Capítulo 11



Cap. 11 Decisão.

N/A: eu sei, o capitulo ficou enorme, mas eu não pude me controlar desculpem, espero que estejam gostando.

A semana se passou rápido, depois que eles tinham voltado da casa de Fred e Jorge, tudo continuou como estava até a data do aniversário de Ginny se aproximar. Todos os Weasleys (com exeção de Fred, Jorge e Percy que já havia morrido) estavam na mesa da cozinha almoçando.
- Ginny temos que decidir o que vamos fazer no seu aniversário querida - falou a Sra. Weasley.
- Não quero nada mamãe.
- Mas temos que fazer alguma coisa!
- Eu também concordo.- falou Hermione - depois de tanto tempo fora você volta, tantos aniversários que você passou longe.
- Ao menos um jantarzinho.- insistiu a Sra. Weasley.
- Tudo bem.- concordou Ginny, ela sabia que discussões não iriam levar a nada.- Mas só para a família, e chame Luna, por favor, mamãe.
- Sim. – e com isso Ginny terminou seu café e subiu para o seu quarto. O dia estava mais quente, sinal de que o inverno já estava indo embora. Ela trocou de roupa, se olhou no espelho e apreciando o resultado desceu novamente para a sala. Na cozinha Rony, Harry e Hermione ainda conversavam, e terminavam de comer, ela queria ficar sozinha com Harry ainda não tinha dado nem um beijo nele hoje. Ela lançou um olhar significativo para a mesa, na esperança que Harry entendesse, mas Rony parecia muito empolgado com a conversa e não dava nem uma brecha para Ginny atrair a atenção do par de olhos verdes. Eles pareciam ter assuntos intermináveis, ela desistiu e subiu novamente emburrada. Deitou-se na sua cama e começou a ler o seu livro, logo adormeceu e dormiu um sono leve e sem sonhos, quando acordou olhou o relógio, eram quatro horas da tarde, ela havia dormido demais! Levantou-se, se olhou no espelho do banheiro, entrou na banheira e tomou um banho quente. Quando terminou se vestiu, colocou uma calça colada, e uma blusa preta e desceu, não tinha ninguém na sala nem na cozinha, Harry provavelmente tinha batido na porta do quarto dela, e ela não tinha atendido, provavelmente ele percebera que ela estava dormindo. Ela cogitou a idéia de ir lá no quarto dele, mas ela se lembrou do dia que fora pega de manhã lá, e pensou que se ele não estava ali ele provavelmente estaria dormindo também. Ela não ia ficar ali sozinha e saiu de casa. Foi para os fundos, olhou o lago que agora já não estava mais totalmente congelado, tinha algumas partes que não eram mais gelo, ela encostou a mão na água e constatou que ela continuava gelada. Seguiu para a sua Gruta, quando chegou lá ela encontrou Harry sentado em uma pedra de costas para a entrada, ele não viu ela chegar, ela olhou para o céu, já estava começando a escurecer. O barulho que fez ao pisar em um graveto o fez virar e ver que ela estava chegando, ele sorriu, um sorriso bonito e foi até ela abraçou-a e girou ela no ar.
- Eu sabia que quando você acordasse e visse que todos estavam dormindo ou em seus quartos viria aqui.- ela sorriu.
- Estava com saudades.- disse ela sentando no chão.
- Eu também você não me deu nem um beijo hoje, nem de bom dia!- disse ele se sentando ao seu lado.
- Eu tentei, mas você estava tão empolgado com a conversa com o Rony que nem prestou atenção… - mas ela foi interrompida por um beijo, Harry pelo visto não tinha agüentado até ela parar de falar. Ele a beijava com intensidade, e suas mãos descansavam na cintura dela, aos poucos os beijo foi ficando mais intenso. Ela sentiu o vento frio e estremeceu, o inverno ainda não tinha ido totalmente embora.
- Vamos entrar?- ele falou para ela.
- Vamos.- eles entraram em casa e quando estavam passando pela frente do quarto de Ginny Harry tocou a fechadura e murmurou um feitiço para fechar a porta que só ele poderia desfazer. Ginny olhou para ele e capturou o seu olhar, aqueles olhos verdes era tão bom saber que eles pertenciam a ela, somente e ela, e com isso beijou ele, novamente, que se dane os resto, ela só queria ele. Ele a segurou com uma mão na sua cintura e a outra ele abriu a porta do seu quarto e trancou com o mesmo feitiço, ele queria muito ela, ela era linda o seu Anjo negro.
Summer air reminds me of
All the feelings of your love
And what it was like
When we were together, oh
Walking all along the beach
You were never far from my reach
And you help me
Through stormy weather

O Cheiro dela era inebriante, despertava tudo dentro da mente dele, uma tempestade de sentimentos. As mãos de Ginny passeavam pelas suas costas e ela sentia o corpo todo de arrepiar a cada contato que ela tinha com ele, ela sentiu as mãos de Harry puxarem ela mais para perto e colar seu corpo no dela. Harry traçava um caminho incandescente por onde sua boca passava, até chegar na sua nuca, suas mãos agora passeavam pelas pernas bem feitas dela.

And I, I want to fall in love
Tonight
And I remember when you said
Everything is gonna be allright

Ginny suspirava e enquanto escorregava as mãos para dentro a blusa de Harry, ela buscava ele como alguém no deserto que busca água, desesperadamente. Harry deitou-a na cama, sem em momento algum interromper, os beijos, ela era o vicio do qual ele não queria se curar.
Laying in the summer grass
You told me not to talk so fast
As I told you, how I feel
You made me feel right at home
You told me I was not alone
And you knew
Just how I feel
I know we talked about it
I just can't get around, and
I just want one more night with you

Ele soltou os cabelos dela que caíram livremente pelo seu rosto e costas, como ela era linda… E era só dele. Sua pele queimava de encontro ao dela, sentir ela sobre ele era uma coisa necessária, ele queria poder manter ela ali e beija-la para o resto de sua vida.

I, I wanna fall in love
Tonight
And I remember when you said
Everything is gonna be allright

Ginny desabotoou a blusa de Harry fazendo alguns botões saltarem para os lados, Harry a abraçou e aproximou mais seu corpo do dela, se é que isso era possível. Ele fez um caminho de beijos até o ombro dela e até encontrar a blusa preta que ela estava usando.

October air reminds me of
All the seasons of your love
And what it was like
When we were together
The smell of fall is everywhere
And though it seems I just don't care
'Cause now you've gone away

Ela o enlaçou com as pernas e o beijava freneticamente, entre um beijo e outro ela sussurrou:
- Eu te amo.
- Eu também te amo… - ele respondeu beijando a barriga dela. Harry sentia vontade de percorrer todo o corpo dela, aquela pele macia da cor de leite e que esquentava a dele.

