Encare a Realidade!



Simplesmente Esquecido – Capítulo 5 – Encare a realidade!

Muito tempo se passou até que Gina retornasse a realidade. A voz de Harry ainda ecoava em sua cabeça e as lágrimas não cessavam.



“Você não estava me dando uma chance.”



Suas pernas estavam bambas e ela nem sabia o porquê. Passava as mãos pelo rosto, mas este continuava molhado.



“...apenas me mostrando a verdade”



Dirigiu-se a mesinha ao lado da cama e serviu-se de um copo d’água.

Por que estava se sentindo assim? Por que não conseguia parar de chorar? Por que raios ela não podia se controlar?

Em uma impulso de raiva, arremessou o copo para longe. Ele atingiu a parede, escorrendo água até o chão, formando uma pequena poça.

Não podia estar se sentindo daquele jeito. Não era o que estava previsto. Não queria se sentir confusa daquele jeito outra vez, não outra vez!

Seguiu em direção ao banheiro e se olhou no espelho, apoiando-se na pia a sua frente. O rosto inchado e vermelho, pelo choro, não parecia ser da mesma garota tímida e sorridente que sempre fora.



“I look into the mirror”

“I don´t know the girl is looking at me…”


Não se reconhecia. Onde estava a forte Virgínia Malfoy, com suas frases na ponta da língua e sua coragem triunfante?

“Será que ela ainda existe? Ou ela nunca existiu?” perguntara-se.

Lavou o rosto, deixando a água escorrer; repetiu isso diversas vezes, na tentativa de fazer a água fria levar embora todos os maus pensamentos. Depois de um tempo já retornara ao quarto e sentara-se desleixadamente na cama desarrumada.

Quando, finalmente as lágrimas acabaram, Hermione bateu na porta, antes de entrar.

- Oi. E então, como foi? – a morena estava entre a porta e o batente e apoiava-se de um jeito infantil. Ela mantinha um fino sorriso nos lábios, que perturbou ainda mais a ruiva.

Gina não respondeu, mas apenas seu olhar já era necessário para Hermione, que continuou.

- Tudo bem, péssima pergunta. – Ela fechou a porta e se dirigiu à amiga - Não imaginei nada de bom também, pelo jeito que Harry saiu daqui.

Ela entrou no quarto e fechou a porta atrás de si, logo sentando ao lado de Gina.

- Ele não escutou nada, não é verdade? – Hermione abraçou gina e esta apoiou sua cabeça no ombro da amiga.

- Ao contrário, ele até pediu desculpas. – a ruiva disse sem emoção.

Hermione surpreendeu-se, soltando-se do abraço e olhou nos olhos de Gina.

- Que ótimo! – seu sorriso era verdadeiro, e se estendia de uma orelha a outra – Isso quer dizer que vocês se entenderam!

- Bem até demais... – a ruiva acabou com o sorriso da amiga.

- Como assim? Não me diga que...

- Exatamente.

Hermione ficara pálida e agora estava de pé e apontava o dedo para a ruiva, como se ela fosse uma criança malcriada.

- Como você pôde fazer isso?

- Não foi minha culpa! – Gina levantou-se também – Ou você acha que eu ia agarrá-lo assim que ele entrasse no quarto?

-Não eu não pensei nisso, mas eu pensei que você tem um marido. Lembra –se dele? – Hermione cruzou os braços parecendo uma mãe muito brava.

- Claro que eu lembro dele! – a ruiva jogou os braços para o ar – Esse é o problema! – voltou - se para a cama, sentando – se desolada.

- Desculpe – me, está bem? – fez o mesmo que a amiga – Conta para mim. O que realmente aconteceu?

Ela virou – se para a amiga, antes de começar.

- Eu falei com ele. Disse tudo o que eu precisava dizer, e ele ficou chocado por saber que havia outro lado nessa história, mesmo eu já tendo contado boa parte na carta, lembra? – a amiga assentiu – Mas ele entendeu errado, e no final ele veio e...

- Beijou você. – Hermione concluiu, como sempre. Ela adorava fazer isso.

- Exatamente.

As duas ficaram em silêncio por alguns instantes, até Hermione continuar.

- Bom, mas...foi só um beijo, não é? Não se preocupe, Harry superará... – ela forçou um sorriso.

- E eu? Eu conseguirei superar?

