Nem tudo muda!



*Lumus*
Desculpa!
E o minimo que devo pedir pra vocês é Desculpaaaa... XD
O cap. tava pronto a um tempinha ja, so que, eu, ainda não havia encontrado uma folga aki no pc pra poder postá-lo (meu querido e adorado irmão o monopolizou completamente =/ ) e so agora q to podendo postar o cap....
Espero q vcs gostem...
B-jus p/ todos que ainda estão acompanhando a fic... e muito aobrigadinho por aguardarem...
Ah! e as meninas Vih Potter e Nai Bentes - mTr* que pediram, aqui o site delas: www.confession-mtr.weblogger.com.br
Boa iniciativa meninas!!! Parabéns!
*nOx*

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A paisagem era a mais perfeita que ela já tinha visto e tinha uma ligeira certeza de que nunca viria um lugar tão lindo quanto esse. O lugar mais parecia um santuário de tão bonito. Flores de todas as formas, tamanhos, cores e cheiros se espalhavam pelo lugar dançando a brisa fria que parecia acariciar cada uma, exaltando seus cheiros. Logo em seguida fazia o mesmo com os cabelos rubros dela que se destacavam naquela paisagem campestre. Fechou os olhos sentindo aquela sensação única. Caminhos de pedras brancas recortavam o jardim de grama baixa, indo em direção a uma única fonte de mármore branco, imponente no meio de toda aquela exuberância. A água que saia de um conjunto circular de aves, que pareciam sustentar a imagem de uma deusa muito bem esculpida, era a mais cristalina que ela já vira. Olhou para seu corpo e vira que não somente o mármore era branco, mas seu longo vestido de seda pura, recortado com displicência após as coxas, também era branco. Seus pés delicados, descalços sentiam ora a grama pouco gélida, ora o tapete maciço de pedra. Parou diante da imagem e viu que ela tinha seus traços, o formato de sua boca, seus olhos, o nariz. Era como se ver em um espelho em preto e branco. Ficou um tempo admirando sua própria imagem quando sentiu a presença de alguém se aproximando, virou-se depressa e abriu um largo sorriso. Com uma bata de manga comprida e calça de pano simples igualmente brancos, se encontrava Harry Potter. Sorrindo com a mesma intensidade que a ruiva, se aproximou dela e a pegou nos braços rodando-a no mesmo ponto, fazendo com que ela dessa uma gargalhada de pura satisfação. Parou de rodá-la a contemplando com bastante vigor. Hesitou, mas a beijou com carinho. Gina retribuiu com sinceridade. Após um tempo reconfortante, apenas com os lábios selados, separaram-se e Harry indicou a fonte para que se sentassem na borda, Gina confirmou sorrindo.

Harry a abraçou fortemente contra seu corpo e Gina não sabia explicar, mas uma sensação de perda a invadiu. Olhou profundamente nos olhos de Harry, como se estivesse pedindo uma explicação para o que estava sentindo crescer dentro de si, mas ele desviou o olhar e levantou de seu lado ficando de costas para ela, parecia olhar para algum ponto distante. Gina o imitou e quando ficou de frente para ele viu que estava de olhos fechados. Sentiu um movimento ao seu lado e percebeu que ele havia esticado seu braço esquerdo puxando lentamente a manga da blusa para cima. Gina olhou curiosa sem entender o que estava acontecendo e notou que havia algo ali e antes mesmo que ele mostrasse todo seu ante braço ela já havia entendido o que era. Levou rapidamente as mãos à boca abafando uma lamúria de medo, indignação e incredulidade quando ficou a mostra a imagem de uma cobra saindo da boca de uma caveira queimada a fogo no braço do homem que mais amava no mundo. Olhou relutante para os olhos dele e ficou igualmente horrorizada quando viu que no lugar dos olhos verdes-esmeralda encontravam-se olhos vermelhos como sangue. Balançando a cabeça negativamente se afastou dele em passos vacilantes, Harry deu um passo em direção a ela que recuou rapidamente dando passos firmes para trás. Harry sorria tão carinhosamente que para ela era difícil acreditar que tudo aquilo estava acontecendo.

Para completar seu horror, saindo de trás da fonte, caminhando elegante e superiormente, vinha o Lorde das Trevas sorrindo falsamente, com uma longa manta preta, em total contraste com o ambiente. Agora era impossível não deixar que várias lagrimas de dor escorregassem pelo seu rosto. Voldemort parou um pouco atrás de Harry depositando sua mão esquelética no ombro do rapaz, olhando ameaçadoramente para Gina.

- Lhe darei o universo Potter, contanto que mate... a Deusa da Aurora Vermelha. – falou o Lorde das Trevas o suficientemente alto para que Gina ouvisse, sorrindo malignamente.

Lentamente tudo foi ficando escuro. As flores foram morrendo, os zéfiros já não brincavam no jardim bem cuidado. Uma substância vermelha que lembrava sangue jorrava dos pássaros que viravam serpentes. A deusa angelical que ocupava o centro da fonte havia se transformado em uma gárgula de espécie demoníaca, com grandes olhos vermelhos. Gina olhou para Harry que ainda sorria carinhosamente, soltou um grito de dor levando as mãos aos cabelos os puxando com grande intensidade, mas não era sua cabeça que estava doendo, mas sim seu coração que parecia estar sendo esmagado por grandes garras.