I, I wanna fall in love
Tonight
And I remember when you said
Everything is gonna be allright
Alright

E para ele nada mais importava naquele momento, ele só queria que ela fosse dele, ele só queria amar ela.
I, I wanna fall in love

I wanna fall in love
Tonight

Ginny acordou no outro dia, o sol ainda brilhava fraco, ela estava deitada com a cabeça no peito de Harry, e com uma mão a envolvia pela cintura e a outra em suas costas, já ela estava com as duas mãos no peito dele. Era muito aconchegante ficar ali, ela não queria sair dali nunca mais, era o melhor lugar do mundo, onde nada poderia afeta-la. Ali ela estava protegida de tudo e de todos. Por um tempo ela ficou ali apenas pensando, e relembrando tudo de mais perfeito que ela já tinha vivido na noite de ontem…
Mas ela foi interrompida por passos que desciam as escadas, no mesmo instante seu sangue congelou dentro das veias, se alguém batesse a porta? Hermione mesmo já havia avisado que eles estavam dando muita bandeira, e se alguém olhasse as portas dos dois quartos trancadas, os dois desaparecidos; já era de se imaginar que estariam juntos! Os passos se fora, desceram escada abaixo, e não bateram em nenhuma porta “Graças a Deus!”. Pensou ela, resolveu que era hora de ir, os outros já estavam acordando, era bom se levantar logo antes que alguém viesse chamá-los, não queria repetir o último episódio. Ela se desvencilhou dos braços de Harry tentando não acordar ele, ele dormia tão tranqüilamente, tão calmo e sem preocupações; como ele ficava bonito dormindo; ela pensou, os olhos de esmeralda fechados, sem demonstrar nenhum sentimento a não ser calma. Os lábios formavam um leve sorriso, que dava um ar mais relaxado ainda a ele, e os cabelos negros muito mais bagunçados e rebeldes que antes caindo pelos seus olhos e pela sua testa emolduravam o belo rosto que ele possuía e encerravam a cena. Ela passou a mão pela testa dele afastando os cabelos dos olhos dele, olhou bem para o rosto dele, sim ele era lindo, era corajoso, era carinhoso e o melhor de tudo... Era inteiramente só dela! Ela sorriu levemente e se sentou na cama ainda olhando para o rosto de Harry, ela se inclinou e deu um beijo bem leve na boca dele, ele não acordou, apenas se mecheu um pouco. Ela apressou em se levantar e catar suas coisas espalhadas pelo chão. Onde estava a droga da blusa preta? Onde será que ela tinha largado? Onde Harry tinha largado para falar a verdade, ela procurou no chão em baixo da cama, dentro do guarda-roupa, na escrivaninha, mas ela parecia não estar em lugar algum! Como ela sairia de seu quarto sem a blusa? No mínimo seus irmãos achariam que ela estava louca! Mas foi ai que ela se lembrou de aparatar, como fora burra! Depois ela voltava e buscava a blusa antes que outra pessoa a achasse no quarto errado. E assim ela aparatou no seu quarto. Foi direto para o banheiro viu seu estado no espelho: altamente descabelada. Ainda bem que Harry não a vira daquele jeito! Ela ainda podia sentir o cheiro dele nela, era uma pena ter que tira-lo. Mas mesmo assim ela entrou no chuveiro de água quente. Quando ela saiu de lá notou que já haviam se passado meia hora desde que ela chegara ali, se arrumou, pôs uma blusa vermelha, que ela odeia, mas é a única que cai bem com aquela calça, preta de couro.Antes de descer ela pensa no que havia feito, “Meu Deus Ginny ele é comprometido! Ele tem uma NAMORADA! Foi uma grande besteira o que você fez! Imensa!” Mas ela tinha amado essa besteira. “Você não tem jeito!” Ela se autocensurou. E desceu para o café da manhã depois de prender os cabelos molhados em um rabo de cavalo alto. A mesa estava cheia, todos estavam tomando café. Com exeção de Fred e Jorge que agora estavam na sua mansão. Ela sentou-se ao lado de Hermione e começou a se servir depois de dizer bom dia a todos.
- Bom dia.- ela ouviu uma voz dizer atrás deles que estavam na cozinha ela se virou e viu Mark descendo as escadas ainda esfregando os olhos para afastar o sono. Ele sentou-se ao lado dela e começou a comer também.
- Bom dia tia.-ele disse entre um bocejo.
- Bom dia Mark.- ela respondeu e continuou a comer. Logo todos foram acabando de tomar café e ela notou que até esta hora Harry não havia descido; será que ele ainda não havia acordado?Ela acabou de tomar café e foi se levantando quando Hermione chama.
- Ginny venha aqui um pouco.
- O que foi?-ela se viu preocupada. Hermione tinha uma cara muito seria.
- Precisamos conversar.- ela disse apenas, e puxou Ginny pela mão para perto das escadas onde ninguém poderia ouvi-las.
- Fale.- disse Ginny ansiosa.
- Amiga por favor, tome cuidado, eu sei que você não estava no sei quarto hoje de manhã cedo.
- Mas...
- O seu pai pediu para eu acordar você, e não deixar você acordar tarde ao menos hoje.- cortou Hermione.
- Você bateu no meu quarto, viu que eu não estava lá e viu a porta do Harry trancada, logo você deduziu que eu estava...
- Lá, eu aparatei no seu quarto! Você tem sorte por ter sido eu a ir chamá-la.
- Você aparatou?
- Sim eu fiquei preocupada, você não respondia, bati várias vezes.- disse a outra querendo dizer que não tinha culpa.
- E o que você disse para papai?
- Disse que tinha FALADO com VOCÊ e que VOCÊ tinha DITO que queria dormir uma pouco mais hoje. Te salvei literalmente.
- Você é um anjo que caiu do céu para me ajudar! Não sei o que seria sem você!- agradeceu freneticamente Ginny.
- Nem eu!- respondeu Mione, rindo um pouco do entusiasmo da ruiva. – Bom eu tenho que ir lá no quarto arrumar a bagunça que está aquilo tudo.
- Tudo bem.- disse Ginny indo em direção a onde Rony estava sentado, eles começaram a conversar animadamente sobre os planos de Rony no ministério. ***