- Gina, você já tem uma vida pronta! Uma casa, um marido. E o Draco? Só por causa de um beijo você vai largá-lo de vez? Você não o ama mais, por causa de um beijo?

- É claro que eu o amo! Eu só...fiquei confusa, entende? - os olhos castanhos da ruiva cintilavam, e por pouco ela não começou a chorar novamente. Ela só queria respostas para o que estava sentindo, mas Hermione não parecia ser a pessoa certa para isso.

- Não. Eu não entendo. – Gina abaixou a cabeça, como se desistisse – Mas eu sei o que é isso. – a morena abriu um pequeno sorriso e segurou a mão de Gina – É normal você estar confusa, você fez muitas coisas sem pensar esses dias, então eu recomendo que você vá lá embaixo, converse com o Draco e volte para casa. Vai lhe fazer bem.

- Draco está aqui? – o coração da ruiva disparou.

A morena escondeu o sorriso.

- Está sim. Ele cruzou com o Harry quando ele chegou. Não foi uma cena muito amigável. – a morena desviou os maus pensamentos e encorajou a amiga com mais um de seus sorrisos – Mas venha – ela levantou-se, puxando a amiga – Vamos descer.

- Só vou tirar essa roupa, primeiro. – a ruiva virou-se em direção ao armário, mas mudando de idéia, retornou e fitou Hermione.

Por um momento ela não disse nada, e Hermione ficou esperando enquanto a amiga tentava achar as palavras certas, por fim desistiu e perguntou de uma vez.

- E o Harry? – seu semblante era preocupado.

- Eu vou dizer para o Rony ir falar com ele.

- Acho melhor ele ficar um tempo sozinho. – a ruiva prendia os cabelos com dois palitos que encontrara na mesa de canto.

- Tudo bem, eu vou falar com ele. – Gina a fitou de uma forma ameaçadora, e antes que ela dissesse alguma coisa, Hermione continuou – Ele nunca me escuta mesmo, não vai fazer a mínima diferença.

Elas sorriram, e Gina seguiu para o banheiro, a fim de trocar de roupa.





Cadeiras, papéis, roupas, tudo estava fora do lugar.Quem olhasse para aquela sala, pensaria que um tremendo furacão passara por lá. E esse furacão era um homem alto, de porte atlético, com cabelos negros desgrenhados e olhos verdes esmeraldas.

Harry encontrava-se estirado no sofá, que fora anteriormente atirado para o lado e suas almofadas encontravam-se espalhadas por todos os cantos da sala. Permanecia com os olhos cerrados, tentando esquecer a raiva que o consumia. Respirava com certa dificuldade, tentando se controlar, mas parecia impossível.

Além disso, por mais que tentasse, ele não conseguia entender o por quê de estar tão nervoso. Se era por todo o mal que fizera a ela, ou se era por que havia caído em uma brincadeira tão tola – o que diriam os seus colegas de trabalho, se soubessem disso? – ou se ainda era por quê, mesmo depois de tudo, Gina não o amava.

Passou um tempo a esmo, somente olhando para o teto e tentando não pensar em nada. As idéias de Hermione realmente tinham algum valor, não todas, claro. E assim, seguindo as técnicas de relaxamento, explicadas pela amiga, uma porção de vezes, depois de trinta minutos, ele estava completamente calmo.

“Nunca pensei que funcionaria, mas devo agradecer a Hermione, pelas suas técnicas de relaxamento.” ele pensou em voz alta.

- Por que não tenta fazer isso agora? – a própria perguntou, assim que aparatou no centro da sala.

- Hermione, mas o que... – o moreno pulara do sofá e já sacara a varinha. Assim que avistou o sorriso da amiga ele proferiu algumas “palavras feias”, enquanto a amiga continuava rindo.

Passou – se algum tempo, até que Harry voltasse a sua cor original, e pudesse proferir algumas palavras, sem ser ofensas.

- Agora...que eu já estou...mais calmo... – Harry falava lentamente, respirando profundamente entre os intervalos – Vou te dizer uma coisa. Nunca, entendeu, NUNCA entre desse modo na casa de um auror! Eu poderia ter matado vocÊ! É sério, Hermione, não me olhe com essa cara! Eu ia mesmo matar você!

- Está bem, Harry, está bem. – a morena ria ainda mais, enquanto ele se recuperava do susto – Eu não te disse? O meu livro: Técnicas de Relaxamento de Lao Ching – Para Dias Tempestuosos é fantástico! E realmente funciona! – ela balançava a cabeça afirmativamente, e recebia dele apenas em olhar sem emoção – Ajuda muito o Rony de vez em quando.