Harry deu um passo em sua direção no mesmo momento que seus olhos brilharam intensamente e Voldemort soltava uma gargalhada sombria.

- AHHHHH!!! – Gina acordou sobressaltada, seu coração parecia que ia sair pelo peito de tão forte que batia. Sentia que seu rosto estava sem sangue, que ela toda parecia estar morta de tão gelada que estava. Olhou ao redor no mesmo momento que seus olhos enchiam de lágrimas, demorou a lembrar onde estava quando seus olhos pousaram sobre uma almofada vermelha com as bordas douradas com um lindo lírio branco e um bilhete aberto em cima.

Com as mãos ainda trêmulas pegou o pequeno pergaminho, enxugou algumas lágrimas que caiam por sua face antes de abri-lo.

São longas as horas que passo sem ti. Cada folha que cai, sinto-a como uma lágrima de saudade.
A minha alma, como uma árvore que se prepara para o inverno, encontra-se quase despida do manto de ternura que me deixaste da última vez que estivemos juntos.
Já preciso da Primavera que é a tua presença.
Do Sol que é o teu sorriso, das estrelas que são os teus olhos, dos pássaros que são tuas palavras e das flores que são teus beijos.
Só as tuas benditas mãos me podem massagear a alma de tão tolhida que está pela aridez da tua ausência.
Vem para mim com a inexorabilidade do Tempo, para que não falhes.
Aguardo-te com a impaciência do renascimento.


Foi impossível não deixar que uma lágrima escorregasse pela face clara e doce de um coração tão puro de amor.

Com o pergaminho apertado tão carinhosamente na mão se levantou, caminhando devagar pegou sua varinha de cima da mesa “Pretende me azarar?” Sorriu. Claro que ela não pretendia, apesar de que à vontade de fazê-lo para que ele não fosse embora era muita. Mas ela conhecia o homem por qual havia se apaixonado. Intimamente sentia o mesmo desejo que ele. Queira a tranqüilidade eterna ao seu lado e o agradecia do fundo da alma por se importar tanto com a felicidade dos dois.

Sabia, mesmo que não houvesse explicações para tanto, mas sabia que seu destino era estar ao lado eternamente do homem, que para uns é “o eleito”, “O menino que sobreviveu”, mas para ela é e sempre será, somente, Harry Potter.

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Incomodada pela péssima posição que escolheu para dormir, não sentiu e muito menos escutou umas respirações fortes, pesadas e um pouco alta de mais para ser a de bichento, ao seu lado. Com a intenção de buscar uma posição mais confortável, percebeu que a sua cama estava pequena demais. Esticou um dos braços para o lado e o bateu em uma coisa dura, apalpo-a e reconheceu como a parede. Esticou o braço para outro lado e antes que pudesse identificar no que ele bateu, um ronco maior que os anteriores a fez arregalara os olhos de susto. O rosto de Rony estava tão perto do seu que, se quisesse e tivesse cabeça para tanto, ela poderia contar todas as sardas de seu rosto. Prendeu a respiração rapidamente com tal visão. Fechou os olhos, segundos depois os abriu, o rosto de Rony ainda estava a sua frente. Fechou-os mais uma vez, os comprimindo com grande intensidade fazendo com que muitos pontinhos brilhantes aparecessem, como numa explosão, abriu um dos olhos e o fechou rapidamente quando viu que as sardas de Rony ainda estavam lá, bem nítidas.

Com os olhos fechados, tentando fazer com que sua respiração voltasse ao normal, pedindo para que aquilo fosse apenas um sonho e não importava que fosse bom ou ruim, contanto que estivesse apenas sonhando, a lembrança, que outrora se escondia nos interiores de seu sub-consciente, dela puxando Rony pela gola da camisa e grudando seus lábios ao dele sobressaltou em sua mente resultando, no que achou ser, sentir o gosto dos lábios do ruivo. Um friozinho gostoso perpassou por sua barriga fazendo surgir um sorriso envergonhado no rosto.

Com a intenção de não acordá-lo, pelo fato de não querer, ainda, encontrar com aqueles olhos azuis cheios de perguntas e intenções, se arrastou ate a ponta da cama e se levantou. O tornozelo ainda doía, mas não o suficiente para lhe impedir de andar. Foi ate a porta com um pouco de receio de que ela ainda estivesse sobre os encantamentos da Sra. Weasley, girou a maçaneta e após ouvir um click a porta se abriu e ela sorriu aliviada.
Olhou ao redor, o quarto estava uma bagunça. Os Tênnis de Rony e suas botas jogadas a cantos diferentes, uma corda esticada da cama bagunçada e num ângulo diferente ate a janela aberta. Bem, não estava tão bagunçado, mas ela não gostava de bagunça, no entanto teria tempo suficiente para arrumar o quarto de modo que se sentisse confortável.

