Broken



Capítulo 18 – Broken

Depois que Ryan foi expulso, tudo pareceu voltar ao normal. Draco e Gina fizeram as pazes, e os meses seguintes pareceram voar, pois já era quase Natal. Estavam no quarto dele, deitados em sua cama, Gina apoiada no peito nu do loiro.
- Você já sabe se vai passar o Natal aqui? - ela perguntou fazendo um desenho com a ponta dos dedos na barriga dele.
- Bom, se minha mãe não fizer questão, é claro que não vou pra casa - disse de olhos fechados, apreciando o toque dela.
- Então espero que ela esqueça de você, pois senão vou ficar sem meu presente...
- Você tá é preocupada de ficar sem seu "brinquedo", isso sim - disse malicioso, com um sorrisinho.
- Ei! - ela parou a carícia e o olhou no mesmo momento em que ele abriu os olhos - Você realmente acha que sou uma pervertida, né?
- E não é? - disse fingindo surpresa.
- Escuta aqui, Draco Malfoy, pro seu governo, eu sou uma moça de família! - disse indignada.
Ele riu e ela se aborreceu, ia se levantar, mas ele a puxou de volta.
- Deixa de ser boba, pequena, eu só estava te zoando - disse galante.
- Mas não pareceu... - disse fazendo beicinho.
- Que lindo... Parece até uma gatinha manhosa. O símbolo da Grifinória devia ser um gatinho, e não um leão, já que você tá nessa Casa, combina mais com você.
- Ai, Draco, que lindo... Você tá tão meloso, hoje! - disse quase rindo.
- Aqui - disse sério - Eu te faço um elogio e você me tira? Eu não faço mais, heim!
- Ah, não! Eu gosto quando você fica assim, meladinho! É tão bonitinho! - disse apertando uma bochecha dele, que ergueu uma sobrancelha.
- Você endoidou de vez, foi? - perguntou já rindo um pouco.
- Com certeza - ela disse encarando-o e ficou por cima dele, chegando a boca próxima a seu ouvido - É tudo culpa sua... - terminou num sussurro que fez Draco perder o rumo.
Ele enfiou uma das mãos entre os cabelos dela e a puxou para um beijo apaixonado, enquanto a apertava contra si pela cintura com a outra mão. Rolou os corpos e ficou por cima dela, percorrendo seu corpo com a mão livre enquanto ainda segurava sua nuca com a outra. Foi descendo os beijos aos poucos, até chegar aos seios dela, onde se demorou um pouco antes de continuar descendo até chegar ao seu ventre, lá ficando até ela quase gozar e se voltar para a boca dela, enquanto a penetrava devagar, continuando num ritmo lento e torturante até que ela pedisse para ele ir mais rápido.
Amaram-se com paixão e volúpia, ao mesmo tempo em que era com amor. E a noite se passou rápido, logo já era madrugada, e Gina voltou para a Torre da Grifinória sorrindo, pois ia acompanhada de Draco, que agora não a deixava ir sozinha, principalmente à noite. Usavam a capa de Invisibilidade dele para não serem pegos. Chegando lá, ele a beijou e ela saiu debaixo da capa, passando pelo retrato da Mulher Gorda e indo direto para seu dormitório.
Mas as esperanças de Gina, de passar o Natal com o namorado, se foram, pois Draco recebeu uma carta de seu pai logo no dia seguinte, dizendo que sua presença em casa, naquele feriado, era indispensável.
E a semana se passou como se alguém tivesse morrido, pois ambos estavam tristes por ter que se separarem no primeiro Natal que passariam juntos, como namorados.
Na noite anterior à partida de ambos para suas casas, Gina estava mais triste e calada que o normal, mais do que já estava durante toda a semana.
- Vamos, Virgínia, se anime! Eu já não prometi que vou te escrever?
Ele estava sentado na cama, recostado na cabeceira, e Gina estava deitada atravessada na cama, com a cabeça nas coxas dele.
- Não vai ser a mesma coisa que ter você ao meu lado, Draco.
- Mas já é alguma coisa, não é? - ela não respondeu - Eu também não queria ir, você sabe, mas meu pai deixou bem claro que tenho que estar lá.
- Eu sei - disse e o olhou - Mas não muda o fato de você não poder ficar. Vou sentir sua falta.
- Eu também vou sentir a sua, mas não há o que fazer.
- Isso é um saco - ela disse se ajeitando e deitando de lado, de costas pra ele.
- Eu sei - ele disse e se deitou atrás dela, abraçando-a.
- Você volta no domingo?
- Se não puder voltar antes, sim.
- Duas semanas sem você... - ela disse triste - Será que eu agüento?
- Não fala assim, ruiva - disse e fechou os olhos - Vai ser insuportável pra mim também.
- Eu te amo, Draco.
- Eu sei... E eu também te amo... Muito.
Ela se virou pra ele e o encarou.
- Promete que nunca vai me deixar? - disse temerosa.
- O que foi, pequena? - disse sorrindo - Achei que o paranóico com isso, aqui, fosse eu.
- É sério, Draco - pousou a mão no rosto dele - Desde que você recebeu aquela carta, estou com um pressentimento estranho.
- Não se preocupe, o que pode acontecer comigo na minha própria casa? - disse ainda sorrindo e beijou a mão dela que antes estava em seu rosto.
- É verdade - também sorriu - Acho que deve ser coisa da minha cabeça.
- Fica tranqüila. E pode deixar que, se puder, te escrevo todos os dias.
- É bom mesmo, senhor Draco Malfoy.
- Hum... Que ruiva mais nervosa que arrumei!
Draco disse e a beijou devagar, com carinho, e assim se amaram, depois ficando abraçados até a hora de Gina voltar para sua Torre, já quase ao amanhecer.
No dia seguinte, eles não se falaram, somente se cruzaram pelos corredores do trem, ao acaso, e trocaram um último olhar antes de cruzarem a barreira, já sentindo a falta do outro, e transmitindo isso pelo olhar.