Harry sente um clarão por debaixo das pálpebras, sinal de que o sol já estava alto, pensou ele. Ele se virou de lado com os olhos ainda fechados e com o braço estendido procurando Ginny na cama. Ele rolou para todos os lados e não encontrou nada mais que travesseiros e lençóis espalhados, Harry abriu os olhos instantaneamente, “Cadê ela?” Foi o primeiro pensamento que lhe ocorreu. Ele se levantou da cama olhou pela janela e viu o sol já estava alto. Realmente deviam ser mais ou menos dez horas ou onze. Ele olhou ao seu redor procurando algum indicio de que a ruiva estava no quarto com ele, ou pelo menos tinha estado. Harry não encontrou nada, nem uma roupa nem sequer um fio de cabelo no chão, nada! Ele se virou para a porta do banheiro e ela estava fechada, “Provavelmente ela está lá dentro tomando um banho.” Pensou ele já se preocupando, Harry andou até o banheiro, abriu a porta e reparou que ela não estava trancada na chave, ele esperava ver ela em frente ao espelho sorrindo, penteando os longos cabelos ruivos. Mas na frente do espelho não havia nada, apenas ele mesmo refletido, Harry foi até o box e deslizou a porta, nada lá dentro também. Suas esperanças já tinham ido embora. Será que eles tinham sonhado tudo? Ela junto com ele, os beijos, os abraços, tudo? Era a única resposta para aquilo, não havia nem um sinal de que havia algum dia estado ali. Harry começou a revirar os lençóis da cama atrás de algo que indicasse que ele não havia sonhado, levantou os travesseiros jogou-os para fora da cama até que ele desistiu e se atirou deitado de costas na cama olhando o teto. Olhou para os pés da cama apenas bolos de lençóis e travesseiros... Espere, ele não tinha nenhum lençol preto, seu peito se encheu de ar ao ver aquele pedaço de pano preto, embolado junto com os lençóis da cama. Ele se pôs de joelhos na mesma hora, e puxou o pano preto. Estava enrolado nos lençóis que ele tinha dormido por cima, por isso ele não tinha achado ainda. Lá estava a blusa que ela tinha usado na noite anterior, ali entre os dedos dele, ela ainda desprendia o cheiro de rosas dela, perfume marcante que agora ele se lembrava tão bem. Ela já tinha ido embora, tinha acordado e se arrumado, e foi; provavelmente desceu para tomar café, pensou. Ele tomou banho ainda pensando e se vestiu. Desceu as escadas e lá estava ela, o Anjo Negro, conversando calmamente com o irmão sentados ambos em um sofá na sala enquanto Mark brincava no tapete. Calma que nem notou ele descer, como se nada tivesse acontecido, como se eles nunca tivessem... Isso fez surgir uma pontada dolorosa nas suas entranhas. Ele disse:
- Bom dia!- para todos, mas especialmente para ela perceber que ele já havia descido.
- Bom dia.- responderam todos em coro. Ginny apenas olhou para ele com um sorriso normal.
- Hoje você se superou, - falou Rony.- foi o mais tarde que você acordou esta semana, onze horas.
- Cansaço.-respondeu Harry simplesmente.
- Qual é cara você ta de licença!
- Trabalhar não é a única coisa capaz de cansar alguém, é Rony?- Harry disse com um sorriso maroto no rosto, e Rony não disse mais nada, mas Ginny agora se via nervosa, olhava de uma para o outro, Harry iria denunciar os dois! Ela havia se controlado para não pular no pescoço dele e encher ele de beijos, sentir o cheiro dele novamente, tudo isso para não dar bandeira de nada, e não provocar suspeitas, e ele chegava deste jeito, falando isso! Harry agora tomava café rapidamente, comeu apenas três torradas e tomou um pouco de suco, se levantou e andou até a porta da casa.
- Já vai sair?- perguntou a Sra. Weasley da cozinha.-Você nem tomou café direito, comeu tão pouco.
- Não se preocupe eu não vou longe.- disse isso olhando no rosto de Ginny e pelos olhos dela ele viu que ela havia entendido, mas mesmo assim se virou e continuou conversando com Rony. Depois de alguns minutos esperando encostado na parede de pedra gelada, da Gruta ela apareceu sorrindo, os cabelos brilhando, “Perfeita”. Ele pensou.
- Bom dia!-ela disse.- Sabia que você estaria aqui.
- È este lugar está virando o nosso ponto de encontro preferido.
- È verdade.
- Eu acordei e você não estava lá1- ele resolveu ir direto ao ponto.
- Tive que ir.- ela respondeu com expressão de quem pede desculpas, e ao mesmo tempo com a expressão carregada.
- Por que? Estava tão bom lá.
- Eu sei. Não me arrependo.- quando ela disse isso foi como se um peso enorme saísse do seu peito, este fora seu maior medo. Se sentiu muito aliviado em ouvir isto.
- Eu acordei e não senti você perto de mim, nem ao meu lado. Cheguei a pensar que havia sido apenas um sonho.-disse ele vendo agora como tinha sido idiota. Ela apenas sorriu levemente.
- Eu tinha que ir; fiquei com pena de lhe acordar.
- Mas por que você tinha tanto que ir?
Honey you are a rock
Upon which I stand
And I come here to talk
I hope you understand
- Eu fiquei com medo de alguém ir chamar você e nos descobrirem! Ai Harry isto é tão arriscado! Não gosto de ter que me esconder, de me sentir a outra, me sinto tão errada!- ela terminou de falar isso encarando os olhos dele, aqueles olhos verdes, tão lindos de um tom vibrante não eram como os dela o verde dele era mais intenso, mais vivo, mais vibrante! Eram faróis de luz, neles ela se sustentava. Ela parou de encara-lo e o abraçou com força tentando tirar todas aquelas sensações ruins de dentro dela com o abraço dele. Harry sentiu uma lagrima quente molhando o ombro da sua camiseta e percebeu que ela estava chorando. Seu anjo estava triste.
The green eyes
Yeah the spotlight
Shines upon you
How could
Anybody
Deny you?


