Bem vindo à casa dos Black.
N/A: Pessoal me desculpem, mas o capitulo ficou enorme, mas não teve jeito erma muitos personagens para introduzir nesse capitulo e muitas situações diferentes. Mas vale a pena ler até o fim já que quase todos os vilões parecem nesse capitulo. E a melhor parte está no final. Obrigado pelos comentários espero que gostem da minha visão da família Black.
Bem vindo à casa dos Black.
Grimmauld Place n° 12, Londres. Esse é o endereço da casa dos Black, uma antiga e tradicional família bruxa. Essa noite Os Black estavam dando uma festa, na verdade uma pequena recepção para poucos bruxos considerados dignos pela senhora da casa. Porém qualquer trouxa que passasse na porta do casarão não notaria nenhum sinal de festa, na verdade não notaria coisa alguma, pois nem mesmo a casa poderia ser visível à alguém não-bruxo.
No interior da residência as pessoas estavam reunidas numa ampla sala, com as paredes forradas com tapeçarias e quadros, a maioria retratos de membros da família que sorriam para os convidados. Num canto da sala alguns instrumentos musicais haviam sido encantados para tocarem sozinhos e geravam uma melodia lúgubre, acima desses instrumentos, numa parede de pedras lavradas, havia seis cabeças de elfos domésticos empalhadas. Essa era uma antiga e sinistra tradição de família, decapitar as pobres criaturas quando elas já estavam velhas demais para carregar uma bandeja.
Bem perto dali o casal anfitrião, o Sr. e a Sra. Black, recebiam os cumprimentos dos convidados.
A Sra. Black era uma mulher alta e corpulenta, de cabelos negros com uma sinistra mecha branca no meio. Tinha os olhos negros e saltados e ressaltava-os ainda mais usando uma grossa sombra negra sob eles. Sua boca era pequena espremida entre as bochechas fartas. Nesse momento esta senhora estava muito insatisfeita com o marido ao ver um convidado em particular: “Bartô Coruch? Você convidou Bartolomeu Crouch?”. Perguntou ela ao marido sibilando as palavras entre os dentes.
O Sr. Black era um homem de meia idade charmoso e bonito os cabelos compridos até os ombros eram grisalhos, tinha porte atlético e garboso, os olhos eram acinzentados e frios, possuía ainda uma barba curta e bem aparada, negra como a noite que contrastava com a cabeleira sedosa e cinza que lhe caia sobre a testa de uma maneira que agradava muito a maioria das mulheres. Ele respondeu à esposa: “Sim, qual é o problema? Bartô Crouch é um bruxo de sangue puro e assumiu um cargo importante no ministério, tenho interesse em me aproximar dele.”
“Pois, não devia faze-lo, pelo menos não nessa noite” disse a mulher e continuou: “Ele é o tipo de bruxo que aceitaria até se juntar com trouxas se isso o fizesse subir na carreira política e essa noite o que eu havia planejado, não inclui de forma alguma alguém tão fiel ao ministério”.
O marido olhou-a muito sério e respondeu seco: “Então você deveria compartilhar os seus planos comigo”.
Não houve tempo para a réplica da esposa já que Bartô Crouch e sua mulher estavam agora na frete do casal Black. O convidado estendeu a mão ao Sr. Balck e o cumprimentou educadamente elogiando a casa e a festa, embora sua mulher lançasse olhares de reprovação à bizarra coleção de cabeças de elfos.
A Sra. Black os olhou com desprezo e disse na sua voz desagradável: “Como vão as coisas no Ministério, Crouch? Já elaboraram um plano para nos livrarmos dos trouxas, ou algo que impeça os mestiços de andarem no meio de bruxos de verdade?”
O Sr. Crouch ficou desconcertado com a pergunta, já conhecia a fama dos Black, mas não espera ouvir esse tipo de comentário tão abertamente.
Percebendo o desconforto de Crouch, o Sr. Black interveio tentando aliviar a tensão: “Ora, Crouch, veja só minha esposa apesar de ser uma bruxa muito talentosa não consegue perceber que os trouxas são um inconveniente com o qual temos que conviver, e que a mestiçagem é um mal que cabe as famílias resolver, não é coisa com a qual o ministério deva se preocupar. Mas esqueçamos a política e os trouxas, me diga como vai a família? E o pequeno Bartô Crouch Júnior?