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Gina chegou em casa sorrindo, mas ainda triste, acompanhada por seus pais, Rony e Harry, que conseguira a permissão dos tios.
- O que foi, Gina? - seu pai lhe perguntou sorrindo, assim que ficaram a sós.
- Nada.
- Então, por que você está triste? Achei que gostasse de passar o Natal com sua família.
- Ah, pai, você sabe que vocês são tudo pra mim. Eu amo estar em casa, só estou com um pouco de saudade dos meus amigos.
- Só dos seus amigos?
- É, de quem mais seria? - disse sorrindo amarelo.
- Você tem razão - lhe devolveu o sorriso - Mas trate de se animar, não gosto de te ver triste... Tudo bem?
- Pode deixar, pai.
Arthur abraçou a filha sabendo que ela não dissera a verdade, mas achou que talvez mais tarde ela resolvesse falar por vontade própria, e mesmo que não falasse, ele respeitaria sua decisão e esperaria até que ela precisasse dele.
Gina subiu para seu quarto, desfez sua mala, e se deitou em sua cama, olhando para o teto. Fazia somente algumas horas que estava longe de Draco, mas a saudade era tanta quanto se fossem dias sem vê-lo, sem tocá-lo. Mais uma vez ela se perguntou se agüentaria a falta dele. Sua esperança eram as cartas que ele prometeu enviar.

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Assim que Draco pisou na sala de sua casa, sentiu que ali não era mais seu lugar. Olhou tudo à sua volta e percebeu que nada mudara.
- Draco - ouviu a voz de seu pai e se virou para ele - O que está havendo? Você está muito disperso.
- Não é nada, só estou um pouco cansado da viagem.
- Espero que sim, pois você precisa estar bem para o grande evento que nos aguarda.
Um sinal tocou na cabeça de Draco e ele ficou mais desperto.
- E que evento é esse, pai? - soou casual.
- Deixe de ser curioso, não é preciso pressa - disse esperto, com um sorriso de lado - Vá descansar e, no momento certo, conversaremos.
- Tudo bem, irei para o meu quarto, então.
Chegando lá, Draco viu que os elfos já haviam trazido suas coisas e as colocado em seus devidos lugares.
Sentou-se na beirada de sua cama e olhou em volta.
- Ah, pequena - disse a si mesmo - O que estou fazendo aqui, sem você? - olhou para as próprias mãos - Já estou sentindo sua falta...
Deixou o corpo cair na cama e fechou os olhos.

