GRIFINÓRIAXSONSERINA



-Eu preciso da sua ajuda!
-Uau! Isso é uma coisa que eu jamais pensei que ouviria: Draco Malfoy precisa de ajuda.
-Você vai me ajudar ou não? – Draco exaltou-se.
-Claro! Amigos são pra isso, né. O que voce quer que eu faça?
-Fique amiga da Weasley.
Pansy não respondeu. Aparentemente não tinha palavras para isso. Demorou alguns segundos para que ela se recuperasse do choque e pudesse responder alguma coisa.
-Como assim amiga da Weasley?
-Amiga! Amiga, Pansy! Daquele tipo que saem juntas, se abraçam e contam tudo uma pra outra!
-Draco, - ela começou calma, mas continuou num tom incrédulo – voce pirou?
-Não, não pirei, só preciso saber tudo que acontece com a Weasley, tudo que ela pensa, tudo que ela vai fazer.
-E pra que?
-Não vem ao caso agora. Você vai fazer isso por mim ou não, Pansy?

***

Virei-me para olhá-la. Já devia ser a milésima vez que eu ouvia alguém zombar do fim de seu namoro.
-Não levei pé na bunda nenhum, sua imbecil!
-Ah não! – a loira disse como se tivesse acabado de perceber – Levou uns chifres mesmo.
-Oras, sua loira idiota... – dizendo isso parti para cima da loira sem piedade, já estava cansada das pessoas rindo de mim e dizendo todo o tempo que eu tinha levado um chifre e que o Harry tinha me traído. Eu tinha visto! Não precisava de ninguém pra me contar!
O problema é que a loira tava com duas garotas e eu tava sozinha, então foi fácil pra elas me tirarem de cima da garota e me segurar.
-Soltem ela! – eu ouvi uma voz pouco familiar dizendo com um tom de ordem – Agora!
-E por que nós faríamos isso, Pansy querida? – a loira desviou a atenção do meu estomago, onde, eu tenho a impressão, ela planejava bater e virou-se para Pansy.
-Porque eu to mandando e porque vai ter muita gente com raiva na Sonserina se voce não obedecer.
A loira me olhou pra mim com raiva. Ela, com certeza, não esperava que aparecesse alguém para me salvar. Nem eu esperava por isso. Contrariada, ela me soltou. Não sem antes, claro, dar um forte murro no meu estomago. Caí no chão quando as duas outras meninas me soltaram e coloquei os dois braços ao redor da barriga. As três sonserinas se afastaram e seguiram na direção contraria a de Pansy.
-Você ta bem? – ela perguntou.
Gemi de dor e ela de aproximou de mim. Abaixou-se perto de onde eu estava e me ajudou a sentar e encostar na parede.
-Não é obvio que eu não to bem? Eu acabei de levar um murro no estomago.
-Oh! Você não quer ir à enfermaria?
-Não, obrigada.
-E voce pretende ficar aqui sozinha? Com essa dor?
-Eu não posso ficar com voce, não é? – eu disse com ironia na voz.
-Ué, por que não? – depois de dizer isso Pansy Parquinson sentou-se ao meu lado com as costas encostadas na parede e olhando pra mim.
-Porque voce é Pansy Parquinson, é sonserina e me odeia?
-Ah! Não se engane, nem todos participam dessa rivalidade ridícula.
-E voce quer dizer que Pansy Parquinson, você, não odeia todos os grifinórios do planeta?
-Acho que é isso que eu to dizendo.
-E voce vai me dizer que como amiga do Malfoy voce também não acha todos os Weasley completamente nojentos?
-Eu sou amiga do Draco, não o Draco.
-Oh! É tão estranho ouvir alguém falando dele assim: Draco.
-É porque voce não ta acostumada, mas eu chamo ele assim sempre. Pra mim é mais estranho quando as pessoas chamam ele de Malfoy.
-Acho que é porque um nome faz ele parecer humano.
-Oras! O Draco é completamente humano.
Eu ri. Não é como se eu achasse que ele era uma espécie de ser de outro planeta, mas humanos costumam ter coração e Draco Malfoy parece ter uma pedra no lugar do dele.
-Se voce diz... Mas é que vocês, sonserinos, parecem tão distante do nosso mundo real, sabe, sempre implicando e gerando o caos.
-O caos! Nossa! Essa foi pesada! Eu não me lembro de ter gerado o caos. A maioria dos sonserinos gosta sim de arrumar confusão com outras casas, mas é porque eles se sentem superiores, sabe?
-Vocês não são superiores.
-Eu sei.
Nós ficamos daquele jeito. Naquele silencio meio que... Se entendendo. Foi bizarro! Eu nunca pensei que algo daquilo pudesse acontecer. Eu e uma sonserina sentadas no chão, lado a lado, conversando.
-Escuta, eu vou estudar na biblioteca as duas amanhã, voce não quer ir estudar comigo? Soube que voce tem problemas com Poções e acho que posso te ajudar, não sou a melhor da sala, mas, pelo menos Poções, sempre deu pra tirar.
-Pode ser...
-Então ta fechado. Amanhã na biblioteca.
Ela levantou e me estendeu a mão. Eu ainda olhei desconfiada, mas acho que aqueles minutos juntas me fez ver uma garota diferente dentro da Pansy. Dei a mão para ela e ela me ajudou a levantar.
-Fechado. Amanha na biblioteca. - começamos a andar pelo corredor – To precisando mesmo de uma ajuda em Poções...
E rimos.

