A Grande Ajuda



Capítulo 12 – A Grande Ajuda.



_Não acredito. Não acredito. Eu não acredito nisso. – Lavigne murmurava enquanto andava pela saleta ao lado do Salão Principal.

_Gina, se acalme. – Mc Gonnagall dizia enquanto fechava a porta do aposento atrás de si.

_Acalmar? COMO eu vou me acalmar? – Lavigne estava em pânico – ele não pode saber sobre o Scott. NÃO PODE!

_Beba isto, sim. – Ela entregou à morena um vidro de cor azul – é só um calmante, achei que você precisava.

_Obrigada. – ela disse após tomar o conteúdo do frasco – e agora o que eu devo fazer? Me ajude profª.

_Antes de mais nada, eu sugiro que fique calma. – Minerva disse sorrindo – agora pare de me chamar de profª. você já se formou há anos, não é? – ela continuou risonha.

_Verdade, mas é força do hábito eu acho. – Lavigne ficou constrangida – estou preocupada. E se Scott descobrir algo sobre...

_Já estava na hora dele saber. Ao menos desconfiar. – Minerva disse curta. – você não pode prendê-lo entre seus braços para sempre, Virgínia.

_Shiii... meu nome agora é Lavigne! – ela falou em tom de urgência.

_Que seja... eu realmente prefiro seu nome de batismo, mas se você quer ser chamada assim. Sem problemas. Posso fazer uma pergunta Srta.?

_Faça. –ela perguntou receosa.

_Porque fugiu? Digo, seus pais poderiam ter te amparado se tivesse ficado na Inglaterra.

_Tive medo. – ela respondeu sincera- Estava grávida de um inimigo declarado da minha família. Toda aquela guerra horrível acontecendo. Meus irmãos lutando. Tive medo de ser um fardo para eles.

_Entendo... – Minerva estendeu um pergaminho à ela – isso é seu. Sua mãe me entregou na época da guerra.

_É uma... uma carta da minha mãe! – ela surpreendeu-se ao reconhecer a letra- é pra mim? Mas como ela...?

_Molly nunca desistiu de te encontrar. De alguma forma ela sabia que tinha fugido não só pela guerra, mas por algo a mais. Deixou esse pergaminho comigo na esperança de eu te reencontrar um dia.


Lavigne estava emocionada. Olhou para a antiga professora e compreendeu que ali tinha uma nova amiga. Suas mãos tremiam ao segurar as últimas palavras da mãe em direção à ela. Respirou fundo. Tinha que ter coragem para ler aquela carta. “Eu fui uma Grifinória.” ela pensou enquanto rasgava o selo que lacrava o pergaminho amarelado com o tempo.


“Querida Gina,

Se está lendo isso é porque não estou mais entre vocês. Deve estar achando estranho eu ter deixado uma carta com a Minerva, mas acredite que tudo fará sentido.

Seu pai e eu vamos para a guerra. Não podemos mais ficar na Toca. Não é mais seguro. Nenhum lugar agora é mais seguro que o campo de batalha. Seus irmãos estão lá também. A sociedade bruxa está em guerra e temo que para muitos essa guerra será o fim.

Não entendo o porque de você ter fugido. Sim, porque eu realmente não acredito que algum Comensal tenha te capturado. Se isso fosse verdade, nós já teríamos notícias de você, minha pequena.

Ficou com o coração apertado ao lembrar do seu sorriso doce, das noites em que fiquei ao seu lado por você não conseguir dormir... momentos que não voltarão mais. Para mim, pelo menos. Porque você, querida, ah! Você tem uma vida inteira pela frente. Então, seja feliz. Não chore pelo passado, não manche este lindo rosto com lágrimas tão dolorosas. Você não merece sofrer meu anjinho. Encontre um bom homem, case-se, tenha filhos... construa uma família Gina. Nada é mais importante que deixar uma continuação sua neste mundo, mesmo que este mundo não mereça uma continuação sua... pense nisso e siga em frente!

Espero que esteja bem. Estarei sempre com você não importa onde for. Seu pai também manda lembranças e um abraço apertado.

Te amo com todo coração para sempre,

Mamãe.”



Lavigne não conseguia mais conter a cascata de lágrimas que saíam de seus olhos neaquele momento. Lembranças vieram à tona. Arrependeu-se, por um momento, de não ter ficado na Toca. De não ter enfrentado o que quer que fosse para ter seu filho. De não ter colaborado de alguma forma com a guerra.
Mc Gonnagall a despertou do seu mundo de lembranças ao tocar-lhe o braço. Deixou-se envolver pelo abraço da ex-professora. Era bom ter em quem confiar novamente.


_Obrigada... por... guardar isso. – ela falava entre soluços.

_Fui fiel à memória de sua mãe. – Mc Gonnagall respondeu simplesmente – procure seus irmãos.

_Como? – ela perguntou como se tivesse recebido uma descarga elétrica. – Não. Não posso, não depois de todos esses anos.

_Esse é o principal motivo. – a diretora explicou – eles são a sua família. A única que você e seu filho tem.

_E se eles não me aceitarem de volta? Pior e se eles não aceitarem Scott?

_Só vai saber se falar com eles. – ela sorriu bondosa.

_Está bem. Vou procurar o Rony. – ela disse secando os olhos com as mãos. – só não acho que vai ser tão fácil... – ela murmurou para si mesma.



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N/A: Consegui fugir de novo... próximo cap SÓ COM COMENTS!!!

10 DIFERENTES NO MÍNIMO, OK...

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