O fim depende do início




Isso irá acontecer até o fim?

Gina lutava bravamente contra um comensal no mesmo momento em que Harry se defendia de um feitiço maligno, seu oponente apesar de muito forte tinha dificuldades de lutar contra Harry, porque este último se mostrava muito ágil, “graças ao quadribol” lembrou ele, no entanto, nada era tão assustador e desesperador.

Gina acertou em cheio o peito de um comensal, mas logo outro apareceu vindo do nada. Era dois comensais, um para cada um, mas cada vez que se derrotava um aparecia outro novinho em folha. Era a maior “sacanagem” pensou ela aborrecida. Realmente era muito injusto, mas a luta continuava e nada poderiam fazer agora, a não ser lutar até a morte.
Nunca se poderia imaginar que minutos antes eles estavam jantando alegremente e contando piadas. Nunca alguma coisa poderia ter sido tão imprevisível.

Como o vazio pode ser tão dolorido?

Gina viu de relance Harry sendo jogado para o outro lado do aposento, bater na parede e cair no chão desacordado. Desesperada correu ao encontro dele se esquecendo completamente dos outros comensais que se preparavam para matá-la. Antes que conseguisse chegar até Harry caiu também no chão, a última coisa que disse antes de perder os sentidos foi: “ Não... Isso não...”.

Como pode tudo acontecer sem sentido?

Procurem nos seus corações a resposta deste mistério.


Horas antes...Durante o jantar:


- Tem certeza de que quer ser Auror Harry? Nos tempos em que estamos, é tão perigoso...

- Já é bastante perigosa a minha vida, não vai fazer nenhuma diferença. Você sabe, não vou desistir de ser Auror só por causa de Voldemort! Mas agradeço sua preocupação. Você quer mais um pouco deste purê?

- Hum, não obrigada.... talvez eu acabe escolhendo por ser Auror também, pensando melhor, estamos precisando de Aurores, agora mais do que nunca. As pessoas estão apavoradas, você viu como aquela senhora hoje de manhã se comportou no St. Mugus?

- Eu diria que se essa guerra se prolongar muito, estamos a um passo da população bruxa e não-bruxa pirar.


Gina descansou a colher no lado do prato.


- Estou tão cansada... Os serviços da Ordem estão me matando!!! Não que eu esteja reclamando, longe de mim, mas é só que não temos pessoas suficientes para a demanda de tarefas que temos que cumprir. A guerra está avançando, como vamos combatê-la com meia dúzia de pessoas?

- Você está se preocupando demais, veja, ainda temos tempo para jantar juntos.

- Isso porque Rony e Hermione estão fazendo hora extra..

- Todos temos que fazer sacrifícios, lembra-se que da última vez nos quase nos matamos de trabalhar também para dar uma folga a eles? Estamos nos revezando...

- Eu sei...

- Então vamos valorizar o trabalho deles e nos divertir um pouco?

- Como você pode pensar em se divertir???

- Eu tenho que viver! Você também.

- Sim, mas...

- Mas o quê? Gina entenda uma coisa. Não vou permitir que Voldemort e essa guerra patética destruam tudo o que nos estamos construindo juntos! Você me disse isso uma vez, lembra-se? Nos vamos lutar,viver também, não só depois da guerra, mas agora, neste momento e nos dias que estão se passando. Não quero ficar falando de Voldemort, ele já tirou muita coisa de mim, não vou deixar que ele tire o meu casamento e a minha vida com você.

- Eu sei, temos que ser fortes...

- Nós somos Gina, muito mais do que você possa imaginar. Temos que ter consciência disso.

- Ok. Você quer sobremesa???

- Seria ótimo.

Gina levantou-se foi até a geladeira pegar a tal sobremesa enquanto tagarelava feliz. Adorava quando Harry falava do casamento deles, tinha lutado por isso e conseguiu.


A felicidade pode ser muito maior...


- Harry, você acha mesmo que Rony terá coragem de pedir Mione em casamento?

- Não sei talvez ele consiga, só posso dizer que ele está se esforçando... Ele mandou flores para ela na semana passada...

- Foi. Ela ficou muito feliz. Quem deu a idéia para ele???

- Não pense que fui eu! Ele mesmo tomou a decisão, quando eu o vi já estava com o buquê nas mãos para entregar a ela.

- Que lindo!!!

- Ele acertou não é? Mulheres adoram receber flores.

- É acertou. A Mione já está esperando por ela a muito tempo, parece que ela também vai ter que fazer um esforço para leva-lo ao altar.

- O que quer dizer com isso??? Você não teve que fazer esforço nenhum. Eu amava você e amo. Eu tinha receio de que você corresse perigo ao meu lado, e na realidade...

- Nada disso, meus pais e meus irmãos fazem parte da Ordem, eu também faria de qualquer maneira e estaria correndo perigo como agora.

- Mas ao meu lado você é um alvo muito cobiçado por Voldemort. Sabe disso.

- Voldemort que se dane, estou cagando para ele.

- Olha o vocabulário...

- E é a mais pura verdade.

- Sim, mas você sabe que eu reprovo esse tipo de expressão.

- Eu pedi sua opinião por acaso???

- Não, mas... Gina! Não fique me respondendo.

- Você anda muito nervosinho.

- Não, eu só não quero os nossos futuros filhos aprendam esse tipo de vocabulário!

