Lua Cheia de Sangue



Capitulo-22-Lua Cheia de Sangue

“Luna se mexeu levemente em sua cama, e ainda desacordada sussurrou o nome de Harry. O som se perdeu pela noite, e ninguém ouviu sua suplica.’ Mas no fundo de seu coração, uma chama de esperança se ascendeu lhe dando forças, e recuperando sua alma do devaneio”.

No dia seguinte à volta de Harry e os outros a Toca, eles foram para Marselha buscar sua bagagem, como haviam falado para a Sra. Weasley. Ao chegar encontraram uma certa dificuldade em achar suas coisas, pois a mais de quatro dias eles não apareciam no hotel. Mas no final recuperaram tudo, pagaram ao hotel e voltaram para a Toca em tempo de ajudarem com o jantar.
Dez dias se passaram, até que Luna despertasse. Mas ainda estava fraca demais para se levantar da cama.
Quando ela acordou, e isso todos a sua volta notaram, ela decididamente havia mudado. Estava mais seria, seu olhar que antes expressava quase loucura, agora era penetrante e de certa forma frio. Era como se ela tivesse amadurecido muitos anos enquanto estava adormecida.
Seus cabelos não voltaram à cor normal. De certa forma para Harry, Luna lembrava um pouco Brigitte com seus cabelos negros como a noite, e que caiam formando uma cascata em suas costas.
Vários dias se passaram, ou pelo menos era o que parecia, e nada de noticias sobre Voldemort. Nenhuma morte, ataque a trouxas, ou nada parecido saia no Profeta. A maioria da comunidade bruxa se sentia aliviada como essa falta de acontecimentos. Mas todos na Toca a cada dia ficavam mais preocupados.
Isso não era um bom sinal, e eles sabiam muito bem disso.
No décimo sétimo dia da chegada deles, Gui e Fleur apareceram para ver o Sr. e a Sra. Weasley, já que na outra semana seria Halloween, e eles não poderiam visitá-los, já que o Gringotes mandara Gui para uma viajem a trabalho.
Já era tarde da noite, eles tinham acabado de terminar o jantar, e estavam na sala tomando hidromel. De uma safra muito especial que o Sr. Weasley guardava para ocasiões especiais.
Gui comentara que estava preocupado com o desaparecimento de Voldemort, e o Sr. Weasley respondeu:
_Isso é mesmo muito preocupante. _ disse ele girando a taça em sua mão, fazendo com que o liquido âmbar rodasse exalando um cheiro maravilhoso _ Você não deve se lembrar Gui, era muito pequeno, mas Molly, você se lembra da outra guerra, quando Você-Sabe-Quem sumiu por uns tempos, o que aconteceu?
A Sra. Weasley que tricotava tranqüilamente, parou o trabalho e olhou estranhamente para o Sr. Weasley.
_Se me lembro?_disse ela_ Como poderia me esquecer. Eu me lembro de estar na cozinha preparando o almoço. Estava com radio ligado na estação bruxa, estava tocando ‘A hora do amor’, quando do nada eles cortaram a musica e deram a noticia. Ah, que horror, que horror... Lembro-me de ter deixado queimar o fundo do creme de milho, pela primeira e única vez na vida.
_Mas o que aconteceu?_ perguntou Gina ansiosa.
Arthur e Molly se entreolharam. A Sra. Weasley deu de ombros, e recomeçou a tricotar.
Já o senhor Weasley tomou um gole demorado de seu hidromel para depois se virar para os mais novos, e começar a contar a história.
_Aconteceu, que depois de quase dois meses de sumiço, Você-Sabe-Quem, resolveu mostrar a que veio. _ disse o Sr. Weasley em tom sombrio _ A noticia que sua mãe está se referindo, foi a de um ataque a um orfanato trouxa. Não sobrou viva alma.