Olhou para Rony, ele ainda estava na mesma posição e dormia pesado. Sentiu o friozinho na barriga se acentuar abrindo um largo sorriso.
Era estranho ver ele deitado ali na sua cama, tão concentrado no sono. Era mais estranho ainda lembrar que um dia ela o considerava apenas um amigo. Amigo? Ele era bem mais que um amigo, agora. No entanto sempre o olhou como um, mas no fundo sabia que ele não era e nem ela queria que fosse apensa um. Desde quando gostava de Rony? Ou melhor, quando percebeu que seu coração batia forte por outra coisa que não fossem livros? Difícil dizer.

Teria sido no quarto ano quando ele falou a coisa mais absurda que ela já ouvira saindo daquele legume insensível “Hermione, você é uma menina...?” Claro que ela era uma menina. Será que ele tinha levado quatro anos para notar isso? Era bem provável. Ela havia sentido raiva dele naquele dia, o suficiente para lhe desejar que não conseguisse um par para aquele maldito baile e que fosse sozinho e visse com quem ela estava, quem era seu acompanhante e morresse de raiva por isso. Mas ele foi obtuso o suficiente para fazer com que ela ficasse com mais raiva dele. Agora ela sabia que aquilo era um absurdo. Raiva de que? De ele ter percebido só naquele momento que ela era uma garota? Ou raiva por ele não tê-la convidado para ser sua acompanhante naquele baile de inverno? Se ele houvesse pensado em tal possibilidade ela aceitaria, mas diria que era um favor de amiga, mesmo sentindo um grande prazer por aquilo.
No 6º ano deles em Hogwarts percebeu que Rony a estava tratando com carinho e maior cumplicidade que nos outros anos e aquilo era muito bom, ela mesma estava diferente quanto ao tratamento que não conhecia vindo do ruivo. Ela sorria mais, e muitas vezes notava que não estava prestando a máxima atenção nas aulas lembrando ou imaginando momentos sem grandes brigas ao lado dele. Lembrou que nunca tinha se sentindo tão sozinha quando soube de Gina que ele estava internado na enfermaria por ter tomado hidromel envenenado no dia de seu aniversário. Naquele dia não havia conseguido dormir direito, pois era difícil não lembrar dele inconsciente, falando palavras desconexas naquela cama. Aquele dia ela nunca iria esquecer. Mas também não esqueceria dele beijando, a um canto da sala comunal da Grifinória, Lilá Brown, mas pareciam duas enguias se enroscando do que um casal curtindo a adolescência. Isso fez com que o monstro que ressurgiu na noite anterior cravasse suas enormes garras em seu estômago. O friozinho gostoso que estava sentindo deu espaço a uma raiva incandescente quando lembrou o motivo de estarem ali, de tudo ter acontecido, dela ter beijado pela primeira vez alguém que valesse estar ao lado pelo resto da vida. Respirou profundamente com os olhos fechados e quando os abriu não sentiu mais raiva e sim uma felicidade incondicional que despontava do seu interior. Apesar da bronca que levara da Sra. Weasley, apesar da vergonha que fez a outra garota, que nunca lhe tinha feito nada, passar, apesar de pensar em uma possibilidade de matar seu outro amigo, Vitor Krum, por tê-la a induzido a fazer o que ela não queria, mas se ela não quisesse realmente, não teria feito, ela era Hermione Granger, a garota que não se deixava levar por simples palavras que não pudesse tirar conclusão realistas afirmativas de que algo poderia acontecer, ela queria fazer aquilo, apenas desejava, se desse errado, por a culpa em alguém que não fosse em si. Apesar de tudo, ela estava ali, olhando para o garoto de nariz adunco, sardas, cabelos vermelhos, de humor incrivelmente pateta que a fazia rir mesmo quando não demonstrava, amigo verdadeiro que nunca decepcionava, o homem que ela escolheu para viver ao lado mesmo que nunca soubesse ou demorasse a saber desde quando o havia escolhido para
isso.

Andou ate o guarda-roupa, pegando algumas roupas, uma par de sandálias e seu roupão decidida a tomar um banho, mas não ali, em outro lugar, no quarto dos gêmeos talvez. Antes de sair olhou para o ruivo que havia dado um ronco ainda maior virando para um lado, em seguida saiu e fechou a porta sem fazer barulho.

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Ainda podia lembrar nitidamente todos os detalhes, ornamentados especialmente para ela, do salão comunal da Grifinória quando abriu os olhos e viu a sala de sua casa.

Ouviu uns rugidos vindo da cozinha e logo em seguida a Sra. Weasley apareceu, enxugando suas mãos em uma pano velho, olhava para a filha com um sorriso meigo no rosto. Gina sorriu para a mãe aliviada, tinha quase certeza de que a mãe não iria recebê-la sorrindo, mas sim com uma cara furiosa que Gina conhecia bem e falaria para quem quisesse ouvir que ela não deveria ter feito aquilo, que aquele era seu aniversário e que não deveria ter sido mal educada em deixar todo mundo preocupado em saber onde e com quem ela estava. Mas a mãe sorria.