Harry riu abafado, imaginando o amigo tentando relaxar com Hermione falando o tempo todo, “Rony faça isso, não você está fazendo errado. Olha pra mim, é assim que se faz!” . Lembrou do tempo de escola, e algo que não pôde explicar o tomou conta, mas ele logo afastou o novo sentimento e dirigiu-se à Hermione.

- Você não veio aqui para falar do seu livro de Ling num sei o quê! Então, por favor, se puder começar logo... – o moreno a olhava com ironia.

Hermione fitou o amigo e o observou por alguns instantes. Ele estava mudado. Poderia estar um pouco chateado no momento, mas estava aliviado. No fim, a conversa com Gina fizera bem a ele. Ela olhou a sua volta. “E essa bagunça também ajudou!” pensou.

- O que aconteceu aqui, Harry? – ela tentou não tropeçar no abajur quebrado, que se encontrava perto do seu pé esquerdo.

- Ah...er...eu... – o moreno, sem graça, começou a recolher alguns papéis – eu estava um pouco nervoso. – riu sem humor.

- Fique parado. – a amiga sacou a varinha e tudo ao redor começou a voltar ao seu lugar.

Harry a olhou envergonhado, enquanto a morena coloca ordem aos seus pertences. Em poucos segundos ela havia terminado.

- Está mais feliz agora? – moreno fazia birra, cruzando os braços – Eu poderia ter feito isso sozinho!

- Assim está bem melhor! – ela não lhe deu ouvidos, enquanto olhava ao redor, se parabenizando, pelo trabalho bem feito.

- Devo dizer obrigado? – Harry perguntou irônico. Ela lhe lançou um olhar infantil antes de responder.

- Na teoria, sim. Mas eu não espero um “obrigado” seu há tantos anos, então não é agora que você precisa me dizer. – ela disse séria e ele perdeu o jeito irônico.

- Você fala como se eu fosse o cara mais grosso e insensível do planeta! – o moreno descruzou os braços.

- Vice não é grosso, Harry. Você só está enclausurado dentro de você mesmo, de uma tal maneira que você não consegue nem agradecer, quando alguém lhe faz algo de bom. – ele ficara sério e ela quis quebrar o gelo que se formara – Porém, você parece estar voltando a ser o meu antigo amigo Harry, o garoto bom, corajoso, e cheio de vida que eu conheci no expresso de Hogwarts, e eu fico contente por você ter superado isso.

Ele não sabia explicar, mas Hermione o compreendia tão bem, que ele se irritou por não ter dado ouvidos a ela antes. A amiga sempre sabia o que ele sentia, e estava sempre ao seu lado, nos momentos bons e ruins. Confiara muito mais em Rony, desde o início, mas por trás da Hermione mandona e sabe-tudo, havia a melhor amiga dele, e isso ele não podia negar.

Até ele se sentia diferente, e estava grato consigo, por finalmente ter perdido aquele mal-humor de antes. Ele não se sentia como o verdadeiro Harry, mas sabia que voltaria aos poucos a ser quem ele realmente era, porque logicamente, o livro de Hermione não era tão bom assim!

Abriu um sorriso sincero, como há tempos não fazia. As vezes você precisa que as pessoas joguem as coisas na sua cara, para você realmente entender o que acontece a sua volta. Relembrou-se da carta de Gina, e notou que o que ela havia lhe dito, há alguns minutos, não passara da mesma história que fora contada na carta, mas ele não havia enxergado isso antes. Estava completamente cego pelo ódio.

E agora ele sabia o que Gina sentia, e isso era o que ele sempre desejara saber. Tentou lembrar-se de seu tempo de escola, mas nada lhe vinha a memória, em todo o caso, Hermione provavelmente lembraria.

- Você se lembra de como eu era no sexto ano? – ele perguntou de repente, ela surpreendeu-se com o assunto.

- Ah, claro. Você estava amargurado pela morte de Sirius, e estava mais fechado e distante. Rony e eu começamos a namorar e você acabou ficando mais longe de nós, ainda. Tentamos saber o que se passava com você, mas você nunca deixava, e estava sempre sozinho.