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Já fazia três dias que Gina estava em casa, e nenhuma notícia de Draco. Ela estava ficando impaciente, mas não sabia porquê ele não escrevera, então decidiu esperar mais um pouco.
Era noite, e ela estava na sala de sua casa, sentada no chão, próxima à lareira.
- E aí, Gina? - ela olhou para cima e viu o dono da voz.
- Oi, Rony.
- Nossa, que animação. Tá tudo bem?
- Sim - e sorriu da melhor maneira possível para o irmão - E o Harry?
- No banho.
Silêncio.
- Vamos, você não está bem - ele disse enquanto se sentava ao lado de Gina - O que aconteceu?
- Não é nada, de verdade. Acho que é só saudade.
- De quem?
- Dos meus amigos, Rony - ele a olhou desconfiado e ela rolou os olhos - Que cara é essa?
- Nada - disse pensativo - Só que você nunca ficou assim antes. E você já ficou longe de seus amigos outras vezes.
- Sério?
- Sério.
- Nossa, nunca achei que você prestasse tanta atenção em mim - disse sorrindo verdadeiramente.
- Gina, eu sei que às vezes sou meio burro, mas você é minha irmãzinha, claro que me preocupo com você.
- Obrigada, Rony - disse e abraçou o irmão - Mas não é nada mesmo. Juro.
- Ok, se você diz, eu acredito. Mas tente se animar. Não gosto de te ver triste.
- Vou tentar.
Rony sorriu para ela e a abraçou, antes de se levantar e deixá-la sozinha com seus pensamentos outra vez.

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Três dias. Três malditos e tediosos dias que Draco estava em casa, e nada de seu pai dizer o que era o tal evento tão importante. Então ele se impacientou e resolveu tentar descobrir algo.
Desceu para o andar de baixo e encontrou sua mãe na sala, tomando um chá. Sentou a seu lado e ela sorriu. Ficou olhando-a discretamente, pensando em como começar, e a ouviu dar uma pequena risada.
- O que foi, Draco? - perguntou sorrindo.
- O que foi o quê? - tentou disfarçar.
- Eu sei que você só fica assim quando quer saber algo, então, pode dizer.
Ele sorriu sincero para ela.
- Acho que você me conhece melhor do que eu imagino, né?
- Como não conheceria, meu anjo? - disse acariciando o rosto do filho.
- É verdade... - disse e deu um beijo na mão da mãe.
- Vamos, agora me diga o que está te deixando assim.
- Não é nada de mais, só estou curioso para saber o que é esse tal evento que o papai está fazendo tanto mistério.
- Nesse caso, eu não poderei te ajudar. Lúcio também não quis me dizer nada.
- Nada? - perguntou esperançoso.
- Nada... Ele só disse que seria um presente de Natal que você iria gostar muito.
- Bom, então só me resta esperar.
- Acho que sim.
- Então não vou mais te atrapalhar, vou voltar para o meu quarto.
- Draco - ela disse antes que ele se levantasse.
- Sim?
- Aconteceu alguma coisa?
- Não, mãe, por quê?
- Você está diferente. Tem um brilho em seus olhos que eu nunca tinha visto antes.
- Impressão sua, mãe - disse sem encará-la - Estou igual a sempre estive.
- Tem certeza?
- Tenho.
- Então, tudo bem. Pode ir para seu quarto, se quiser.
- Ok.
Levantou-se e foi caminhando até as escadarias que levavam ao andar superior. Mas quando pisou no primeiro degrau, ouviu a voz de sua mãe o chamando.
- Sim? - disse se virando para ela, que lhe sorria.
- Eu te amo, Draco.
- Também te amo, mãe - disse sorrindo e foi para seu quarto.
Chegando lá, resolveu escrever para Gina. Pegou um pergaminho, uma pena, o tinteiro, e se sentou à sua escrivaninha. Ficou olhando para o papel amarelado à sua frente e não sabia o que escrever. E ele se viu na mesma situação que nos dois dias anteriores, quando tentou escrever para a namorada. Só que dessa vez ele não desistiria. E já era quase meia-noite quando ele encontrou um meio de começar a carta.

" Virgínia,

Desculpe por não escrever antes, mas estava esperando meu pai dizer o que era tão importante para me obrigar a vir para casa, só que ele não disse nada. Nem para minha mãe! Ele só disse que era um presente que eu gostaria muito.

Espero que seja algo realmente bom, já que tive que ficar longe de você por isso.

Estou com saudades, pequena. Meu corpo já está gritando por um toque seu. SInto falta da sua pele, do seu cheiro, das suas mãos, da sua boca na minha...

Eu sabia que seria horrível ficar sem você, mas não imaginava que fosse tanto. Cada célula do meu corpo sente sua falta. É como se não houvesse sentido em nada que eu faça ou diga. Ou no que os outros façam ou digam à minha volta.

Fora o fato de que eu não estou conseguindo dormir direito, me desacostumei a dormir sem o seu calor. Há meses que não sei o que é dormir sem o contorno do seu corpo no meu. E isso é perfeito. Deveria ser crime te separar de mim, sabia? Não sei mais viver sem você.

