O MISTÉRIO DE SIRIUS.



CAPÍTULU IX – O MISTÉRIO DE SIRIUS.

Dois dias depois do acontecido, Lílian já estava completamente curada da pneumonia e com o tornozelo no lugar. Voltou ao “SC” onde foi recebida com grande festa. As amigas vieram lhe cumprimentar, assim como Remus e Pedro. Sirius não estava no momento Tinha um encontro. E Tiago havia subido para o dormitório. Fato que Lílian notou, pois ficou procurando-o com o olhar. Já era tarde quando Almofadinhas voltou do encontro. Sentou-se perto de Lílian, as amigas e os dois marotos e começou a contar a eles sobre como tinha sido.
-Você não vai mudar nunca, Black? – Lílian perguntou com um tom severo, mas tranqüilo – onde você e o Potter querem chegar com isso?
-Lily, Lily, Lily – ela revirou os olhos, não adiantava mais brigar com eles – eu estou na flor da idade, tenho que me divertir um pouco e quanto ao Potter, ele não se diverte mais. Só tem olhos para uma pessoa – disse num sorriso maroto.
-Só se essa pessoa for o ego dele, francamente. Boa noite – e subiu para o seu dormitório. Esses garotos não tomam jeito. Por mais que eu tenha que admitir que o Black é mais simpático do que o insuportável e lindo do Potter. Pelo menos ele nunca me chamou para sair.
O semestre estava no fim. Horas de estudo para os NOMs absorviam a maior parte do tempo dos quintoanistas. Porém, a idéia de ser uma “bruxa do Clima” ainda povoava a mente de Lily. Mas que horas eu vou praticar? Não vou poder fazer em casa, ainda não tenho permissão para fazer magia fora da escola. Ela estava perdida em seus pensamentos enquanto fazia a ronda.
Perto dali um maroto andava despreocupadamente em direção ao “SC”. Já se passava da 1 da manhã, não encontraria ninguém pelos corredores, mas ainda sim, carregava um mapa muito especial em seu bolso. Passando por um corredor escuro escutou uma movimentação brusca por perto. Eram passos “pesados”, depois o som de carteiras caindo.
-Fique quieta. Você não é tão valente sozinha e sem sua varinha, não é?
É a voz de Malfoy Pensou o maroto O que será que ele faz deste lado do castelo uma hora dessas? Ele ouvia murmúrios, mas não conseguia saber de quem eram.
-Fique quieta sua...
Não conseguiu ouvir o restante, pois um trovão fez um som ensurdecedor, parecia ter sido no corredor e um vento extremamente frio passou por ele.
-Lílian! – Ele gritou – só pode ser ela – aprumou os ouvidos para descobrir de onde vinha, tirou o pergaminho do bolso enquanto corria – “Juro solenemente não fazer nada de bom”. Lumus – rapidamente o mapa do maroto se apresentou e ele correu os olhos para descobrir onde eles estavam. Encontrou Malfoy e Lílian a umas 3 salas de onde ele estava. – Malfeito feito – colocou o pergaminho de volta nas vestes. Chegou na sala e entrou de uma vez. Viu Malfoy debruçado sobre uma Lílian que estava com as vestes completamente destruídas. O louro olhou para trás, mas não pode reagir, pois logo sentiu muitas dores. Caiu e olhou para o maroto:
-Black? – disse quase sem forças – veio defender a sangue ruim, ou terminar o serviço? – mesmo caído e estuporado sorriu sarcástico.
Sirius jogou a varinha no chão e foi até ele. Colocou-o de pé e bateu com tanta força que ele caiu novamente. Bateu e chutou Lucius até que ele desfalecesse. Só não o matou naquele momento porque ouviu o choro de Lily, que ainda estava sobre a mesa, mas agora ela abraçava os joelhos. Ele correu até ela. Lílian estava com as vestes quase destruídas, e tinha um arranhão fundo no rosto. Estava chorando e olhando para baixo, Sirius se aproximou e ia colocar a mão em seu cabelo.
-Não chega perto de mim – ela deu um salto e se pôs de pé – não me toque.
-Lílian, fica clama, sou eu.
-Não, você vai fazer como ele, todos vão. Não chega perto de mim. – ele não sabia o que fazer, imaginou que isso poderia ser uma reação psicológica do acontecido.
-Lumus – ele disse – Lily, por favor, olhe para mim – ele disse sem se aproximar – Eu não vou te fazer mal.
Ela parou e ergueu o olhar para ele, podia-se ouvir os trovões, mas agora eles estavam mais distantes e com espaços maiores de tempo. Ela está um pouco mais calma. Lílian olhava para Sirius e Malfoy, o maroto ainda repetia vai ficar tudo bem, eu não sou como ele. Ela olhou para si e se viu com as vestes rasgadas e com grande parte do corpo a mostra. Corou violentamente e deu as costas para o maroto, voltara a chorar compulsivamente.
