O Caminho do Coração




Capitulo 24 – O Caminho do Coração
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“Tudo depende dessa profecia, e já chegou à hora de eu saber o que ela tem a dizer”. Pensou ele sentando na poltrona novamente. “Apesar de que já tenho praticamente certeza do que se trata”.
“Está chegando à hora...”.

Harry estava sentado no parapeito da janela de seu dormitório vendo a chuva forte bater no vidro. Seus pensamentos vagavam em lembranças quase esquecidas. Lembranças que nem pareciam ser dele, e sim de uma outra pessoa em uma outra vida.
Sua primeira visão de Hogwarts, o Chapéu Seletor, Rony e Hermione, o primeiro vôo de vassoura... Neste momento ele fechou os olhos e encostou sua cabeça na parede fria. Voldemort. O encontro com seu maior inimigo.
Tudo em sua vida girava em função dele. Nem ao menos sua namorada ele pode manter por perto por causa do perigo que ela correria ao estar ao seu lado. Seus pais se foram, seu padrinho se foi, Dumbledore, a única figura paterna que ele conseguira depois de tantas perdas também se foi.
Uma lagrima solitária escorreu de seus olhos percorrendo sorrateira o rosto até chegar salgada na boca. Por que? Por que tinha de ser dessa forma? Não conseguia entender. Quando lembrava dos pais e em como seria diferente sua vida se eles estivessem vivos.
_Como queria que tivesse sido diferente... _ sussurrou ele jogando as palavras ao vento.
Um barulho de passos veio da porta, seguido por uma risada abafada e desdenhosa.
_Falando sozinho Potter? _ perguntou Draco.
Harry desviou o olhar para Draco, mas sem se importar muito voltou novamente sua atenção para a janela. Nesses dias de convivência aprendera que a melhor forma de lidar com as ironias de Draco era simplesmente ignorá-las.
Draco que não gostava nem um pouco de ser ignorado enrijeceu o tom de voz e disse ao se aproximar de Harry:
_Não gosto do modo de como me trata Potter. Como se eu não fosse alguém digno de resposta.
_Não ponha palavras na minha boca Malfoy._ respondeu o outro sem desviar seu olhar _ Às vezes sua arrogância se sobressai de tal forma que anula sua inteligência quase que por completo. Portanto preste mais atenção em como você fala. Porque o modo que você me tratar vai ser o modo que será tratado.
Harry se pos a encarar os olhos azuis acinzentados do outro que queimavam por dentro em contradição. Draco mantinha o controle apesar da explosão interna, então um sorriso sarcástico se formou em seus lábios quebrando o gelo entre os dois.
_O Weasley e a Granger estão partindo e me pediram para vir chamá-lo.
Draco se dirigiu à porta do dormitório deixando Harry novamente sozinho.

Em menos de dez minutos Harry já adentrava o saguão de entrada do castelo, onde se encontravam Rony, Hermione, Draco e McGonagall entretidos em uma conversa.
Quando Harry entrou a conversa instantaneamente cessou e Hermione se dirigiu ao amigo o abraçando fortemente.
_Harry prometa que vai se cuidar e que não vai sair por ai procurando encrenca sem que eu e Rony tenhamos voltado, viu? Nada de sair do castelo, nada de batalhas misteriosas ou coisas perigosas. Promete?
_Eu achava que eu já era maior de idade. _ disse ele em tom irônico _ Mas eu prometo me cuidar sim senhora. Mas vocês dois devem tomar muito cuidado _ agora se dirigindo também a Rony _ Londres não é mais segura, ainda mais para os lados que vocês vão. Agora é a minha vez. _ um sorriso tomando conta de sua face _ Me prometam não se meter em encrenca.
Rony deu uma risada abafada e Hermione deu um beijinho na bochecha do amigo para logo em seguida o abraçar novamente.
