Os testes de aparatação
- Vocês têm que fazer os testes primeiro! – Disse Hermione.
Eles estavam caminhando sem rumo, cobertos pela capa de invisibilidade.
- Mas Hermione temos coisas mais importantes para fazer! – Falou Harry.
- E como é que vocês esperam fazer essas coisas mais importantes se não saber aparatar? Querem ir atrás de Voldemort a pé? - Retrucou a garota quase gritando.
- Hermione! Fale baixo! Estamos invisíveis, mas podem nos ouvir sabia? – Falou Harry. – E eu e o Rony podíamos ou voar, ou aparatar junto com você!
A garota parou no mesmo instante.
- Então quer dizer, que vocês dois esperam que eu aparate com vocês o tempo todo? Nunca! Se já é ruim aparatar com alguém segurando um braço, imagina o dois! Vocês só podem estar brincando. – Ela saiu da capa e puxou a varinha. – Se vocês dois não fizerem o teste eu azaro os dois! E estou falando sério!
Ela apontou a varinha, fez um gesto e tirou a capa dos dois.
- E vocês não vão ter nem tempo de pensar em um feitiço escudo, pois agora eu sei fazer feitiços sem pronunciar!
Harry e Rony se entreolharam.
- Acho que ela não está brincando. – Disse Rony.- É melhor a gente fazer esses testes de uma vez.
- O.K., se é a nossa única escolha. – Concordou Harry.
Hermione sorriu vitoriosa.
- Mas Hermione, como vamos chegar até o ministério.
A garota pensou por um instante.
- Eu aparato até o ministério com um, depois volto e aparato com o outro.
- Mas não foi você que disse que não iria fazer isso? – Perguntou Rony.
- Foi, mas só uma vez... Não vai tirar pedaço de ninguém.
Harry e Rony se entreolharam novamente.
- Vem Harry! Depois eu aparato com o Rony. – Disse ela estendendo o braço.
- Por que o Harry tem que ser o primeiro? – Perguntou Rony.
- Porque sim! Se ele ficar aqui sozinho pode ser atacado! Lá no ministério tem um monte de aurores para proteger ele! – Respondeu Hermione.
- Então quer dizer que se eu for atacado não tem problema nenhum? – Disse Rony.
- É claro que tem! Mas você não é o eleito! Nenhum comensal vai querer atacar você! – Disse Hermione.
- É, você tem razão! Ninguém ia querer me atacar! Sou muito insignificante! – Disse Rony.
- Você não é insignificante! – Disse ela com os olhos cheios de lágrimas! – Se acontecesse alguma coisa com você... eu... eu não sei... Você é muito importante pra mim!
Rony ficou sem palavras.
- Você... você acha isso? – Perguntou Rony.
- Acho! – Disse Hermione secando as lágrimas.
Ele foi até ela. Harry ficou sem palavras. Rony passou a mão no cabelo de Hermione.
- Você também é muito importante para mim. – Disse ele.
E os dois se beijaram.
Harry ficou olhando sem reação nenhuma.
Depois de alguns minutos eles se soltaram. Hermione ficou olhando sem jeito e se virou para trás.
- Ãa...acho melhor vocês irem fazer os testes. – Disse Hermione. – Venha Harry, depois eu aparato com o Rony.
Harry foi até ela e segurou seu braço. Rony continuou no mesmo lugar sem reação alguma, apenas com um sorriso de bobo em seu rosto.
Então Harry e Hermione chegaram ao ministério. Estava um grande tumulto. Todos corriam de um lado para o outro. Milhares de aurores estavam discutindo.
- Espere aqui Harry. Vou buscar o Rony e já volto.
Ela desaparatou e Harry ficou esperando. Ele observou toda aquela confusão. Se lembrou da última vez que tinha estado ali. Quando Sirius tinha morrido... E um pensamento se apoderou dele. Será que Sirius não podia estar ali, atrás daquele véu?
Ele tinha que ir até lá... mas e Rony e Hermione? Eles iam ficar preocupados. Mas, e se eles demorassem? Agora que tinham começado o namoro, eles poderiam ficar lá se beijando enquanto Harry esperava.
Ele voltou a assistir a confusão. Hermione e Rony ainda não haviam voltado. E então ele se decidiu. Começou a caminhar em direção a sala, mas uma voz o chamou.
- Harry! Aonde você vai?
Hermione estava atrás dele com Rony.
- Eu...
- Você disse que ia esperar! – Disse a garota.
Ele olhou para os lados. Várias pessoas tinham parado de discutir e estavam olhando.
- Pelas Barbas de Merlim! O eleito está aqui! – Disse uma bruxa de cabelos grisalhos.
- Vamos Harry e Rony. Vocês tem que fazer os testes. – Disse Hermione.
Outras pessoas olharam para eles e cochicharam, mas nenhum dos três deu importância.
- O que você estava fazendo cara? Não escutou a gente te chamar. Para onde você estava indo? – Perguntou Rony.
- Eu... eu estava indo atrás de Sirius. – Respondeu Harry.
- O que? – Disse Hermione. – Harry achei que você já tinha se acostumado... Ele está morto! Não pode voltar. Eu não quero que você volte naquele arco Harry. Não mesmo.
- Mas tinham vozes lá! Eu ouvi! E porque você não quer que eu volte lá Mione?
- Harry, não haviam vozes. E acho melhor você não voltar lá. – Continuou a garota. – Vamos, vocês tem que fazer os testes.
Eles seguiram a garota até o fim do primeiro andar do ministério e chegaram a uma sala mal iluminada, onde havia uma placa de “APARTAÇÃO/DESAPARATAÇÃO”.
- Bom, entrem e expliquem que vocês precisam fazer os testes. – Disse ela. – Vou esperar e torcer por vocês aqui!
- Tudo bem. – Concordou Harry. – Vou ver se consigo convencer alguém a me deixar fazer os testes.
Harry e Rony bateram na porta e entraram pedindo licença.
Um bruxo miudinho estava ali sentado, atolado com um monte de papeis. Olhou para os dois quando eles entraram.
- Quem deu autorização para vocês dois entrarem na minha sala? Quem são vocês? Parecem-me familiar, mas não lembro. Saiam daqui já! – E pegou sua varinha, apontando na direção deles.
- Espere! – Disse Harry. – Eu e o meu amigo precisamos fazer os nossos testes de aparatação.
- Sinto muito, mas eles só vão ocorrer em janeiro.
- Mas nos precisamos! – Falou Rony. – É uma questão se vida ou morte!
- Eu sei que todo mundo quer fazer os testes, pois se sentem ameaçados por você-sabe-quem, mas só vão abrir em janeiro!
- Não somos pessoas qualquer! – Disse Rony. – Olhe para ele! É o eleito! Você não vai negar um teste de aparatação para Harry Potter, não é?
O instrutor cambaleou e olhou para a testa de Harry. E então ele viu. A cicatriz em forma de raio que até aquele momento havia passado despercebida por ele.
- Por Merlim! É você mesmo?
- Sim senhor. – Confirmou Harry. – Por favor, nos deixe fazer os testes! Se querem que o nosso mundo seje salvo eu preciso aprender a aparatar! Se não como vou derrotar Voldemort?
Sem reação nenhuma o bruxo miudinho falou:
- Está bem. Venham até essa sala um de cada vez. Vou fazer os testes com vocês.
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