-Roupas Reparo – ele apontou a varinha para ela e num instante a roupa dela estava como nova. Ela olhou aquilo, virou-se para ele e deu um passo em sua direção. – Lily, você está mais calma? – quando ela ia responder, ouviram Malfoy gemendo, ela ficou estática - Petrificus Tottalis. Silêncio. – e ele ficou imóvel e calado. Ela voltou a olhar para Sirius que dera mais um passo em sua direção. Ele olhou nos olhos dela e tentou esboçar um sorriso – vai ficar tudo bem, eu sou seu amigo, não sou como ele. E não vou deixar ninguém tocar em você outra vez, nunca, prometo.
-Black – disse num fio de voz, Sirius notou que ela só o havia reconhecido naquele momento – eu tive tanto medo – e voltou a chorar. Ele se aproximou dela e a abraçou com carinho.
-Está tudo bem, ele nunca mais dirigirá a palavra a você – disse olhando para Malfoy – eu prometo. Agora vamos para o “SC”, você precisa descansar.
-Minha varinha, eu não sei onde ela está. Ele a tomou de mim e jogou em algum lugar.
-Accio varinha da Evans – e em poucos segundos a varinha chegara nas mãos dele – tome. Agora vamos.
Entraram no “SC, a Mulher Gorda não ficou nem um pouco satisfeita em ser acordada aquela hora. Ele a levou até o pé da escada do dormitório feminino.
-Vá dormir, você precisa descansar, amanhã é sábado e todos vão a Hogsmead, você poderá dormir em paz.
-Black – ela ainda tinha a voz fraca – eu não quero ficar sozinha, eu estou com medo.
-Sente-se aqui um pouco – ele apontou uma poltrona e ela se sentou – Eu juro para você que volto em um minuto. Fique calma – ela assentiu com a cabeça e ele correu até o dormitório masculino, voltou num piscar de olhos. Tinha nas mãos um pano prateado, Lily estava sentada no mesmo lugar, imóvel.
-O que é isto?
-É uma capa de invisibilidade, é do Pontas.
-Quem é Pontas?
-É o Tiago, mas outro dia eu te conto porque. Agora, deite-se – era uma das poltronas da ala marota, e ele a cobriu. Sentou-se na poltrona ao lado e segurou a sua mão – durma, vou ficar aqui.
E em instantes ela adormeceu. Ela teve um sono muito agitado, sirius não se moveu, nem dormiu a noite toda. Quando os 1os raios de sol entraram pela janela, ele decidiu acorda-la. Mesmo com a capa, vão acorda-la e não vai ficar bem se ela for vista aqui comigo.
-Que pensamento responsável, Sirius Black – disse a si mesmo – Lily, acorde – ela se moveu e acordou assustada – você deve ir para o seu quarto agora. Vá com a capa. As suas companheiras não podem acordar com você fora do dormitório. Eu não vou para Hogsmead. Quando você acordar eu vou estar aqui. Agora vá – deu um abraço nela e ela subiu, olhou ainda para trás – eu prometo – ele disse ainda, no que ela deu um fraco sorriso e se escondeu sob a capa.
Sentou-se mais uma vez na poltrona, mas desta vez adormeceu. Acordou com o barulho dos alunos descendo e tomando a direção do “SP” para o café. Foi no lado oposto. Subiu e quando entrou viu Tiago sentado na cama, Pedro ainda “desmaiado” e Lupin saindo do banheiro. Antes que um deles dissesse alguma coisa ele entrou no banheiro e ligou o chuveiro.
-Ele estava com uma cara péssima, melhor deixar ele na dele – disse Remus, Pontas apenas concordou.
O banho foi rápido, ele trocou de roupa. Colocou algo muito confortável e ia rumar para o “SC”, mas pontas o interrompeu.
-Aonde você vai? Você não vai pra Hogsmead assim.
-Não, eu não vou para Hogsmead hoje.
-Ã? Você perdendo a oportunidade de sair da escola.
-Não chamei ninguém, Aluado, e no mais, sair da escola para tomar cerveja amanteigada, eu saio que qualquer hora com isso – tirou o mapa do bolso e sorriu marotamente. Saiu para o “SC”.
-Muito estranho, Aluado, muito estranho – o amigo concordou com um aceno.
Quando os marotos desceram para o salão, já estava mais calmo, olharam para a ala marota e viram Sirius dormindo ali.
-Porque ele não deitou na cama e veio para cá?
-Não sei Aluado, mas isso é realmente estranho.
Mas eles logo se distraíram porque Tiago olhou ao redor e nenhum anjo ruivo estava por ali. Viu Bia e Alice e foi perguntar para elas da amiga.
-Não sei não, Potter, acho que ela não desceu ainda.
-Nossa, ela ta dormindo tanto, vou perguntar para as garotas do dormitório dela.
-Julia – a garota abriu um grande sorriso – você viu a Lily? – o sorriso se desfez num piscar de olhos – ela vai, não é?
-Não vai. Perguntamos se ela ia e ela disse que não.