Rony se despediu de Draco formalmente apertando sua mão, e se despediu de McGonagall com um abraço rápido. Chegando em Harry eles se abraçaram forte.
_Vê se, se cuida, e cuida da Mione também.
_Pode deixar. _ falou Rony sorrindo _ E você não se meta em confusão sem a gente.
_Com certeza. _ respondeu o outro com um sorriso.
Hermione e Rony já estavam fora dos portões quando Mcgonagall sussurrou mais para si do que para qualquer outra pessoa.
_Que Merlin os proteja.
Os três adentraram o castelo, juntos sem trocar ao menos uma palavra. Chegando novamente no saguão de entrada a professora se voltou para eles dizendo:
_Vou para a minha sala. Me chamem se precisarem de algo. B’noite.
_B’noite _ responderam os dois em uníssono.
Ela se dirigiu para um corredor à esquerda enquanto Draco e Harry subiram a escada à direita.
Harry pensava em como a professora lhe parecia diferente agora. Já que não tinha mais poder sobre eles. Agora ele via que não existia apenas severidade naquele rosto que aprendera a respeitar e a temer de certa forma ao longo dos anos.
Harry e Draco dividiam a sala que pertencia à disciplina de Defesa Contra a Arte das Trevas, cargo que no momento estava vago, por tanto não havia problemas em eles usarem como dormitório.
Todos os moveis da sala foram retirados e em seu lugar foram colocadas quatro camas. Mas agora como Rony e Hermione haviam partido duas estavam vagas. Harry se sentara na cama do lado da janela e começara a trocar suas roupas por seu pijama.
Draco na cama oposta fazia o mesmo, mas ao contrario de Harry não estava perdido nos próprios pensamentos estava era preocupado com outra coisa:
_Eu não acho seguro esses dois irem para Londres sozinhos.
_Você já disse isso Draco. _ disse Harry sem dar muita importância _ Eles sabem se cuidar. Confio neles.
_Sei que confia. E eu também confio.
Harry arqueou as sobrancelhas em descrença.
_Pode parecer que não, mas confio em vocês. Só não confio nos comensais da morte que estão por toda Londres.
_Não queria tê-los deixado ir. _ interveio Harry _ Mas não tive escolha. Hermione estava inquieta. E é fato que precisamos de informações sobre o tal orfanato.
_Mas mesmo assim Potter. _ impacientou-se Draco _ Não podíamos ter nos dado ao luxo de deixá-los assim a mercê do Lord das Trevas, você não conhece os artifícios que ele tem para persuadir as pessoas.
_Como disse antes, confio neles._ disse Harry de modo a encerrar o assunto. Draco olhava indignado para o outro, mas mesmo assim não respondeu. Levantou as cobertas e se deitou virando para o lado da parede.
Harry já de pijama se levantou da cama e foi até uma escrivaninha próxima, pegou um pedaço de pergaminho molhou uma pena preta no tinteiro e escreveu:
Querida Gina,
Pensava em tudo que seu coração desejava falar para ela, o quanto a amava e sentia sua falta, pensava em todas as coisas que tinha que lhe contar, e tentava pensar também em um modo seguro de dizer isso em carta.
Depois de algumas horas passadas, e depois de alguns rabiscos e pergaminhos inutilizados amassados e jogados num canto, ele conseguiu escrever:

Querida Gina,
Sinto sua falta, lhe desejando intensamente ao meu lado.
Mas apesar disso, meu coração está tranqüilo por você estar em segurança.
Tenho só que lhe dizer que Rony e Hermione partiram.
Não vou dizer seu paradeiro em carta no caso de ela ser extraviada.
Mas é sobre aquele assunto que conversamos.
Espero que esteja tudo correndo bem por ai.
Espero ansioso por sua resposta pela Edwiges.
Qualquer novidade me avise e eu estarei fazendo o mesmo.
Um beijo,
Harry.

Ps: Te amo.