Te amo tanto, de um jeito que eu não imaginava que conseguia. Nunca mais quero ficar sem você, e por isso, farei até o impossível por nós.

Bom, acho melhor terminar por aqui. Você deve estar querendo voltar a dormir. Desculpe por te acordar, mas não acho prudente te escrever durante o dia. Por isso, boa noite. Durma bem, e sonhe comigo. Assim que tiver novidades, te escrevo novamente.

Te amo para sempre, ruiva. Com tanta intensidade que nem sei como descrever.

Se cuida, ok?

Beijos.

Do sempre seu,

Draco."


Releu o que havia escrito e enrolou, atou à pata de sua coruja e abriu a janela para que ela ganhasse a noite. Esperou até que ela não pudesse mais ser vista e fechou a janela. Deitou-se e tentou dormir, já que não tinha nada para fazer.

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Gina estava deitada em sua cama, tentando dormir mais uma vez, já que não conseguia mais fazer isso, a não ser quando seu corpo já não suportava mais ficar acordado.
Estava entediada, pensando em Draco pra tentar relaxar. Mas parecia que nada funcionava.
Ouviu batidas na janela e se sentou na cama. Depois de um tempo ouviu batidas novamente. Levantou-se rapidamente e abriu as cortinas, deparando-se com uma bonita coruja cinza. Sorriu, sabia bem de quem era aquela coruja. Abriu a janela e deu passagem para o animal, retirou a carta de sua pata e providenciou água e comida para ela.
- Espere, pois mandarei uma resposta - disse fazendo carinho na cabeça do bicho, que piou e se endireitou para esperar.
Gina desenrolou o pergaminho quase o rasgando e leu a carta, pelo menos, três vezes. Seu sorriso era de orelha a orelha, e ela sentia seu coração batendo forte. Levou o papel até os lábios e o beijou, inspirando profundamente, de olhos fechados, sentindo o perfume de Draco, e todos os seus pelos se eriçaram em resposta.
Ela abriu os olhos e sorriu. "Como ele é fofo..." - pensou bobamente. Escreveu uma resposta o mais rápido que conseguiu e despachou a coruja de Draco.
Voltou para sua cama ainda segurando a carta do namorado, e teve a certeza de que agora conseguiria dormir. E foi o que aconteceu, pois minutos depois ela adormeceu com a carta em uma das mãos e um sorriso nos lábios.

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Draco estava deitado desde que despachara sua coruja, mas já tinha perdido a conta de quantas vezes já tinha mudado de posição na cama. E já estava quase levantando e batendo a cabeça na parede para ver se desmaiava e, assim, dormia, quando ouviu batidas na janela. Levantou-se de um salto e abriu a janela, dando passagem para sua coruja. Retirou a carta da pata dela com um largo sorriso e sentou-se em sua cama para ler.

"Draco,

Não precisa se desculpar por me acordar, já que eu estou sofrendo do mesmo mal que você. Desde que cheguei, que não tenho uma boa noite de sono. Falta a segurança do seu corpo aconchegado ao meu. Não é bom nem pensar muito nisso, pois me dá vontade de fugir e ir atrás de você!

Espero que o tal presente seja algo bem legal, senão já sei que você vai ficar com um humor terrível...

Adorei a carta que você me escreveu. Estava preocupada já. E desesperada! Estou morrendo de saudades... Nada tem graça sem você. Nossa, nunca pensei que fosse não gostar de estar em casa com minha família. Mas queria tanto te ter aqui, perto de mim. Poder te abraçar, beijar, sentir seu calor. Até minha família já está percebendo que tem algo errado. Mas, infelizmente, não há cura para mim, por enquanto. E nem como disfarçar minha tristeza.

Queria poder descrever tudo o que estou sentindo, mas só o que consigo dizer é um simples eu te amo. E que meu peito está quase explodindo de felicidade por receber essa carta.

Por favor, não deixe mais de me escrever. Nem que você não tenha nenhuma novidade. Diga somente que ainda se lembra de mim, e eu já estarei satisfeita e feliz.

Vou até dormir melhor hoje! Mesmo que esse pergaminho com seu cheiro esteja me enlouquecendo...

Se cuide também, tá? E me escreva logo!

Estou morrendo de saudades!!

Te amo muito, muito, muito, muito, muito, muito...

Milhões de beijos!!

