Capítulo 17
Cap. 17
Raposa saiu do banheiro, com um sorriso radiante no rosto, e ninguém estava entendendo nada.
- Certo, voltando ao asusnto, o que eu perdi?-ela perguntou, parecendo totalmente normal e nem um pouco abalada.
- Nada até agora.- disse Beatrice.
- Continuando, o plano é o seguite...- e Ivanovitch contou o que eles teriam que fazer durante o periodo que estariam em campo.- Entenderam? Entendeu Raposa? Eu preciso de perfeição,a sua parte com o Tigre é uma das mais arriscadas, vigilancia constante.
- Pode deixar!-disse o Tigre entusiasmado. Era sempre assim, quando estavam repassando os planos de algum trabalho, ele ficava totalmente entusiasmado com a sua parte e muito ancioso, o que gerava muitas risadas.
- Bom, agora vocês estão dispensados.
- Certo, chefinho.- disse Leo arrancando mais risos. Os seis voltaram para o elevador, refazendo todo o percurso muito bagunçado. Mas eles ainda tinham um dia sobrando.
- Então o que vocês acham, de comemorarmos a volta da Raposa em algum lugar?- sugeriu Leo animado.
- Você não vão arrumar as suas coisas?Malas equipamento e etc?-perguntou Beatrice receosa.
- Graças a Raposa aqui, nós ganhamos mais dois dias, dá tempo.- argumentou Andrei.
- Isso mesmo, agradeçam a mim, assim vão ter mais dois dias de vadiagem.- a ruiva disse brincalhona.
- Vadiagem? Do que você está falando nós não conhecemos está palavra!Não é mesmo?- disse Antony.
- Não, tenho a pálida ideia do que seja. – disse Andrei.
- Então, o que vocês acham?-perguntou Leo animado.
- Estou totalmente de acordo.- disse Antony
- Por mim tudo bem.-disse Beatrice.
- Por mim também.-concordou Andrei
- E você Raposa?- quis saber Leo.
- Claro que ela não vai!-disse Tigre.
- Não vou?-perguntou a propria Ginny.
- Óbvio que não, você saiu do hospital hoje!- ele argumentou.
- Mas Seleena disse que eu estou bem, e além do mais eu me sinto bem.-ela disse.
- Nada disso, você vai para casa. - e o Tigre foi taxativo, pondo um ponto final na discussão.
- Como é que é? Eu não estou ouvindo isto.- brincou Andrei, a Beatrice sorriu.
- Tigre você está doente? – perguntou Antony.
- Não.
- O que deu em você? Recusando festa! Só pode estar doente, e muito doente!- disse Leo.
- Não estou doente, Leo. Estou sendo responsavel!-disse Jack eu já estava comeando a se irritar.
- Tigre, mulheres! Lá vai estar cheio de mulheres lindas... Isso não te lembra algo?- tentou Antony.
- Não, não lembra. Fique com elas você, Pirralho.- ele disse agora com um leve sorriso.
- Muito doente.-disse Leo, todos estavam espantados.
- MUITO.- repetiu Beatrice com os olhso arregalados.
- Muito, muito doente! – completou Antony.- Melhor para mim!
- Certo então vocês podem ir, eu e a Raposa estamos voltado para casa.- ele disse, todos olharam para a ruiva.
- Você ouviram o meu patrão não é? Para mim cama.-ela disse rindo.
- Cama?-perugntou Andrei, levantando uma sobrancelha.
- É, cama.- ela disse.
- Agora eu entendo porque vocês não vão!-disse Leo com um sorriso maroto.
- Quando você diz cama...-começõu Antony com uma expressão safada no rosto, mas foi enterrompido sumariamente por ela.
- Quando eu digo cama, que quero dizer: dormir-ela explicou, memso assim não contendo o sorriso diante daquelas mentes impuras.
- Sei que tipo de cama, é esse. - disse Antony gargalhando.
- Antony!- a ruiva ralhou com ele.
- Cala boca pirralho!-disse o Tigre, rindo também.- Vamos logo, já está escurescendo.-e dizendo isso segurou na mão dela e a puchou para o caminho de casa, nenhum problema em ir andando, eles já estavam bem perto do apartamento. E mesmo de costas ainda ouviram a voz de Antony:
- Sempre é o Tigre que se diverte! Por que sempre o irmão mais velho?!-ele reclamava, e o Tigre não resistiu a uma última gracinha, virou para tras e olhou para o irmão. Piscou um dos olhos azuis para os outros marotamente, como quem tinha ganho um prêmio. Todos riram disso.
- Do que eles estão rindo?- perguntou a Raposa, sem entender e se virando também para olhar, ela não tinha visto o Tigre piscar.
- Sei lá.-ele disse e passou uma mão pelo seu ombro, virando-a para frente novamente e eles continuaram o caminho até em casa.
Ginny girou a chave encantada na fechadura, ouviu o clique conhecido, mas a muito tempo esquecido da porta branca se abrindo, empurrou-a devagar como se ivesse medo do que fosse encontrar. Abriu. Olhou ao seu redor, cortinas de veludo azul-marinho, sofás de veludo preto, poltrona de veludo preto, e tapete vermelho sangue como uma poltrona, a sua sala com so seus sofás confortaveis nos quais ela deitava em dia de frio com um endredom grosso lendo um bom livro da biblioteca, ou simplesmente afastava as cortinas e deixava a luz fraca do sol se levantando banhar os tapete a seus pés até chegar no seu rosto aos poucos; boas lembranças.
Olhou para o outro lado, a bancada da cozinha espelhada, as cadeiras altas (para alcansar a bancada alta) com o assento de acrílico vermelho transparente onde sempre sentava para comer macarrão com o Tigre e Antony, e os três sempre acabavam rindo muito das receitas malucas de Antony. A mesa de jantar de vidro sobre o tapete azul-marinho felpudo e mais cortinas, onde eles se reunião para jantar de vez em quando, lembrou-se de uma vez em que ela colocara pimenta na comida de Andrei, e o coitado comeu sem dizer uma palavra até quando seu rosto ficou tão vermelho que todos começaram a rir. Andrei obrigou Antony a comer uma pimenta de fogo inteira mastigando, achando que ele tinha sido o autor da brincadeira, e Beatrice colocou o açucar na carne e sal no soco do Leo e do Tigre. Ela riu um pouco só de lembrar. No fim todos pregaram peças nada saborosas um nos outros e termiram dando gostosas gargalhadas e escovando bem os dentes.