Ele dobrou o pergaminho e colocou-o dentro de um envelope e o selou. Deixou na escrivaninha, com o pensamento de acordar mais cedo e levar a carta até o corujal logo ao amanhecer.
Foi até a cama e se deitou dormindo logo em seguida com seus pensamentos na’Toca, onde neste momento sua ruivinha estaria dormindo em seu quarto com nenhuma preocupação na cabeça.
Como ele estava enganado. Era verdade que Gina estava em seu quarto com as luzes apagadas tentando dormir, mas sua mente vagava por entre pensamentos sombrios. A duas semanas que não tinha um sono tranqüilo. Desde que Harry partira com Hermione, Rony e Draco em direção a Hogwarts para tentar impedir o ataque de Voldemort e seus comensais da morte.
_Harry... _ sussurrou ela no escuro com um ligeiro tom de raiva na voz_ Porque fez isso comigo?
Uma lagrima sorrateira percorreu seu rosto caindo pela ponta de seu nariz em direção ao travesseiro. Uma hora se passara até que Gina conseguisse adormecer, mesmo assim entrando em pesadelos e sonhos sombrios.
Amanhecia em Hogwarts, e com os primeiros raios de sol da manhã Harry se levantou e foi em direção ao corujal. Lá ele encontrou Edwiges com a cabeça sob a asa dormindo a sono solto.
Com uma pontada de pena ele a cutucou com o dedo.
_Desculpa Edwiges. Mas você vai ter que levar isso para Gina lá na’Toca pra mim.
Edwiges levantou lentamente a cabeça olhando com censura para o dono.
_Vamos Edwiges. _ disse Harry fazendo um cafuné na cabeça dela.
Edwiges saiu da mão do dono contrariada, abriu as asas e pegou da sua outra mão a carta, e voou pela manhã gélida como um ponto branco em direção ao infinito.
De repente um desejo tomou conta de Harry. Ele desceu as escadas do corujal correndo e foi em direção a seu quarto o mais rápido que pode. Quando ele chegou Draco ainda dormia. Ele entrou o mais silenciosamente possível no quarto, abriu o armário ao lado da escrivaninha e de lá tirou a Firebolt. Admirou-a por um instante e saiu do quarto com a felicidade tomando seu ser novamente. Como é que não tinha pensado nisso antes?
Ele foi até o campo de Quadribol olhou para aquele lugar onde passara por tantas emoções, foi para o centro do campo e alçou vôo. Com os olhos marejados de lagrimas ele subiu, subiu, subiu, até não poder mais e desceu na velocidade de uma bala, soltando um grito que não podia ser ouvido dada a velocidade que estava.
Era a melhor sensação do mundo, a sensação de estar livre, onde nada nem ninguém podiam atingi-lo. Ele voou o que lhe pareceram horas sem perturbações. Então ele resolveu sobrevoar Hogwarts, ele só fizera isso uma única vez e não fora montado em uma vassoura e sim em um hipogrifo, quando ele e Hermione foram resgatar Sírius no alto da Torre em que estava preso.
Fora a melhor sensação do mundo, ver o castelo do alto, uma visão linda, mas triste, visto o futuro que lhe esperava se Harry fracassasse. Ele voou de volta para o campo lentamente, aterrizando na grama ainda cheia de orvalho da noite anterior.
Ele andou em direção ao castelo, agora que a euforia passara, uma sensação de tranqüilidade e silêncio se fazia dentro dele.
Seus passos ecoavam pelos corredores, ele voltou para o dormitório, agora já deviam ser oito horas passadas. Quando ele abriu a porta ele encontrou o quarto vazio, o que foi bom, já que não queria a companhia de ninguém por um momento.
Ele guardou a firebolt no armário e se jogou na cama cobrindo o rosto com os braços. Não tinha a intenção de dormir e sim e de sumir. Nem que fosse por segundo. Mas acabou por adormecer.