Da sempre sua,

Gina"


Terminou de ler com um sorriso ainda maior, se é que isso era possível, e decidiu que escreveria de novo só no dia seguinte. Deitou-se novamente e logo conseguiu dormir, também com um sorriso nos lábios.

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Os dias se passaram mais fáceis para os dois com as trocas diárias de cartas, mesmo que isso não fosse o suficiente, pois a saudade era enorme e intensa. Mas nada podiam fazer, a não ser torcer para que o tempo passasse logo.
Então a véspera de Natal chegou, e Hermione também, já que passaria o Natal e o resto do feriado com os Weasley. E todos foram para o Beco Diagonal fazer as compras dos presentes.
Lá chegando, separaram-se em duplas, Harry e Rony, Gina e Hermione, e Arthur e Molly. Mas a dupla mais animada era, de longe, Gina e Hermione. A chegada da amiga tinha dado novo ânimo à ruiva. E elas passaram por quase todas as lojas, procurando um presente para Hermione dar para Rony.
E foi quando saiu de uma dessas lojas que Gina o viu, parado no meio da rua, olhando-a, e ela parou.
- Draco... - ela disse fracamente.
- O quê? - Hermione disse sem entender, e então olhou na mesma direção que Gina, vendo Draco vir na direção delas - Ai, meu Merlim - disse tentando pensar em algo para pará-lo.

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Draco estava tomando café-da-manhã com sua mãe, já que seu pai havia saído cedo, sem dizer para onde.
- Hoje é véspera de Natal - Narcisa disse.
- É... Será que é por isso que o papai saiu tão cedo?
- Deve ser - ela disse e lhe sorriu - Deve estar providenciando o tal presente para você.
- Espero que seja algo realmente bom - ele disse lhe devolvendo o sorriso - Ele está fazendo tanto suspense, que tem que ser algo que compense.
- É verdade, e esse suspense todo já está me deixando curiosa também.
- Não acredito! - disse sorrindo abertamente - Narcisa Malfoy curiosa? Isso é matéria de capa para o Profeta!
Narcisa deu uma leve risada e olhou para o filho.
- Não seja exagerado, Draco. E toda bruxa é curiosa, mesmo que disfarce bem...
- Ah, é? Bom saber...
- Mas, vamos mudar de assunto - ela tomou um gole de seu suco e olhou novamente para Draco - O que você acha de ir comigo para fazermos as compras de Natal?
- Acho ótimo. Ficar nessa casa sem nada pra fazer já está me cansando.
- Eu imaginei. Então, vamos depois do café?
- Vamos.
Terminaram de tomar o café em silêncio, se arrumaram, e foram para o Beco Diagonal. Lá, Narcisa, como toda boa bruxa, entrou em quase todas as lojas. E, como todo bom bruxo, Draco acabou se cansando. Disse à mãe que a encontraria mais tarde, e decidiu ir ao Três Vassouras para tomar uma cerveja amanteigada.
Estava a meio caminho do bar, quando viu Gina saindo de uma loja com Hermione. O choque inicial o fez parar, mas quando seu olhar cruzou com o de Gina, sentiu seu corpo se movimentar automaticamente, indo de encontro à sua namorada. E estava a dois passos dela, quando Hermione se colocou à frente de Gina, ficando entre eles.
- Granger, o que pensa que está fazendo? - disse sério.
- Tudo bem, Malfoy? - ela tentou soar simpática, ignorando totalmente a pergunta dele.
- Estaria melhor se você não me atrapalhasse.
- A fazer o quê? - disse também séria - Beijar a Gina aqui, na frente de todos? Acho que não. A não ser que vocês tenham decidido assumir perante a sociedade que estão juntos.
Draco a olhou como se quisesse que a cabeça da morena explodisse. Então olhou Gina por cima do ombro de Hermione, e decidiu que era melhor se segurar.
- Merda - ele disse baixo, olhando para cima, e então encarou Hermione - Infelizmente, você tem razão.
- Olha, Malfoy - ela disse calmamente - Sei que vocês estão com saudade um do outro, mas vocês têm que se controlar. Espero que você lembre disso da próxima vez.
Draco tirou uma caixinha do bolso e entregou discretamente para Hermione, então olhou para Gina, que ainda estava atrás da amiga.
- Eu ia te mandar hoje à noite, mas já que você está aqui... Espero que goste - ele disse e viu os olhos da namorada encherem-se de lágrimas, e teve que fechar as mãos com força para se conter - Eu te amo.
- Também te amo - Gina disse fracamente, segurando-se para não chorar.
- Tchau, Granger - disse sério e se foi, antes que desistisse.
Hermione ficou sem reação por uns segundos, mas logo se virou de frente para Gina e a abraçou. As duas saíram do meio da movimentada rua e foram para a praça, que estava mais tranqüila, por ser mais afastada.
Gina e Hermione sentaram-se lado a lado nos balanços, e Gina ainda chorava baixinho.
- Gi, não fica assim...
- Isso não é justo, Mi...
- Eu sei, mas se vocês ainda não podem assumir, fazer o quê?
- Mesmo assim, dói.
- Ah, Gi, anime-se! Daqui a pouco as férias acabam e vocês vão poder ficar juntos - Hermione disse, mas pareceu não surtir efeito - Olha, abre seu presente!
A morena entregou a caixa para Gina, que a abriu e encontrou um lindo cordão de ouro branco com um pingente de dragão, e uma aliança também de ouro branco, com um fio de ouro amarelo entrelaçando-a.
Gina riu enquanto colocava a aliança no anelar direito e o cordão no pescoço.
- Que bom que isso te animou - Hermione disse sorrindo.
- E tem como ficar triste com um namorado desse? - disse também sorrindo.
- É verdade... Mas, por que você riu?
- Fala sério, Mi! Você não reparou no cordão com o dragão? Isso é quase uma coleira com o nome do meu dono!
As duas riram e voltaram a passear pelas lojas, mas não encontraram mais com Draco, o que foi um alívio para a morena. Era quase hora do almoço quando todos se reencontraram para voltar para casa.
No fim da tarde, os Weasley que faltavam, chegaram, e Gina não teve mais tempo para ficar triste. E a família toda reunida quase conseguiu fazer Gina esquecer da saudade de Draco. Mas só quase...
O dia seguinte amanheceu animado, com todos sorrindo e brincando, ou quase todos, pois Gina estava calada e séria. Ela acordou com um mau pressentimento, mas não sabia por quê. E tentou se livrar dele por todo o dia, sem sucesso. Durante a ceia ela mal comia, mas só Hermione pareceu perceber.
- O que foi, Gina? - disse baixo.
- Não sei, Mi... - olhou para a amiga, que estava sentada a seu lado à mesa - Estou com um mau pressentimento desde que acordei. Achei que não fosse nada, e que talvez passasse durante o dia, mas esse aperto no peito está só aumentando... Estou preocupada com ele...
- Calma, Gi. Talvez seja só saudade.
- Não, Mi... Sei que não...
- Olha, se aconteceu algo, logo a gente vai saber. Mas não fique se preocupando por antecipação. Pode não ser nada.
- Espero que você tenha razão.
- Você vai ver que vai ficar tudo bem - Gina lhe sorriu fracamente - Agora tente comer, antes que mais alguém perceba.
Gina tentou esquecer um pouco o que estava sentindo e fazer o que a amiga dissera.