***

-Vou. Mesmo sem entender porque.
-O que voce quer que eu faça?
-Sei lá! Tenta estar por perto dela, então, quando ela precisar de voce, voce ataca. Daí voce e ela podem começar a conversar, voce tem tantas amigas, Pansy!
-Nenhuma delas é uma Weasley grifinória.
-Agora vai ser. Vire a melhor amiga dela. Eu quero que ela te conte todos os segredos dela. Depois voce me conta.
-Isso não ta certo, Draco. Mesmo que eu não goste da Weasley, isso não faz o que voce ta fazendo parecer mais certo.
-Eu não estou fazendo nada. Você está.

***

-Oi. – eu devo ter parecido meio infantil, mas eu tive medo que ela dissesse alguma coisa como “Quem te deu o direito de se aproximar de mim, Weasley imunda?”.
-Olá, Weasley, senta aí. Então, tem o que pra hoje?
-Trinta centímetros de Poções, vinte de Transfigurações e quinze de Feitiços, mais o feitiço que eu tenho que praticar. E voce?
-Cinqüenta de Poções, vinte de Transfigurações e Historia da Magia e umas coisas de Adivinhação. Nada tão grave.
Eu ri. Era quase inacreditável como eu podia rir com ela.
-Nós podemos começar com essas seus centímetros de Poções. Sobre o que é?

***

-Ofereça ajuda com as matérias. Eu soube que ela é muito ruim em Poções.
-Como todos os Weasley’s, né?

***

-Então, topa um passeio pelo jardim?
-Ai, Pansy, você me assustou.
-Desculpa. Você vai comigo? Tenho uma surpresa pra voce.
-Surpresa?! Nossa! Eu adoro surpresas!
-Eu sei. Vamos ou não?
-Vamos, claro!
Corremos pelo castelo até alcançar a parte de fora. Uma vez nos jardins, Pansy me conduziu até debaixo de uma arvore onde eu encontrei pãezinhos, suco, doce, sanduíches e varias frutas cuidadosamente colocadas sobre um tecido de quadradinhos vermelhos e brancos.
-Um piquenique! Pansy! Eu adorava fazer piqueniques quando era pequena!
-Eu sei! Por isso preparei esse pra voce.

***

-Descobre o que ela gosta pra poder agradar ela.
-Voce quer que eu agrade uma Weasley?
-Eu quero que voce vire a melhor amiga dela e a melhor amiga dela faz coisas que ela gosta.
-Até onde eu sei, ela só gosta do Potter.
-Cala a boca, Pansy.