Neste mesmo momento na’Toca Gina se jogara na cama colocando o travesseiro no rosto. Ela soltou um grito de cortar o coração, mas que foi sufocado pelo travesseiro assim como suas lagrimas quentes de raiva que escorriam pelo seu rosto.
Não agüentava mais. “Porque eles estão lá, e eu aqui?” Pensou ela. “Eu sou tão inútil assim, a ponto de ser trancada dentro de casa sendo que a coisa mais emocionante pra fazer é lavar a louça?” “Já cansei disso!” “Mas mesmo assim não sei o que fazer...”
Ela se levantou, enxugou as lagrimas nas mangas da blusa, pegou a varinha na mesa de cabeceira e saiu do quarto batendo a porta decidida. Subiu alguns lances de escada chegando ao topo onde tinha o quarto de Rony, mas passou direto por ele, puxou com força uma escada no teto que levava pro sótão. Subiu as escadas e entrou em um aposento sem nenhuma iluminação.
_Lumus! _ ela ordenou para a varinha que ascendeu em sua ponta uma luz branca perolada que iluminou todo o aposento.
Mais a frente alguma coisa se mexeu se escondendo da luz forte. Era o vampiro da casa que adorava bater nos canos quando a casa estava por demais silenciosa. Gina avançou para o lado oposto sem dar atenção. Foi em direção a um malão que estava encostado na parede, duas vezes maior que o seu malão de Hogwarts.
_Alorromora! _ gritou ela em direção ao fecho do malão, que se abriu com um estrondo.
Rolos e mais rolos de pergaminho estavam amontoados, caixas de papelão, penas quebradas, até algo que lembrava estranhamente um osso de galinha estava jogado lá dentro.
Gina começou a revirar as coisas dentro do malão, depois de alguns segundos encontrou o que queria. Ela olhou para a caixinha que estava em sua mão com um sorriso no rosto, se levantou rapidamente do chão e deu um ponta-pé no malão que se fechou com um clique. Ia em direção as escadas quando ouviu a voz de sua mãe no andar de baixo.
_Gina! O que você está fazendo aí em cima?
_Eu ham... _ Gina olhou para os lados a procura de algo que a ajudasse, ao mesmo tempo em que guardava a caixa dentro do bolso da blusa. Foi então que viu vários livros e pegou o primeiro que estava a seu alcance_ Eu estava apenas procurando um livro...
Ela desceu as escadas e deu de cara com a mãe com as mãos na cintura e feição de poucos amigos, Gina não se impressionou.
_Deixe-me ver... _ disse a Sra. Weasley pegando das mãos da filha o livro _ Cozinhando com Gilderoy Lockart... Hum... Interessante, não sabia que gostava muito de culinária..._ seu olhar penetrante e astuto agora novamente no rosto da filha.
_Pois é. _ disse Gina com simplicidade pegando o livro das mãos da mãe _ Acho que estou mudando sabe mãe. Agora que estou com Harry, bom vejo as coisas de um modo diferente.
Gina disse as palavras mágicas, a Sra. Weasley tirara os braços da cintura e abrandara sua feição.
_Quando essa guerra acabar_ continuou Gina _vou querer me casar com Harry. E bem... Para isso acho que devo estar preparada. Nunca é cedo ou tarde demais para se aprender coisas novas...
Com os olhos marejados de lagrimas a Sra. Weasley puxou a filha para um abraço bem apertado, enquanto Gina tinha um sorriso no rosto, que logo se desfez quando sua mãe a soltou, fazendo voltar a cara de cão sem dono com qual falara com sua mãe.
_Oh Gina querida. _ disse a mãe acariciando os cabelos ruivos da filha _ Não sabia que isso significava tanto para você. Bom, se é assim, não tem meio melhor de você aprender a cozinhar do que com sua mãe. Venha comigo, eu estou preparando o almoço, assim já te ensino o meu tempero secreto para carnes.
_Esta bem mamãe. _ respondeu Gina com um sorriso _ Vá indo na frente, que eu vou guardar o livro no meu quarto.