Para Harry, foi como se ele tivesse levado um balde de água fria na cabeça. “Um orfanato trouxa?” Pensou ele. “Será o mesmo orfanato em que ele foi criado?”.
_Sr. Weasley. _ disse Harry _ Como foi o ataque a esse orfanato?
_Não se sabe ao certo. _ disse o Sr. Weasley _ Por fora parece que pegou fogo. E foi realmente isso que a ‘plicia’ constatou. Mas nenhum corpo foi encontrado, nem cinzas, nada. Simplesmente tinham desaparecido.
_E devia ser muita gente. _ disse Hermione entendendo a onde Harry queria chegar.
_Com certeza. _ disse o Sr. Weasley _ Era o maior e mais antigo orfanato de Londres. Era lotado de crianças órfãs.
_E como se sabe que foi ele?_ perguntou Rony também entrando no jogo.
_Isso é meio obvio não é maninho? _ perguntou Gui com ironia na voz_ Com certeza a marca negra estava pairando em cima do lugar.
_Mas que horror! _ exclamou Fleur.
_Concordo Fleur, concordo. _ disse o Sr. Weasley _ Agora só nos resta esperar.
Após aquela conversa sombria, Gui e Fleur foram embora e a Sra. Weasley mandou todos se deitarem sem mais conversas.
Harry permaneceu acordado, rolando em sua cama, com os pensamentos a mil. Resolveu descer até a cozinha e tomar um copo d’água para ver se o sono vinha. Mas o que ele não esperava era encontrar alguém também acordado a àquela hora da madrugada.
Ele entrou na cozinha escura, e se dirigiu ao armário para pegar um copo, mas quando virou de frente, viu que Hermione estava encostada à porta. Harry passara por ela sem perceber.
_Aposto como você não percebeu minha presença. _ disse Hermione rindo baixo.
_Também, como eu ia adivinhar que você estava acordada. _ disse ele se servindo da água da jarra em cima da mesa.
_Não consegui dormir. _ disse Hermione tomando um gole da água que como Harry tinha nas mãos. _ Fiquei pensando no que o Sr. Weasley estava falando, e acabei perdendo o sono.
_Eu também não paro de pensar. _ disse Harry _ Hermione lembra que eu te disse que Voldemort foi criado em um orfanato?
_É exatamente nisso que eu estou pensando Harry. Só pode ser o mesmo orfanato destruído.
_Uma coisa que não sai da minha cabeça, é que grande parte daqueles inferi que estavam no lago dentro da caverna, eram essas pessoas do orfanato.
_Pode ser. _ disse Hermione _ Mas eu penso que nós devemos investigar o lugar.
_É. _ disse Harry _ Parece um ótimo lugar para se esconder uma Horcrux.
_Eu acho que devemos investigar. _ disse ela _ Mas duvido que encontremos o prédio.
_Por que?
_Porque eles já devem ter construído alguma coisa no lugar.
_Se isso aconteceu estamos perdidos.
_Eu acho que não. _disse Hermione _ V-Voldemort. Ele não deixaria sua Horcrux ser destruída. Se estiver lá, como eu acho que está, ela estará bem guardada, mas também bem escondida.
_Agora temos a pista que precisávamos. Mas antes disso, temos que resolver o problema em Hogwarts.
_Harry, já estamos esperando a mais de duas semanas, e nada de sinal. Temos que agir.
_Eu sei, e isso também me preocupa. Mas Hermione, não me sai da cabeça que Voldemort está para atacar. Você não percebe? A quase dois meses não temos noticias dele. E sabemos muito bem que ele não desistiu. Meu palpite é que ele está preparando algo muito grande.
_Está bem Harry. _ disse Hermione com ar cansado _ Só o que eu te peço é que se continuar assim você tome uma decisão.
_Ok. _ disse ele também cansado _ Vamos dar um prazo. Se até o dia das bruxas nada acontecer, nós partiremos logo em seguida.