- Não fique assim. Não tenha medo, logo tudo isso vai acabar, eu prometo.-ele disse tentando puxar o rosto dela para olhas nos seus olhos, mas ela se virou não deixou ele ver seu rosto.- Olhe para mim.-ele pediu pra ela.
- Não, eu não quero que você me veja chorando agora.
- Eu te amo!-ele disse abraçando ela por trás, e sussurrando no seu ouvido - Ninguém pode mudar isto; é de você que eu gosto.
I came here with a load
And it feels so much lighter
Now I've met you
And honey you should know
That I could never go on
Without you
Green eyes

Depois que ele disse isso ela se sentiu muito melhor, ela tinha ido até ali tão carregada de magoas e medos e agora ela se sentia muito melhor tudo estava mais iluminado desce que ele tinha dito aquilo. Ela se sentia muito mais segura assim. Talvez só agora ela percebesse que não poderia continuar sem ele.
Harry tinha dito tudo aquilo olhando para ela, ela viu que era verdade, viu isso nos olhos dele. Exatamente naqueles olhos verdes aqueles dois faróis que iluminavam a sua estrada.
Honey you are the sea
Upon which I float
And I came here to talk
I think you should know

Ela se viu refletida nos olhos dele, naquele mar. Ela estava lá flutuando naquele verde infinito. Naquele momento ele era o único que ela queria achar.
The green eyes
You're the one that
I wanted to find
Anyone who
Tried to deny you
Must be out of their mind

Ela o beijou desesperadamente, para poder parar com tudo aquilo que a aflingia, desde então. Todas as coisas ruins e receios pareciam ter sumido, abandonado sua mente, tudo que ela conseguia pensar era nele.
'Cause I came here with a load
And it feels so much lighter
Since I've met you
And honey you should know
That I could never go home
Without you

Assim ela se sentia segura nos braços dele. Eles ficaram abraçados um bom tempo, ela não queria ir para casa e parar de abraçá-lo, deixa-lo ali. Não, não. Ela queria permanecer para sempre ali com ele, para sempre…

Green eyes
Green eyes ohohohoh
Ohohohoh
Ohohohoh
Ohohohoh

Honey you are a rock
Upon which I stand...

