Mostre-me sua mágica!



N/a:Possuí nc/17




Havia se passado mais de uma semana e Draco Malfoy não havia voltado a casa amadeirada, o que fez todos os membros supor que ele ainda não tinha informações sobre onde deveria ser o esconderijo dos comensais. Era sábado e o tempo estava claro, como um final de verão deveria ser. A senhora weasley escrevia animada, uma lista de tudo o que deveria comprar no beco diagonal com o auxilio de gina e hermione.

_ pó de flu... _ adicionou hermione a pequena lista de pedidos.

_ vamos meninas, acho que é só... _ Molly caminhou com elas até a sala, onde estavam Fred, Jorge, Rony, Amily e harry assistindo televisão._ eu vou ao beco diagonal... _ na mesma hora, todos se colocaram de pé, afinal ninguém saia de casa desde
o ataque na casa de rony.

_ estava mesmo precisando de um ar... _ disse Amily para os amigos mas observou a senhora weasley encará-la.

_ você... e Harry não vão! _ Molly observou Harry abrir a boca para contestar a ordem da senhora.

_ mas senhora weasley... _ Amily parecia tão assustada pela atitude da mulher como Harry e todos os outros ocupantes da
pequena sala.

_ mas mamãe... _ Rony tentou argumentar mas a senhora weasley o calou.

_ e isso não é uma sua escolha! _ Molly estava rígida desde a primeira conversa com os membros da ordem sobre as “crianças”. Amily observou os amigos fazerem uma cara piedosa e caminharem com Molly até a saída, deixando amily observar a senhora trancar a porta com firmeza.

_ você viu? _ Amily sentou-se com Harry novamente, este que mantinha um pequeno sorriso.

_ ela só está aborrecida conosco... Preocupada.. _ ele abraçou Amily, desejando intimamente que a menina notasse sua verdadeira intenção. _ Ora vamos, será que é tão ruim ficar sozinha comigo?E além do mais, eu queria mesmo te mostrar uma coisa...

_ o quê? _ Amily analisou Harry sem entender, observando o garoto puxá-la pela mão até as escadas, sem encará-la ou explicar sua urgência. _ Harry... _ Amily aguardou até que ele a soltasse e permitisse que ela caminhasse até o quarto.

_ Eu preciso te contar uma coisa... _ ele trancou a porta e sussurrou para a menina.

_ Porque estamos sussurrando? _ ela perguntou, em uma mistura de curiosidade e humor.

_ Eu preciso te dizer... _ ele segurou nas mãos da menina, ignorando sua pergunta. _ que eu não estou agüentando ficar sem você.. _ disse ele, com a voz ainda mais baixa e sussurrante, fazendo Amily pressionar as sobrancelhas para realmente ouvir e entender a frase. Ela sorriu, corada e nervosa, dando-se conta que era a primeira vez em muito tempo que ficaram sozinhos novamente na casa amadeirada.

_ Eu... eu não sei, Harry... e se alguém chegar? _ perguntou expressando seu nervosismo.

_ E se não chegar ninguém? _ ele passou uma de suas mãos pelo rosto da menina e a carícia a fez fechar os olhos, revelando seu secreto, mas não menos incontrolável, desejo. Ele não aguardou ela abrir os olhos e cruzou o curto caminho até seus lábios, sentindo a garota prender a respiração e segundos depois soltá-la, envergonhada. Sentiu também as mãos delicadas e ágeis de Amily em sua nuca, acariciando uma parte dos cabelos já desarrumados e caminhando, vagarosamente, com cuidado para que a menina não reclamasse novamente, até a grande cama. Suas mãos percorreram o corpo da menina e o cuidado que ele havia demonstrado na primeira vez , manteve-se, como se fosse agora realmente o primeiro toque por aquele corpo já conhecido e desenhado sem erros na imaginação ativa de Harry. O perfume que ela usava entre o pescoço e o colo era o mesmo, aroma este , revelado quando Harry retirou a blusa larga e sem desenhos.

Ela sorriu ao observar Harry retirar sua própria camisa e esses detalhes eram tão cheios de significados para ela que se sentiu idiota ao observar o olhar de curiosidade do garoto pelo simples movimento. Ele se aproximou, depois de largar sua camisa em um canto qualquer e ela pôde sentir o calor de seu peito, as batidas aceleradas de seu coração.

_ Porque está sorrindo? _ ele perguntou, também sorrindo mas, ainda sim, preservando uma mistura de alegria e seriedade no olhar e Amily gostava de reparar que quando Harry a olhava daquela maneira, era diferente, era estranho, era um outro rapaz que ela não conhecia tão bem que dominava a sua cabeça.