_Bom. Se é assim tudo bem. _ disse Hermione e logo em seguida soltou um grande bocejo _ O sono que eu tinha perdido acabou de me achar. Vou subir.
_Eu também vou subir. _ disse Harry colocando seu copo na pia _ Daqui a pouco a Sra. Weasley nos acorda.
E com esse pensamento eles subiram juntos fazendo o mínimo de barulho. Cada um foi para seu quarto, e ambos adormeceram rapidamente.
O dia seguinte amanheceu nublado e frio. Ninguém tinha vontade de sair de casa. Hermione estava sentada a um canto com um livro enorme no colo, e a testa franzida. Harry e Rony jogavam uma partida animada de xadrez de bruxo, enquanto Gina estava sentada assistindo e acariciando seu Mini-Pufe roxo Arnaldo. Draco estava sentado a alguma distancia do grupo, mas prestava atenção no jogo. Neville estava no quarto com Luna. Ou era o que todos pensavam.
Um barulho foi ouvido no andar de cima, e de lá vinha Luna apoiada no braço de Neville descendo as escadas, com o rosto radiante. Todos instantaneamente se viraram para eles.
_Não me olhem assim. _ disse ela ainda sorrindo _ Não queria mais ficar deitada na cama. Não sei se vocês sabem, mas quando se fica muito tempo doente e deitado em uma cama, espíritos agourentos vêm perturbar a pessoa.
_Sim, sim minha querida. _ disse a Sra. Weasley que agora se acostumara as loucuras de Luna _ Nós sabemos, mas ainda assim prefiro que não fique muito tempo em pé. Sente-se antes que se canse.
Luna se sentou obediente, mas o sorriso se esvaíra de seu rosto, e uma expressão penetrante tomou seu lugar.
_Não acreditam em mim. _ disse ela em uma afirmação _ Sei que não acreditam.
_Oh, minha querida. _ disse a Sra. Weasley em tom envergonhado_ Não é isso.
_Me desculpe Sra. Weasley, eu não quis constrangê-la. _ disse Luna dando um sorriso singelo _ Eu sou a ultima pessoa no mundo que faria isso. Devo-lhe muito pelo que está fazendo por mim.
_Menina, menina, menina. _ disse a Sra. Weasley com lagrimas nos olhos _ Você não me deve nada. É uma honra para mim e meu marido receber os amigos de Rony e Gina aqui. E cuidar deles é um prazer de mãe.
Mais uma vez o sorriso se fez no rosto de Luna. Repentinamente ela se levantou e abraçou a Sra. Weasley. Naquele momento Luna disse algo, mas que Harry e os outros não puderam escutar.
A Sra. Weasley apertou o abraço, para logo em seguida sair dele com lagrimas nos olhos, e um sorriso sincero nos lábios. Ela ajudou Luna a se sentar novamente, e com uma ultima olhada para a menina ela voltou à cozinha.
Todos olhavam abobados para Luna. Esta olhava distraidamente para o jogo dos meninos. Por um segundo ela franziu o rosto e depois com um sorriso travesso olhou para Rony e disse:
_Muito esperto. Sorte sua que ele ainda não percebeu.
Rony olhou de Luna para o jogo, e do jogo para Luna novamente com a boca ligeiramente entreaberta. Mas essa já desviara a atenção. Agora olhava diretamente para a janela e cantarolava baixinho uma musica estranha e de certa forma mágica.
Esta musica nunca saia da cabeça de Luna, nem por um segundo. Era a melodia da morte, a qual tocara na harpa durante dois dias.
Todos já tinham desviado a atenção de Luna quando ela parou de cantarolar e franziu o cenho novamente.
_Está chegando alguém... _ disse ela simplesmente.
Logo em seguida um barulho como de alguém desaparatando veio do lado de fora da casa. E um vulto foi em direção a casa. Era corpulento, e mancava. Todos dentro da casa se sobressaltaram. O vulto foi em direção à porta da’Toca e bateu três vezes.