- Remo nos contou tudo. – falou a Sra. Weasley. Gina apenas sorriu como resposta rumando para a escada. – E por que você está assim, minha filha?

- Apenas tenho cansaço e sono. – respondeu ela pisando no primeiro degrau – Vou tomar um banho e dormir um pouco, eu desço para o café, acho.

- Pensávamos que iria ficar mais alegre depois de vê-lo. – colocou a mulher antes que a filha chegasse ao andar de cima. Gina parou, respirou profundamente e virou-se para encarar a mãe.

- E estou. Tudo vai ser diferente agora. Tenho promessas para cumprir. – e subiu para seu quarto.

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Desceu um lance de escada sorrindo bobamente, lembrando da noite anterior, segurando um emaranhado de roupas junto ao corpo e nem percebeu que outra pessoa subia a escada com o mesmo sorriso bobo no rosto.

- Bom dia Hermione! – Gina lhe disse. De susto fez com que o par de sandálias que segurava displicente na mão caísse, quicando nos últimos degraus ate o andar de baixo.

- Ah! Oi Gi. Bom dia! – saltou os últimos degraus pegou suas sandálias hesitando olhar para a ruiva.

- Pra onde você vai? – Gina perguntou olhando curiosa para as roupas no colo da amiga.

- Eu? – Gina confirmou com um aceno de cabeça. – Vou... vou tomar um banho.

- Hum! – Gina parecia considerar o que Hermione havia falado. Levou uma das mãos ate o queixo apoiando-a na outra. – E por que aqui embaixo se no meu quarto tem banheiro.

- Por que? – perguntou Hermione alarmada. Gina franziu o cenho a olhando de lado não entendo o por que da amiga estar tão desconcertada. Hermione hesitou um pouco a aquela expressão da ruiva, por fim, soltou um bufo de derrota, tentando não ficar com a cara de boba de outrora – É uma longa história. – sentiu o rosto corar e percebeu que a amiga tinha percebido, pois a feição de Gina ficou ainda mais confusa. – Talvez eu possa lhe contar mais tarde.

Gina continuava com a cara de desentendimento.

- Gina! Você viu o Harry! – Hermione achou melhor falar quando viu que a ruiva ia continuar com aquele “interrogatório”. – Foi se encontrar com ele, não foi? Como ele esta...?

- Calma Mione! Uma pergunta de cada vez. – falou a ruiva voltando a expressão cansada em seu rosto. Por alguns segundos sua curiosidade superou a lembrança de ter estado com Harry há pouco tempo.

- Ok Gi! Desculpe. Mas... – Hermione estava preocupada demais para notar que Gina não estava com vontade alguma de falar sobre o moreno de olhos verdes naquele momento.

- Sim Hermione. Ele está bem. Um pouco cansado com tudo que esta acontecendo, mas está bem. O mesmo cabelo despenteado, os mesmo olhos verdes, a mesma cicatriz. O mesmo Harry de sempre. – Gina parou de falar olhando para um ponto do assoalho, sorrindo fracamente.
- Não era bem sobre isso que eu estava perguntado... Mas você não parece estar tão bem quanto imaginei que estaria. Pensava que iria lhe encontrar dando pulos de alegria. – falou Hermione transpassando um tom de pena na voz.

- Talvez me veja assim quando ele voltar de vez. – Gina começou a caminhar em direção ao quarto de Carlinhos que ainda não havia desocupado.

- Oh, Gi! Veja pelo lado bom. Pelo menos você o viu, esteve com ele, mesmo que por algumas horas. Isso so demonstra que Harry não lhe esqueceu, que...

- Também penso o mesmo. So que é difícil se acostumar com o fato de que ele é e sempre vai ser o herói, antes de ser o Harry Potter.

- E é ai que você se engana. – Gina parou a porta com a mão na maçaneta quando virou para Hermione com uma expressão de incompreensão. – Harry nunca foi só o herói, como sabemos, e nunca vai ser. Mas ele sempre será a pessoa que se acha no dever de fazer com que o mundo fique melhor, tanto para ele quanto para todos e principalmente para as pessoas que eles mais ama. E foi por esse Harry que você se apaixonou. O Harry que vai ate o fim para conseguir o que quer, a sua tão sonhada tranqüilidade.

- É! Você tem razão.

Mas antes que Hermione pudesse confirmar, Gina já havia escorregado para
dentro do quarto e trancado a porta.

Pensando na pequena conversa que teve com a ruiva e na felicidade que ainda sentia queimar dentro de si, ficou com remorso. Mesmo com o que ouviu Gina falar ainda estava feliz pelo o que havia acontecido na noite anterior e aquilo poderia indicar egoísmo, apesar de que ela não se sentia assim. Na verdade se sentia mais não queria que aquele sentimento ruim engolisse a felicidade que ela, há muito tempo, procurava. Entrou no quarto ao lado, o quarto que Harry havia ficado meses antes, sentindo que o friozinho, que ainda estava ali, virar incomodo ao lembrar que a qualquer momento iria encontrar com Rony e não sabia qual seria sua reação diante dele e do que passaram na noite anterior.