_Não demore. _disse a Sra. Weasley descendo as escadas.
Gina fechou o alçapão, e desceu as escadas até seu quarto. No momento que fechou a porta começou a rir da própria situação. Depositou o livro de Gilderoy no criado mudo, e tirou a pequena caixa de dentro do bolso. Dirigiu-se ao armário onde abriu uma das gavetas e colocou a caixa sob varias blusas, fechou a gaveta foi até a porta e desceu as escadas em direção as aulas de culinária com sua mãe.
Em Hogwarts, Harry despertava de um sono inquieto. Ele olhou para a janela, e percebeu que já era quase hora do almoço, sendo que nem café da manhã tomara. Ele levantou de um pulo se lembrando que hoje chegariam os reforços do ministério.
Desceu apreçado as escadas em direção ao Salão Principal. Quando ele chegou, as mesas já estavam postas, e os poucos alunos que restavam, todos nascidos trouxas, já tomavam seus lugares. No dia seguinte eles seriam mandados de volta para casa, por causa das medidas de segurança.
Ele se aproximou da mesa dos professores, onde McGonagall estava sentada no lugar de diretora da escola, e ao seu lado estavam o professor Slughorn e o professor Flitwick, e ainda a mesa estava à professora Sprout, a professora Trelawney, que começara a freqüentar o salão na hora das refeições, Draco e por ultimo Hagrid, todos os outros professores haviam deixado a escola.
Harry cumprimentara a todos na mesa, e tomou seu lugar entre Draco e Hagrid. Logo em seguida as travessas à frente de todos se encheram de tortas, carnes e batatas, e as jarras com suco de abóbora.
Todos começaram a se servir, foi então que Harry se lembrou:
_Hagrid me desculpa tinha esquecido, mas Rony e Hermione...
_Eu já sei. _ disse Hagrid bondosamente _ Não precisa se desculpar, Malfoy já me disse que eles partiram ontem, pena eu não estar aqui para me despedir. _ ao mesmo tempo ele cortava a carne no prato _ Não sabia que era ontem que eles pretendiam ir, senão tinha deixado Grope um pouco antes.
_Hermione estava muito aflita, queria ir o quanto antes e chamando a menor atenção possível.
_Entendo. _ disse Hagrid tristemente.
_E como está Grope?
_Bem, Grope está bem, ainda faltam algumas coisas que ele precisa aprender, mas no geral está se comportando muito melhor.
_Uhm... Que bom. _disse Harry sem muita emoção _ E Madame Máxime?
Um pequeno sorriso triste se fez no rosto de Hagrid.
_Esta bem, eu acho, nós nos desentendemos a algum tempo.
_Como assim? _perguntou Harry surpreso.
_Ela queria que eu fosse para lá. Morar na França. Eu disse para ela que não dava, Dumbledore tinha confiado a mim as chaves de Hogwarts... E bem... Você sabe Harry, meu lugar é aqui, Hogwarts é minha casa.
Harry olhou nos olhos de Hagrid entendendo perfeitamente o que o amigo quis dizer.
_É Hagrid eu sei...
Eles terminaram o almoço, enquanto todos os alunos e professores a exceção de McGonagall iam para as salas de aulas, Harry e Draco foram com a diretora até sua sala.
A antiga sala de Dumbledore, fora desmontada e seus pertences levados a uma outra sala segundo a diretora. Mas ainda assim era estranho para Harry entrar no recinto, e ver McGonagall sentada atrás da escrivaninha. O poleiro de Fawkes também fora retirado.
Harry instintivamente olhara para o quadro de Dumbledore que foi colocado logo acima ao de Fineus Black, ambos roncavam sonoramente.