Quando em um dia, de uma hora para outra, você apareceu namorando a Gina. Todos nós ficamos contentes, e eu havia pensado que com ela, você deixaria todos os seus problemas de lado, e poderia tentar viver um pouco, mesmo que fosse difícil com a guerra e tudo mais. – ela respirou profundamente, antes de continuar – Mas não foi isso que aconteceu. Naquele momento eu não havia entendido, mas agora eu compreendo completamente.

Você tinha medo, Harry. – ele espantou-se e Hermione, sem dar chance dele retrucar, continuou.

Você tinha muito medo. Medo, caso acontecesse algo conosco, medo pela Gina, medo por todo o mundo envolvido, e medo principalmente, do que você poderia causar a nós.

Depois da morte de Sirius, você se sentia culpado, e com receio de causar mais mortes, inclusive a um de seus amigos.

- Eu me mantinha longe de vocês, com receio de lhes fazer algum mal. – ele a interrompeu – Eu me afastei, na expectativa de Voldemort pensar que eu não tinha mais ninguém a quem ele pudesse matar para afetar a mim. Eu não queria colocar a vida de vocês em perigo.

Ele estava falando a verdade. Fora muito difícil separar-se dos amigos, mas pensara que seria ainda mais, se eles se fossem para sempre.

- E foi aí que o meu plano foi por água a baixo. – ele passou as mãos pelos cabelos negros.

- Não entendo.

- Eu me apaixonei por Gina, e isso não era programado.

Por um momento, todas as suas lembranças voltaram à tona, e ele se lembrava perfeitamente de tudo agora. Até que ele não estava tão errado.



Toca



Hermione não esperara a amiga trocar-se e seguiu direto para a casa de Harry. Gina sabia que Hermione o ajudaria, mas da mesma forma, um frio arrepio tomou conta de seu estômago.

Abriu o armário e escolheu a primeira roupa que viu. Uma calça jeans simples e uma blusa preta, de gola alta.

Dobrou com cuidado o pijama que vestia antes e o guardou na primeira gaveta.

Fez tudo com muita calma e paciência e sabia o porquê. Não seria muito fácil encontrar Draco e explicar-lhe toda a história.

Mas no fim, ficara feliz por tudo. Apesar dos incidentes, conseguira entender-se com Harry, e sentia-se satisfeita. Mesmo que ela tivesse que fugir de casa, brigar com Draco, mentir e esconder-se na casa de sua mãe, ela ainda assim, estava contente pelo resultado.

Soltou a cascata de fogo e deixando os cabelos livres dos palitos de madeira, - que foram jogados de qualquer jeito na cama desfeita - vestiu seu casaco de couro.

Estava na hora, e ela não poderia se esconder mais. Suspirou pesadamente, antes de abrir a porta e encontrar parado a sua frente, tamanha recepção.



- Vocês formavam um belo casal, Harry. Mas não tinha como dar certo.

Hermione ainda tentava o consolar, mas todo o trabalho era em vão. Ele não precisava de consolo, agora ele sabia porque ficara tão bravo com Gina, aquele tempo todo, e sabia que ele não era o culpado. Nem ela tinha culpa também. Foi simplesmente um conjunto de erros cometidos pelos dois.

Talvez eles nunca poderiam dar certo mesmo. E por um momento, Harry pensou que havia tirado Gina inteiramente de seu coração, mas ele ainda estava no começo, apesar de saber que não a amava mais com a mesma intensidade. Não correria mais atrás de uma mulher que não a amava. Dessa vez partiria para outra, porque ele sabia o que acontecera de errado.

- Eu sei disso, Mione. Mas tem coisas que vocês não sabem sobre aquele tempo. Coisas que eu escondi de todos.

- Que tipos de coisas, Harry? – Hermione o olhou intrigada, e mostrou um meio sorriso que ele não notou.

- Além do medo de eu poder ferir vocês, muitas coisas ainda passavam pela minha cabeça. Eu nunca tinha notado Gina, além da garota tímida, que se mostrara corajosa no final do meu quinto, mas eu só a via como a irmã do meu melhor amigo. Porém, tudo mudou.



Flashback



Mais uma conversa com Dumbledore, que não o levara a nada. Nada de novo, nada de nada. Dumbledore sempre escondia as coisas, mas um dia Harry perderia o controle e não falaria por si. Ele precisava entender o que estava acontecendo. Ele precisava entender o que Voldemort estava à procura e por que. E, além disso, ele precisava saber porque Voldemort ainda não tentara o matar.