_ Porque assim me sinto realmente feliz... _ confessou, permitindo que Harry beijasse seu pescoço com urgência e cuidados, ainda sim, soltando um leve suspiro de aprovação.

_ Permita que eu lhe faça mais feliz... _ ele comentou, entre um beijo e outro, livrando-se por fim, do resto da roupa que lhe faziam perder contato, atrito. Amily arrepiou-se quando sentiu a pele macia de Harry por todo seu corpo, perdendo o pouco controle que ainda lhe restava e fechando finalmente os olhos que mal se abriam. Ele ainda permaneceu naquela tortura calma de beijos lentos e urgentes, analisando-a e aguardando o verdadeiro momento de fazê-la sua.

_ então, Harry Potter, mostre-me sua mágica... _ ela disse próxima ao ouvido de Harry, beijando o pequeno espaço entre sua orelha e seus cabelos finos. Aquela frase soou a Harry como em um desafio e ele pressionou seus olhos, sorrindo bobamente por observá-la mais mulher do que nunca.

_ se você insiste... _ ele brincou, posicionando-se o mais lento possível sobre ela, beijando-lhe a boca e privando-a assim de soltar a voz sôfrega em sua garganta, sorrindo demoradamente por descobrir, agora com menos urgência como aquela noite, o que seus movimentos faziam a compostura da garota, o que seu contato a proporcionava e era assim, dessa forma, que ele sentia-se extremamente feliz. Quando a percebia feliz. Feliz e apenas isso, sem pensamentos sobre o resto mundo, pois naquele momento, não havia resto, não havia mundo. Existia os dois e nada mais.

Ela o sentiu liberar todo seu amor, estremecer e soltar todo o peso de seu corpo quente sobre ela. Retirando apenas agora, os óculos que havia esquecido de retirar e depositando sua cabeça entre a curva do pescoço e ombro de Amily, escondendo-se de qualquer coisa no abrigo mais secreto do mundo e permitindo-se fechar os olhos. Essa era, sem dúvida para Amily, a hora em que realmente se entregavam, o momento em que Harry se abrigava por debaixo de seu cabelos e ela sentia-se como sua protetora, sentia-se imensamente feliz por perceber, em uma certeza sem explicações, que apenas ali, com ela, ele se sentiria assim.


Ele observava o semblante carregado de Amily, apesar de a garota parecer muito menos tensa. Era engraçado assistir ela pressionar as sobrancelhas para o encosto da cama, pois estava de bruços, vestida apenas com uma peça de sua roupa íntima e encarava a parede como se fosse algo muito interessante. A claridade morna do quarto, conseqüência das cortinas claras e fechadas, faziam-na aparentar ser uma obra de arte, imóvel e perfeita, pintada apenas por ele e mais ninguém.

_ você anda muito preocupada... _ Amily sentiu Harry beijar-lhe a bochecha e também se virar de bruços para a parede, talvez procurando o constante interesse que o encosto de ferro deveria ter.

_ é difícil te explicar... _ Amily sorriu para o garoto pelo gesto bobo e engraçado. _ eu sempre tive medo de que algo acontecesse a você, mas agora que está tudo dando certo ainda é pior... Entende? _ Amily ouviu Harry bufar, perdendo o sorriso que preservava em seus lábios.

_ entendo... _ Respondeu de maneira sincera. Harry sentia a mesma coisa pela menina, a idéia de que logo agora tudo poderia dar errado lhe doía, como observar nuvens negras sobrevoando e aproximando-se de um céu limpo e claro de verão.

_ tenho medo de algo me acontecer também... e não poder continuar vivendo com você.. _ Harry limpou rapidamente uma lágrima silenciosa, que deslizava pelo rosto da menina, pressionando os olhos pela preocupação que lhe ocorria.

_ eu prometo que não vou deixar nada acontecer com você... _ Harry segurou a mão da garota e a beijou, sentindo novamente aquele gosto único e curioso, algo doce, mas não enjoativo e aprofundou o beijo, envolvendo o rosto da garota com o braço, provocando, intencionalmente o atrito entre os corpos.

_ AH! _ Harry e Amily se entreolharam, procurando no outro o ruído, depois levantaram-se, encarando o quarto, aparentemente vazio.

_ quem gritou?