Estava tudo ali, tudo exatamente aonde ela havia deixado. De repente ela sorriu de leve, quase tinha esquecido qual era a sensação de estar de novo em casa, ali estava sua sala, com a sua poltrona vermelha, sua preferida, e o tapete felpudo azul-marinho debaixo da mesa de jantar, que acariciava os seus pés quando estava cansada.
Era bom estar de volta.
Levou a bagagem até o quarto, passou pelo corredor, pelas portas bracas combinando com as paredes e o piso de mármore dos dois quartos de visita o banheiro de azuleijos verdes, água a sua direita, com aquelas toalhas verdes tudo perfeito como ela deixara. Chegou ao quarto, colocou o malão no chão ao lado da porta. Foi até a grande janela de vidro que ocupava metade da parede a sua direita, cuja outra metade era ocupada pelo guarda-roupa de sete portas braco embutido na parede, afastou as cortinas também azul-marinho e de veludo, olhou a vista, ainda estava frio lá, mas não nevava, ela consegui olhar toda a cidade dali, chegou mais perto, como se pudesse atravessar o vidro e sair voando por cima da cidade. Foi barrada pelo vidro sólido que a impedia de cair lá em baixo, ficou algum tempo ali observando sua respiração quente embaçar o vidro transparente.
De repente se deu conta do tanto de coisas que ainda tinha que fazer, desarrumar malas, colocar tudo no lugar, checar a biblioteca, e preparar algo para comer, já estava escuro e as estrelas brilhavam lá em cima. Escolheu uma roupa para ficar em casa e um sobretudo por causa do frio e foi tomar banho. No ármario pegou uma de suas toalhas preferidas, era branca e macia com o nome “Raposa” bordado em russo numa as bordas, fora presente de Leo no natal passado, e cheirava a alfazema. Se encaminhou para o banheiro, abriu a porta e se recordou dos azuleijos azuis bebê que revestiam o chão e as paredes, da pia de marmore branco,e da toalha de um tom de azul mais forte, na qual havia escrito: “Tigre”, também um presente. Se despiu e foi até a banheira que mais parecia uma pequena piscina de azuleijos grandes azuis escuros foi para a parte mais funda e a água bateu no seu pescoço. Afundou até molhar os cabelos e abriu os olhos, adorava fazer isto, desde que mandara fazera a banheira sobre medida, parecia que estava no fundo de um lago. Foi para a bancada submersa sentou-se e abriu as torneiras com cinco tipos de espumas, assim relaxou durante um bom tempo.
Terminado o banho, se enrrolou na toalha e saiu.
- Até que em fim, estava cogitando a hipotese de você ter se afogado na sua banheira-piscina. - disse uma voz conhecida que vinha da cama de dossel com cortinas de seda azul escura, ela foi andando descalsa no tapete felpudo vermelho, e puxou as cortinas da cama.
- Tigre. - ela se deparou com aqueles olhos azuis charmosos olhando-a fixamente, os cabelos negros dele que se contrastavam com a pele muito branca estavam espalhados sobre o travesseiro de fronha clara, deitado. – O que você está fazendo aqui?
- Agora é assim que você trata suas visitas? Costumava sem mais amavel. -ele disse com um sorriso debochado estampado nos lábios. Ela soriu segurando a toalha.
- Desculpe, o que um Senhor tão ilustre quer de mim? Não pode ser simplesmente um copo de açucar para a sua receita de bolo.- a ruiva disse devolvendo o sorriso.
- Não é um copo de açucar, e não me faça esta pergunta, tenho quase certeza de que não vai gostar da resposta.- ele riu safado.
- Muito engraçadinho, agora saia de cima da minha roupa.
- Pijama, você quer dizer.
- Tanto faz, saia.- ele saiu e ela pegou roupa, era um pijama preto de cetim, uma calça comprida e uma blusa de alcinhas com renda no decote.- Você poderia por favor virar-se?
- Só porque é você que está pedindo, pois na verdade eu não tenho a mínima vontade de realizar o seu desejo.
- Sinto-me honrada pelo seu cavalheirismo.- ela disse para ele já virado. E ele se virou de costas para ela.
- Sou assim mesmo, não precisa admirar, obrigado.
- Se seu ego ocupasse espaço fisico neste momento, acho que eu estaria esmagada contra a parede.-disse Ginny se vestindo o mais rápido possivel.
- Provavelmente.
- Mas fala logo Tigre, o que você veio fazer aqui? E o sono e descanso que eu deveria ter?-ela perguntou vestindo a blusa.
- Você não acreditou nesta história não é?
- Por incrivel que parecça sim, você parecia tão verdadeiro.- ela disse terminando de se ajeitar, e o Tigre gargalhou alto.
- Meu Deus, Raposa, você voltou da Inglaterra muito ingênua.-disse ele entre gargalhadas.
- Não voltei não, o problema é que eu sempre confio em você. Já pode se virar. – e ao dizer isto ela foi arrastando o malão para perto de onde jack estava.
- Bom saber que eu tenho a sua confiança.-disse com um sorriso no rosto, fazendo cara de bom moço.
- Vou aprouveitar, já que você está aqui...- e ele a cortou no meio da frase.
- Oba! Isso mesmo, vamos aproveitar Raposa!-ele disse batendo palmas alegre.
- Vamos aproveitar; para desarrumar a minha mala. Espertinho.-ela disse abrindo um leve sorriso da cara que ele fez e indo pegar um pente para pentear os cabelos.
- Você realmente sabe como estragar o clima da coisa.