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Não sentia desejo algum em esclarecer, a amiga, detalhes de como Harry estar, na verdade, não queria voltar à realidade de uma vida sem ele.
Deitou-se na cama, ainda segurando o pequeno pergaminho que ele havia deixado, pensando em tudo que conversaram, nas coisas que não perguntou por não estar disposta a ouvir o que não queria, e o que esqueceu de fazer e perguntar por estar perdida, mais uma vez, naquela imensidão verde que era os olhos de Harry. Esse era seu ponto fraco. Os olhos de Harry e tudo que ele explicava apenas com o olhar, mesmo não fazendo nada como isso, mas, ali, naqueles olhos verdes, ela poderia ler o que quisesse sobre a vida daquele garoto que tinha tudo para se tornar grande, mas, ao invés disso, apenas queria uma vida sossegada, ao lado de quem realmente valesse a pena estar, ao lado dela. Gina riu com esse pensamento.

- Como você se sente, heim Gina Weasley! – falou olhando para o teto.
Após um tempo se levantou, não sentindo a mínima vontade de toma banho. Sentou, jogando o corpo para o lado, afundando sua cabeleira mesclada de vermelho e mel no colchão. A cama estava tão quentinha e convidativa, que seria um desperdício gastar um bom tempo tomando banho ao invés de ficar naquela cama, olhando para o teto, usufruindo a sua maciez, lembrando do melhor presente de aniversário da sua vida. Mas o corpo e os cabelos, cheios de fuligem, exigiam que ela tomasse um banho e mesmo assim ainda tinha o vestido que ganhara dos gêmeos, queria guardá-lo para o resto da vida como um prova concreta de que seus irmãos, ainda possuíam, uma sensibilidade que poucos acreditariam que tivessem.
Sorrindo, levantou-se, mais uma vez, da cama. Olhou para o pergaminho em sua mão e voltou a lê-lo, consumindo cada palavra, cada virgula com vigor, chegando a uma conclusão. Tudo que estava escrito ali podia ser verdadeiro, podia ser o que ambos sentiam, mas no fundo, ela sabia que não tinha sido ele que escrevera aquelas palavras. Eram bonitas, profundas e sentimentalistas demais para que fossem escritas por um garoto como ele. Não que ela não tivesse gostado. Tinha e muito, mas ainda assim preferia que ele tivesse falado de sua aparência em relação ao pomo de ouro. A determinação em pegá-lo para ganhar e terminar com o jogo. Muito semelhante ao que viviam, sendo que a determinação era para ficarem juntos e dessa forma ganhar o jogo de suas vidas, com exceção, que ela, nunca, jamais, terminasse. Respirou fundo tirando o colar que ganhara dele o pondo delicadamente em cima da mesinha ao lado da cama.

- Bom! O que vale é a intenção. – dobrou o pergaminho e o colocou ao lado do colar. Pegou o roupão e uma muda de roupas sorrindo mais ainda.
Saiu do quarto fechando a porta devagar para não chamar a atenção de Hermione que estava no quarto ao lado, porém, pelo fato de tentar fazer o mínimo de barulho possível, pode ouvir um outro barulho vindo do quarto, parecia música. O bichinho da curiosidade começou a percorrer mais rápido seu corpo na medida que ela se aproximava da porta, e o som se elevava. Abriu a porta o mais lentamente possível, colocou sua cabeça para dentro quando o barulho da água voltou a encher o quarto e arregalou os olhos de espanto. Ela presenciava um momento que nunca viu em toda sua vida, nem em Hogwarts e nem em casa, Hermione cantava. E o mais estranho de tudo, mesmo que não houvesse estranheza maior do que ouvir a amiga comportada cantando, era perceber que ela estava feliz. “Feliz? Mas com o quê?” Pensou. Fechou a porta rapidamente quando o barulho de água parou.

- Estranho! Muito estranho! – falou subindo dois degraus de cada vez com dificuldade.

Com os pensamentos ainda na amiga que cantava, tentando encontrar uma resposta convincente para si mesma sobre o acontecido, chegou em seu quarto escancarando a porta ao entrar e a batendo surdamente logo em seguida, passando direto para o banheiro, desse modo, não notando que havia algo diferente ali, ou uma pessoa que não deveria estar ali.
Despiu-se com cuidado para não danificar o vestido e olhou ao redor procurando, uma escova de cabelo. Não encontrou, lembrando que as suas estavam no outro quarto, lá embaixo, mas sabia que Hermione tinha alguma em suas coisas e soltando um bufo de desaprovação pela falta de memória dos detalhes do ritual que era seu banho, colocou o roupão e saiu do banheiro desejando que encontrasse logo algo que pudesse desembaraçar os longos cabelos para voltar o mais rápido possível para a cama quente e macia que a esperava...

- GINA! – assustou-se com o grito vindo atrás de si, levando as mãos à boca para reprimir o grito que soltou. Virou a cabeça para a direção possível do chamado.