Harry se lembrara que logo que chegou em Hogwarts, pediu a McGonagall para falar com o quadro de Dumbledore, depois de muito insistir McGonagall deixou, mas depois de trocar meia dúzia de palavras com o quadro, Harry percebeu que não era Dumbledore quem ele estava falando, ou não ele inteiro, o quadro parecia saber quem era, que fora diretor, e até sabia que Harry era o menino que sobreviveu, mas ele não sabia quem eram as pessoas que falavam com ele, como se fosse a primeira vez que as visse.
McGonagall percebeu para onde Harry estava olhando e disse:
_É realmente estranho ter ele com a gente, mas não completamente. _ com isso Harry de virou para ela _ Mas vamos ao que interessa. Como avisei vocês a uma semana, os alunos irão pegar o trem de volta para casa amanhã. E hoje ao entardecer chegarão os reforços do ministério. Eu quero que vocês estejam presentes mais para eles os conhecerem, e nós fecharmos com isso a estrutura da segurança do castelo.
“Cinqüenta aurores virão do ministério, trinta ficarão no castelo, e vinte espalhados nos territórios entre Hogsmeade e Hogwarts” Ela falava seria. “Dois trasgos de segurança serão colocados nas entradas do castelo, e um batalhão de feitiços será posto ao redor dos terrenos da escola”. “Alguma duvida?”
_Diretora, eu tenho uma. _ disse Harry com o tom da voz levemente alterado _ Como que o ministério pretende deter comensais da morte, dementadores, lobisomens e todo o tipo de criatura que esteja do lado das Trevas com apenas cinqüenta aurores?
A Diretora abriu a boca para falar, mas foi interrompida.
_Você ainda não percebeu Potter? _ disse Malfoy que estava encostado de braços cruzados na parede _ Eles não acreditam inteiramente em nós, não confiam na minha palavra, apesar de terem usado até Veritaserum. E não acreditam em você por acreditar em mim.
_Entendam, eu também não me sinto a vontade a eminência de um ataque. _ disse Minerva com ar de preocupação _ Ainda mais com a pouca importância que o ministério está dando. Não sei como o Profeta Diário não relatou nada sobre o assunto, talvez estejam querendo esconder de Voldemort...
Malfoy soltou uma risada pelo nariz.
_... Ou estão apenas tentando retardar o pânico. Mas não se esqueçam que também esperamos reforços da Ordem.
_Sim ainda tem a Ordem. _ disse Harry _ E ainda temos mais alguns dias até o ataque.
_Duas semanas para ser mais exato. _ disse Draco irônico _ Só espero que não resolvam adiantar, seria perfeito nos pegarem desprevenidos, não acham?
Harry olhou com ar contrafeito para Draco, e respirou fundo apoiando as mãos na escrivaninha à frente da professora.
_Não temos muita escolha. Isso á fato. Mas vamos fazer de tudo para salvar a escola. E quando essa ameaça passar professora, você vai poder trazer os alunos para cá novamente.
_Eu sei Potter. _ disse McGonagall se sentando em sua cadeira _ Mas eu não vejo muita esperança para o nosso caso.
_Não vamos desistir assim tão fácil. Coragem é a maior das qualidades da Grifinória, e eu não vou perdê-la tão cedo, você vai diretora?
Draco olhava impassível para a cena, enquanto McGonagall parecia meio assustada com a imposição de Harry. Mas logo se recompôs, e um olhar obsessivo tomou conta de sua feição.
_Você está certo Potter. _ disse Minerva _ Chega de lamentações e vamos que interessa.
Ela se levantou da poltrona e foi em direção a porta da sala com sua capa esvoaçando a suas costas. Ela abriu a porta, fez um gesto para que os dois passassem, e quando eles passaram fechou a porta instantaneamente.
Na’Toca, Gina voltara para seu quarto, estava sentada na cama examinando a caixinha que pegara no sótão. Era feita de madeira, toda entalhada com desenho de flores, e tinha um pequeno fecho de metal em forma de gira-sol.
Seu coração palpitava, estava um pouco receosa em abri-la.
_Porque não? _ perguntou ela a si mesma.
