A visita de Voldemort
Capitulo três: A visita de Voldemort
Harry acordou com um formigamento na cicatriz, diferente da dor que normalmente sentia. Estranhou muito o sonho com as varinhas. Era como se ainda pudesse senti-las. Olhou para sua mão e constatou que não havia nada ali. Sua cicatriz parecia estar gelada. Sentiu um arrepio. Estava acontecendo algo muito estranho. Resolveu levantar e pôr os óculos. Rony ainda dormia. De repente ele sente um tremor. O que estava acontecendo? Ele sai do quarto e se depara com Hermione, que estava toda pálida, com cara de horror.
-O que houve Hermione? – pergunta Harry com um desespero na voz. Sua cicatriz começa a doer muito. – O que houve?
Hermione parece tentar falar, mas nenhum som é emitido da sua boca. Nessa hora Rony aparece no corredor. Ela vai até ele e o abraça. Rony fica a princípio corado, mas, assim como Harry, percebe que ela não está bem.
-Cara o que houve com ela? – pergunta o amigo, aos sussurros, a Harry.
-Saí do quarto e me deparei com ela nesse estado.
Os dois descem com ela para a sala da pensão. Harry pede chá à recepcionista. Quando conseguem fazer Hermione tomar todo chá, ela parece se acalmar. Saindo dos braços de Rony, ela começa a falar.
-Eu o vi... Foi horrível... Ele pensou que e-era seu quarto Harry...
-Quem?
-V-Voldemort...
Rony ganha uma expressão de horror no rosto, porém Harry sente raiva.
-O que ele fez com você? – pergunta em fúria.
Hermione abaixa a cabeça.
-O quê? Fala!
-Harry, não se preocupe...
-Fala!
-Ele tentou me matar...
A pouca cor de Rony, desapareceu. Hermione chorava sem emitir nenhum som. Harry teve seu estômago revirado. Ficou paralisado, sua amiga podia estar morta. O que deu nele para deixar ela vir junto? O amigo a abraçava, e ele só conseguia olhar para suas mãos. Teria sido sua culpa, se ela tivesse morrido! Sua culpa! Depois de um longo silêncio, em que Hermione já se recompunha. Harry resolveu perguntar.
-Como você... Como conseguiu...
-Harry, eu consegui escapar dele, porque ele tropeçou num livro que estava no chão. Aproveitei e saí. Então você apareceu, mas ele fugiu antes. A hora do tremor...
-Eu ouvi o tremor, e senti uma dor na cicatriz. Eu podia ter ido atrás dele! – Harry socou a mesa. – Eu sinto muito Mione...
-Pelo que Harry? – Hermione ganhara uma expressão séria no rosto. - A escolha foi minha de vir junto com vocês. Eu já sabia que a probabilidade de encontrá-lo era grande. Não pense que voltarei pra casa só por causa disto!
Harry pensara exatamente aquilo. Mas quem começa a falar é Rony.
-Mione... – sua voz tinha uma certa falha, pelo jeito não se recompusera totalmente do susto. – Eu falei para você ficar, e agora, mais do que nunca precisa voltar. Não me olhe assim. Você acha que eu, e o Harry gostaríamos de ver você morta... Meus Deus!
-Claro que não acho, mas a vida é minha. E vou ficar, vocês querendo, ou não.
-Está bem Mione. – começou Harry. – Mas, por favor, pense no que é melhor pra você.
-Já pensei, e o melhor pra mim, é ajudar a derrotar Voldemort.
-Você falou que ele confundiu os quartos? – perguntou Harry.
-Sim. Ele que me falou. Disse também que precisa roubar uma coisa, que ele pessoalmente precisava fazer isso. Não é estranho? Ele sempre manda um comensal fazer o serviço. Por quê de uma hora para outra, ele vai querer agir sozinho?
-Não sei. – Respondeu Harry pensativo. O que ele queria roubar? Devia ser algo muito importante, pois como Mione dissera, ele nunca era de fazer o trabalho sozinho.
Não muito distante da pequena e bonita cidade Godric´s Hollow, em uma casa de aparência horrenda, com tábuas quebradas e com a grama de uma altura equivalente a meio metro, vozes podiam se ouvir.
-Maldita sangue-ruim!
-O que houve meu Senhor? – perguntou aos guinchos um homem baixinho.
-Rabicho... Você sempre desatento... Poderia te matar para compensar àquela sangue-ruim... Acho que seria ótimo para descontar minha raiva... – falava lentamente Voldemort.
-Não! - Guinchou alto Rabicho.
-Granger. Se não fosse aquele livro no chão, ela estaria morta. E se me lembro bem, e muito bem... Foi você que me disse que Potter estaria no quarto 204, não Rabicho?
-Foi...
-Parece que não vigiou bem, ou não escutou direito? Hein, Rabicho?
-Ratos não escutam tão bem... Lorde das Trevas! – respondeu rapidamente parecendo estar desesperado.
-Não acho... Acho sim que você devia estar distraído com a comida, não é Rabicho?
Rabicho engoliu um seco.
-Eu queria muito... Eu mesmo fui buscar... Não percebeu que era muito importante... O pouco que fez, fez errado. Imagine se eu pedisse para você buscar? Você é inútil para mim... – dissera Voldemort com uma voz fria.
-Senhor... Piedade... Fiz tanto pelo Senhor...
Mas antes que ele, Rabicho, pudesse dizer qualquer coisa que fizera. Ouviu duas últimas palavras...
-Avada Kedrava!
Passaram o resto da manhã muito calados, os três amigos. Hermione resolvera ler um livro que trouxera “Magias muito antigas”. Parecera realmente concentrada nele. Harry achava incrível como ela parecia ter se recuperado, e achou um ótimo momento para começar a questionar o aparecimento de Voldemort. Ainda não entendera de como ele sabia o lugar em que estavam.
-Harry... Ele deve ter deduzido, pois ele é muito esperto.
-É você tem razão, mas foi muito rápido, acho que nem os pais de Rony nos encontrariam na metade desse tempo. Só se... – Harry parou de falar, pois lhe veio a cabeça uma idéia bem possível.
-Só se o quê Harry? – perguntou Rony.
-Só se ele estiver aqui por perto. É aqui que tudo começou. É onde ele começaria a traçar seus planos, não é? – ele viu Hermione franzir as sobrancelhas. – Ninguém desconfiaria que ele voltou para o lugar onde perdeu seus poderes.
-É verdade, por isso foi embora depressa... – começou a dizer Hermione. – Ele podia ter me matado, mas não o fez, e isso quer dizer que não quis chamar atenção. Só pode ser isso. Quando ele tropeçou no livro, que eu tinha deixado no chão na noite passada porque estava com muito sono, eu só saí do quarto, e ele poderia, ainda assim, me matar. Só que teria testemunhas... Você seria um exemplo, Harry. Saiu na hora.
Harry sentiu o estômago afundar. Que bom que ela estava sã e salva. Rony parecia pensar a mesma coisa. Como conseguia falar com tanta calma da hora em que quase morrera?
-Mione... – começou Rony. – Finalmente um livro foi útil de verdade, quero dizer... (olhando a expressão de dignidade ferida de Hermione) Não só como leitura... Que bom que você está aqui. Com quem é que eu ia brigar todos os dias?
Rony tinha falado de uma maneira tão mansa, que Hermione rira. E Harry resolveu rir também.
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