- Não, eu sei como te trazer para a realidade.-disse passando o pente nos cabelos molhados que quase não haviam nós.
- Você faz de propósito!-ele disse indignado, os olhos fixos no pente que subia e descia nos cabelos vermelhos (agora de um tom mais escuro porque estavam molhados). O Tigre adorava olhar ela pentear os cabelos, não sabia porque, mas adorava, ela ficava tão linda daquele jeito.
- Fazer o que?
- Pentear os cabelos deste jeito.
- Que jeito?
- Deste!
- Ah, eu quase esqueci que você tem uma coisa com cabelo molhado.
- Você sabe que eu não resisto. – ele disse fazendo cara de cachorrinho abandonado.
- Desculpe, mas eu tenho que penteá-los. E não pense que você vai me enrolar não, pode começar a abrir o malão!-ela disse sorindo.
- Tudo bem sua exploradora.
- Dramático.- ela disse enquanto guardava novamente o pente, e se encaminhava para perto do malão já aberto. O Tigre tirou um vestido preto de dentro, bem curto.
- Você levou este vestido?
- Claro, está na mala.
- Você usou o vestido que o Antony te deu?
- Usei, mas não precisa ficar com ciúmes, eu usei o sobretudo que você me deu também.- ela disse acenando com a varinha e o vestido se colocou em um cabide dentro do guarda-roupas.
- Você usou aquele retalho!
- Não fale assim, o vestido é muito bonito.- ela disse tirando uma calça e uma blusa fazendo-as entrarem no guarda-roupas e se arrumarem sozinhas também.
- É muito curto!-ele disse apontando para o vestido dentro do armario.
- Eu não estou acreditando no que você está me dizendo.-disse ignorando o amigo, enquanto este indignado, fazia duas saias se dobrarem e irem para dentro do guarda-roupas acompanhadas de três blusas pretas.
- E o que é isto!?
- O vestido que você me deu no meu aniversário do ano passado. –disse ela levantando a cabeça para olhar o vestido que ele segurava estendido nas mãos.
- Você o usou também?
- Sim, foi você quem me deu!
- Eu é que não consigo acreditar no que eu estou ouvindo.- ele falava icrédulo.
- Qual é o problema desta vez? Ele é mais comprido que o primeiro. - ela alegou rápidamente.
- Olhe o decote!
- Mas foi você mesmo, que me deu! Como é que eu ia saber que não era para mim usar!?- a Raposa reclamou.
- É para você usar!- disse ele, agora confundindo ela totalmente, devia saber que aquela idéia não daria certo, agora o Tigre iria implicar com todas as roupas dela.
- Então, qual é o problema!? Eu não te entendo!
- É para você usar, mas apenas quando você estiver comigo! Quando eu estiver por perto. Só Deus sabe o que os inglêses ficavam olhando enquanto você estava dentro destes vestidos!- essa foi a gota d’água, a Raposa que estava sentada no tapete, começou a rir descontroladamente, o Tigre de fato era muito ciumento, ela deitou no tapete ainda rindo.- Não tem a mínima graça, Raposa! Eu estou falando sério.
- Sim, senhor.-e ela bateu cotinencia para ele mesmo deitada e rindo de se acabar. O Tigre fechou o rosto e continuou tirando as coisas do malão enquanto ela sorria deitada, quando já estava na metade, ele ergueu o vestido vermelho nos braços.
- Comprou lá foi? – a ruiva parou de rir imediatamente, ela reconhecia aquele vestido, o vestido vermelho do natal. Imediatamente, uma tristeza profunda invadiu seu peito e ela sentio os olhos arderem.
- Foi.- ela respondeu fria, se sentando novamente.
- Um belo vestido, você quem escolheu, não foi?
- Foi, mas me arrependi de ter comprado, não vale nem metade do que eu paguei. disse erguendo a varinha e fazendo o vestido flutuar para o centro do quarto e sair das mãos de Jack.
No lugar da Tristeza agora ela sentia raiva, raiva por ainda se deixar abalar, por aquilo,e então tomou uma decisão. Iria se livrar dele.
- Parece bom. – com um aceno da varinha o vestido que flutuava longe dos dois explodiu em chamas, a ruiva e Jack ficaram apenas olhando até o vestido sumir nas chamas vermelhas, sem deixar uma cinza para sujar o chão ou contar a história.- Que violência.- comentou o Tigre com uma sombrancelha levantada.
- Não era um tecido muito bom.- ela disse, deixando a raiva trasparecer um pouco.
- Sei...
- Na verdade era um péssimo tecido!
- Entendo perfeitamente. – ele se apressou em dizer.Agora sentia-se mais tranquila, e leve, soltou até um leve sorriso.
- Estou com preguiça de terminar, deixe isto ai que eu termino amanhã.
- Mudança repentina de planos...
- Sabe uma coisa que eu adoraria?
- O que?-ele respondeu desconfiado.
- Aquele chá que você sabe fazer.-ela disse manhosa, subindo na cama e bocejando, já era mais ou menos dez hopras e ela estava bastante cansada. – Eu estou tão cansada, acho que eu mereço não? Depois você poderia ficar aqui até eu dormir.- ela dissse sorrindo e se espreguiçando ao mesmo tempo.
- Tudo bem, mas lembre-se que você ainda me deve um beijo.
- Devo?
- Deve.-ele concordou com um sorriso maroto no rosto.
- Desde quando?
- Desde que você veio me visitar lá da Inglaterra ainda lembra?
- Acho que não...-ela mentiu fazendo cara de quem tenta se lembrar de algum fato a muito tempo perdido em um passado remoto.
- Mas eu lembro, é uma promessa.
- Velhas promessas Tigre...- disse enquanto ele saia do quarto e ia preparar o chá na cozinha. Ginny ficou deitada na cama por um tempo, depois de analizar cada sentimentro quadrado do quarto, levantou-se e foi abrir a cortina azul-marinho, pode ver o céu, cheio de estrelas, sentia-se perdida só de olhar para lá, tão grande, infinito. Gostava de olhar o céu da Rússia a noite, estava tão entretida olhando para cima que não viu lá em baixo um grupo suspeito que se esgueirava com um pequeno pagueiro brilhando na escuridão anormal que a rua estava banhada.
