Prima Facie






(continuação..)

De um lado cantava o sol


De um lado cantava o sol,
do outro, suspirava a lua.
No meio, brilhava a tua
face de ouro, girassol!


Ó montanha da saudade
a que por acaso vim:
outrora, foste um jardim,
e és, agora, eternidade!
De longe, recordo a cor
da grande manhã perdida.
Morrem nos mares da vida
todos os rios do amor?


Ai! celebro-te em meu peito,
em meu coração de sal,
Ó flor sobrenatural,
grande girassol perfeito!


Acabou-se-me o jardim!
Só me resta, do passado,
este relógio dourado
que ainda esperava por mim . . .


( Cecília Meireles)



Pasma ela avistou seu jardim destruído. Harry se arrependeu de te trazido-a para fora da casa, ele apenas queria mantê-la por perto enquanto verificava o que os Comensais fizeram. Era muito estranho realmente, nenhum feitiço podia impedi-los.

Ele encarou a jovem esposa buscando em seu olhar a vivacidade de outrora. Mas ela encarava-o desolada. Harry mais uma vez recuperou o jardim. Porem ele sabia o que ela estava pensando.

Era possível recuperar objetos, plantas mágicas... Mas a vida, no entanto... Era uma sorte estarem ali agora, provavelmente os Comensais da Morte não tinha ordem de matá-los, mas sim, buscavam alguma coisa..

- Harry, temos que avisar aos outros. – O tom dela ficou mais urgente.

Ele continuou olhando para ela e seu coração quase parou. Ela tinha os mais belos olhos castanhos e um rosto perfeito. Ela era delicada e feminina, seu corpo bem feito, mas nessa hora estava tão vulnerável e cansada, parecia temerosa e frágil e Harry foi tomado pelo desejo e louca vontade de protegê-la de tudo e todos.

Ela, no entanto buscava forças para enfrentar a longa jornada que tinha pela frente. Ela pôs uma mecha de seu cabelo vermelho atrás da orelha e buscou o olhar do marido com afeição.

- Harry, é melhor sairmos daqui. – Disse ela com a voz cansada.

- Sim, você tem razão. – Concordou ele voltando a olhar ao redor e se lembrando de que não era hora nem momento ideal para pensar em intimidades com Gina. Ele acenou afirmamente para ela.

Eles aparataram.

A sede da Ordem estava cheia de gente e o barulho era ensurdecedor. Harry e Gina tentaram entreouvir as conversas, mas tamanha era a bagunça que nada se entendia.

Moddy os avistou e se aproximou mancando.

- Problemas no ministério. – Anunciou ele rapidamente tentando se fazer ouvido em meio à gritaria.

Gina segurou na mão de Harry apreensiva, prestando atenção a cada palavra de Alastor.

- Um exercito de Comensais loucos estão atacando por toda a comunidade bruxa. Dois membros da Ordem foram mortos até onde sabemos. – Completou ele sério e Gina estremeceu. – Temos muito trabalho pela frente. Disse ele se afastando.

Gina ia perguntar para ele onde estava Rony e Hermione, mas não deu tempo. Contentou-se em procurar avidamente ao redor com o olhar, buscando também encontrar alguém de sua família.

De repente o topor dela sumiu quando reconheceu Hermione correndo na direção deles e Rony vinha logo atrás.

Elas se abraçaram longamente, Hermione caiu no choro enquanto Harry e Rony conversavam a respeito dos Comensais. Depois que Harry concluiu a história, Rony começou a contar o que tinha acontecido no ministério e que eles também tinham sofrido ataque de Comensais.

- Nenhum feitiço os atingia!! – Disse Harry exasperado.

- É, e pior, não são poucos. Acho que você-sabe-quem está fabricando comensais em série. – Apontou Rony.

- Não brinca com isso Rony. – Voltou-se Hermione para ele limpando as lágrimas.

- Eu estou confuso. Que tipo de feitiço era aquele?! – Tornou Harry.

- Qualquer que seja, espero que não seja definitivo. Isso acarretaria muitos problemas. – Ponderou Gina.

- Não se preocupe meu bem, não deve ser... – Harry puxou-a de volta para junto de si.

- É verdade. – Concordou Rony. – Mione, que tal irmos ver se Alastor já precisa da nossa ajuda. – Ele piscou para ela indicando Harry e Gina.

- Sim, sim... – Hermione entendeu na hora. – Vamos falar com Alastor.

Eles saíram deixando Harry e Gina que nem estavam mais ligando para o que eles tinham dito.

Encaravam um ao outro com carinho. Harry acariciou o rosto dela devagar. Gina fechou os olhos por um momento, tentando imaginar como seria a paz se ela pudesse usufruir do significado dessa palavra.

Harry a beijou castamente na testa.

Depois eles foram ao encontro da Rony e Hermione que estavam junto com Alastor a alguns metros deles. Discutiam avidamente e quase não notaram quando Harry e Gina chegaram.

- Mas temos que impedir!!! – Gina ouviu Hermione dizer.

- Não, srta Granger. Entenda que não podemos arriscar mais vidas no momento... – Disse Alastor estressado. Como se não bastasse todos os problemas que recaiam sobre ele...

- E vamos deixar eles nos atacarem sem fazer nada?! – Continuou Hermione inconformada.

- Sem fazer nada, não! Estamos procurando uma forma de bloqueá-los. Você chama isso de fazer nada?!!!

Rony interveio antes que sua futura esposa desse um ataque.

- Ok Moddy, em que podemos ser úteis então? – Disse ele tentando ser mais prático a ficar discutindo.

Moddy olhou para ele assentindo mais calmo, sempre soube que aquele garoto tinha futuro.

Também se conscientizou da presença de Harry e Gina e começou a explicar para todos o que teriam que fazer.

De novo eles estariam separados, Rony e Hermione foram mandados para o St. Mugus, verificar o que estava acontecendo por lá, quantos mortos, acidentados por causa dos Comensais, além de proteger o prédio de invasões.

Rony e Hermione iriam primeiro e dependendo do que houvesse lá Moddy disse que mandaria reforços.

Harry e Gina foram para o Ministério que era o local mais crítico e devastado do momento. Iriam apenas ficar vigiando o local. Atento a qualquer sinal de perigo. Também seriam mandados reforços caso precisassem.

Todos concordaram.

Antes que o quarteto partisse, Moddy desejou sorte.





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N.A.: Aí está o segundo cap, até que enfim..

Tem um poema da Cecília Meireles que eu gosto muito, um dos meus preferidos, e eu pus no ínicio do cap. Espero que não tenha cansado vcs...^^

Esse cap. Vai de homenagem para o Diogo, por que eu nem tava mais pensando nessa fic, mas conversa vai conversa vem... acabou que eu me inspirei e comecei a escrever algumas frases e aí está. Espero que goste. Se não fosse ele não teria escrito. Obrigada.

Por favor, não deixem de dar sua opinião.

Até a próxima, em breve..

Bjss,

Angel



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