_Quem está ai? _ perguntou a Sra. Weasley com a voz tremula.
_Sou eu Molly. _disse uma voz rouca_ Olho-Tonto.
_E como eu vou ter certeza de que é você?
_Faça a pergunta. _ disse ele simplesmente.
Ela se aproximou da porta e perguntou a senha de modo que os demais não pudessem ouvir. Pareceu a Harry que a pessoa seja lá quem fosse tinha respondido certo a senha, porque a Sra. Weasley abriu a porta logo em seguida.
_Por Deus, Alastor. _disse a Sra. Weasley visivelmente aliviada _ Quase me mata do coração.
_Desculpe vir sem avisar. _ disse Moody _ É a correria de sempre, sabe como é.
_Sei sim, sei sim. _ disse a Sra. Weasley _ Bom, venha até a cozinha para podermos conversar.
_Na verdade o que venho falar não precisa se sigilo nenhum.
_Mas mesmo assim... _ disse a Sra. Weasley um pouco desconfiada de que o seu tipo de coisa que deve se manter em sigilo não fosse o mesmo para Olho-Tonto.
_Está bem então. _ disse ele em tom cansado _ Deixe me só cumprimentar os demais.
Ele foi até o grupo, e analisou um por um rapidamente, tanto com seu olho normal, como com seu olho mágico, se demorando um pouco de tempo mais em Harry.
Olho-Tonto mancou em direção a Draco, mas este não gostou muito da aproximação. Não podia deixar de lembrar do episodio da doninha quicante, mesmo sabendo que quem o enfeitiçara na época era um impostor, e não o verdadeiro Moody.
Olho-Tonto estendeu a mão para ele, e Draco se levantou e retribuiu o cumprimento. Olho-Tonto repetiu o gesto com os outros, e chegando em Harry acrescentou um sorriso, meio torto, mas Harry entendeu a intenção e o retribuiu.
Logo depois Olho-Tonto seguiu com a Sra. Weasley até a cozinha. Harry teve a impressão de algumas horas terem se passado, já que perdera a primeira partida com um lance inesperado de Rony, e depois daquela perdera mais duas. Já estava desanimando de jogar com Rony quando a Sra. Weasley voltou da cozinha seguida de Moody. Ele deu um aceno abrangendo a todos, que lhe foi retribuído e saiu pela porta aberta pela Sra. Weasley.
Quando a porta estava sendo fechada Gina se virou para a mãe e perguntou:
_E então, o que Olho-Tonto queria?
_Ah, nada demais. _ disse ela como se estivesse tentando evitar o olhar deles _ Só que eles farão uma festa de Halloween na cede da Ordem. E é lógico, vieram nos chamar para participar.
O estomago de Harry deu uma volta completa.
_No Largo Grimmauld? _ perguntou ele com a voz fraca.
_Se você achar melhor não ir Harry, _ disse Gina fazendo cafuné na cabeça de Harry _ nós não fazemos questão de ir.
_Isso mesmo querido. _ disse a Sra. Weasley com um sorriso _ Podemos fazer nós mesmos uma festa aqui.
_Não. _ disse Harry com ar triste _ Por mim tudo bem.
_Harry se você achar que... _ começou Hermione.
_Não Hermione. _ disse ele calmamente _ Está tudo bem mesmo.
Os dias antecedentes ao Halloween que se passaram foram um tanto monótonos. Luna se recuperara, mas não por completo. Ainda estava muito fraca, e se cansava facilmente. Todos na Toca ainda pensavam na falta de acontecimentos, mas estavam muito ocupados agora, já que a festa do Dia das Bruxas estava chegando, e muita coisa tinha que ser feita.
Um dia antes da festa eles foram para a cede da Ordem da Fênix, para preparar as coisas. Foi um choque e tanto para Harry rever o lugar em que Sírius ficara preso durante um ano, a casa de sua família que tanto odiava.