-Obrigado – voltou para onde estavam os marotos e se soltou numa poltrona – eu também não vou.
-Não seja bobo, Pontas – disse Sirius que acabara de acordar e sabia que não ia ser nada bom a Lílian encontrar com ele. Ela ainda deve estar muito frágil com tudo. – Vá, assim quem sabe ela não sente sua falta – sorriu marotamente.
-Você está certo, vou deixa-la sentir minha falta – Remus revirou os olhos. Depois ficou sério e olhou para Sirius muito sério.
-Você não vai mesmo, Almofadinhas? – perguntou ao amigo.
-Não, quero aproveitar a paz do dormitório vazio para dormir, estou quebrado.
-A noite deve ter sido realmente boa – disse Rabicho. Sirius apenas sorriu.
-Agora vamos. – disse Pontas – quero comprar algumas coisas na Zonco’s – e saíram assim como os outros 3o ano para cima foram para Hogsmead e os do 1o e 2o anos tinha ido aproveitar o dia de sol nos campos do castelo. Sirius se ajeitou na poltrona.
-Vou dormir um pouco. Não vou subir porque ela pode acordar e eu tenho que estar aqui – mas seu sono não durou muito tempo, pois sentiu uma brisa muito gelada – Lily? Você ta aqui? – Ela saiu de debaixo da capa sentada ao seu lado. – Bom dia – você ta mais calma? – pode notar que ela estava muito abatida.
-Onde o Potter conseguiu isso?
-Ganhou dos padrinhos dele. Eles sempre mandam coisas legais, mas eu não sei quem ele são. Nunca os vi na mansão. Mas você está mais calma?
-Estou melhor – ela se aproximou e o abraçou – Eu senti tanto medo. Se você não aparecesse, Black.
-Ah, não! Pode parar de me chamar de Black – ela sorriu – Eu – ele se levantou – praticamente um príncipe encantado (não conta para o Tiago que eu disse isso) – ela sorria mais dos gestos teatrais dele – você não vai continuar me chamando de Black.
-Está bem, Sirius, meu herói.
-Ah, 2a coisa, o Tiago me contou que quando você era nova tinha um ótimo soco de direita, onde ele estava ontem?
-Não sei – ela se sentou com as pernas sobre o sofá – Foi tudo muito rápido – ele se sentou ao lado dela – eu estava na minha ronda aí ouvi um passo olhei para trás e vi o Malfoy muito perto de mim. Ele lançou o Silêncio e me segurou. Não tive tempo de pegar minha varinha. Ele pegou e jogou para longe. Me levou para uma sala vazia e minutos depois você chegou. Eu lutei o quanto pude, mas ele é muito maior que ele – ela voltou a chorar.
-Shhh – ela abraçou – Agora esta tudo bem. Ele ainda ta lá, sabia? Só vai ser encontrado na segunda se depender de mim. E ele não vai falar nada para ninguém – ela corou – eu prometo.
-E se ele contar para alguém?
-Com a surra que eu dei nele? Acho improvável e se contar, eu vou me certificar que ele não saia mais da ala hospitalar – sorriu sério para ela. Ela olhou para ele com cara de E você? – oras Lily, você acha que eu falaria disso com alguém? Nunca. Pode ficar tranqüila. Mas eu acho que você deveria falar para o Prof Dumbledore, ou para a Minerva ele tem que ser expulso.
-Não, se eu disser algo e ele for expulso, vão ter que contar o motivo – ela corou muito – eu não quero ser assunto no colégio todo. Eu não agüentaria.
-Está bem então. Mas eu vou andar sempre perto de você. Vou pedir para o Lupin fazer as suas rondas noturnas. Você não vai mais à biblioteca sozinha que partir de hoje.
-Não precisa. Não quero me tornar um peso para você. – ele fez uma careta e ela retribuiu com um sorriso – só mais uma pergunta. Como você me achou?
-Bom, - ele pensou um pouco 1o eu ouvi a voz do Malfoy, depois senti um vento muito gelado, quase congelei – sorriu – quando o canalha ia dizer o seu nome, eu ouvi um trovão que parecia ter sido dentro do corredor. Só podia ser você.
-Mas como você sabia em que sala entrar?
-Se eu te contar isso terei que te matar.
-Sr Sirius Black, você sabe o maior dos meus segredos – corou e desviou seu olhar – porque eu não posso saber um dos seus?
-Tudo bem, com esse argumento eu não tenho como negar – nesse memento alguns alunos voltavam para o “SC” – mas não agora É um , não posso te contar aqui. Outro dia, Ok?
-Eu não vou me esquecer.
-Certo. Está quase na hora do jantar, não comemos o dia todo (se contarmos que você acordou quase 2 da tarde – sorriu). Suba e se arrume. Eu vou aproveitar para levar isso aqui – pegou a capa – lá para cima. Se o Pontas – ela fez cara de dúvida – se o Tiago me vir com ela, vai querer saber o que foi. Sobe que eu te espero.

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