Por fim saiu da janela, já sentia seu corpo mole e sonolento, atordoado, clamando urgentemente por uma cama, e atendeu seu pedido, deitou-se e se cobriu com o endrendom braco e grosso que estava arrumado delicadamente sobre a cama de dorsel, fechou as cortinas e ficou esperando o chá. Não demorou muito o Tigre vem com uma bandeija para dentro do quarto.
- Ainda acordada?
- Sim, esperando anciosamente pelo chá.- ela respondeu.
- Demorei?-ele perguntou afastando as cortinas e colocando a bandeija no seu colo sentando-se assim em um lado da cama.
- Muito.
- Desculpe, sweetheart.-ele disse galanteador
- Sweetheart?-ela levatou a sombrancelha.
- Estou melhorando o meu Inglês
- Então você já entende, cala a boca e anda logo, em inglês não é?-ela disse provocando.
- Estraga prazeres- disse o Tigre entregando a chícara nas mãos dela. A Raposa provou o chá, e aquele gosto maravilhoso invadiu a sua boca, imediatamente percebeu seus membros, musculos, em fim, todo o seu corpo e mente relaxarem; perfeito. Era tudo que ela precisava, em um instante as preocupações que vinham atormentado-a sem piedade até aquele momento, tudo: o vestido, o cheiro, o toque, e tudo o mais que lembrava o Potter, desapareceu da sua mente. Paraiso.
- Eu tinha esquecido, de como seu chá era bom.-disse se esforçando para falar, sua mente estava muito preguiçosa, na verdade estava até um pouco anuviada.
- Sou ou não sou um homem cheio de surpresas?- ele disse todo orgulhoso, mas com um sorriso misterioso que ela conhecia bem.
- Antony conhece a receita? Ou não é uma receita de familia?-ela perguntou. Sua mente realmente estava anuviada e devagar, uma nevoa leve e acinzentada já invadia seu campo de visão, lembrava-se que o chá era bastante relaxante, mas tinha a leve impresão de que não ao ponto de deixá-la tão lerda.
- Minha mãe costumava fazer quando eu era pequeno, e dai ensinou as minhas babás, e logo depois eu aprendi, era muito prestativo, quando o stress atingia o ponto alto. Mas eu sempre tinha que fazer para o Pirralho, mesmo com a receita ele conseguia explodir a cozinha.-ele disse rindo. A Raposa esboçou um leve sorriso entorpecido, na verdade agora começava a ver tudo embaçado e suas palpebras quiseram fechar.
- Escuta...- ela fez um exforço descomunal, para resistir ao efeito do chá e abrir os olhos, - O que você colocou aqui dentro, Tigre?- não aquilo não era só o chá do Tigre, o chá do Tigre não funcionava como sonífero instantâneo, e ela estava caindo pelas tabelas em menos de cinco minutos, com certeza ele colocara algo ali, atlvez uma poção do sono. Mas para que?
- Você percebeu?- ele disse com um leve riso, quando ela não conseguiu mais se manter sentada, e recostou suas costas no peito dele, já com as palpebras fechadas. – Estava demorando. Apeans uma leve poção do atordoamente misturada com uma para dormir.
- Por que?-ela indagou quase sem consciência e de olhos semicerrados.
- Você ainda me deve um beijo esqueceu? De que outra forma você atenderia à sua promessa...?-ele disse esboçando um grande sorriso maroto no rosto, mas na qualidade de quase adormecida ela não pôde ver nada.
- Você me pa...-ela estava prestes a dizer “você me paga” quando sentiu, um leve toque nos seus lábios, e logo a seguir uma sensação confortavel, mas ela nunca chagou a saber se fora por causa do toque ou simplesmente porque desistira de lutar contra a poção do sono e simplesmente adormecera.
Ela dormira ali memso onde estava, no colo do Tigre, não teve sonhos, nem qualquer insinuação de devaneio, na verdade não sentia nada; dormira como uma pedra, e maravilhosamente bem, relaxou como nunca. Mas teve a impressão de ouvir vozes auteradas, e talvez alguns gritos uma hora, depois um grande “BUM”. Calma. Ela tinha certeza que tinha ouvido aquilo, mas muito longe, bem baixinho, era como se uma voz na sua cabeça dissese para não se preocupar, que era apenas um sonho, e que voltasse a dormir. Mas o barulho parecia almentar, até ela ter certeza de que era verdade e não um sonho qualquer. Então tudo voltou a sua mente, inclusive as lembranças da algumas horas atrás, o chá e etc. Ela abriu os olhos rápidamente.
- Tigre!- seu primeiro impulso foi, estrangular o Tigre, como ele se atreveu a fazer isto! Ele iria pagar caro. Mas não havia nenhum sinal do Tigre ali naquele quarto, e ela também não se lembrava de mais nada, como poderia? Estivera praticamente em coma o tempo todo, poderia ter acontecido qualquer coisa. Seus olhos se arregalaram só de pensar, imediatamente olhou para a roupa na qual estava vestida, e suspirou aliviada. O mesmo pijama azul com o qual adormecera. Só um beijo.- Tigre!- ela chamou novamente por ele, o barulho que ela ouvira enquanto dormira, parecia mil vezes mais alto agora que estava acordada, levantou-se, gritos, eram gritos e explosões! Foi até a janela e pelo vidro ela pode ver duas lixeiras explodindo em chamas altas, o pânico que se estabelecera na rua, pessoas correndo e gritando por todo o lado, e algumas pessoas que duelavam furiosamente com outras que vestiam capas pretas e não revelavam o rosto. Explosões de luz para todo o lado, feitiços pegando em paredes e richicoteado para todo o lado e batendo em pessoas que corriam ao redor.