_ não tenho a menor idéia... _ Amily se sentou na cama, segurando o lençol em si e analisando os cômodos, como se ali estivesse escondido o causador do grito. _ Harry Potter... _ a menina estreitou os olhos para o garoto. _ você trancou a porta, não é? _ Amily observou Harry passar uma das mãos pelo cabelo, gesto esse que ele sempre fazia quando estava tímido ou errado.

_ talvez eu tenha me esquecido... _ ele sorriu e observou a expressão brava de Amily.

_ então reze para não ter sido o Rony... _ disse Amily se levantando e caminhando até o banheiro, ainda segurando o lençol
em si, esperando que o dono do ruído pudesse aparecer.

_ por quê? _ Harry caminhou até a porta e a trancou, realmente havia esquecido.

_ por que ele me viu assim! _ Amily jogou o lençol em um Harry risonho, que correu para o banheiro em seguida, revigorando suas forças e disposto a perdê-las novamente.



Desceram depois de alguns minutos de um banho rápido e caminharam até a cozinha, onde estavam os weasleys e Hermione. A amiga piscou um olho para Amily e não conteve o sorriso, deixando Harry e Amily, ruborizados principalmente, por que os dois estavam com os cabelos extremamente molhados, denunciando-os. A senhora Weasley lançou um olhar de reprovação para Harry, que fez o garoto se lembrar do grande problema que teve com Gina e decidiu por sentar-se à mesa e comer.

_ não perderam nada... _ disse Fred, caminhando até a cozinha.

_ o beco não é mais o mesmo desde que o boato sobre os comensais se espalhou... _ disse Jorge, bagunçando os cabelos
molhados de Harry.

_ mas vejo que o senhor Potter aproveitou muito mais ficando em casa! _ disse Fred, fazendo Harry ruborizar ainda mais, se isso era possível, encarando Amily em uma silenciosa súplica.

_ Sem dúvida Fred! _ continuou Jorge, se servindo de alguns sapos de chocolate.

_ vocês podem parar! _ Harry estava realmente se sentindo mal, o que era algo estranho pois sempre gostou de dizer que realmente estava “aprontando” mas com Amily, parecia ser algo muito diferente, para os garotos levarem em uma brincadeira.

_ tudo bem... _ disse Jorge _ até por que... não sou eu que durmo com roniquinho em uma cama de casal toda noite!! _ Harry pegou o copo que estava mais perto e jogou-o em Jorge, fazendo os gêmeos correrem da cozinha sorridentes.



A senhora Weasley passava o maior tempo possível na cozinha mas apesar de seus afazeres ela não se esquecia do restante da casa, ou melhor, não deixava Harry,Rony, Hermione,Amily e Gina esquecerem. Era a quinta vez que Harry limpava as escadas e reclamava baixinho com Hermione.

_ nem quando a casa era só minha eu a limpava ... _ Harry encarou o corrimão.

_ ela está fazendo isso para nos distrair e não termos tempo para pensar... _ Hermione passava o esfregão no hall de entrada.

_ Fred e Jorge não fazem nada! _ bradou Rony na sala, limpando uma grande janela.

_ Eles estão em seus afazeres... _ disse a senhora Weasley, que ouviu a voz rancorosa do filho.

_ Aquele bacon não me fez bem... _ comentou Amily, descendo as escadas e passando uma das mãos pela barriga, pois a outra ela depositou em um abraço carinhoso a Harry, admitindo, como ele havia mencionado a poucos dias atrás, que deveriam ter aproveitado o tempo de uma maneira melhor antes da casa se transformar na ordem, ouvindo então um duradouro sermão sobre “porque ainda não estávamos juntos?”.

_ eu estou bem... _ comentou Rony e Hermione bufou.

_ e desde quando algo te faz mal? A única vez que vi você vomitar foi lesmas... _ comentou Hermione, observando Gina entrar pelo hall.

_ mamãe... já limpei lá fora... _ gina passou as mãos pela testa para o suor não lhe escorrer.

_ ainda faltam os banheiros... _ comentou a senhora Weasley , aparecendo na porta da cozinha.

_ eu desisto... vou me entregar aos comensais... _ Rony largou o pano que lustrava algo perto da tv e caminhou para próximo dos amigos.

_ não precisávamos limpar móveis... _ comentou Amily, observando o olhar de censura da senhora Weasley e fazendo Harry e Hermione sorrirem.

_ não recebemos visitas... _ Gina argumentara para a mãe que soltou um muxoxo e voltou para a cozinha.

_ ela ainda está brava com a gente... _ comentou Hermione para os amigos e Gina concordou vivamente.

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