O Sr. Crouch se sentiu aliviado por não ter que emitir sua opinião sobre trouxas e respondeu ligeiro: “Ora nosso filho está muito bem, obrigado. E os seus onde estão os garotos?”
A Sra. Black chamou com um sinal um pequeno menino de cabelos negros e lisos, que estava sentando numa cadeira bem próxima deles.
“Aqui esta Régulo, será nosso orgulho esse rapazinho” Disse ela, afagando os cabelos do menininho. A Sra. Crouch achou que aquele gesto de carinho não combinava em nada com aquela mulher. Mas o gesto foi breve e logo ela retirou a mão dos cabelos do garoto.
“E o mais velho onde esta? É Sirius o nome dele, não é mesmo?”
“Deve estar por aí” Disse o Sr. Black com indiferença, mas o rosto da esposa dele se torceu numa expressão medonha. A Sra. Crouch até se assustou e deu um passo para trás.
A Sra. Black urrou: “Monstro!”. Logo um elfo doméstico, com orelhas de morcego e nariz trombudo, apareceu instantaneamente.
“Sim, minha senhora, aqui estou para servi-la” disse a criatura com uma vozinha rouca e desagradável.
“Traga Sirius aqui”.
Os sons da festa chegavam abafados à escura e cavernosa cozinha da casa, suas paredes de pedra e o teto baixo davam um aspecto pouco confortável, mas era lá que Sirius, o filho mais velho dos Black, estava comendo algumas guloseimas entre o vai e vem de elfos domésticos.
O garoto se parecia muito com o pai, o mesmo porte elegante e o cabelo sedoso caído sobre a testa. Só que os de Sirius ainda eram negros. Ele estava sentando num dos degraus de pedra no canto da porta. Estava ali porque não gostava muito das festas que sua mãe dava, principalmente por causa dos convidados, gente arrogante e preconceituosa. A maioria das vezes eram só velhos pedantes de quem Sirius deveria ouvir conselhos. Quem dera fossem todos como seu tio Alphard, uma das poucas pessoas da família com quem Sirius gostava de conversar. O problema era que o tio havia sido expulso da família. E o garoto tinha que se corresponder com ele em segredo.
Porém a carta que Sirius tinha nas mãos, e que lia agora sentado no degrau, não era do seu tio. Ela era de Hogwarts e dizia:
Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts
Diretor: Alvo Dumbledore
Prezado Sr. Black,
Temos o prazer de informar que V. As. Tem uma vaga em nossa escola, Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.
O ano letivo começa em dois de setembro.
Atenciosamente
Alvo Dumbledore.
Diretor.
O Garoto havia recebido a carta naquela manhã, mas ainda não tinha lido, já sabia do que se tratava, como membro da família Black ele estudaria em Hogwarts, na casa Sonserina. Ele não desejava seguir os passos de sua família por isso ir para Hogwarts não o empolgava muito. Mas enquanto se vestia para a festa ele lembrou que passaria maior parte do ano na escola e pelo menos estaria longe daquela casa onde tudo era desagradável desde as pessoas até a mobília.
Agora ele estava mais contente em ir para Hogwarts, havia levado pena e tinteiro para a cozinha para escrever uma carta para seu tio Alphard. A cozinha foi escolhida porque sua mãe nunca botava os pés lá.
“Jovem mestre, sua mãe o chama”.
Sirius ouvia a desagradável voz de Monstro o elfo doméstico preferido de sua mãe.
“Bah! Diga a ela que eu estou ocupado”.
“Ela quer vê-lo imediatamente e meu deu ordens para leva-lo”
“Pois eu não vou agora” disse Sirius tirando os olhos do pergaminho e encarando Monstro. O rapaz percebeu que o elfo avançou em sua direção com uma expressão contrariada no rosto. “O que foi? Vai me arrastar a força? Tem coragem de colocar essas mãos imundas em um Black?” Sirius usou bem as palavras porque o Elfo parou no meio do movimento. O garoto continuou “Já imaginou o que sua mestra vai pensar ao ver um Black ser arrastado por um elfo no meio dos convidados? Com certeza sua cabeça iria para a parede antes da hora”.
“Eu daria minha cabeça com orgulho se minha senhora assim desejasse” Monstro disse isso, mais começou a tremer indeciso entre acatar a ordem da Sra. Black e desrespeitar um membro da família.
“Tenho certeza que você arrancaria a própria cabeça por ela, já fez coisas piores, mas ela nunca o perdoaria se fizer a família passar por uma vergonha dessas” Sirius provocou mais.