***

-Voce não quer falar sobre isso?
-Sobre o Harry?
-É. Você disse que não ficou tão magoada quanto poderia ter ficado. Por que?
-Motivos meus.
-Voce não sentiu nada quando viu ele com a Granger?
-Senti. Senti, claro. Senti uma raiva, um ódio dentro de mim. Acho que deu até pra ouvir meu coração partindo. Eu tava muito apaixonada por ele, eu acho.
-Como assim acha? Ou voce ta ou voce não ta.
-Isso não vem mais ao caso não é? Agora já acabou.
-É. Agora voce está solteira e à procura.
-Solteira e à procura.
-Então vou te ajudar. Vamos! Descreva o homem perfeito.
-Ele é lindo, obvio, é carinhoso, atencioso, romântico...
-Romântico daquele tipo que manda rosas e bombons?
-E ursinhos de pelúcia! É inteligente também e tem que saber me fazer rir. E não quero outro herói, eles costumam ter pouco tempo para voce.
-Então você quer um vilão?
-Não, um vilão não. Mas eu quero um namorado que entenda que eu não vou quebrar se bater no chão.

***

-Ajude-a a superar o Potter e descubra todos os seus segredos.

***

-Se eu te contar uma coisa voce nem vai acreditar.
-Experimenta!
-É sobre seu amigo, o Malfoy.
-O que tem o Draco?
-Eu e ele... Eu e ele... Nós...Bem...Nós...
-Voce e ele é nós, acho que essa parte eu entendi.
-Nós acabamos por cometer alguns erros inaceitáveis.
-Que erros?
-Nós nos beijamos.

***

-ENTAO FOI POR ISSO NÃO FOI, DRACO?! VOCE E A WEASLEY ANDARAM SE PEGANDO! VOCE PERDEU A NOCAO! PERDEU A NOCAO COMPLETAMENTE! É A ÚNICA EXPLICACAO! VOCE É UM MALFOY, DRACO! VOCE NÃO PODE SAIR POR AÍ SE ATRACANDO COM TODAS E QUAISQUER ESPECIE DE SER HUMANO QUE USE SAIAS!
-Do que voce está falando, Pansy? – consegui perguntar depois de ouvir todos os gritos desesperados dela.
-DA WEASLEY! ELA ME CONTOU TUDO! ORAS! POR ISSO QUE AQUELA FILHOTE DE COELHO NÃO MATOU O POTTER! PORQUE O CHIFRE DELE ERA MAIOR QUE O DELA!
-Não grite, Pansy, vai acabar com minha reputação.
-SUA REPUTACAO?! SUA REPUTACAO?! VOCE SÓ SE IMPORTA COM SUA REPUTACAO?! DRACO, E NÓS?
-Que nós?
-NÓS! MERDA, DRACO!
-Shhh! – pedi silencio com o dedo indicador na frente da boca – Essas palavras não ficam bem numa boca tão linda quanto a sua. – levantei e me dirigi a ela, passando os braços ao redor de sua cintura – Não fique pensando nessas besteiras certo, faz o que eu te peço, por favor.

***

-Olha, sobre voce e o Draco, vocês dois formam um casal incrível!
-Não, não formamos! Olha, foi só uma vez, tipo, nunca mais vai acontecer.
-E por que aconteceu da primeira vez?
-Porque... – suspirei – Não sei.
Houve um silencio e de repente uma voz gritou ao longe.
-Ginny! O que você ta fazendo de novo com essa garota? – Dianna falou o “essa garota” com o maior desprezo possível.
-Eu estou com-ver-sando com ela, Dianna. Ela é minha AMIGA.
-Ow! Não, Ginny, eu sou sua amiga, a Mel é sua amiga, a Milena é sua amiga. Essa aí é só uma vadia sonserina.
-Dianna, você não pode falar assim da minha amiga.
-Posso sim! E você também podia antes da lavagem cerebral que essa aí fez em você.
-Não houve lavagem nenhuma, Dianna. Ela me ajudou. Poxa! É tão difícil pra você entender isso?
-É, é sim! Ginny, você está confraternizando com àquelas cobras!
-Não to confraternizando com ninguém, Dianna.
-Você me decepcionou, Ginny. Decepcionou a mim, a toda a sua família e a toda a Grifinória.