Olhando para aqueles olhos verdes, eles eram uma rocha, sobre a qual ela se firmava, impenetráveis. Como ela queria ter ele só para si.
- Vamos, nós saímos juntos, estamos dando muita bandeira.-ela disse.
- Relaxa… Como eles te chamam? Raposa? Relaxe Raposa.- Harry disse olhando para a corrente no pescoço dela e sorrindo. Mas por algum motivo Ginny não gostou dele tê-la chamado de Raposa, isso não combinava com ele, simplesmente não se encaixava com o Harry. Ela era a Raposa para o Jack para seus amigos Antony, Andrei, Leo, e Beatrice, não para Harry.
- Não posso relaxar, Mione já disse que estamos levantando muitas suspeitas.
- Hermione? Ela descobriu? Meu Deus!-ele disse com a voz apressada, parecendo nervoso.
- Sim ela já sabe faz algum tempo, ela me perguntou e não tinha como eu negar. Fique calmo, ela não vai falar para ninguém.
- Não… Tudo bem, foi só Hermione… -disse parecendo se acalmar.
- Mas temos que voltar.
- Certo.-disse Harry desta vez não fazendo objeção nenhuma em voltar.
- Eu aparato no meu quarto e você volta normalmente, para dar a impressão que não estávamos juntos.-dizendo isso deu um rodopio e desapareceu.***
- Nossa eu esqueci completamente!-Ginny se censurou, tinha esquecido que havia prometido levar a ração para Artemis e um pote de sorvete. Os dois Tigres deveriam estar muito chateados.Olhou no relógio de pulço, ainda tinha tempo e muito, agora que eram duas da tarde. Trocou de roupa e saiu, do quarto Harry estava parado em frente a sua porta, prestes a entrar no seu próprio quarto. Ginny sussurrou para ele:
- Eu vou sair.
- Para onde?
- Beco Diagonal.-ela responde simplesmente e quando já ia dar as costas e ir embora, ele pergunta.
- Mas há esta hora? Fazer o que lá?
- Vou comprar umas coisas, para o Jack, ele me pediu para…
- O Jack de novo!
- Como assim de novo?-ela não estava entendendo ela só ia comprar ração qual era o problema?
- Você só fala desse cara, até nas férias você não tem descanso!
- Mas você não está entendendo-disse ela sorrindo achando que havia sido um simples engano.- Eu só vou comprar ração, e sorvete, porque ele gosta mais do sorvete daqui…
- Tudo que você faz você faz pensando nesse homem!
- Não, não é verdade.- afirmou ela ficando seria.
- È sim…!
- Harry olhe, eu não sei o que foi que lhe deu ainda agora estávamos tão bem, eu não sei que ataque foi este, mas eu espero que tenha passado quando eu voltar! Não tenho tempo para esse tipo de besteira!
- Besteira? Então eu sou besteira?- Ele falou realmente parecendo irritado.
- Não, mas essa sua atitude inesplicada é. -dizendo isso desceu as escadas. O que era aquilo? Que ataque repentino fora aquele? Não tinha entendido nada, mas afinal de contas ela tinha que ir logo, não tinha tempo a perder, ainda queria fazer algumas compras. Quando viu a mãe na cozinha terminando de por o almoço disse:
- Mãe eu vou sair, e não vou almoçar em casa, vou ao Beco Diagonal.- não esperou uma resposta e pela porta de casa, aparatou e logo pode ouvir o som aconchegante do burburinho de pessoas. Ela sorri, é bom estar naquele lugar, sim ela gostava. Ginny foi andando em meio multidão que transitava de um lado para o outro no lugar, mas mesmo assim ela gostava. Ração, era isso tinha que achar, ração. Na loja onde ela tinha comprado Artemis certamente venderia ração.Ela foi até lá, olhando as vitrines e analisando os preços, era impossível estar ali e não olhar os produtos. Demorou um pouco para chegar até a loja que ficava quase no fim do beco e este pelo jeito estava estourando de gente hoje. Entrou olhou para os animais, tudo parecia continuar como da ultima vez, logo uma mocinha veio lhe atender.
- A Srta. deseja alguma coisa?
- A sim, por favor, você tem ração para tigres.
- Tigres?
- Sim eu comprei um aqui, que fala e muda de tamanho…
- Ah sim aquele tigre, temos sim, é esta. – ela afirmou mostrando um pacote amarelo.
- Tem certeza?
- Sim.
- Então eu vou levar.
- A Srta. pode pagar ali.-ela disse indicando o caixa. Ginny foi até lá e pagou pela comida, não era cara, ela não se admirou que Artemis gostasse, tinha um cheiro realmente bom. E agora o que tinha mais a fazer? Ela não queria demorar muito, aquele lugar estava muito lotado!
- Sorvete!-ela disse para si mesma. Será que a Florean Fortescue tinha sido aberta novamente? Quando ela ainda morava ali, tinha fechado. Ginny andou durante algum tempo, bastante se for considerar que era apenas para achar uma sorveteria. Esbarrou em apenas algumas quarenta pessoas e derrubou uma velhinha, parou para ajuda-la com os pacotes que tinha caído e se desculpou. Continuou a sua busca, depois de difíceis quinze minutos, tentando se locomover, sem derrubar ninguém, ela finalmente encontrou, tinha re-aberto. A placa enorme em cima brilhava multicolorida, ela entrou. Tinham alguns jovens lá dentro, dois casais de namorados, aos beijos, ela sorriu, algumas crianças de no maximo oito anos. Ela encostou-se ao balcão e pediu:
- Por favor, eu quero dois potes de sorvete para a viajem.
- Quais os sabores?-perguntou um jovem com o chapéu estranho.
- Napolitano e Flocos.-não demorou muito o jovem rapaz trouxe dois potes de sorvete colou em uma sacola enfeitiçada que diminuía o peso, e entregou lhe. Pronto sua obrigação estava feita, agora ela poderia passear a vontade. Ela caminhou até o Caldeirão furado, estava faminta, o almoço em casa tinha saído tarde, pois quando ela saíra de casa eram duas da tarde e ainda não havia sinal de comida para o almoço. Ela pediu qualquer coisa e logo o garçom trouxe, colocou o prato na mesa que Ginny estava sentada, os talheres e ficou parado de boca aberta. Ela começou a comer e o garçom ainda estava parado em sua frente os olhos presos em alguma coisa nela, ela olhou para ele, e seguiu a direção que seus olhos pareciam apontar. Os olhos do rapaz estavam presos no decote da blusa dela, ela apenas revirou os olhos e falou:
- È russa você gostou?
- O que…? Ham…?- perguntou o homem aturdido parecendo ter sido despertado de um transe.
- Você gostou?-ela repetiu se segurando para não rir.
- Desculpe senhorita, mas eu não entendi do que?-disse ele mesmo assim sem desviar os olhos.
- Da blusa, você não tira os olhos dela.- o homem pareceu completamente desconcertado, na mesma hora tirou os olhos de Ginny e passou a olhar para o chão e falou tão baixo que foi um milagre Ginny ter conseguido ouvir.