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O dia de Natal foi enfadonho para Draco. Nada aconteceu, seu pai nada disse, e ele estava morrendo de saudades de Gina. Então a hora da ceia chegou, e todos comiam num silêncio sepulcral, até que Draco resolveu quebrar o gelo.
- Então, pai, cadê o tal presente misterioso? Daqui a pouco o dia acaba e já não é mais Natal - disse sorrindo, e seu pai lhe devolveu o sorriso.
- Você disse bem, daqui a pouco acaba, mas ainda não acabou. Espere só mais um pouco. Depois da ceia sairemos, e você terá seu presente.
- Tudo bem, já esperei até agora mesmo...
- Draco deu de ombros e todos voltaram a comer em silêncio. Ao terminarem, Lúcio foi para seu escritório e lá ficou por quase quarenta minutos. Quando saiu, parou por uns instantes e ficou olhando para a esposa e o filho, que o aguardavam na sala.
- Venha, Draco, está na hora - ele disse simplesmente.
Narcisa sentiu seu peito apertar, e quando Draco foi se despedir dela, ela o abraçou apertado.
- Tome cuidado, meu amor - ela lhe disse ao ouvido, ainda abraçada a ele.
- Pode deixar - Draco respondeu, mesmo sem entender o que a mãe quis dizer.
Draco soltou-se da mãe e viu seu pai ir até ela, lhe segurar uma das mãos, e lhe beijar levemente os lábios.
- Não se preocupe, Narcisa. Trarei nosso filho de volta - disse sorrindo, pois sabia que ela já percebera o que ia acontecer.
- Confio em você, Lúcio.
Ele acenou positivamente para a esposa e saiu porta afora, com Draco em seu encalço. Assim que ultrapassaram os portões da Mansão, Lúcio mandou que Draco segurasse em seu braço, e ele soube que aparatariam.
Desaparataram à beira de um penhasco, próximos à entrada de uma caverna. O local era totalmente isolado, e Draco começou a ficar apreensivo. Olhou para seu pai, e ele fez sinal para que o seguisse.
Adentraram a caverna e andaram um bom tempo somente com a fraca luz da varinha de Lúcio, até que tochas começassem a iluminar bem o caminho. Chegaram a um grande espaço, como se fosse um salão, e Draco sentiu suas pernas fraquejarem por um momento. O local estava cheio de Comensais, e sentado em uma pedra mais alta, ao centro, estava Voldemort, cercado por seus seguidores.
Draco viu seu pai receber a capa preta e a máscara e as colocar. Tentou aparentar frieza e fechou sua mente. Então seu pai o conduziu até Voldemort, se ajoelhou frente a ele, e Draco fez o mesmo.
- Como prometido, meu Lorde, aqui está meu filho, que lhe entrego como seu mais novo e devoto seguidor.
Draco sentiu suas entranhas queimarem, mas se manteve forte, sabia que Voldemort estava analisando-o, e que qualquer passo em falso seria morte certa para ele e para sua família.
- Você tem certeza que podemos confiar nele, Lúcio?
Draco deu graças a Merlim por estar de cabeça baixa, senão seus olhos o entregariam.
"Calma, Draco, calma. Você vai conseguir." - ele pensava tentando se controlar e acalmar.
- Com certeza, meu Lorde. Draco tem o sangue dos Malfoy correndo por suas veias, e não negará esse sangue, e nem o comprometimento com as Artes das Trevas que temos há gerações.
- O que me diz, Draco? - Voldemort disse fria e calmamente.
- Eu estou aqui para segui-lo, meu Lorde, assim como meu pai. E ofereço minha total lealdade.
- Eu não esperava outra coisa de um Malfoy - disse e deu um sorriso - Olhe pra mim.