O elfo contorcia os braços indeciso e os olhos estavam se arregalando. O menino acabou penalizado e disse com raiva: “Ta bom seu imprestável, estou indo. Vai lá avisa-la de que estou a caminho”
Monstro não se mexeu apenas se acalmou e disse: “Vou acompanha-lo até lá”
Sirius bufou aborrecido enfiou o pergaminho no bolso, empurrou Monstro com violência e saiu andando batendo os pés, com o elfo em seus calcanhares.
Logo chegou a sala onde estavam reunidos os convidados foi passando bruscamente entre eles sem cumprimentar nenhum. Logo estava na frente da mãe.
“Onde você estava?” Disse ela, e sem dar tempo para Sírius responder o arrastou para uma saleta ao lado, fez isso discretamente, mas segurando o seu braço com tanta força que Sírius se esforçou para não chorar. Era uma ocasião especial, pois ela não costumava ser discreta quando fazia crueldades.
“Você não pode ficar aqui e parecer um pouco com um Black, veja só o Regulo bem mais novo que você e já sabe se comportar.”
“Eu na fiz nada”
“Até quando não faz nada, você erra!” A mulher tinha os olhos faiscando.
Sirius estava calado, mas sustenta um olhar firme encarando e desafiando a mãe.
O pai de Sirius apareceu na porta da saleta e disse: “Oh! Você esta aí... Venha, os irmãos Lestrange chegaram” Depois voltou sumindo da porta sem nem olhar para o filho.
“Agora vamos e não faça nem fale besteiras” Disse ela dando mais dois safanões no braço do filho enquanto caminhavam de volta para a sala.
Sirius, esfregando o braço dolorido, acompanhou a mãe até dois jovens altos que estavam se servindo de taças de vinho.
“Rodolfo e Rabastan Lestrange! A sua presença é um bom sinal. Estou certa?”
Os dois rapazes beijaram a mão da Sra. Black. O mais velho, Rabastan, disse: “A senhora parece animada, acho que não vai se decepcionar. Esse garoto deve ser o jovem Sirius.”
O garoto apenas acenou a cabeça e ficou calado.
Rodolfo, o mais novo, cutucou o irmão e apontou para um dos convidados. Tanto o olhar dele quanto o da Sra. Black acharam o alvo e não gostaram nem um pouco do que viram.
“Bartlomeu Crouch aqui? Mas o que significa isso? O que vocês pretendem?” Rabastan pareceu irritado e preocupado com a presença do bruxo do ministério.
A Sra. Black estava furiosa e disse: “Foi um engano do meu marido, não se preocupe darei um jeito dele ir embora, fiquem tranqüilos” Ela se virou para os outros convidados novamente e disse com uma voz astuta: “Sírius chame as suas primas por favor quero apresenta-las a esse jovens”.
O menino ficou aliviado por sair de perto da mãe, ao caminhar pela sala ele se demorou olhando para Crouch. Ficou curioso: “Se os amigos de sua mãe não gostavam dele, era porque algo de bom ele devia ter” Pensou o garoto.
Ele chegou até as três primas. A mais nova era da mesma idade que Sirius, seu nome era Narcisa, possuía uma longa cabeleira loira dourada a pele branca como neve uma beleza suave. Belatriz, a do meio, era morena com a pele mais escura se parecia com Narcisa só que com as feições mais marcadas, também era muito bonita. A mais velha era Andrômeda era alta e de corpo perfeito, um pouco menos bonita que as irmãs, cabelos escuros como os de Belatriz. Tinha um olhar meio vago. Sirius gostava muito dela.
Junto com as três estava um outro garoto. Loiro com o cabelo comprido, amarrado em um rabo de cavalo com um laço negro. Tinha os olhos acinzentados e frios e mantinha um constante meio sorriso nos lábios.
“Como vai Malfoi?” perguntou Sírius se dirigindo ao garoto.
“Estou bem Black. E você?”
“Vou indo” Depois se virou para as primas: “Minha mãe quer falar com as três”
Elas se despediram de Malfoi e caminharam até a tia. Sirius não voltou com elas, preferiu ficar ali com Malfoi do que voltar para perto da mãe. Sabia que ela aprovaria se ele ficasse perto de Lucius.
“Então você vai para Hogwarts esse ano?”
“Vou”. Disse Sirius de forma fria.