- RONY! – não pode conter outro grito de susto quando viu seu irmão deitando em sua cama com olhos tão esbulhados quase do tamanho de pratos, segurando um pedaço do lençol na altura da boca e tão vermelho quanto Gina não lembrava de tê-lo visto. – Ma... QUE MERDA VOCÊ
ESTA FAZENDO AQUI?

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A canção que cantava era uma das poucas que se deu ao trabalho de perder tempo em ouvi-la e decorá-la ao invés de estar consumindo cada palavra de seus grossos livros. Não era nem feliz e nem alegre. Falava de um romance que havia acabado, nada haver com a historia que ela desejava viver ao lado do ruivo, mas so pelo fato de cantar e expressar dessa forma o que estava sentindo, era bem melhor do que ficar com um sorrido bobo pela casa e ser abordada por perguntas constrangedoras, como fora por Gina.
Já havia se enxugado e colocado às roupas quando ouviu gritos vindo do andar de cima. Abriu a porta, enquanto enxugava seus cabelos, quando ouviu Gina gritar:

- SAI AGORA DAQUI, RONY!

Paralisou com um pé para fora do quarto de olhos arregalados ao perceber aonde Rony deveria estar. Como ela não poderia ter previsto isso quando topou com Gina na escada? Será que ela perdida nas lembranças maravilhosas da noite anterior, não chegou à conclusa de que alguém poderia subir e ver Rony deitado em sua cama, ferrado no sono? E se fosse a Sra. Weasley? Que idéias ela teria da garota agora? Foi tirada dessas conclusões precipitadas por barulho de passos vindo da escada, não teve reação de voltar para dentro do quarto se trancando lá ate se encher de coragem para encarar os outros, quando seus olhos se encontraram com os de Rony.

Rony estancou na escada, a três degraus para chegar ao patamar, olhando para Hermione que não poderia estar mais linda. Sentiu o rosto ficar quente e desejou que o mesmo não estivesse vermelho, mas era impossível não demonstrar seu desconforto depois do que aconteceu entre eles. Olhou para o chão pedindo para Mérlim que ela falasse alguma coisa, mesmo que fosse apenas um “bom dia”. Voltou a olhá-la e percebeu que o rosto da amiga estava ficando visivelmente corado. Sentiu vontade de rir, de descer aqueles últimos degraus, pegá-la nos braços depositando um dos belos beijos que haviam dado outrora. Mas não. Não tinha nem coragem de falar alguma coisa, imagine fazer isso. Respirou fundo olhando ao redor e de vez enquanto para ela, que parecia tão petrificada, quanto ele sobre a situação. “Fale alguma coisa seu imbecil”. Pensou, percebendo que ela, definitivamente, não falaria nada.

Com as palavras certas já formuladas, Rony já ia abrindo a boca quando Hermione cortou o contado visual olhando para cima.

- O que houve? – perguntou ela, voltando a enxugar os cabelos, tentando parecer o mais tranqüila possível.

- Quê? - perguntou Rony abobado por não saber ao que ela se referia.

- O que foi que você fez para Gina gritar daquele jeito? – voltou a falar sem encarar o ruivo.

- Ah! Isso? – Rony sem perceber deixou seu ombro cair alguns milímetros para frente, com um pouco de desolação.

- Claro! O que poderia ser então? – Hermione o olhou descrente com as
sobrancelhas erguidas, mas logo em seguida desviou o olhar para as pontas visíveis de seu cabelo.

Será que aquilo era uma deixar para Rony comentar o que ocorrera entre eles na noite anterior? Rony não soube entender, mas se Hermione o estava tratando com a mesma “meiguice” de sempre, ele que não iria mudar a forma de tratamento para com a amiga.

- Não sei! Será que não foi por culpa sua? – Hermione o olhou desentendida. – Acho que você deveria ter a mínima consideração de me chamar quando amanheceu e não ter fugido do quarto me deixando lá para que qualquer pessoa pensasse besteiras.

- Mesmo se eu quisesse lhe acordar não conseguiria, por que você dorme que nem uma pedra. Uma pedra que ronca muito por sinal. Será que você não tem noção de tempo? Ah! Esqueci-me. Você não tem noção de nada. – Hermione falou empinando o nariz e olhando seriamente para Rony.
Rony desceu os últimos degraus. Aproximou-se um pouco de Hermione respirando profundamente e parou a uma pequena distância da garota. Um tom de vermelho berrante consumia suas orelhas mais ainda, porem não era de vergonha ou algo assim, mas de raiva, pois era isso que seu olhar demonstrava.

- Eu teria noção de tempo se não tivesse amanhecido a vendo dormir. A pedra aqui pode roncar, mas ela ainda tem um pouco de sensibilidade.
E com isso foi embora deixando Hermione com um gosto amargo na boca e uma vontade imensa de correr atrás do ruivo lhe pedindo desculpas. Mas, ela deu meia volta, com os olhos cobertos por uma camada fina de água, e se trancou no quarto quando viu Gina a olhando com uma cara de pena do alto da escada.