- Ah, sim... tudo bem. Entendi. Você não quer que eles saibam que Voldemort é um cocozinho. Tudo bem, não está mais aqui quem falou.


Harry balançou negativamente a cabeça, reprovando a atitude dela.
Gina nem ligou e começou a comer a sobremesa.



A vida tem que ser bem aproveitada...



Nesse momento uma batida forte ecoou no aposento e antes que Harry e Gina pudessem fazer algo, dois Comensais da Morte avançaram pela cozinha atacando-os com os piores e mais poderosos feitiços.

Gina e Harry mostraram-se hábeis com a varinha repelindo-os furiosamente.


No entanto, tudo começou a parecer muito estranho, porque toda vez que se derrotava um Comensal da Morte, outro aparecia imediatamente como se tivesse aparatado, mas Harry se perguntou como seria possível se ele mesmo tinha posto o feitiço anti-aparatação na casa. Gina devia estar pensando a mesma coisa, pois indagou preocupada:

- Como eles estão fazendo isso?!

O que acontece é que a luta se estendeu por horas e as forças de Harry e Gina estavam indo para o espaço, se não conseguissem bloquear o feitiço que eles estavam usando, provavelmente ele não agüentariam muito tempo.

Os Comensais não eram só comensais normais pelo o que pareciam, tinham muita força e habilidade para serem simplesmente comensais. Harry só teve tempo de imaginar como Voldemort teria conseguido isso, antes que fosse lançado contra a parede.

Infelizmente a luta acabou antes que eles pudessem pensar em alguma defesa válida.


No dia seguinte:



É impressão minha, ou lutamos pelo mesmo objetivo?



Os olhos dela abriram-se vagarosamente, sua cabeça doía, mas obrigou-se a olhar ao redor de onde se encontrava. Avistou Harry e esqueceu-se de sua dor, no momento em que tentou se mover ao encontro dele, gemeu de dor, seu corpo estava dolorido demais. Fez um esforço descomunal para mover-se.


- Harry acorde, por favor.... Harry!


Gina se arrastava até onde Harry estava, ao chegar até ele tentou ouvir a respiração. Estava vivo. Ela olhou em volta e constatou que estavam ainda em casa. Sua mente não se aquietava, pensava sobre o que tinha acontecido e por quê?


Ela se concentrou em Harry, apesar de estar respirando não parecia muito bem, sua cicatriz estava vermelha e Gina constatou para seu horror que sangrava também. Ela chamou por ele novamente:

- Harry, fale comigo...


Ela começou a chorar de desespero e dor, tinha que fazer algo para acordá-lo. Procurou por sua varinha e avistou-a jogada a poucos metros dela, esticou o braço tentando alcança-la... O peso de seu corpo era imenso, com muito esforço conseguiu pega-la e voltou até Harry.


Tentou efetuar um feitiço, mas não fez efeito. Tentou outro, nada. Harry não acordava, Gina se desesperou. Pensou em como poderia pedir ajuda, mas não tinha forças e não queria deixá-lo. Tinha medo que acontecesse o pior, tentou pensar em algo, mas quando se deu conta estava deitada ao lado dele, suas poucas forças sedendo e sua mente se apagando, tudo tornou a ficar escuro novamente. As lagrimas molhando todo o seu rosto. Desmaiou.

Harry acordou vagarosamente, respirou fundo enquanto sentia sua cabeça latejar do dor... virou seu corpo lentamente para o lado e fez um esforço para se levantar. Com a vista levemente embaçada pela dor avistou Gina ao lado dele.

- Gina, Gina... – Chamou ele com a voz rouca.

Ela se mexeu ainda meio desacordada.

- Gina... – Insistiu Harry levantando-a por trás e fazendo-a se sentar desajeitadamente.

Harry deu um tapinhas de leve no rosto dela, tentando acorda-la.

- Ai... Harry é você..? – Gina sentiu uma leve tontura, mas fez um esforço para se virar e olhar Harry.

Harry viu que ela estava tonta e aninhou-a em seus braços.

Gina abraçou-o forte. Após um momento ela mais recuperada começou a apalpá-lo em busca de ferimentos.

- Gina... estou bem... estou inteiro.

- Ah, graças a Merlim. – Suspirou ela aliviada abraçando-o mais forte.

Harry escutava o coração dela bater forte, meio descompassado. Por algum tempo ele deleitou-se com a sensação do corpo dela colado no dele. Até que a voz dela o trouxe a realidade.

- Harry, temos que avisar a Ordem, temos que alerta-los do perigo. Os Comensais atacacando dessa forma... se forem Comensais... – Acrescentou ela estremecendo.

- Voldemort fez alguma coisa com eles, aquilo não é normal. - Alegou Harry sério.

Gina fez menção de se levantar e Harry ajudou-a.

Ela olhou desolada para a destruição da casa e Harry acompanhou seu olhar.

- Reparo. – Ele disse o encantamento depois de recuperar sua varinha a uns metros dali.

Gina expulsou o ar de seus pulmões com um suspiro.


Quanto tempo mais??


Tudo parecia tão errado. Gina olhou para alguns porta retratos que mostravam o casamento dela. Harry segurou na mão dela e a conduziu para fora da casa.

(continua...)


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N.A.: decidi reunir o prólogo com o primeiro cap, então para quem já tinha visto a fic antes, não estranhem... O segundo cap está quase pronto e não demorarei para postar. Obrigada por lerem.

Bjss,

Angel



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