O Lugar estava bem diferente. Não tinha mais aquele aspecto sombrio. Talvez fosse porque está cheio de gente, ou ainda porque eles conseguiram finalmente retirar aqueles quadros horrendos da família Black, inclusive o da mãe de Sírius.
Quando Harry perguntou a Lupin o que tinha acontecido com os quadros, Lupin disse apenas uma única palavra em meio a um sorriso.
_Dumbledore...
“É, só Dumbledore mesmo para conseguir isso...” Pensou Harry divertido.
Harry e Rony ficaram no mesmo quarto de sempre. Gina, Luna e Hermione pegaram um quarto maior, já que eram em três agora, sendo assim o quarto que era delas ficou com Neville e Draco.
Harry e os demais foram acordados bem cedo no dia seguinte, O Dia das Bruxas, para poderem arrumar a casa. Tonks e Olho-Tonto ficaram lá para ajudar também, Lupin teve que sair da cede, já que o dia das bruxas seria noite de lua cheia. Tonks pediu o dia de folga. O Sr. Weasley como sempre, fora para o trabalho, e só chegaria a noite junto dos outros membros da Ordem que trabalhavam no Ministério.
Lá pelas cinco da tarde já estava tudo pronto. A maravilhosa comida da Sra. Weasley, e a decoração em roxo e abóbora, com uma nuvem de pequenos morcegos que voavam pela cozinha da Ordem. Estava tudo simples e bonito, só esperando a chegada das pessoas. Às oito horas Os gêmeos Weasley apareceram, trazendo uma barricada de coisas da sua loja de logros.
Enquanto esperavam os outros chegarem, todos desde Moody até a Sra. Weasley se divertiam com as engenhocas dos gêmeos. Nove horas da noite.
_Estou começando a ficar preocupada. _ disse a Sra. Weasley _ Que horas mesmo eles falaram que iam chegar Tonks?
_Entre nove e meia e dez horas. _ disse Tonks distraída com duas bolinhas que mudavam de cor quando se batiam _ Relaxe Molly. Eles já devem estar chegando.
Dez horas da noite.
_Será que aconteceu alguma coisa. _ disse a Sra. Weasley ansiosa.
_Acalme-se Molly. _disse Moody _ Eles só estão um pouco atrasados. E isso é normal já que hoje é dia de festa.
_Eu sei, eu sei. _ disse ela em tom preocupado _ Deus te ouça.
Onze horas da noite.
_Não Fred. _ disse a Sra. Weasley quase em tom histérico _ Eles estão demorando muito e isso não é normal.
_Sim mamãe. _ disse Fred calmamente _ Mas noticia ruim chega rápido, então se acalme.
Cinco para a meia noite.
_Meu Merlin! _ disse a Sra. Weasley totalmente exaltada _ Onde será que eles foram?
_Molly. _ disse Moody _ Eu vou até o Ministério ver o que está acontecendo. Não se preocupe.
_Olho-Tonto. _ chamou Tonks _ Espere eu vou com você.
_Então venha logo. _ disse ele em tom impaciente.
Eles se dirigiram à porta de entrada, e quando a abriram, deram de cara com...
_Arthur! _ gritou a Sra. Weasley reconhecendo o marido a porta da casa.
Ela saiu correndo da cozinha, com Harry e os demais em seu encalço.
O Sr. Weasley estava com a pior aparência que Harry já vira nele. Estava molhado, como se tivesse pegado chuva, suas roupas estavam amarrotadas, seus poucos cabelos sempre penteados, agora estavam totalmente desgrenhados, e sua feição mesmo que cansada estava sempre alegre, agora mostrava tristeza e terror.
_Arthur, querido, o que aconteceu? _ perguntou a Sra. Weasley muito assustada.
_Molly... _ disse ela abraçando a esposa _ Foi horrível...
_Mas o que aconteceu?_ perguntou ela.