- A sim… Claro é muito bonita… Eu… - e não terminou a frase saiu em direção ao balcão, na hora de pagar a conta quem lhe atendeu não foi o mesmo garçom. Ela resolveu andar por ai e olhar as vitrines, quem sabe não comprava um vestido novo ou uma jóia. Andou direto até Madame Malkin, e de cara viu uma blusa preta, regata de couro envernizado com o decote aberto por um zíper prateado, ela caminhou em direção a blusa hipnotizada por ela. Pegou-a e foi direto para o provador, vestiu, e se olhou no espelho, “perfeita!”. Foi exatamente o que pensou, não ouve discussão, comprou imediatamente e se deu por satisfeita. Foi para a joalheria, chegando lá provou varias coisas, e quando eu digo várias eu quero dizer muito, talvez em torno de umas doze peças. Descidiu-se por um anel, com uma pedrinha azul, para combinar com a pulseira no seu pulço que agora apenas pulsava levemente. Comprou rapidamente o anel e saiu da loja, olhou para o céu, já estava escurecendo, ela apenas iria dar uma passadinha na loja dos Gêmeos e iria embora. Passou algum tempo, lá. Falou com todos e com Angelina que desta vez também estava lá, os gêmeos lhe mostraram algumas das novas invenções eles ficaram mais ou menos uma meia hora jogando conversa fora. Quando se dá conta do tempo que passou já estava de noite. Despede-se de todos na loja, aparata em casa. Passa pela sala, pelo visto todos já jantaram, ela apenas avisa que não vai jantar, almoçou tão tarde que não tinha nem fome agora. Harry estava sentado no sofá com Rony, e quando ela avisa que não vai jantar e começa a subir as escadas ela sente ele lhe fuzilando com os olhos, consigo mesma ela pensa “Nossa seu nome devia ser descrição.” Ela se troca e toma banho. Ainda não tinha falado com Harry, será que ele ainda continuava com aquela besteira? Será que ele tinha razão ela realmente tinha dado motivos para ele ter ciúme de Jack?
- Não. – ela disse a si mesma. Quando é que todos os seus irmãos e etc iriam entender que ela e o Tigre eram só amigos? “Bom… Pensando bem eu acho que nunca!” Ela admitiu para si mesma. Será que era ciúme? O que mais poderia ser? Ela não sabia. Ela suspirou profundamente resolveu ir até a sacada olha o tempo. Quando ela sai, ela encontra Harry na sacada também, tapa os olhos dele por trás, segurando um sorriso leve para não se denunciar. Ele remove os braços dela com leveza se vira de frente para ela e sorri, “Graças a Deus ele não esta mais com aquele ataque!” Ela pensou ao ver ele sorrir. Ela coloca os braços no pescoço dele e aproxima ele para um beijo, ela apenas encosta os lábios nos dele e sente a sua presença, era bom sentir ele perto e ela sabia disso. Com a testa encostada na dele Harry diz:
- Eu senti sua falta.-ela sorri ao ouvir isso e o abraça forte. Ela olha para o céu e vê a estrela mais brilhante.
- Está vendo aquela estrela?-ela pergunta para ele ainda abraçada. Harry desfaz o abraço e senta no chão com os joelhos dobrados. Ginny se senta no meio dos seus joelhos e apóia a cabeça no seu peito.
- Qual? – ele pergunta. Tinham tantas, era difícil achar uma mesmo ela apontando.
- A mais brilhante.-ela acrescentou.
- Estou.-ele afirma, e estava mesmo, era muito bonita.
- O nome dela é Sirius.
- Eu não sabia… -diz Harry pensativo, de repente as velhas lembranças de sua adolescência vieram a sua mente rapidamente.
- Ninguém que eu conheça merece ter o céu e ser uma estrela mais do que ele…
- È verdade.-ele concordava.
- Se eu pudesse ter uma constelação eu gostaria de ter as três marias.
- Por que?-ele quis saber.
- Porque cada uma representa uma coisa que eu amo.
- Diga quais são.-ele pediu.
- Meus amigos, minha família e meu trabalho.-ela disse com simplicidade, encarando as milhares de estrelas a procura da constelação que ela mais gostava.
- Puxa eu tinha esperança que seria uma das estrelas…
- Você está incluído em família.
- Com o titulo de “como se fosse da família” ou “meu namorado” ?-ele perguntou olhando para baixo procurando os olhos dela.
- Nenhum dos dois.-ela respondeu olhando para ele.
- O que?-ele perguntou espantado.
- Você leva o titulo de “o homem que eu amo” ou talvez “meu amor” ou talvez “bobão”.-ela riu. Era impressionante como até nas situações mais simples ela conseguia surpreende-lo, sempre!
- Eu prefiro ou primeiro ou o segundo.-ela continuava rindo, e fazia seu peito vibrar quando ela se balançava.- Você realmente quer esta constelação?
- Sim.-ela respondeu parando de rir e olhando para o céu novamente.
- Pois então é sua.-ele disse com toda a sua convicção.
- Como você pode me dar uma coisa da qual você não é dono?
- Alguém disse que não sou?-ele perguntou.
- Alguém disse que é?-ela devolveu.
- Eu disse!-ela desistiu, era inútil, mas continuava com um leve sorriso no rosto.- E acabo de tomar posse delas e dá-las a você.
- Obrigado.-ela disse bocejando, ela já estava fazendo esforço para se manter acordada. Ela olhou para baixo e viu no seu braço a sua pulseira brilhando tão agora ela já não piscava ela estava coma luz acesa direto, de tão perto que os dois estavam.- Agora elas sempre piscam rápido ou estão acesas sempre. Quer dizer que mais próximos impossível.
- Não, quer dizer que estamos juntos, e vamos permanecer assim.- Mas ela não estava mais ouvindo ela já tinha dormido com a cabeça apoiada no peito dele. Harry se levanta com cuidado para não acorda-la e pega Ginny nos braços, ele vai até aporta e abre, coloca primeiro a cabeça para fora, não, não vinha ninguém ele atravessou rápido o corredor e abriu o quarto dela. Caminhou até a cama e depositou ela lá, Ginny continuava dormindo e respirando levemente, por alguns momentos ele ficou olhando para ela… Tão bonita apenas cansada... Os cabelos vermelhos ondulados espalhados ao redor do rosto, o corpo perfeito, naquela camisola até o meio da coxa preta de cetim, realmente ela era um anjo negro, e Harry tivera a sorte de conquistar este anjo. Harry sorriu levemente, ela era linda, era um anjo, e era sua. Ele pegou as cobertas brancas que estava na cama e cobriu ela, dando uma ultima olhada ele saiu do quarto dela e foi para o seu. Não sem antes verificar se vinha vindo alguém.***
Ginny acordou cedo, esperava ver a sacada com a luz do sol nascente banhando seu rosto, mas não foi isto que viu. Ela estava enrrolada nas suas cobertas, na sua cama no seu quarto, “Harry me trouxe até aqui ontem, enquanto eu dormia”.Ela concluiu. Que horas eram? Não tinha nem um relógio no seu quarto, será que já havia alguém acordado? Ela se levantou e foi até a janela do seu quarto, olhou lá fora, a neve não era mais uma camada tão grossa como antes, o vento apresentava sinais de um clima mais quente. Ela foi ao banheiro, escovou os dentes, resolveu tomar um banho, teria que sair hoje, teria que visitar o Tigre para deixar os sorvetes, que até agora só não tinham derretido porque ela lançara um feitiço refrigerador. Demorou o maximo possível no banho, a água estava tão boa, quentinha… Ela se enrolou-se andou pelo quarto com os pés molhados, molhando o chão até o guarda-roupa.
- Que roupa eu vou vestir?-ela se perguntou.- Na Rússia está frio agora.-ela pegou um vestido de tecido bem leve, crepe preto, sem nenhum bordado, bem simples mesmo, que ia até um pouco acima do joelho, de alcinha. Pegou o seu sobretudo preto, também com a gola peluda,vestiu, analisou a si mesma no espelho e aprovou o resultado. Passou seu perfume e desceu.
- Ninguém acordado.-ela constatou. Pegou algumas torradas passou geléia e comeu, depois tomou suco de abóbora,e se deu por satisfeita, iria avisar Harry que iria sair,apenas para o caso dele ficar preocupado. Mas ele iria pergunta para onde, ela não poderia responder novamente “na casa do Jack” como no natal, aparatar de um país para o outro era muito arriscado, digamos assim… Não era aprovado diretamente pelas leis britânicas. Mas ela tinha licença então sem problemas, o único problema é que ninguém podia saber que ela tinha essa licença, concedida pelo ministério russo apenas para fins profissionais, por tanto se alguém, pegasse ela apartando, ela mostraria a carteira e ficaria tudo bem, mas mostrar para qualquer um como as pessoas da família, era completamente proibido. Não era bom que todos soubessem que havia uma auror russa por ai, principalmente quem ela era. Como ela faria? Ele ficaria zangado se ela não dissesse que iria sair. Não queria mentir.