A Sr. Black Apresentou com entusiasmo as três sobrinhas para os irmãos Lestrange.
“A Andrômeda eu já conheço de Hogwarts, jogamos juntos no time de quadribol da Sonserina” Disse Rodolfo Lestrange.
Andrômeda concordou, realmente conhecia Rodolfo e parecia não gostar muito dele.
“Belatriz e Ciça, são muito novas, mas Andrômeda já está em idade de arrumar um pretendente”. Disse a Sra Black
Andrômeda disse em protesto: “Já disse para minha mãe, e vou repetir para a senhora. Não quero casamento arranjado, esse tempo já passou. Vocês tiveram casamentos assim, mas eu não. Estou fora!”
A Sra. Black estreitou o olhar, e o fixou em Andrômeda, dizendo pausadamente: “Não há mal nenhum em te apresentar alguns rapazes de boas famílias” Calou-se por um segundo e continuou ainda com o olhar fixo na sobrinha: “Se deixarmos por sua conta vai acabar com um sangue ruim ou pior, com um trouxa”.
Andrômeda sustentou o olhar e disse: “Está tentando ler a minha mente? Nossa família tem um talento natural para oclumancia e eu sou muito boa nisso, portanto pode desistir”.
“Depois discutiremos isso. Agora por favor seja agradável com os convidados eu tenho algo a fazer” Disse a Sra. Black, enquanto se metia entre os convidados ainda desconfiada de Andrômeda.
A moça teve que ficar algum tempo dando atenção aos irmãos Lestrange. Enquanto suas irmãs disfarçaram e saíram de fininho indo se juntar à Malfoi e Sirius.
“E então Bela, o que os Lestrange queriam?” Perguntou Malfoi.
“Só baboseiras sociais, como se minha irmã se interessasse por bruxos respeitáveis.” Disse Belatriz e continuou mudando o assunto: “Então Lucius teremos mais dois calouros na Sonserina esse ano” E apontou para a irmã e para o primo.
“Nem sabemos se eles vão para a Sonserina” Disse Malfoi com desdém.
“Todos os Black vão para a Sonserina seu tolo” Respondeu Belatriz.
“Não me chame de tolo, Bela!” Respondeu ele irritado.
Nesse momento a conversa foi interompida, pois a Sra. Crouch começou a gritar. O braço dela estava cheio de enormes bolhas vermelhas.
“Me perdoe por favor, eu só queria mostrar esta jóia da família, me esqueci do feitiço contra roubo... perdoe-me” Dizia a Sra. Black com a cara deslavada.
Crouch correu para acudir a mulher e a Sra. Black disse: “Acho melhor leva-la para o St. Mungos. Não encontrarei o contra feitiço a tempo”.
E assim para felicidade da dona da casa e alívio dos Lestrange, os Crouch se foram embora da festa.
Belatriz ria da cara da pobre mulher, Narcisa estava indiferente achando a mulher uma idiota sem noção.
Sírius disse: “Isso foi coisa da minha mãe para mandar Crouch embora, só porque os Lestrange não queriam ele aqui”
“Pois a titia mandou bem”. Disse Bela ainda rindo.
Lucius tinha ficado calado encarando Sirius, remoendo suas palavras. Subitamente disse: “Crouch assumiu um cargo importante no ministério, li no profeta diário... Os Lesrtange... claro!” Sua mente perspicaz estava funcionando.
“Os Lestrange estavam com medo dele, por conta do Lorde das Trevas”.
Os olhos de Belatriz brilharam: “Os Lestrange estão com ele Lúcio?”.
“Bem ouvi Rodolfo se Gabando disso ano passado num treino de quadribol, mas acho que era o irmão dele quem tinha conseguido se aproximar do Lorde”.
Belatriz olhou novamente para os Lestrange, que ainda conversavam com Andrômeda.
“Do que vocês estão falando? Quem é esse tal lorde?” Perguntou Sirius.
“Você é muito pirralho para entender essas coisas Sirius” Disse Belatriz.
“Ele é um visionário o homem que vai mudar o nosso mundo” Disse Lúcius.
“Eu teria coragem de me juntar a ele” Disse Belatriz
“Como se ele fosse querer uma pirralha como você”. Sirius disse aquilo meio sem saber sobre o que estava falando, queria só irritar a prima.
Nesse instante, alguns convidados foram deixando a festa, meio assustados com o que tinha acontecido com a Sra. Crouch, numa casa como aquela cheia e artefatos das trevas, muitos tiveram medo de tocar em algo e se virem azarados acidentalmente.