Então reconheceu os cabelso loiros platinados de longe, “Antony” uma voz disse na sua cabeça, e aqueles encapuzados? Quem eram? E outro nome veio na sua mente: “Sombras”, era isso estavam atacando, as Sombras estavam atacando no meio da noite! Mas que absurdo! Os aurores que moravam por perto estavam tentando concertar os estragos feitos, mas eles estavam em menos número, pelo que ela pôde ver só estavam lá Antony, Beatrice, e o Tigre. Que eram os únicos que moravam por perto e tinham vindo o mais rápido possivel.
Ela pegou o sobretudo marrom que estava estirado em uma poltrona de canto, pegou sua varnha no criado-mudo e aparatou na rua, onde o caos reinava. Uma senhora gorda e muito branca segurando um menino de mais ou menos cinco anos, passou correndo e esbarrou nela, fazendo-a cair o chão. Ela levantou-se de um pulo, mas logo veio um senhor puxando a mão de uma jovem loira gritando e correndo o mais depressa possivel para longe de toda a confusão, a garotas esbarrou nela,e a derrubou no chão novamente, mas desta vez sua varinha escapou de suas mãos e foi para perto de uma calçada, a garota loira que gritava varias palavras em russo espatifou-se no chão também. O senhor foi parar para ajuda-la, mas antes que ele conseguisse chegar na garota ou que qualquer um fizesse alguma coisa com a garota, um jato de fagulhas vermelhas atigiu-a em cheio no peito, e de repente ela estava inerte no chão. Uma criança de três anos chorava em uma calçada caida no chão, várias adolescente passavam gritando, os pais correndo de mãos dadas, até três delas tombarem instantâneamente. Um raio atingiu a sacada de um dos apartamentos próximos e a Raposa ouviu rangido de concreto rachando, olhou para cima, não deu cinco segundos para a sacada vir ao chão esmagando tudo que estava em baixo.
- A sacada vai cair!-ela berrou ainda do chão, então foi que se deu conta de que ninguém iria ouví-la no meio daquilo tudo, agarrou a mão das adolescentes que choravam perto das três amigas no chão, e as puxou para longe, segundos antes do concreto ceder totalmente, duas mulheres adultas que ali de encontravam não conseguiram fugir, e a criança que chorava também não. Não poderia fazer mais nada por eles.
- Minha varinha... Minha varinha, onde ela está...?-ela murmurava consigo mesma tentando encontrar a dita cuja no meio da escuridão iluminada por feitiços e raios. Tentou largar a mão da garota que puxara junto com as outras duas, mas esta encontrava-se tão desesperada que se agarrava com força em tudo que via pela frente, arranhando a ruiva.- Fique calma...e me solte...-ela tentou, mas a garota não ouvia.
- Mãe!
- Não eu naõ sou a sua mãe, mas me solte, eu preciso achar a minha varinha rápido.- ela não soltava e gritava cada vez mais nomes de pessoas que Ginny não fazia a mínima de quem eram, mas no momento ela não estava interessada em saber quem eram, queria apenas chegar a área do conflito, onde seus amigos estavam e lhe dar reforço.
- Maya! Aliina! Ahhhhhhhh!- a garota tentava achar as amigas, mas estas a Raposa não sabia mais onde estavam.
- Me solta sua imbecil!
- Pai! Maya!!!- então a ruiva perdeu a pouca paciência que já tinha e deu um soco na garota, que a largou imediatamente, e parou de gritar.
- Escute aqui, cale a boca, e corra para um lugar seguro, ouviu bem?!
- Ahhhhhhhhhhhhhh!- disse a garota histerica que se elevantou e saiu correndo com medo de Ginny também, totalmente em pânico e descontrolada.
A Raposa voltou a tatear atrás de sua varinha, pôs-se de quatro no chão evitando os feitiços, não demorou muito e uma velhinha tropeçou nela também, mas ela não deu atenção continuou procurando. Finalmente seu dedos tocaram madeira, ela agarrou com força sua varinha, levantou-se, pronto, agora estava pronta para a luta, e foi correndo para onde estava, Beatrice.
- Raposa,graças aos céus!-a outra gritou ao ver Ginny se postando ao seu lado e estuporando uma sombra pelas costas.
- Onde estão os outros?! – Ginny gritou de volta se esquivando de um raio verde, e lançando outro laranja da direção que viera o anterior
- Estão chegando!!
- Cadê o Tigre?!- mas Beatrice não respondeu na hora, começou uma luta feroz com uma Sombra que tinha perdido a varinha e estava ocupada com uma chave de braço. Outra Sombra, lançou um feitiço estuporante em Ginny mas ela usou o feitiço escudo a tempo, para logo a seguir matar a figura de preto logo a sua frente, e imobilizar a que lutava com Beatrice.
- Obrigado.
- Agradeça depois. Onde está o Tigre?
- Não sei Raposa, ele estava aqui ainda agora! Mas o Antony está caido lá atrás, ferido na cabeça.- respondeu a outra nervosa desviando-se de um poste que acabara de despencar e passou a centímentros de onde as duas estava a alguns segundos.
- Oh Merlin!- exclamou a Raposa, mas ela não teve muito tempo para articular outras frases, outras sombras apareceram, e ela começou um duelo fugaz de feitiços.
- Reducto! – ela ouviu a Sombra gritar apontando a varinha para o telhado da casa as suas costas, com um aceno fez as telhas e vigas estacionarem a queda livre em direção a sua cabeça, e se atirarem contra seu oponente, esmagando-o.
- Arfhh...- ela gruniu quando foi ao chão devido a um chute bem direcionado em seus joelhos dado por alguém atrás dela, sentiu um lado do seu rosto se arranhar assim como os cotovelos que ajudaram a amortecer todo o impacto. Olhou para a pessoa que lhe atacara, aproveitou a situação, e deu-lhe uma rasteira, e em dois segundos a Sombra estava como ela, no chão. Não demoraram muito naquela situação, de um pulo já estavam em pé novamente, a Raposa não perdeu tempo e tentou dois chutes seguidos no peito, mas a sombra se esquivou com perfeição, e desferiu um soco e uma investida, o soco por pouco não acertou a ruiva, mas a investida Ginny apenas se desviou com levesa desferindo um chute nas costas da Sombra já um pouco desequilibrada que caiu no chão. A Raposa não perdeu tempo deixou o oponente inconsciente. Olhou ao redor, nada de Beatrice por ali, apenas pessoas correndo e coisas explodindo e muita gente ferida. Não via nem Antony caído, nem o Tigre, nem Beatrice por perto, voltou a procura.