- Não vou dizer pra onde vou. È a única maneira.-ela se convenceu e subiu as escadas, iria acordar Harry. Ela abriu a porta do quarto dele, e entrou. Ele estava dormindo tranqüilamente, usava sempre apenas a parte de baixo do pijama. Ela sentou-se ao seu lado na cama, todos os lençóis estavam jogados no chão, ele tinha mania de durante a noite se desenrolar e jogar tudo no chão. Quando ela sentou na cama, ele se mecheu tão rápido que mesmo os sentidos aguçados pelo treinamento de auror dela, não conseguiram bloqueá-lo. Harry agarrou o pulço dela e puxou Ginny, que caiu direto na cama, bem ao lado dele, instantaneamente começou a rir. Ele a segurou com os braços cruzados, segurava suas mãos para trás, o que impedia ela de se mexer. E prendeu ela com as costas coladas a ele.
- Pare! Harry pare seu louco, eu estou de bota e tudo.-disse ela ainda sorrindo.
- E se eu disser que não vou soltar?
- Eu vou ser obrigada a fazer você me soltar de uma maneira não muito agradável.
- È mesmo?-ele duvidou.
- Acredite, não me tente a me divertir com você; iria doer muito, em você é claro.-ela disse em um tom ameaçador, mas ainda com um sorriso maquiavélico no rosto.
- Nossa! Agora eu fiquei com medo!- ele ironizou. Ginny sorriu consigo mesma “Você quer brincar? Tudo bem…” E levantou a perna por trás até o joelho dele, depois disse.
- Se você não me soltar o salto da minha bota vai encostar-se violentamente a um lugar não muito agradável, e eu creio que eu posso causar sérios danos, meu salto é agulha.
- Você não teria coragem…
- Não?-disse ela subindo um pouco mais o pé.
- Tudo bem.-disse ele e soltou ela.- Você vai sair?-perguntou olhando o jeito como ela estava vestida.
- Vou.-ela respondeu.-Eu vim aqui justamente para avisar.
- Para onde?- ele perguntou de imediato.
- Segredo.-ela respondeu.
- Fale a verdade.
- Vou resolver negócios, não posso revelar.
- Você não vai me contar?
- Não.-ela respondeu evitando encarar ele nos olhos - Eu não posso.- A expressão no rosto de Harry ficou fria instantaneamente, o sorriso desapareceu do seu rosto, e o olha se nublou. Ginny não tinha mais nada a dizer então saiu do quarto, sobre olhares hostis de Harry. Não tinha outra saída era ele ou o trabalho dela, era melhor que mentir. Ela não esperou nem mesmo chegar ao quarto, aparatou direto do corredor no apartamento do Tigre. Não havia ninguém na sala, nem na cozinha, ela entrou no quarto então, lá estava ele de bermuda na cama, dormindo. O lençol apenas cobria os pés. Ginny olhou procurando Artemis e este estava dormindo, na poltrona, ela foi até lá e passou a mão na cabeça dele, fazendo carinho, em um instante aquele olhos amarelos assustadores, se abriram. Antes que Artemis fizesse um estardalhaço, e acordasse Jack, ela pôs o dedo na frente da boca indicando silencio, deu um abraço em Artemis e disse baixinho:
- Eu trouxe seu sorvete, e sua ração. Está lá na sala.- Ele se levantou e acenou com a cabeça para ela, foi direto para a sala. Ela sentou na cama do Tigre e passou a mão nos cabelos dele.
- Você ainda me deve um beijo.- Ele afirmou sem abrir os olhos, e Ginny sorriu sonoramente, definitivamente este era o Jack.
- E vou continuar devendo, até segunda ordem.
- Isto não é justo! – Ele reclamou abrindo os olhos. Ginny então lhe deu um beijinho na bochecha.
- Satisfeito?
- Não, não era este tipo de beijo!-ele disse com um sorriso no rosto.
- Você não especificou qual era. Pode ser qualquer um.
- Mas eu estou especificando, agora.
- Então eu vou continuar devendo. Mudando de assunto como você sabia que era eu?
- Ninguém pisa tão macio assim como você, nem tem a respiração controlada para não fazer barulho.
- Estou vendo que você não está fora de forma.
- [Sempre alerta]!
- Eu vim trazer, a ração pro Artemis e o sorvete dele.
- [Eu não acredito que você não vai me dar nem um pouquinho!]-disse ele se levantando, e andando com Ginny até a sala.
- [Isso depende do Artemis, o sorvete é dele.] – ela disse.
- Você poderia abrir o sorvete para mim?-perguntou Artemis ironico.
- Desculpe esqueci.-disse Ginny, indo até acozinha e abrindo o pote de sorvete. Jack olhava para Artemis e fazia cara de cachorro sem dono.
- Nem tente me pedir eu não vou lhe dar nenhum pouquinho!
- Por favor, eu sou apenas um pequeno tigre, faminto.-disse Jack e se transformou em Tigre. Artemis é claro mesmo sabendo que era Jack não tinha coragem de negar nada para um Tigre, igual a ele.
- [Tudo bem, você venceu, mas é para você nunca mais me negar nada! Tudo bem?]
- [Sim.]
- Você fala a nossa língua? Eu não sabia!
- [Falo varias linguas, e ainda existe muita coisas sobre mim que você não sabe.]-disse Artemis completamente se achando, e desviando os olhos do sorvete por tempo suficiente para Jack encher uma taça inteira. E Ginny que estava segurando o riso com todas as suas forças, realmente a conversa dos dois estava de matar!
- Vocês realmente nasceram um para o outro, mesmo. – depois de todos servidos de sorvete foram os três se sentar na sala.
- Então Raposa almoça com a gente?
- Não mesmo, imagina se eu vou deixar a comidinha maravilhosa da minha mãe para comer a sua Tigre. [Ta louco eu ainda não quero morrer!]- todos riram inclusive Artemis que quase derramou o sorvete no tapete, para o desespero de Jack que amava o tapete persa.
- Muito engraçado, a senhora nunca provou da minha comida.
- [Senhorita, e para o meu próprio bem pretendo continuar sem provar.]
- [Senhora!]
- Senhora!-gritou Artemis também. E Ginny olhou consternada para ele, fingindo-se de indignada.
- [Até tu Brutus?].
- [Aceite Raposa, ele vai acabar ganhando essa batalha.].- continuou Artemis.
- [Nossa eu estou vendo que é um complô!] – ela disse, mas com um sorriso no rosto, estava se divertindo.
- Senhora Malfoy. – disse o Tigre teimoso em inglês.
- Você é incansável não é?
- Sim!
- Eu não vou casar com você, se conforme.
- Eu ainda tinha esperanças, de poder conviver com alguém civilizado.-disse Artemis cabisbaixo
- [Seu ingrato! Mas mesmo assim eu ainda mantenho esperanças Raposa, você algum dia vai abrir os olhos e perceber que eu sou o Malfoy da sua vida.].
- [Contando que o único Malfoy que eu conheço tirando você e seu irmão e seu tio Lucius, é Draco Malfoy você realmente é o único Malfoy da minha vida.].
- Você admite![EU sabia!]- gritou Jack e Ginny não agüentou e começou a rir, era inútil tentar conversar com ele.
- Por favor, o Sr. e a Sra Malfoy poderiam para de trocar de língua o tempo todo? Falar em um monte de línguas ao mesmo tempo me da dor de cabeça.
- Não adianta discutir com você dois não é?- ela perguntou.
- Não.- disseram os dois ao mesmo tempo.
- Vocês são uma graça. Como eu sou muito boazinha vou prepara alguma coisa para vocês almoçarem antes de ir embora.-e se dirigiu a cozinha, depois de pegar as panelas e olhas nos armários para ver o que tinha e resolveu fazer maçarão. Faria uma macarronada, era rápido e gostoso, mas os dois nem deram as caras na cozinha, até ela chamar.