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Rony parou em frente à porta de seu quarto sentindo o peito arfar de raiva. Definitivamente não era esse tipo de conversar que desejava ter com Hermione depois do ocorrido. Havia pensando o resto noite, enquanto ela dormia, sobre como seria sua reação na manha seguinte e no resultado de todo aqueles anos de discussões e brigas. Mas não foi bem que isso que aconteceu. “Perdi meu sono à toa!” Pensou dando um soco com as duas mãos na porta e apoiando a cabeça na mesma logo em seguida.
Ficou parado na mesma posição por um longo momento pensando em tudo que havia acontecido desde a noite anterior ate aquele momento. Por que era tão difícil para ela aceitar o que havia acontecido se ele havia entendido muito bem? E como havia! A lembrança de Hermione o puxando pela gola da camisa e selando seus lábios aos dele o fazia rir toda vez que invadia sua mente. Aquele beijo foi o melhor que dera em toda sua vida. Mesmo que não tivesse beijado tantas garotas, na verdade fora apenas uma, mas se sentiu como se nunca beijasse alguém tão maravilhosamente bem.

*Flash back*

E em um movimento repentino, Hermione, puxou Rony pela camisa e colou seus lábios no dele. E pelo o que parecia, ela queria continuar do mesmo ponto que pararam. O que foi muito bem aceito por ele.
Rony levou suas mãos a nuca da garota, se ajoelhando a sua frente, a trazendo para mais perto de si. Hermione arrastou-se um pouco para a extremidade da cama fazendo com que Rony ficasse entre suas pernas, deixando-se levar por aquele acesso de desejo que a consumia. Para uma garota extremamente movida pela razão não era bem assim que ela estava se comportando quando suas mãos percorreram as costas largas do ruivo. Era tão bom estar ao lado de quem realmente gostava e fazendo o que tinha vontade. Era inacreditável que estivessem se beijando depois de gritos de ofensas que se lançaram. Mas eles eram assim, sempre foram assim desde que se conheceram no Expresso de Hogwarts. Sempre brigavam e logo em seguida, ou não, pediam-se desculpas não diretamente, por que a palavrinha “desculpa” nem sempre saia da boca dos dois. E não seria diferente naquele momento. Diferente? È. Estava sendo bem diferente sim.
Quanto tempo já havia passado desde quando Hermione tomou a iniciativa, não sabiam dizer e nem se importavam tanto com aquilo. Estavam sozinhos, em um quarto trancado e fazendo o que mais desejavam fazer desde um bom tempo, de que serviria saber as horas se não um perda de tempo naquele momento. Mas quando as mãos de Rony já não se contentavam mais com a nuca de Hermione e desceram cautelosas a cintura da garota, apertando delicadamente o lugar, um sensor de alerta apitou na cabeça da morena, sinalizando que estava ficando quente demais para um simples beijo. Levou suas mãos, que outrora se perdiam nas costas, na nuca e nos braços de Rony, ate o rosto do garoto acalmando o beijo e voltando a respirar normalmente. Rony pareceu entender o recado por que apoiou uma de suas mãos na cama e a outra subiu ate o rosto da garota. Ficaram com os lábios apenas selados quando, por fim, se afastaram encostando uma cabeça na outra.

- O que dizer agora? – perguntou Hermione, ainda recuperando o fôlego.

- Você que é boa nas palavras. – respondeu Rony sorrindo, acariciando o rosto da garota.

- Acho que estou tendo mais um sonho. – falou.

- Já teve outros sonhos como este? – perguntou Rony sentindo uma pontada confortável em algum lugar de sua barriga.

- Digamos que este está mais para um realidade confusa. – Hermione sorria de olhos fechados sentindo o carinho que recebia do ruivo.

- Então é real. Por que pra mim tudo foi sempre confuso.
Gargalharam apos Rony dizer isso, desse modo desencostando um do outro. Hermione foi a primeira a parar de rir e passou a olhar seriamente para o ruivo, que logo em seguida também parou o ato. Ficaram calados, compenetrados no desenho do rosto do outro.

- Prometa que nunca mais vamos brigar? – pediu Rony.

- Não posso! Ainda seremos Hermione Granger e Ronald Weasley. – Hermione falou envolvendo seus braços no pescoço do ruivo e o trazendo para um abraço.

- Então prometa que conviveremos melhor com as nossas diferenças. – Rony cedeu ao abraço, fechando os olhos para sentir melhor o perfume levemente adocicado dela.

- Essa tem que ser uma promessa mútua. – ela disse afagando os cabelos vermelhos de Rony.

- Que a façamos então. – Rony se afastou de Hermione. Pegou uma de suas mãos entrelaçando seus dedos nos dela, encostou seus lábios na parte de cima da mão. – Prometo aprender a conviver com todos os seus livros, sua simplicidade irritante de arranjar solução para tudo, seu jeito meigo de me chamar de legume insensível – Hermione sorriu – Sua inteligência estressante, enfim, você.

- Apenas prometo conviver melhor com você. – disse Hermione após depositar um beijo delicado na face da mão do ruivo e se deixou entregar para outros vários beijos.

*Fim do flash back*

“Ela só pode ter algum distúrbio! Oh Mérlim! Por que elas não vêm com um manual de como compreender seu funcionamento?” Rony pensou entrando no quarto, porem, sorria. Mas isso não significava que a raiva havia sumido.