Draco levantou a cabeça lentamente e encarou Voldemort. Sentiu que ele tentava invadir sua mente, mas se manteve firme. Sabia que se fraquejasse Vordemort descobriria sobre Gina, e ele jamais permitiria isso.
Durou apenas alguns minutos, mas para Draco pareceu a eternidade, até que Voldemort desfizesse o contato visual com um sorriso.
- Você é bom.
- Obrigado, meu Lorde.
- Poucos de meus seguidores sabem Oclumência.
- Eu sei meu Lorde, mas se quero estar entre a elite de seus seguidores, tenho que saber me proteger para protegê-lo.
- Você é esperto... Mas será que é forte o suficiente?
- Lhe asseguro que sim.
- É o que vamos ver... - fez sinal para que Lúcio se afastasse e Draco ficou sozinho na frente dele - Levante-se, erga a manga esquerda e me dê seu braço.
Draco se aproximou de Voldemort, parou à sua frente, e fez o que lhe foi ordenado. Sabia o que ia acontecer, mas não havia mais como voltar atrás. Então viu o Lorde das Trevas segurar sua mão com a própria mão esquerda, e com a direita levar a varinha até tocar em seu antebraço. E a dor que ele sentiu foi a pior de sua vida. Ele viu uma linha de fogo desenhar a caveira, símbolo da Marca Negra de Voldemort, em sua pele, como uma tatuagem feita a ferro quente, e depois sumir. E então ele estava marcado para sempre.
Voldemort soltou a mão de Draco e o encarou por um tempo antes de falar, com um sorriso de canto de boca no rosto.
- Nem depois de tanta dor você permite que invadam sua mente - deu uma pausa e quebrou o contato visual - Realmente, você está muito bem treinado.
Draco sentiu seu sangue ferver. Como queria matar o desgraçado com as próprias mãos. Mas sabia que não poderia. Poria a si mesmo em perigo se tentasse, e a seu pai, que no momento estava cheio de orgulho por seu único filho se tornar um nojento Comensal da Morte, sem pena, sem compaixão, e sem escrúpulos. Não entendia qual o orgulho nisso, mas sabia que era necessário o que fizera.
- Seja bem-vindo, Draco.
- Obrigado, meu Lorde. A honra é minha em poder servi-lo.
- Tenho certeza que sim - disse e se levantou, ao que todos se curvaram - Hoje recebemos mais um importante membro. Mais um puro-sangue. Mais um Malfoy. E com isso mais força - disse alto e deu uma pausa, depois continuando no mesmo tom - O tempo da vitória está próximo. Voltem para seus lares e preparem-se.
Todos os Comensais gritaram em concordância, e foi em meio à comemoração que Voldemort aparatou, o único que poderia de dentro da caverna. Aos poucos todos os Comensais tomaram o rumo da saída e aparataram.
Quando Draco e seu pai desaparataram frente aos portões da Mansão Malfoy, Lúcio olhou para o filho com orgulho.
- Sabia que você não me decepcionaria, Draco.
- Obrigado, pai - Draco disse sério.
- O que foi, Draco? Está arrependido?
- Não é isso, é que ainda sinto a dor no meu braço.
- Então é melhor se acostumar, pois vai doer por uns dias, ainda - deu uma pausa e encarou o filho - Tem certeza que é só isso?
- Tenho, pai. Como você disse, em alguns dias tudo vai passar.
- Então vamos entrar logo, pois sua mãe já deve estar preocupada.
Draco seguiu seu pai para dentro da Mansão sentindo como se uma parte dele houvesse morrido. Tinha plena certeza de que naquele exato instante, perdera a mulher de sua vida para sempre. Quis chorar, mas, mais uma vez, sabia que não podia, e guardou tudo para si.