- Tigres! Vocês acham mesmo que eu vou cozinhar sozinha pra vocês comerem sozinhos?
- Se a gente te responder você jura que não fica zangada nem briga com a gente?- respondeu Jack.
- Vocês são dois grandes caras de pau! Podem vir aqui em ajudar agora, se não, não tem macarronada para ninguém!- disse abrindo o pacote de macarrão e acendendo o fogo com a varinha em menos de dez segundos os dois estavam de prontidão parecendo dois soldados, ela olhou para Artemis e pensou “o que um tigre poderia fazer?” a resposta veio depois de algum tempo “Nada.” Então ela teria que usar só o Jack mesmo.
- Artemis você pode ir, acho que você não vai poder me ajudar em muita coisa aqui.
- Ótimo.- ele sussurrou, mas ela não ouviu.
- Quer dizer que só eu vou trabalhar? E esse ingrato vai comer o meu trabalho?
- [Nosso trabalho]- disse ela se virando de costas e pegando a água para por na panela.
- Muito bem o que eu tenho que fazer?
- Prepare o molho de tomate.- Eles permaneceram na cozinha bastante tempo e só saíram com o prato de macarrão nas mãos, o que por sinal agradou muito Artemis, quando eles puseram o prato na mesa e Ginny já estava pronta para dizer que era sua hora de ir embora, ela ouve um barulho de gente aparatando e se vira para ver quem é, mas não vê ninguém na sala de jantar.
- Não se preocupe dever ser apenas o Antony. Eu não avisei que ele viria almocar aqui hoje?
- Não.
- Desculpe, agora estou dizendo.
- Meu Deus eu já vi que eu não vou embora hoje.-ela disse. Mais um para o complô que havia se formado ali. Ela caminhou até a sala sorrindo, fazia realmente tempo que ela não via todos os seus amigos e Antony era um deles, ela estava com saudades.
- [Antony?]-ela perguntou.
- [Raposa? Nossa quanto tempo!]-ele falou o loiro surpreso.
- [Realmente Pirralho faz muito tempo que eu não te vejo.]- Ginny o chamou pelo velho apelido, pois ele era o irmão mais novo de Jack. Eles se abraçaram e Antony girou Ginny nos braços, até o Tigre dizer:
- [Ta bom Pirralho, já chega.].
- [Ficou com ciúmes, foi irmãozinho?].
- [Vocês são duas crianças!]- ela disse intervindo na conversa ainda sorrindo.
- [Quando você vai dizer para esse Tigre tapado que você prefere a mim?].- perguntou Antony atrevido.
- [Escuta aqui irmãozinho, se você não quiser sair daqui com um adorável olho roxo e ainda por cima, com fome, é bom você ir calando a boca!].
- [Raposa diga para ele qual Malfoy você prefere, e esclareça essa situação logo, diga para ele que eu sou o melhor.]- completou Antony sempre o galanteador, definitivamente ele puxara o irmão em tudo.
- [Na verdade eu prefiro os dois tudo bem? Mas eu não sei qual de vocês tem o ego mais inflado.]
- [Você só fala isso para não jogar na cara deste Pirralho que eu é que ocupo todo o seu coração. Quanto a questão do ego, pra que ser modesto se somos os melhores?]
- [Eu concordo com a segunda parte.].- disse Antony.
- [Chega! Tem espaço para todo mundo aqui no meu coração, satisfeitos? Agora vão os três para mesa.].-disse ela.
- [A comida já está pronta?]. – perguntou Artemis.
- [Já. Então eu já estou indo.].
- [O que? Você não vai ficar?]-perguntou Antony fazendo-se de profundamente ofendido.
- [Não eu tenho que ir.].
- [Não mesmo, agora que eu estou aqui você vai ter que ficar. Puxa vida eu cheguei ontem de viagem e você se recusa a almoçar comigo?]- disse fazendo cara de cachorro pidão. E o Tigre sorria vitorioso, eles não iriam deixar ela ir embora tão cedo, no mínimo ela teria que almoçar ali.
- [Aceite os fatos Raposa você vai ter que ficar.].
- [É raposa aceite, e vamos logo comer.].-falou Artemis apressado para comer.
- [Mas…]-não deixaram ela terminar a frase.
- [Se você for, você vai voltar, você sabe que eu tenho meios para isso, caso queira ou não.].- declarou o Tigre, e Ginny deu um olhar nervoso para o colar no pescoço e o pingente escrito: TIGRE. O que atraiu os olhos de Antony para o mesmo ponto e depois para o pescoço de Jack que tinha a mesma correntinha escrito RAPOSA.
- [Nossa já é compromisso e eu não sabia? Quer dizer que eu não tenho mais chance? Raposa pela primeira vez eu vejo você cometer um erro.]- com isso Jack sorriu, não fazia nem um esforço para parar esse tipo de brincadeira, pelo contrario às vezes até dava corda.
- [Ainda bem que você entendeu!]- disse ele. E Ginny que não tinha entendido a parte do erro apenas perguntou:
- [Cala a boca Tigre. Que erro?].
- [Ter me trocado por esse moreno feio ai. Eu tenho minhas duvidas quanto ao Tigre ter te enfeitiçado ou coisa do tipo, quem em sã consciência troca um loiro lindo por um moreno desse?].- explicou Antony.
- [A gente pode ir comendo logo?] – se meteu Artemis, mas ninguém respondeu a ele.
- [Feio é você! Sua pulga amarela!].- o Tigre disse para o irmão.
- [Parem vocês dois! Eu não troquei ninguém. Vocês continuam sendo os dois Malfoys mais implicantes que eu já vi!].
- [Alguém me ajuda aqui com a comida eu não consigo por no prato.].- falou Artemis suplicante, mas novamente ninguém prestou atenção.
- [Isso quer dizer que você não está com o meu irmão?].- perguntou Antony.
- [Claro que não!].
- [Ainda não.].- Corrigiu Jack com um sorriso galanteador no rosto, para logo depois se virar para o irmão e dizer violentamente – [Viu o que você fez sua pulga albina! Vou te quebrar depois, pode esperar.].
- [Você vai escolher uma hora que eu não esteja aqui para isso, porque enquanto eu estiver neste apartamento ninguém vai quebrar ninguém aqui ouviram?].-ela interrompeu. Mas a atenção de todo foi atraída quando Artemis subiu na mesa e gritou:
- [Certo vocês são três pulguinhas felizes e saltitantes se isso os satisfaz, mas olhem se ninguém me ajudar agora eu vou chutar essa travessa no chão, ai sim eu quero ver o que vocês vão comer!].
- [Não!]-todos gritaram ao mesmo tempo.
- [Agora vocês em ouvem? Método muito mais eficaz de chamar atenção esse meu.].
- [Certo, vamos todos comer logo, porque eu não vou preparar outra macarronada de novo!]- anunciou Ginny rapidamente, e todos se sentaram à mesa inclusive Artemis embora este não usasse talheres. Depois de comerem e todos elogiarem a comida os três de barriga cheia estavam deitados nos sofás da sala, então Artemis foi o primeiro a falar.
- [Agora vocês são três pulguinhas com indigestão, uma loura uma morena e uma ruiva.].-disse depois riu um pouquinho. Depois de tinta minutos deitada ouvindo as piadas do Tigre e de Antony e rindo muito com Artemis, Ginny decidiu que agora já não estava mais tão pesada para aparatar, já se sentia mais leve, todos tinham comido muito.
- [Gente eu já vou, tenho que ir, lá já deve estar tarde.].
- [Não vá agora ainda é cedo.].-disse Jack sem ao menos se levantar da poltrona em que estava deitado, e Antony e Artemis apenas concordaram balançando a cabeça. Ninguém tinha forças para impedi-la, então ela aproveitou, antes que eles se recuperassem.
- [Já vou, talvez eu apareça por aqui outro dia, beijos]-e com isso aparatou novamente em casa no seu quarto realmente já era bem mais tarde lá.

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