***

-Você tem que dar um jeito de tirar àquela morena linguaruda do meu caminho, Draco. Isso se você ainda quer que eu continue amiga daquela Weasley. A morena abusada é um perigo pra gente.
-Eu sei o que posso fazer pra acabar com àquela amizade. Mas eu preciso saber se a Weasley confia suficiente em você pra confiar mais em você que nela.
-Não sei. Acho que se eu me fizer de vitima da moreninha, ela vai dar razão pra mim. Não sei.
-Ganhe a confiança dela. Faça-a acreditar que a Dianna esta procurando briga e você não quer. Depois eu te explico o meu plano.
-O que você vai fazer, Draco?
-Voce verá. Pansy, você vai jogar no sábado contra a Grifinória.
-Não posso eu sou só reserva de artilheira e eu jogo muito mal.
-Eu vou dar um jeito no Paul. Não importa se a gente perder. Você vai jogar!

***

-Voce vai jogar? Que máximo, Pansy!
-Eu sabia que você ia gostar de saber. Lá na Sonserina ninguém ta muito feliz não: o Paul joga bem melhor que eu. O Draco, que é capitão, que disse que quem jogava era eu e pronto.
-O que houve com o Mccói?
-Parece que algum fantasma o atacou e ele ficou com tanto medo que entrou em choque. Agora só fica naquela cama olhando pro nada. Os pais dele vieram aqui ontem e parece que vão levá-lo pro St. Mungus.
-Um fantasma?
-Dizem que o Dumbledore desconfia do Barão Sangrento. Mas o Barão diz que se tivesse sido ele o Paul não teria sobrevivido.
-Nossa! – fiquei sem palavras. Às vezes eu esquecia de onde Pansy era - Então, te vejo no jogo né?
-Claro! Mas lá, já viu ne, to contra você.
-To sabendo! A Grifinória não ia me perdoar se por ser minha amiga eu te desse uma folga. Por isso, amanha, vou marcar mais gols que você. – eu disse em tom de brincadeira.
-Só nos seus sonhos, Ginny! – Pansy falou também sorrindo.

***

Os capitães apertam as mãos e a goles é lançada ao ar. Direto nas mãos de Virginia que passa como um raio por July e Yohana. È, meninas, se vocês quiserem ganhar vão ter que ser mais rápidas. Ela vai em direção aos aros, nem bala para essa menina. Mas talvez um balaço pare, porque ele ta indo na direção dela. Boa jogada, Weasley! Ela passa a goles para Dianna e desvia do balaço. Dianna para Gina. E a Grifinória marca! 10 a zero em menos de cinco minutos de jogo!
A July pega a goles, mas não por muito tempo. A ruiva voa bem, joga bem e a ruiva ta de novo com a goles. Essa ruiva é um perigo! Opa! Acho que o Lex percebeu isso e os dois parecem decididos a derrubar a ruiva da vassoura. Com tantos balaços em cima dela ela não pode voar. Mas a Dianna pode! E é com ela que ta a goles agora, voando direto para cima do Petter. Em outras circunstancias talvez ele até gostasse, mas eu acho que ele não quer essa morena por perto agora. Mas Pansy também parece decidida a manter a morena longe e alcança a morena. A sonserina ta tentando tirar nossa artilheira da vassoura, mas é bem fraca a substituta do Paul. Acho que a Sonserina deve ta sentindo muita falta dele agora. Mas Pansy foi pra ci...
Nossa! Que queda! Direto no chão e com força! E pelo visto o Potter quer parar o jogo. Pelo que parece o Malfoy ta concordando com isso. Os capitães descem do céu pra ver o que houve. Ela parece muito mal mesmo. O jogo está parado. A madame Pomfrey ta entrando no campo. Isso vai ser sério pra Dianna. A Pansy já foi levada pra ala hospitalar. O Malfoy e o Potter parecem conversar. Eles apertam as mãos e, senhoras e senhores, os times levantam vôo sem a Dianna. Aparentemente o Potter deu uma dura nela por derrubar a Pansy e a colocou pro chuveiro mais cedo. Os times estão de volta, Potter e Malfoy estão em busca do pomo e July vinga a queda da amiga e 10 a 10! Mas o Malfoy parece ter visto algo porque ele ta indo bem rápido passando por essas nuvens. Definitivamente ele viu algo. Mas como foi rápido esse Malfoy. Seja o que for que ele viu ta na mão dele e a Madame Hooch apita e o jogo terminou.