Pensando nesse turbilhão de problemas, Harry voltava para o salão comunal da grifinória, quando uma cena um tanto diferente chamou a sua atenção.

Gina Weasley e Draco Malfoy conversando? Por incrível que parecesse, os dois estavam juntos, e conversavam como grandes amigos. O mundo estava de ponta cabeça, ou Harry ficara maluco e ninguém avisara?

Uma Weasley e um Malfoy, amigos? Aquilo era realmente estranho.

Harry não queria atrapalhar, mas também não pôde deixar de notar que eles conversavam sobre algo meio escondido por um código, que só eles pareciam conhecer. Por fim, a curiosidade venceu e ele ficou ouvindo, atrás de um pilar do corredor.

- Você já tem uma resposta? – Malfoy parecia um pouco nervoso, nada parecido com o metido loiro que Harry tanto odiava.

Gina corou antes de responder. Harry não havia notado como ela era tão bonita.

- Eu pensei sim, Draco.

“Draco? Que intimidade com um Malfoy.” Harry pensou enciumado.

- E eu já tenho uma resposta. – Gina tinha um sorriso fino nos lábios.

Draco estava mais nervoso, e Harry, que nem sabia o que era o assunto, estava tão nervoso quanto ele. E Harry nem sabia o porquê!

- Eu aceito sim, Draco. Porque eu também gosto muito de você, e apesar de saber que vamos passar por muitas coisas para ficarmos juntos, eu ainda sim, amarei você, Draco. E estarei sempre com você.

Harry ficou espantado. Gina e Draco, juntos? Gina amava o Draco e o Draco...Onde estava a sanidade daquele planeta?

Harry não agüentava mais ouvir aquilo, e sorrateiramente seguiu seu caminho.

Chegou no salão comunal tão rápido que nem se lembrava de ter passado pelos outros andares. Só conseguia pensar no que ouvira há alguns minutos, e o que mais o intrigava era, por que ele se importava? Gina já tivera outros namorados, e ele não sentiu nada, e então, por que agora ele estava daquele jeito?

Disse a senha, e assim que a porta abriu, deu de cara com Rony.

- Harry, você viu a Gina por aí? Não consigo achá-la em lugar algum. – o ruivo parecia preocupado, e Harry notou que sua face queimava.

- Ah...er... – as palavras não saiam, e a feição de Rony, só estava piorando as coisas.

- Você viu ou não viu, Harry? – o amigo estava impaciente, e suas orelhas estavam mais vermelhas que os cabelos. Isso era um péssimo sinal.

- Não. – disse de imediato.

- Obrigado, então. – o ruivo nem o olhou e saiu à procura da irmã por todo o castelo.

Harry ainda estava ainda se recuperando do susto, quando Hermione se aproximou.

- Você está bem, Harry?

A amiga parecia preocupada e ele não queria chamar a atenção para si.

- Eu estou ótimo, mas não posso dizer o mesmo da Gina.

- Do que está falando? Você a viu? – ela parecia mais preocupada, e Harry se perguntou por que ela causava mais preocupação que ele, de uma forma um tanto infantil.

- Ele está conversando com o Malfoy, perto do salão principal. Se eu fosse você, eu ia até lá, antes do Rony ter um ataque.

- Nossa... – a amiga ficou desconcertada, mas já parecia saber do assunto – eu vou lá agora mesmo. Obrigada, Harry.

Ela lhe lançou um último sorriso antes de sair apressada atrás da amiga.



Fim do Flashbak



- Harry. Harry...Harry! – Hermione estalou os dedos nos olhos de Harry, e este saiu do transe.

- Añh? Ah, sim...o que foi?

- Você não ouviu nada do que eu disse, Harry. – a amiga sorria – Onde você estava?

- Desculpe-me. – ele sorria também – Eu estava me lembrando do porque eu comecei a notar a Gina.

A morena riu.

- Essas coisas não tem um motivo concreto para acontecerem, Harry.

- Mas eu tive um. – o moreno sorriu pelo canto dos lábios, enquanto a amiga o olhava curiosa.



Continua...



N/A:Capítulo onde você começa a entender as coisas, alias, a fic está no fim, não é? Mas eu prometo que ainda tem mais coisas por vir.

Vou tentar fazer o próximo capítulo mais rápido, blz? Eu estava em semana de prova. ; ) Obrigada pelos comentários e comentem mais vezes, viu!!!

Beijos...

E até a próxima.








Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.