Todos pareciam ter perdido a fala.
_Oh, Molly... A cidade inteira... A cidade inteira...
_Fale logo homem. _disse Moody em tom exasperado.
A Sra. Weasley o sentou em uma cadeira próxima, pediu a Gina que trouxesse um copo d’água e perguntou novamente:
_Pronto querido. Pode nos contar agora o que aconteceu?
_Foi Hogsmeade... Atacaram Hogsmeade...
_O que? _ disse Tonks.
_Como assim Arthur? _ perguntou a Sra. Weasley.
_Estava demorando. _ disse Moody em tom sombrio.
_Lobisomens... Eles destruíram a cidade... Todos... Todos estão...
A chuva forte começou a cair lá fora.
O Sr. weasley não agüentou e começou a chorar no ombro da esposa que também chorava. O copo que Gina ainda segurava se quebrou em mil pedacinhos quando caiu de suas mãos frouxas pelo medo. Luna quase caiu, se não fosse Neville segurá-la. Hermione se jogou nos braços de Rony chorando convulsivamente. Fred e Jorge choravam baixo. Tonks tinha o rosto nas mãos, Moody a abraçou de lado em um espasmo paternal. Draco não chorava, nem expressava qualquer sentimento, mas Harry sabia que não era realmente isso que se passava em seu interior. Gina também não chorava. Estava assustada demais para isso, mas quando Harry a abraçou forte ela não agüentou e caiu no choro. Assim como Harry.
Quando todos se controlaram, foram até a cozinha para conversarem melhor. A Sra. Weasley voltou ao fogão para esquentar a comida que tinha esfriado. Quando o Sr. Weasley se acalmou ele contou o que aconteceu.
_Lógico que foi um ataque de Você-Sabe-Quem. _ dizia ele calmamente _ Tinha a marca negra em cada casa destruída.
_Mas não tinha ninguém vivo Arthur? _ perguntou Tonks.
_Enquanto eu estava lá não se encontrou ninguém.
_Mulheres e crianças...? _ começou Jorge sem conseguir terminar a frase.
_Ninguém... _disse o Sr. Weasley tristemente.
Neste momento Draco se levantou da mesa e olhou para Harry, e saiu da cozinha. Quando Harry ia sair para falar com Draco, Gina segurou seu braço.
_Aonde você vai? _ cochichou ela.
_Vou falar com o Malfoy.
_Então eu vou junto.
_Não, eles vão perceber que sumimos. Prometo que não demoro.
Dizendo isso ele deu um selinho rápido em Gina e saiu pela porta da cozinha.
Draco estava perto da escada. Harry se aproximou e disse:
_E então, o que você quer?_disse ele calmamente.
_O sinal Potter. _ disse Draco _ O ataque a Hogsmeade é o sinal.
_Como pode ter certeza disso?
_Hogsmeade é do lado de Hogwarts, sinal de que está muito perto de acontecer o ataque.
_Então partiremos o mais rápido possível para Hogwarts.
_E quem de seus amigos que vai?
_Só Hermione e Rony.
Um sorriso se formou na boca de Draco.
_Não vai levar a namoradinha.
Harry semi cerrou os olhos e saiu em direção a cozinha, deixando Draco na escada rindo da situação.
Quando Harry chegou à cozinha e se sentou na cadeira em que estava, ninguém exceto Gina e Luna perceberam que ele tinha voltado. Gina foi à sua direção e se sentou na cadeira ao lado, apoiando a cabeça no ombro no namorado, enquanto Harry acariciava seus cabelos ruivos.
“Então era isso”. Pensou Harry “O ataque a Hogwarts esta próximo agora”. “De qualquer modo temos que avisar o Ministério”. “Hermione está certa, sem ajuda não conseguiremos muita coisa”. “Logo estarei frente a frente com Voldemort novamente”.

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N/A: respostas dos comentarios amanhã... okkss??... bjinhusss

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