***

-Pansy? Como voce ta? – perguntei quando entrei na enfermaria.
-Parece que eu passei a noite numa cama cheia de pregos.
-Pelo que Madame Pomfrey disse você ta bem mais quebrada do que se tivesse dormido numa cama feita de pregos.
-Eu não sei como eu caí daquela vassoura. – Pansy choramingou – Vocês perderam o jogo por minha causa?
-Não, nós ganhamos o jogo.
-Vocês ganharam?
-Ganhamos. Eu peguei o pomo assim que voltei pro céu.
-Nossa! Vocês com seis e eles com sete? Engula isso, Potter!
-Você foi perfeita!
-Ta doendo! – ela choramingou mais.
-Vai passar.
-A Weasley veio me ver?
-Ainda não. Você acordou rápido, só eu tive permissão pra te ver porque sou capitão e já tenho que ir embora. Vim só ver como voce estava. Vamos comemorar a vitória lá nas masmorras.
-Ótimo, mande parabéns ao resto do time pra mim – ela disse enquanto eu me levantava e ia em direção à porta da enfermaria – e Draco, - eu virei pra ela parado na porta – voce é um grande apanhador.

***

-Dianna! Eu preciso falar com voce! – falei quando vi Dianna saindo do vestiário, eu tinha ficado esperando do lado de fora ate vê-la.
-Agora?
-Agora. É sobre o que voce fez no jogo.
-Ah! De novo? Olha, o Harry já falou comigo, ok? Ele já deu todas as broncas que tinha que dar.
-Voce tem que me ouvir, Dianna. O que voce fez, foi ridículo, foi desprezível. Eu não esperava isso de voce. – tentei mostrar o quanto estava decepcionada.
-O que? – ela parecia incrédula.
-Não foi certo.
-Eu não fiz nada. Olha, ela veio pra cima de mim, eu só revidei. Só que ela caiu. Eu não sei como. Ela caiu!
-Eu sei porque. Ela caiu porque voce foi com tudo pra cima dela.
-Ela veio com muito mais força em cima de mim!
Nesse ponto nós duas já estávamos gritando na porta do vestiário da Grifinória.
-Então porque ela caiu e voce não? Ela não caiu de propósito. A Pansy não faria isso.
-Então é assim? Antes eu era a sua amiga, mas agora, a Pansy é a Senhora Perfeição.
-Não é assim. Simplesmente é que voce passa o tempo todo tentando destruir a Pansy. Eu posso e quero ser amiga das duas.
-Não, não pode.
Ela fechou a cara e se virou sem falar mais nada. Saiu correndo para dentro do castelo.

***

-Ola! – falei assim que vi os olhos de Pansy se abrirem.
-Oi. – Pansy tinha a voz rouca e fraca e Madame Pomfrey havia me alertado sobre ela não poder falar muito.
-Voce lembra de alguma coisa que aconteceu?
-Lembro que não é pra chegar perto de voce.
-Como?
-Não chegar perto da Ginny. É só isso que eu lembro.
-Droga! – murmurei mais pra mim mesmo que pra ela.
-O que, Ginny? – Pansy tinha me ouvido.
-Foi por minha causa que voce foi atacada. Desculpa.
-Não tem porque se desculpar. Não foi voce que fez isso. Aquilo é um jogo. Tenho certeza que ela não quis realmente fazer isso.
-Eu tenho certeza que quis sim. – Pansy estava sendo bem mais complacente que eu no caso da Dianna.
-Srta. Weasley, eu preciso que a srta se retire para que a srta Parkinson possa descansar. – Madame Pomfrey disse ao aparecer com uma poção roxa berrante.
-Sim, Madame Ponfrey. Descanse, Pansy. Amanhã venho te ver e vou tentar te arranjar alguns doces também.
-Obrigada, Ginny. Você é uma amiga incrível. Eu não quero que nada mude isso. – ela terminou apontando para mim e ela.