Mas isso não aborreceu a Sra. Black pelo contrario serviu para selecionar melhor as pessoas que restaram, essas sim mereciam ver o que estava por vir.
Depois de mais algum tempo a Sra. Black conversou reservadamente com Rabastan Lestrange. Lucio Malfoi não tirava os olhos deles.
Assim que a conversa terminou, os jovens foram mandados para uma outra parte da casa, Andrômeda e Narcisa preferiram ir embora usando pó de flu, mas Malfoi suspeitou de algo e resolveu ficar e Belatriz que costumava acompanhar Lucius em suas armações ficou também.
Meia noite o sino da porta tocou, Sete figuras encapuzadas passaram pela entrada e se dirigiram para a sala que teve as portas trancadas.
Sirus conhecendo a casa atravessou uma passagem secreta até a saleta onde tinha levado a bronca da mãe. Lucius e Belatriz foram com ele. Lá ficaram tentando ouvir a conversa escondidos atrás de uma estante.
Na sala a música havia parado, os homens encapuzados estavam agrupados no centro e os convidados da festa faziam um meio círculo a sua volta.
Um dos homens retirou o capuz, era alto de cabelos escuros. Parecia ter sido bonito, mas seu rosto era magro com as bochechas fundas e os ossos da face muito marcados a pele sem vida e pálida, os olhos possuíam um estranho brilho vermelho.
A Sra. Black se aproximou e disse sorrindo: “Tom Ridlle, É uma honra recebe-lo em minha casa” Ela achou que estava falando com o rapaz que a bajulava para conseguir vender ou comprar objetos das trevas. Mas esse rapaz havia mudado bastante os seus modos depois que ficou mais velho.
O homem não sorriu de volta, pelo contrario pareceu furioso. “Você já deveria saber que eu não uso mais esse nome”. Ergueu a varinha, ameaçadoramente, com os dedos magros e compridos.
“Agora me chamo Lorde Voldemort” Quando disse o nome as luzes diminuíram a intensidade por um instante, todos sentiram um calafrio.
A Sra. Black estava pálida. E o homem a encarando com os olhos vermelhos disse: Agora repita:
Ela disse gaguejando “Lorde Voldemort” e sentiu um arrepio sinistro.
Voldemort se virou para todos e disse; “A simples menção desse nome já deve causar medo em todos os corações... Se preferirem podem me chamar de Lorde das trevas como fazem meus seguidores”.
A Sra. Balck disse hesitando: “Eu o convoquei aqui para dizer que apoiamos a sua causa”.
“Sim... estão dispostos a matar e morrer pela limpeza de nossa raça?” Perguntou Voldemort em tom de desafio, como quem duvida. E continuou: “Está se aproximando a hora em que eu vou atacar abertamente os trouxas... Faltam só mais alguns preparativos, logo não teremos mais que nos esconder pateticamente, ficar nos privando de utilizar magia para não incomodar os vermes... Sim, eu estou prestes a me tornar o maior bruxo que já existiu e vou realizar o sonho de vocês. Mesmo vocês sendo covardes demais para se juntar a mim... Porém sua ajuda financeira será muito bem vinda”.
Os convidados começaram a cochichar indecisos sobre o discurso, a maioria deles se julgava a melhor coisa do mundo e não gostaram de ser ratados daquela maneira.
Voldemort deu um sorriso macabro e disse: “Ah seus tolos, seu eu precisar de algum de vocês eu os obrigo a me ajudar, porque quem recusar encontrará a morte”.
O Sr. Black disse irritado: “Você é um convidado aqui, deve respeitar esta casa, somos uma família antiga e de sangue puro”.
Voldemort se virou para ele erguendo a varinha. “Ah sim Black, eu já espeva que você não fosse querer lutar para manter a pureza dos bruxos, mas talvez seus filhos queiram, ainda não é a hora em que atacarei com força total. Quanto ao respeito...” Um Lampejo saiu da varinha de Voldemort, O Sr, Black não esperava e não teve tempo de se defender. Logo ele estava de joelhos se contorcendo de dor.
Vodemort disse com a voz sibilando como uma serpente: “Vocês são sangue puro, mas eu sou mais do que isso... eu sou mais do que humano, estou num nível bem acima do que meros mortais como vocês”.
