Salgueiro Lutador
Capítulo 5: Salgueiro Lutador
- Como vamos falar com ele? – Perguntou Sirius.
- Vocês pretendem... falar...com ele? – Pedro se assustou.
- Mas é claro. Lupin precisa saber que nós sabemos sobre o segredo dele.
- Acho que sei...de uma maneira. – Tiago refletiu um pouco e depois subiu para o dormitório.
Sirius e Pedro se entreolharam confusos.
- Aqui está. – Tiago desceu segurando algo que parecia uma capa.
- Tiago, sem querer ser grosso com a sua idéia mas...não acho que uma capa seja a solução para falar com Lupin. – Sirius e Pedro seguraram o riso.
- Não é uma capa qualquer, seus idiotas!- Ele sorriu alegremente. – É uma capa de invisibilidade!
O queixo de Sirius caiu e Pedro arregalou os olhos.
- Isso é seu? – Perguntou Pedro ainda atônito.
- Claro que é! – Tiago abriu a capa. – Era do meu pai, eu nunca usei mas...acho que seria útil.
- Deixe-me ver! – Sirius agarrou a capa e se cobriu. – Olha só... eu estou invisível!
- Pois é Sirius mas vamos usá-la com um objetivo. – Tiago recuperou a capa e seguiu pelo quadro da mulher gorda. – Descobrir o segredo do Lupin.
- Estou com medo! – Pedro disse trêmulo.
- Cala boca, Pedro! E tente não se mexer!
- Quero voltar agora! O Lupin não vai gostar nem um pouco quando descobrir!
- Ora...
- Calem a boca, estou vendo o salgueiro lutador. – Tiago apontou por baixo da capa uma árvore montruosa se galhos grossos e sem folhas que não se encontrava longe.
- Tem alguém...entrando na árvore! – Pedro observou.
- É o Lupin! Ele está entrando na espécie de túnel que sua mãe mensionou.
Os três se aproximaram mais da árvore.
- Eu não vou continuar, vão vocês! – Pedro parou de se aproximar.
- Vamos, Pedro, não seja amarelão! – Sirius arrastou Pedro mais alguns metros.
- Eu não quero! E se Lupin realmente for um lobisomem? Ele não vai ficar feliz de saber que estávamos espionando-o!
- Nunca iremos saber se não formos até lá. – Tiago continuou caminhando com a capa.
- Se ficar aqui, Pedro, te descobrirão mais cedo ou mais tarde.
Pedro olhou para os lados com um olhar preocupado.
- Está...bem.
Os três chegaram ao salgueiro. A árvore começou a balançar seus galhos e os três correram até o esconderijo situado na mesma.
- Essa árvore queria nos matar!
- Se não fosse por mim, você estaria estatelado lá no chão, Pedro! – Sirius ajeitou o cabelo e seguiu pelo corredor escuro.
- Este lugar é curioso. Parece que há um quarto lá no fundo. – Tiago guardou a capa e foi seguindo.
- O que foi isso? – Pedro se assustou depois de um gritou que surgiu no fundo do lugar.
- Um grito.
- Vamos!
E os três correram até o quarto.
- Lupin!
- O que estão fazendo aqui? – O garoto que estava sentado no chão com a cabeça encostada nos joelhos e com a cara mais pálida do que nunca, mas levantou de um salto.
- Estávamos te procurando.
- Como me acharam? Como sabiam que eu estava aqui? – Ele se desesperou.
- Vimos a carta de sua mãe... – Tiago começou a explicar, mas Lupin o interrompeu.
- Vocês precisam sair agora, estou avisando, o Sol já está se pondo e...
- O que Lupin? Qual é problema? – Sirius cortou com a pergunta. Lupin abaixou para sentar de novo.
- Vocês precisam sair...
- Não antes de você nos explicar o que está acontecendo.
- Eu...não quero que fiquem se preocupando a toa. Eu não vou contar.
- Por que? – Pedro perguntou intimidado.
Lupin se calou por uns instantes.
- Vocês precisam ir, estou avisando.
- Lupin, fale a verdade. – Pediu Tiago.
- Já me afastei de muita gente por contar a verdade, Tiago. Não vou perder meus amigos por causa desse castigo.
- Que castigo?- Perguntou Sirius.
- O meu castigo. Agora, saiam! – Ele abaixou a cabeça novamente. – O sol já se pôs.
Lupin ia ficando mais pálido e trêmulo.
- Vamos sair. – Pediu Pedro em súplica.
- NÃO! – Gritou Tiago. – O Lupin tem que explicar porque não podemos ser amigos de um lobisomem!
- Saiam. – Pediu mais uma vez. – O lobisomem está ordenando.
Os três saíram pela última súplica de Pedro.
- Ele confessou. Ele é um lobisomem! – O menino gritava enquanto os três iam chegando à porta do castelo.
Uma última olhada por baixo da capa. Alguém saia do salgueiro lutador. A lua brilhou mais forte.
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