho que ir atrás do pomo antes que Malfoy sequer pense em fazer isso. O tempo está ótimo, os sonserinos estão preocupados, nós estamos unidos e prontos. Temos que tirar a maior vantagem possível disso. Vamos entrar lá e vencer de uma forma que vai ficar pra história dessa escola! – disse Harry ao time.

- É isso ai! – falou Cooper erguendo seu bastão e batendo no de Seline.

A torcida gritava frenética no campo. Harry ouviu Collin anunciar a entrada dos Sonserinos.

- E agora o time da Sonserina. Jones vem à frente, como goleiro. Lang e Bauker logo atrás são os batedores, que vão substituir Crabbe e Goyle, que cumprem detenção no dia de hoje, para o azar dos sonserinos. Charlie Flint, o irmão mais novo do antigo capitão do time Marcos Flint, Blaise e Adams, a única garota do time, são os artilheiros. Draco Malfoy é o apanhador e capitão do time de cobra. Será que ele e Potter vão colocar suas diferenças de lado e jogar um jogo limpo ou podemos esperar algumas armadilhas por ai? – falou Collin, e a torcida gritou, muitos vaiando o time, outros dando vivas, algumas garotas gritando ao ouvir Collin dizer sobre as trapaças que poderiam vir de Draco para Harry.

- Se a gente vencer hoje e ganhar o campeonato, eu juro que vou azarar qualquer garotinha que fique dando em cima de você e me provocando. – disse Gina entre dentes a Harry, que sorriu.

- Então prepare sua varinha. Vamos arrebentar.

O apito soou e o time de vermelho entrou em campo. A multidão gritava enlouquecida.

- Agora os grifinórios entram em campo, parecendo confiantes. Será que eles levam a taça essa manhã? O capitão parece acreditar que sim, e a torcida também. Potter vem ao lado de sua namorada, Weasley, logo atrás dos batedores Cooper e Smith. É interessante ver que Harry namora a irmã de seu melhor amigo, o goleiro grifinório. Parece que ele gosta mesmo dessa família.

Harry se aproximou da Madame Hooch, ficando frente-a-frente com Draco.

- Cuprimentem-se. – ordenou ela. Eles apertaram a mão um do outro com toda a força que tinham, os olhares ameaçadores.

- Eu quero um jogo limpo aqui hoje. – falou ela. Os dois pegaram suas vassouras e ela apitou, dando início ao jogo. Imediatamente Harry voou para cima dos outros jogadores, de onde podia ter uma visão melhor do campo e do que acontecia lá em baixo.

- Weasley com a goles. Ela parece feroz. Avança sobre o time adversário, e para diante de Jones. Ela arremessa. Jones foi pego de surpresa. Gol de Weasley! E o placar é aberto. 10 a zero! – gritou Creevey no microfone.

Harry parou de ouvir. Lang bateu o balaço em sua direção, e por muito pouco não foi acertado por ele no braço direito.

- E Potter escapa por pouco. É melhor prestar atenção aí em cima se quiser pegar o pomo hoje Harry.

Então ele viu algo brilhando próximo ao chão. Inclinou sua firebolt e mergulhou em busca do pomo. Mas Malfoy estava mais perto do chão e percebendo a movimentação de Harry correu em direção a pequena esfera dourada. Draco estava chegando perto, com Harry em seus calcanhares. Malfoy esticou o braço para pegar o pomo e foi atingido por um balaço certeiro rebatido por Cooper. Ele gritou de dor e parou bruscamente, fazendo Harry bater nele e perder o pomo de vista.

- Esse pomo vai ser meu hoje Potter.

- Isso é o que nós vamos ver. – disse Harry subindo novamente a sua antiga posição.

Grifinória já estava ganhando de 50 a 10, e Seline tinha acabado de bater um balaço em Adams, quando essa estava com a goles, acertando a cabeça da garota que caiu inconsciente, deixando sonserina com um jogador a menos. Agora Grifinória aproveitava a distração dos outros e faziam gols à vontade. O jogo já estava 100 a 30. Perfeito. Só faltava Harry pegar o pomo. E como se lesse os pensamentos do moreno, o pomo surgiu diante dele. Olhou para trás e Draco sobrevoava o campo uns 5 metros abaixo dele. Era o momento ideal. Ele avançou em direção da bolinha, chamando a atenção de Draco. O sonserino, vendo que não conseguiria chegar a tempo, enfiou a mão entre as vestes e sacou sua varinha apontando-a para Harry.

- Estupefaça – gritou o loiro, e um raio saiu de sua varinha em direção ao grifinório, que não percebeu o que estava acontecendo. O feitiço já estava bem próximo de Harry, quando alguém também sacou sua varinha das vestes.

- Finite Incantatem – gritou a morena, de olhos azuis. Sofia Smith estava perto de Harry. O contra-feitiço funcionou. Harry ouviu o que estava acontecendo em suas costas, mas não se atreveu a virar e ver, senão perdia o pomo de vista. Deu um impulso na vassoura para que esta fosse mais rápida e instantes depois ele pôde erguer o pomo-de-ouro, se debatendo em sua mão.

- E Grifinória vence! Não adiantou tentar jogar sujo, sonserinos! Grifinória é a campeã do campeonato de quadribol, num placar que vai ficar pra história de Hogwarts! – anunciou Creevey. A torcida gritava, vibrando. O time pousou em campo, e todos correram para um grande abraço.

- Obrigado Sofia. Se não fosse você talvez nós não ganhássemos hoje. – agradeceu Harry.

- Não precisa agradecer. Eu fiz o que qualquer um faria. – disse ela sorrindo e segurando a mão de Harry. Gina viu o que estava acontecendo e correu até o namorado, pulando em seus braços num abraço.