Na saleta Sírius deu um pulo tentando correr para ajudar o pai, Malfoi tentou segura-lo. Mas foi Belatriz quem interveio: “petrificus totalis”
Sírius caiu duro atrás da estante derrubando alguns livros sobre seu corpo.
“Bela você não podia fazer magia” Sussurrou Malfoi.
“Com a casa cheia de bruxos das trevas você acha que o ministério vai pegar minha magia” respondeu a garota também sussurrando
Voldemor percebeu o barulho. Mandou dois lacaios até a saleta que voltaram trazendo Lucius e Belatriz pelos braços. Monstro ajudava o Sr. Black a se levantar ele fez menção de erguer a varinha, mas os bruxos que acompanhavam Voldemort já o tinham na mira.
O pai de Lucius disse alto: “Acalmem-se é o meu filho é só um garoto”.
“Cale-se” disse Voldemort fitando profundamente cada um dos dois jovens.
“Eles são alunos?” disse perguntando a Lestrange.
Rodolfo apenas confirmou com a cabeça.
O Lorde das trevas ordenou que todos saíssem, Malfoi pai ainda tentou argumentar mas foi expulso da sala como os outros.
Com a sala vazia Voldemort começou a caminhar ao redor de Belatriz e Lucius.
“Vejo que já sabem quem eu sou” Disse ele agora fitando seus rostos com atenção.
“Vocês são alunos da sonserina. Sabiam que eu sou descendente de Salazar o seu herdeiro?” Os dois ficaram mudos.
“Voldemort deu um meio sorriso. “Se vocês são fieis à sonserina,devem ajudar Lestrange, ele é meu homem em Hogwarts... Nem preciso dizer que isso é segredo. Apesar de Dumbledore já desconfiar. Pois bem, esse é o último ano de Rodolfo na escola, ano que vem o posto estará vago e pode ser de um de vocês...”
“Pode contar comigo” Disse Belatriz com um brilho nos olhos, Malfoi apenas acenou com a cabeça.
Dumbledore estará de olho em Lestrange por isso pode ser necessário que vocês tenham que ajuda-lo. Façam o que ele disser. E Lembrem-se que suas famílias estarão aqui fora longe de Dumbledore. O velho tolo pode tentar persuadi-los a passar para o lado dele.
“Eu nunca ficarei do lado daquele velho idiota amante de trouxas” Disse Belatriz com convicção.
Lucius apenas disse de um modo surpreendentemente frio: “Sabemos que seremos recompensados se formos leais senhor, e estamos doidos para ver os sangue ruins terem o que merecem”.
“E sabem que se me trairem receberam castigo à altura...Você parece ser um jovem promissor Malfoi”.
Belatriz sentiu uma inveja terrível e Voldemort percebendo as emoções da menina disse: “Você é uma jovem vibrante, mas é preciso cautela e acima de tudo discrição”.
“Faremos tudo que o senhor mandar” Disse a garota.
“Então farão tudo que Lestrange disser. E a partir de agora me chamarão de Mestre”.
Na saleta Sírius não ouvia nem via nada dessa conversa, já que estava coberto pelos livros.
Os outros bruxos retornaram à sala por ordem do Lorde das trevas.
Voldemort se virou para eles e disse: “Meu recado foi dado e nem preciso lembra-los que tudo o que aconteceu aqui é sigiloso”. E começou a se retirar. Abraxas Malfoi disse: “Meu filho ainda é muito novo”.
Voldemort gargalhou e disse: “Sim ele é. E eu sei de suas limitações, mas ele se tornará um bruxo bem melhor do que o senhor, e vou acompanhar a educação dele bem de perto.” E dizendo isso se foi embora com seus seguidores inclusive os irmão Lestrange.
Por algum tempo pairou o silencio na sala, depois os comentários começaram a surgir, a maioria reprovava os métodos de Voldemort apesar de apoiar suas idéias. Mas rapidamente a Sra. Black deu um jeito de despachar os convidados e encerrar a festa. Não sem antes ameaça-los sutilmente caso a visita do Lorde das trevas fosse comentada fora daquela sala.
Após a partida do último convidado os Black se recolheram. Monstro ainda fez uma inspeção pela casa antes que os elfos começassem a limpeza. Ele viu Sírius paralisado atrás da estante, mas o ignorou. Somente quando já amanhecia é que um outro elfo doméstico ao arrumar os livros caídos encontrou Sírius e o libertou do feitiço.
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