***

-Nossa! Quanta coisa! – falei ao entrar na enfermaria onde Pansy estava deitada.
Ao meu redor havia revistas e jornais e flores e varias roupas e coisas pequenas em vários tons de rosa que algumas de suas amigas deviam tê-la dado. Pansy estava sentada só lendo uma reportagem em uma revista feminina excessivamente rosa quando eu entrei.
-Ola, Draco. – ela abaixou a revista e pegou um pacotinho que eu não tinha visto ao seu lado – Quer?
-Não sabia que voce já tinha voltado a comer doces. Ate onde eu lembro voce vive em uma dieta rigorosa. – falei rindo.
-Foi a Weasley que fez. – ela empurrou o pacote para mais perto enquanto eu sentava na beirada de sua cama. – Ela disse que foi muito difícil afastar os elfos tempo suficiente da cozinha.
Peguei um biscoito que tinha uma estranha forma de carinha e pus na boca. Era doce, e eu não gostava de doces, mas era bom, era um doce muito bom.
-É bom. – constatei em voz alta olhando para Pansy.
-Eu notei. Ela disse que a mãe faz quando um dos irmãos está doente e também comentou que foi muito difícil conseguir a receita. São de chocolate.
-Eu odeio chocolate. – afirmei mesmo tendo consciência que Pansy já o sabia.
-Eu sei. Chocolate também faz muito mal pra minha dieta. Mas eles são realmente muito bons.

***

-Ginny, você não vai falar com a Dianna?
-Sobre...? – ergui os olhos do livro que lia na biblioteca.
-Sobre voce duas e essa briga sem sentido. – disse Melissa com seu ar de quem sabe de tudo.
-Não tem briga sem sentido. A Dianna não acha que seja possível que eu seja amiga dela e da Pansy ao mesmo tempo. Ótimo. Eu vou ser amiga só da Pansy então.

***

N/A: Senhoras e senhores, vocês não precisam dizer que esse capitulo ta uma droga. Acreditem: Eu sei. Atualmente eu me encontro mal humorada e cansada. Hoje eu passei boa parte do dia sem net, porque minha prima abusada tava usando minha net pra ouvir musica, então eu conectei bem tarde e cinco minutos depois tive que sair para jantar, então meu tio pegou a net. Ela é minha, mas eu sou a ultima na lista, entendem?
E hoje eu recebi uma detestável ligação. Eu e minha irmã estudamos no mesmo colégio só que em unidades diferentes. Minhas amadas férias terminam segunda, as dela só terminam na outra semana. Vejam bem: Mesmo colégio. Pois é, as férias acabaram. Deu ate pra adiantar essa fic nas férias ne? Três capítulos. Mas acabou! Não há o que fazer. A não ser lamentar o fim, a net e o capitulo ruim. Eu estou em crise de novo. Nas minhas crises em que eu fico cheia de problemas e começo a querer a achatar o mundo para que ele deixe que ser desse jeito tão redondo. Eu quero um mundo quadrado!
Fazer o que né?
A propósito, será que algum dos leitores tem habilidade em festas surpresas? Eu to precisando de ajuda com o ponto “convidados”.
Vocês querem salvar uma pessoa do suicídio? Esses aí em cima não são nem metade dos meus problemas. Esse é um serio risco que eu corro. Mas vocês podem me ajudar! Reviews, amores, reviews, muitas reviews. A única coisa que me deixa mais feliz que ler as reviews de vocês é responder as reviews de vocês. É muita felicidade e é isso que eu to precisando. Sejam almas caridosas, sim?
PERGUNTA: Qual a pior mentira? Contem queridas contem.
Agradecimentos especiais para alguém. Eu procurei, mas não achei o nome da pessoa que me falou essa mentira. DESCULPA! Se foi você, por favor, review avisando que eu vou ter o maior prazer em retificar isso, no próximo capitulo. A mentira é uma amiga falsa.
Musicas do capitulo: My love and Sexy back (versão do programa da MTV, EMA ou VMA não lembro) do Justin Timberlake; Call me when you’re sober do Evanescence; I write sins not tragedies do Panic at the disco (final quando eu já tinha recebido o telefonema, tava sem net e cheio de gente a casa e meus problemas tomando proporções catastróficas).
-Olha quem está ali! Se não é a pobre Weasley! Coitadinha! Levou um pé na bunda do testa-rachada – disse uma sonserina alta, loira e grande.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.