- Você conseguiu! – disse ela sorrindo, enquanto Sofia os deixava.

- Nós conseguimos. Você estava incrível hoje, ruivinha. – disse ele beijando a namorada em seguida.

- Harry! O troféu! – gritou Jonathan, apontando para o troféu que Madame Hooch vinha carregando.

Harry correu até ela, junto com o resto do time. Ela o entregou o troféu e ele o ergueu. Aquela sensação era incrível. A vitória o proporcionava tanta felicidade, de uma forma que qualquer pessoa que não o conhecesse e o visse ali acreditaria que ele era o homem mais feliz do mundo. O sorriso em seu rosto era gigante.

- Festa no salão comunal! – gritou Rony, que estava abraçado a Hermione. Ele estava vermelho de tanto gritar.

- Hei Harry, pose pra foto! – gritou Collin, que já estava no campo com sua máquina na mão. Harry ergueu a taça mais uma vez, com o time inteiro a sua volta, todos sorrindo.

O time foi carregado pelos corredores até o salão comunal. A música começou a tocar, as pessoas a beber cerveja amanteigada, todos alegres. Harry conversava com Rony sobre a partida, e era difícil saber qual dos dois era o mais contente.

- Boa defesa àquela sua contra o Blaise! – disse Harry ao ruivo.

- Ah é. Mas teve uma bola do Flint que eu achei que não ia conseguir pegar.

- Desculpe interromper, mas eu vou ter que privar você da companhia do Harry por alguns minutos, Roniquito. – disse Gina sorridente, puxando Harry pelo braço.

- Só alguns minutos? – perguntou o moreno, fazendo-se de chateado.

- Se eu falasse pro Rony que ia te roubar pelo dia inteiro ele não ia gostar. – disse a ruiva com um sorriso maroto no rosto.

- E posso saber o que a senhorita pretende fazer comigo que vai durar o dia inteiro? – falou ele abraçando Gina por trás, enquanto beijava o pescoço dela.

- Isso é segredo. – disse ela o levando para um canto escondido do salão comunal.

Ficaram quase o dia todo juntos. De tempos em tempos alguém aparecia por perto para parabenizar os dois pelo jogo. Quando a noite caiu nos terrenos de Hogwarts, vários grifinórios já dormiam de embriagados que estavam. Aos poucos os alunos foram se retirando para seus quartos, até que o salão ficasse vazio.

Harry não conseguia dormir. A euforia do dia ainda o contagiava, deixando-o desperto. Revirou na cama diversas vezes, sem resultado. Resolveu pegar um livro e ir ler. A leitura traria seu sono. Desceu as escadas de volta para o salão comunal, onde o fogo da lareira já estava se apagando. Reacendeu-o e se sentou no sofá em frente a ela. Começou a leitura do livro que Hermione tinha lhe dado de Natal. Nele ensinava alguns feitiços de defesa e outros de ataque. Lia distraidamente quando um barulho atrás de si o chamou a atenção.

Vestindo uma camisola branca, Gina descia as escadas do dormitório feminino. Parecia uma fada aos olhos de Harry.

- O que uma mocinha como você faz a essa hora da noite acordada? – perguntou ele a assustando.

- Não consigo dormir. Estou agitada, acho que bebi demais. – disse ela colocando a mão na cabeça, - e você?

- Me sinto cheio de energia ainda. Aí resolvi descer e ler um pouco. Esse livro é até interessante, mas tem muita coisa que eu já sei.

- Hum. Estudando técnicas de defesa. – disse ela lendo o titulo do livro de longe, quando se sentava em uma poltrona ao lado do sofá.

- Não só isso. Modéstia à parte, eu estou ficando bom sem usar a varinha. Já consigo até convocar objetos grandes.

- Como o que?

- Accio Ginevra! – disse ele firme, erguendo a mão. Uma força invisível puxou Gina de onde ela estava e a jogou nos braços de Harry.

- Nunca mais me chame de Ginevra. – disse ela irritada.

- Já te disse que você fica linda nervosa? – disse ele a abraçando e a puxando para mais perto de si.

- Já. – disse ela sorrindo.

- E já disse que adoro o seu cheiro? – perguntou ele sentindo o perfume vindo dos cabelos dela.

- Acho que já ouvi isso. – disse ela com um sorriso convencido.

- E eu já te falei que eu estou completamente apaixonado por você? – disse ele dando beijinhos suaves no pescoço dela, fazendo-a arrepiar.

- Isso eu acho que não. – falou ela virando-se e beijando-o. O beijo foi esquentando, tornando-se um beijo ardente. As mãos dela acariciavam os cabelos dele, descendo para a nuca. As dele acariciavam a cintura dela, com movimentos suaves. Se afastaram um pouco, com falta de ar.

- Todas as ruivas têm esse poder? – perguntou ele com a voz rouca, sussurrando ao ouvido dela.

- Que poder?

- De deixar os Potters loucos... – disse ele puxando-a para mais um beijo ardente.

À medida que se beijavam era como se algo estivesse sendo despertado dentro dos dois. O desejo de se entregar, de se tornarem homem e mulher nos braços de quem se ama foi tomando conta deles, que já não pensavam em nada. As mãos exploravam lugares hipnotizantes, e quando não puderam mais agüentar, começaram a se despir. Gina tirou a camisa de Harry, enquanto esse tirava a camisola dela delicadamente. Ela podia sentir a excitação do namorado. Ele foi gentil, terno e apaixonado, tudo ao mesmo tempo, e tudo foi mágico.

Ao final, quando os dois já se encontravam inundados de prazer, descansaram um nos braços do outro. E assim, abraçados, adormeceram.

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