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Nota da Be(s)ta – Reader: Olá! Como vão? Ei, vocês ainda existem? Porque essa tal de Chun-Chun demorou tanto para atualizar que acho que vocês morreram de tanto esperar... Nossa...que maldade.
Entonces, gente, que fofo os dois juntos, não é? Pena que o Draco é covarde... ele bem que poderia ter fugido, sei lá, se vira nos trinta, meu querido... Mas se juntar ao Voldirene? Covardia...
E esse Lúcio, apesar do cabelo loiro e de ser um gato total, é um imbecil... dar o próprio filho? Idiota... mas mesmo assim eu ainda o amo e quero ser amante dele. Pode ser, Chun? Hauahauahaua
Gente, comentem, por favor! A mulher precisa de comentários... é igual ao gardenal... se ela não receber, ela pira total... hauahauahaua... Sério, COMENTEEEEEEEEEEMMMMMM!!!!!!!!!!

Beijos e até a próxima,

Manu Black

N.A.: Ok, podem jogar pedras, pedregulhos, pedaços de pau, o que quiserem, eu mereço!!! Hahahahaha!! Sei que tenho demorado séculos pra atualizar, mas não estou conseguindo escrever, estou TOTALMENTE bloqueada. Por isso que os capítulos estão saindo desse jeito que vocês estão vendo!! E peço desculpas por isso... To até pensando em apagar, o que vocês acham?
Bom, espero que esse capítulo esteja, ao menos, satisfatório!!! :D Prometo que a fic não demora muito mais pra acabar, ok??
E deixem reviews pra mim!! Nem que seja pra dizer que tá uma merda!!
AMO TODOS VOCÊS!!!
Beijos!!
ChunLi Weasley Malfoy

Respondendo aos Comentários...

cla weasley malfoy: Obrigada pelo elogio, flor, mas meus capítulos estão muito longe de serem perfeitos!! hehehehehe!!! Mas que bom que você gosta tanto!! Fico hiper feliz de receber comentários como o seu, que incentivam!! Beijos!! :*

Sara Miles: Obrigada, flor!! E desculpa por te fazer esperar, espero que você ainda não tenha desistido da fic!! Estou um tanto desestimulada pra escrever por agora, mas espero que depois passe... Saiba que ler o que você me escreveu que me fez não apagar a fic, ainda!! E eu também amo Draco Malfoy!! Quem não ama?? hehehehehe!!! Beijos!! :*

Yasmin De Aquino: Obrigada!!! *__* Mas nem mereço o elogio!! Espero não te decepcionar nesse capítulo!! E espero não demorar muito a postar o próximo, por consideração a vocês, que lêem e gostam da minha fic!! Beijos, flor!!! :*

Claudiomir José Canan: Olha, você por aqui!! Obrigada pela consideração!! Espero que leia mesmo, heim!! E que goste... Ah, e que bom que você sabe que é o mais caçado!! Cadê a atualização da fic, heim?? Tô esperando!! Adoro sua fic, você sabe!! Beijos!! :*

Lilian Malfoy: Oi!! Obrigada pelo comentário, flor!! Que bom que você está gostando!! Espero que não desista, por causa das demoras... Desculpe por isso, ok?? Beijos!! :*

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