- Tigre!-ela griava a plenos pulmões.- Beatrice!!- ninguém respondia, e nada de reforços chegarem, até que Andrei e Leo chegasse, tudo já teria acabado!
- Antony!!- disse começando a correr e esbarrando em várias pessoas no caminho. Por mais que tentasse gritar mais altos, Ginny não conseguia discernir nenhuma resposta em meio a gritaria que estava o local. Temeu que houvesse acontecido o pior, mas era impossivel, não podiam matar o Tigre, ele era o Tigre! E os outro que não chegavam nunca, como ela encontraria eles? Então uma luz veio a sua mente, ela agarrou o pingente que tinha seguro em seu pescoço, e chamou: - Tigre!
No mesmo instante um homem totalmente descabelado, e vestindo apenas calça de um Pijama de cetin preto, olhos azuis prateados e pele muito branca apareceu.
- Raposa!? – então olhou a mão dela agarrada ao pingente e entendeu, a ruiva correu e abraçou Jack com força, percebeu que ele tirintava de frio, então se afastou e deu um tapa bem dado no rosto pálido dele.- Por você ter posto aquela poção no chá, antes que eu me esqueça.
- Sabia que você iria adorar.- disse com um sorriso cinico no rosto, era incrivel, mesmo naquela situação ele ainda conseguia ser cinico, irônico, irritante e charmoso ao memso tempo, como ela constatou, e teve que se segurar para não rir.
- Você quer morrer? Essa hora, só de calça!- passou o sermão, quase se esquecendo de que estavam no meio da rua, no meio de um ataque, no meio de uma confusão com direito a gritaria, desabamento e tudo. Com um aceno conjurou um sobretudo muito peludo e grosso e o obrigou a se enfiar ali para depois fazer um feitiço aquecedor. Sem dúvida ele ficaria gripado.
- Raposa, amor da minha vida, eu sei que você não gosta que eu saia por ai mostrando todo esse corpinho abençoado, e eu adoraria ver a sua crise de ciumes terminar, mas acho que tenho de lembra-la que temos Sombras a prender.
- Amor da sua vida, é ?-ela disse debochada, mas disparando um feitiço estuporante, em direção a uma Sobra que torturava um homem de meia idade.
- Você sabe que é.-e ele disse disparando um raio. – Você viu Beatrice?
- Estava procurando por ela, nós nos encontramos mas, ela sumiu do nada.
- Também nos desencontramos.
- E Antony você viu ele?
- Estava inconsciente próximo a mim, mas agora não sei mais onde está.
- Ele estava bem?
- Não tive nem como tentar reanima-lo, estava em um duelo violento contra uma das Sombras! – disse bloqueando um feitiço estuporante que vinha em sua direção.
- Alguém tem que tirar estas pessoas daqui!- ela disse, ao olhar uma mulher ser torturada mais a frente. Tentou estuporar a Sombra mas estava muito longe e a sua mira falhou, errando o alvo.- Tigre, eu vou até lá, qualquer coisa me chame.
Ela correu alguns metro até chegar perto e estuporou a Sombra, mais adiante olhou um cabelo loiro platinado conhecido espalhado na calçada a sua frente. Foi depressa naquela direção, e encontrou Antony caido, na testa um corte feio, e a perna estendida em um ângulo estranho.
- Antony!- ela gritou e sacudiu ele ajoelhada ao seu lado, nada, ele não moveu um musculo. – Acorde! - continuava imovel, nem sequer moveu os olhos por baixo das palpebras fechadas. Então uma voz fria atrás dela disse baichinho mas alto o suficiente para ela ouvir:
- Crucio. – no mesmo instante, ela caiu de costas no asfalto gelado com ainda alguns sinais de neve, esqueceu que Antony precisava dela, esqueceu que o Tigre eastava lutando, esqueceu que Beatrice estava sumida, não sentia mais nada, só aquela dor insuportavel se espalhando por todo o corpo. Mil agulhas em brasa eram efiadas em cada centimetro quadrado de pele que cobria o seu corpo. Ela gritou descontroladamente, sua cabeça parecia que iria explodir, e em seus olhos tudo começava a se turvar de dor, cada articulação existente parecia queimar e se contorcer em posições impossiveis, cada osso, por menor que fosse, parecia se quebrar. A dor era indescritivel, tudo latejava em ondas malignas de dor e ela sentia seu corpo ondular ao efeito da maldição, sentiu suas forças se esvairem pouco a pouco como se seu sangue fosse drenado dolorosamente para fora de suas veias. Não sabia mais onde estava, nem o que estava fazendo, nem quem era aquele ali na sua frente, não havia mais espaço para isso na sua mente atordoada. Não fazia idéia naquele momento de quanto tempo aquela dor inexplicavel já durava, apenas que ela ficava mais forte a cada segundo que passava.
De repente a tortura parou, sua visão entrou em foco, e sua mente pareceu voltar a trabalhar, o ar frio da noite açoitou seu rosto vermelho, e seu corpo dolorido parou de ondular no chão. Ela escutou uma risada perversa, a sua frente, a Sombra parara com a maldição para rir, só para rir do estado dela, o vulto encapuzado que entrava cada vez mais em foco mesmo com toda a sua pele latenjando de dor, e seus musculos gritando de exaustão, estava com a mão na barriga se dobrando de tanto rir.