Ela virou o fecho, e sem emitir som algum a caixa se abriu, dentro dela havia algo embrulhado em um pedaço de veludo vermelho. Gina retirou seu conteúdo, e sem desgrudar os olhos do veludo depositou a caixinha no criado mudo em cima do livro de culinária.
Cuidadosamente ela retirou o tecido, o colocando junto à caixinha, e em sua mão apareceu um objeto muito parecido com uma bússola, mas ao contrario das direções, tinha o desenho de uma flor, que fazia toda sua volta.
Gina se levantou da cama, com a mão esquerda que segurava o objeto estendida, a flecha que havia dentro começou a girar, ganhando cada vez mais velocidade, um brilhou dourado começou a emanar do objeto, e foi circulando o braço de Gina, até que uma espiral dourada se formara ao entorno do corpo dela.
Os cabelos de Gina se levantaram, como se um vento muito forte viesse do chão para o teto. Uma sensação morna foi se apoderando de Gina, que a deixava sonolenta. Quando Gina estava prestes a cair desacordada, a bússola parou de girar, e no mesmo instante o brilho dourado, o vento e a sensação morna cessaram. Foi como se Gina despertasse de um sono.
Ela olhou para a bússola, e ela apontava na direção de seu coração.
_Mas o que...?
A porta do quarto se abriu, e de lá entrou Luna.
_Não precisa tentar esconder. _ disse Luna calmamente.
Gina tentava colocar o objeto de volta a caixinha atrás de suas costas.
_Eu sei que é uma bússola dos sentidos que você tem ai.
_Eu ahm... _ Gina olhou a amiga intrigada _ Como é que...?
_Como é que seu sei? _ cortou a outra _ Eu senti, eu acho. Bom na verdade não sei. Mas é uma bússola dos sentidos não é?
_É. _ disse Gina com uma das sobrancelhas levantada.
_Não se preocupe, eu não vou contar a ninguém. Mas achei que estava claro que caminho você tinha que tomar.
_Como assim Luna? _ perguntou Gina se sentando na cama com a bússola ainda nas mãos.
_Para onde a bússola apontou? _ perguntou Luna se sentando do lado da amiga.
_Para o meu coração. Mas...
_Então pronto. Você já não sabia que era o seu coração que você tinha que seguir?
_Mas Luna, meu coração quer que vá atrás do Harry, mas não sei...
_Está respondida a pergunta.
_Harry nunca iria concordar, nem meus pais.
_Isso é verdade. _disse ela se levantando _ Bom, eu já disse o que tinha para dizer. Vou descer, Neville queria jogar uma partida de xadrez de bruxo.
Luna foi em direção a porta com ar sonhador e saiu fechando em seguida, deixando Gina completamente perdida em pensamentos. Ela então começou a guardar a bússola, e quando fechou a caixinha começou a escutar um barulho estranho as suas costas. Quando se virou para ver o que era, viu Edwiges batendo com o bico na janela, pedindo para entrar.
Gina abriu apressada o vidro, e a coruja entrou rapidamente no quarto. Gina se virou para Edwiges, e pegou de seu bico a carta que estava endereçada a ela.
_Harry... _ sussurrou ela enquanto rasgava o envelope.
Ela leu apressada, e parou para respirar fundo, e releu mais duas vezes. Tomara a decisão, ela ia atrás dele. Edwiges olhava para ela como quem pergunta se não a carta não teria resposta.
_Muito obrigado Edwiges. _ disse Gina sorridente _ Mas a resposta eu vou dar pessoalmente.
Mais do que depressa Edwiges saiu pela janela de volta para Hogwarts deixando para trás uma menina cheia entusiasmo.

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N/A: as respostas dos comentarios vem amanha... me perdoem a demora... mas a falta de criatividade eh a culpada... eu to meio sem tempo... depois eu escrevo uma n/a descente... okks?? amo vcs... e desculpa denovo...

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