Uma onde de raiva se apossou dela, como alguém poderia ser tão cruel? Como ele se atrevia a rir de alguém sendo torturado? Como ele se atrevia a rir dela? E como é possivel que ele ousasse tortura-la e depois rir?!! E enquanto a Sombra ria descontroladamente, ela apertou sua varinha que ainda estava em sua mão, levantou e gritou com toda as forças:
- Avada Kedavra! – não pensou duas vezes antes de deixar a maldição sair de seus lábios o vulto morreu antes que o sorriso sequer pudesse se apagar de seus lábios, odio aflorava pela pele dolorida, naquele momento odiou todas as criaturas que se auto-denominavam de Sombras. Realmente elas tinha conseguido despertar o verdadeiro ódio de Ginny, e até agora só uma pessoa tinha conseguido fazer isto, há pouco tempo.
Lutou para se por de pé com as articulações ainda em brasa parecendo queimadas e sussurrou “Filho da mãe” e chutou o corpo inerte da Sombra ali a sua frente. Não perdeu tempo, lá vinha outro vulto em sua direção.
- Estupefaça! – ele gritou, mas ela se desviou com menos agilidade do que pretendia deviduo a fragilidade recente de seu corpo.
- Serpensortia!- ela disse de volta, e uma cobra enorme saiu da ponta de sua varinha. A cobra rastejou venenosa em direção ao seu adversário que sem piscar duas vezes incendiou a cobra com um floreio.
- É o melhor que sabe fazer? Imperio.- errou por poucos milimetro, e Ginny percebeu que era melhor acabar logo com isto, não estava em condições de levar um dulo feroz, ainda sentia muitas dores.
- Avada Kedavra!- menos um nas celas da prisão que já estavam cheias, ao menos com este nem com o anterior não iria se gastar tempo com julgamentos, eles iriam direto para as primeiras covas rasas em um cemitério vagabundo, ela podia garantir isto.
Então se lembrou de Antony, que continuava desacordado e estendido na calçada fria, voltou até ele, meio a respiração e o pulso, ainda respirava e tinha pulsação. Tinha que tira-lo dali imediatamente, mas também tinha que tirar as pessoas dali, era perigoso para todos. Ela não poderia simplesmente aparatar no hospital, não se aparata em hospitai, ela teria que fazer isto na porta, e chamar por Seleena para que esta viesse abrir e cuidar de Antony. È era isto.
- Tigre!- ela disse com a intenção de chama-lo e ele desaparatou desajeitadamente ao seu lado.
- Ao menos, eu ainda consegui matar o desgraçado. O que foi?- ele disse olhando para ela.
- Eu encontrei o ...
- Antony!-ela não precisou nem terminar a frase para ele saber do que ela estava falando, se ajoelhou ao lado dela e olhou para o irmão desacordado.- Olhe aonde este incompetente foi se meter! Esse corte parece fundo, e ele parece ter quebrado umas três costelas, sem falar na perna. Ele precisa de Seleena agora.
- Tenho medo do que pode acontecer se tentarmos fechar este corte com magia, está saindo um liquido estranho dai, vou leva-lo ao hospital, tire as pessoas daqui!- ele disse fazendo força para arrastar o corpo inerte do loiro para perto de si para que pudesse aparatar junto com ele.
- Acho melhor eu ir com vocês, Andrei, Leo, Sawyer, e Neblue já estão aqui, disseram que vieram o mais rápido possivel, mas que ainda tiveram que passar no ministério para avisar os outros aurores que estavam de plantão no escritório.
- Mesmo assim são apenas cinco pessoas se você for comigo e se Beatrice estiver de pé! Eles precisam de você aqui.
- Mais cinco aurores ingleses estão a caminho...-e ele tentou argumentar, mas ela sabia que os aurores iriam demorar ainda para chegar, e durante este tempo, uma varinha a mais ou outra a menos, faria toda a diferença, ainda mais a varinha do Tigre. Ela poderia fazer aquilo sozinha.
- Eu sei, que ele é sue irmão, mas precisam de você aqui mais do que precisam de mim, eu já estou cansada e dolorida, e os reforços podem demorar. Confie em mim Tigre, nada vai acontecer com o Pirralho.
- Dolorida?! Como assim...- mas ele não pode terminar a frase, ela já tinha aparatado e um Antony desacordado tinha ido junto. – Teimosa!
Ele cogitou a ideia de traze-la de volta pelo pingente, mas apenas iria atrasar, e eles não tinha tempo a perder, aquele corte parecia relamente feio. Estava preocupado com Antony, memo que ficasse relutante em admitir isto para si mesmo.
Ele era seu irmão mais novo, e as vezes se sentia no dever de proteger ele assim como protegia a Raposa.
- Antony seu irreponsavel!-e le esbravejou se levantando e voltando a sua atenção a confusão na sua frente, não sabia como faria aquilo, mas teria que tirar toda aquela gente dali.
Não importava, ele daria um jeito.
Ela se viu em frente ao letreiro conhecido do hospital, não perdeu tempo, com uma mão e todo o resto do corpo e da força que lhe restavam ela apoiou Antony para que ele não se estabacasse no chão, com a outra tentou bater na porta do prédio. Não obteve muito sucesso a porta de ferro maciço não produzia eco, e ela estava fazendo um malabarismo para conseguir ao menos segurar o amigo. Tentou de novo, mas obteve o mesmo resultado frustrantes da primeira tentativa, não podia perder tempo, aquele corte na cabeça de Antony ainda deixava escorrer aquele líquido nojento nas vestes dela; então sendo assim ela optou pela primeira coisa que passou na sua cabeça.
- Reducto! - a Raposa gritou segurando precariamente a varinha, desta vez o barulho havia sido grande, ela havia aberto um rombo gigantesco na porta, e tinha milagrosamente conseguido um belo eco. Sem dúvida Seleena irira aparecer por ali em menos de dois tempos de varinha em punho, pensando nisso ela logo murmurou.- Mobilicorpos.- e o corpo inerte do loiro flutuou alguns metros a sua frente, ela foi conduzindo-o com a varinha o mais rápido que pôde, pelos corredores escuros. Não demorou muito e esbarrou em alguém que corria na direção oposta com a varinha acesa.
- Santo Merlin! Raposa! – exclamou Seleena assutada.
- Até que em fim!
- Foi você a causa daquela barulheira toda?
- Foi sim, se eu batesse ninguém iria escutar mesmo!
- Achei que estavamos sofrendo um ataque, soube que a situação não está muito boa...
- Estamos sendo atacados!
- O que ?! Como assim?!
- Escute, não tenho tempo para dar explicações, Antony está muito feirdo, e eu trouxe ele aqui para você curá-lo.
- Ferido? Onde?- Seleena perguntou confusa.
- Aqui. – ela disse e trouxe o loiro flutuante para perto.
- Oh, Merlim ele precisa de atendimento urgente! Venha comigo.- ela disse, e guiou Ginny para dentro do hospital por onde passavam iam acendendo os candelabros nas paredes. Chegaram até a emergência, onde a Raposa não pode entrar, então ela apenas viu o pirralho sair flutuando inerte, pela janelinha de vidro no topo das portas brancas.
Deixou-se cair exausta em uma confortavel cadeira acolchoada, que havia por perto, era ali que geralmente aqueles parentes ou amigos que tem conhecidos doentes se sentavam e se desesperavam. Só então deu-se conta da sua situação, fez bem em se sentar, suas pernas arranhadas e tremulas não aguentariam seu peso por nem mais um segundo. Sentia calafrios e seu corpo ainda latejava descontroladamente, cada musculo por baixo da pele branca gritava por socorro, tudo que ela queria naquele momento era estar na sua cama debaixo das cobertas tomando o chá calmante do Tigre (feito sem descomprir em momento nenhum a receita, isso queria dizer sem poções indesejaveis). E no entanto ela estava ali preocupada com seu amigo que estava em uma situação bem pior que a dela. O que aconteceria com ele? Uma pergunta se fixou na sua mente aturbulada.
Internamente desejou que nada de mau acontecesse a Antony, não dava para aguentar mais essa. Então uma enfermeira loira saiu da sala com portas brancas a qual Antony tinha entrado.
- Nay, como ele está?- ela se apressou em perguntar a loira, que era uma conhecida sua.
- Sinceramente; nada bem. Raposa onde foi que ele conseguiu aquele corte?
- A rua em frente a onde moramos está sendo brutalmente atacada...- uma pontada de dor percorreu o seu corpo e ela estremesseu. – E só estavam nós quatro, eu o Tigre , Antony e Beatrice.
A enfermeira olhou penalizada para o estado em que a ruiva se encontrava.
- Você também, não está nada bem!
- Estou ótima.- disse ela forçando as pernas e se pondo de pé.
- Não, não está nem um pouco ótima!
- Estou sim, estive aqui mais cedo hoje.- disse não contendo a tremedeira nos joelhos que já começavam a falhar novamente.
- Você está tremendo! Venha cá. – e Nay a forçou a ir até sala para onde eles levaram Antony, ela passou por várias camas, mas a qual Antony se encontrava estava com cortinas altas e com mais de um curandeiro lá dentro. Foi colocada deitada em uma das camas com lençois branos, coincidentemente a mesma na qual se encontrara mais cedo, mas ela estava tão cansada que não reparou nisto.
- Não precisa eu estou bem.- ela tentou argumentar e se elvantar, mas com um gesto da varinha Nay fez ela se deitar novamente, claro que a Raposa poderia ter se livrado do feitiço ainda estava com a varinha em punho, mas ela não atacaria a enfermeira, mesmo sendo esta muito insistente.
- O que fizeram com você?
- Nada, eu já disse estou bem!- estava começando a se irritar.
- E eu já disse que não está, e então vai dizer ou não?
- Uma sombra me torturou por mais ou menso quinze minutos.- disse carrancuda.
- Meu Deus!- a loira disse pondo a mão sobre a boca horrorizada. – Quinze minutos! Muito me admira que você ainda nesteja sã e acordada.
- Já posso ir?
- Não, eu vou trazer uma poção regenerante para você. Não saia daqui!- ela disse se virando de costas, deixando a ruiva só. Ginny começava a perceber que estava bastante cansada, é, pensando bem talvez esta poção regenerante, não fosse mau negócio.
Desta vez ela havia batido o seu record, duas vezes no mesmo dia fora parar no hospital, mas naquele momento outras coisas a perturbavam, ela olhava fixamente para o cortinado que envolvia a cama de Antony e os mumurios dos curandeiros, tentou entender algo, mas não conseguiu escutar muita coisa. Seu coração batia apertado com medo pelo amigo, se Antony morresse o que o aconteceria co o Tigre? Embora os dois brigassem muito o Tigre era o típico irmão mais velho super-protetor, mas que não demonstrava isso. Seus olhos se encheram de lagrimas quentes que não demoraram muito a escorrer pelo seu rosto, ela não podia deixar o pirralho ir embora assim! Começou a soluçar, o que aumentava a dor nas suas costelas doloridas.
A enfermeira chegou, e viu o seu estado de nervos, colocou o copo no criado-mudo que havia ali ao ladoda cama.
- Calma, nós estamos cuidando dele, estamos fazendo tudo que é possivel.
- Eu sei, eu confio em Seleena.- disse contendo os soluços, e se sensurando por parecer uma criança em desespero. – Desculpe.
- Beba a sua poção. - dsse lhe entregando o copo que a ruiva levou até os lábios:
- É só uma poção regenerante, não é? Eu quero esperar acordada para ver o que Seleena tem a dizer sobre Antony.- disse tomando o líquido laranja berrante.
- Claro.- Nay disse – Mas agora acalme-se e fique quieta para poder fazer efeito.
Quando ela disse isso a Raposa começou a se sentir mole e relaxada, por acaso ela conhecia aqueles sintomas, teve vontade de dizer “ah não!” mas já não tinha forças para articular palavras. Aquela era a segunda poção do sono que ela tomava em um só dia, se bem que a do Tigre parecia bem mais suave.
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