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Não sabia por quanto tempo ficou sentada na cama, abraçando seus joelhos, mas pelo o que seus cabelos demonstravam, por estarem bem mais secos, já estava trancada há bastante tempo.

Não havia chorado como pensou que aconteceria quando entrou no quarto fugindo do olhar de pena de Gina sobre ela, com os olhos marejados. Apesar de algumas lagrimas terem escorregado pelo seu rosto, não havia se deixado entregar aquele momento excepcionalmente triste. Apenas se deixou ficar sentada na cama refletindo sobre seu comportamento. “Pra quem se diz inteligente, você é bem burrinha em relação a isso”. Pensou, chegando a conclusão de que nunca mais, ou melhor, não tão cedo, Rony olharia para sua cara.

Seu estômago reclamou de fome mais uma vez, mas não queria descer, ainda se sentia muito mal em relação ao que tinha feito. Por que a culpa foi sua, isso ela teve que admitir, chegando a mais uma conclusão. Pela postura de Rony, ele não estava com cara de quem queria brigar, parecia esperar que ela dissesse alguma coisa e foi o que fez, mas fez a coisa errada. O tratou como sempre. E não era dessa forma que ela o queria tratar. Por que não ficou calada e apenas sorriu para ele? Mas não, tinha que ser a Hermione de sempre, como falou na noite anterior, quando prometeram conviver melhor um com o outro.

- Mas como você é burra, Hermione! Sabia que promessa é divida? – falou para a parede a sua frente levantando da cama.

Andou um pouco pelo quarto chegando a mais uma conclusão. Se fosse para encarar a cara de desprezo do ruivo que fosse logo, mesmo por que não agüentaria ficar mais tempo trancada naquele quarto com raiva de si mesma. Arrumou suas roupas sujas em cima da cama e levou o roupão ate o banheiro. Parou em frente ao espelho verificando sua imagem refletida que falou.

- Mesmo estando perfeita não vai ajudar em nada.

Hermione soltou um bufo de indignação, mas saiu do quarto decidida a enfrentar o ruivo, porém não pensou que fosse tão rápido, logo que desceu a escada Rony estava saindo do seu quarto e quando a viu fechou a cara o máximo que pode e se dirigiu pra a cozinha. Hermione respirou
profundamente e seguiu o mesmo caminho.

- Ah querida! Você esta ai. Venha comer alguma coisa venha. – A Sra. Weasley estava a porta da cozinha segurando Rony pelo braço e esticando o outro para Hermione se aproximar, parecendo extremamente feliz. A garota não entendia nada do que estava acontecendo. Gina já estava se servindo do que parecia ser um maravilhoso café da manha.

A mesa comprida da cozinha estava repleta do que parecia ser o restante das comidas servidas no aniversario de Gina, mas com uma cara renovada. Bolos, pudins, tortas e quitutes e vários outros tipos de doces, se mesclavam ao que foi preparado para o café. Tudo estava com uma cara muito boa. O café daquela manha parecia muito com os que tomavam em Hogwarts, porém, em uma quantidade bem menor.

- Bom dia Sra. Weasley! – falou, quando a mulher a empurrou para uma das cadeiras a fazendo sentar, olhando para Gina como se estivesse pedindo que a amiga lhe explicasse o que estava acontecendo.

- Bom dia, querida. Espero que esteja com fome. – a Sra. Weasley começou a colocar bacon e ovos fritos no pranto a frente de Hermione, levantou o olhar e deparou-se com Rony ainda em pé a porta da cozinha. – O que foi Rony? Venha se sentar também. – e puxou mais um prato colocando uma quantidade maior de ovos e bacon do que colocara para Hermione. Rony se encaminhou para a ponta da mesa com a intenção de sentar o mais longe possível de Hermione, mas a Sra. Weasley percebeu e puxou uma cadeira ao lado da garota. – Sente-se aqui, querido.

- Estou bem aqui. – disse Rony arrastando uma cadeira para poder sentar com a cara mais mal humorada, se isso era possível.

- Aqui Rony! – falou ela repentinamente séria. Gina e Hermione se encararam com os olhos arregalados. Rony que estava a ponto de se acomodar na cadeira se assustou e por pouco não caiu da mesma, olhou para mãe que ainda o olhava séria e não desconversou, sentou na cadeira que ela havia lhe indicado. Como em um ato mecânico, após Rony se sentar, um novo sorriso, ainda mais entusiasmado, brotou do rosto da mulher que se afastou para pegar alguma coisa em um armário.
Rony olhou para Gina e perguntou baixinho para que a Sra Weasley não ouvisse.

- O que houve com ela? – a irmã apenas balançou a cabeça negativamente quando percebeu que a mãe já voltara segurando dois copos e os pondo na mesa

- Eh! Mãe? – chamou Gina e a Sra. Weasley a olhou como resposta quando terminou de colocar suco de abóbora no copo de Hermione. – Posso saber o motivo da senhora estar tão feliz? O que foi? O Percy disse que não vai mais voltar da viagem magnífica pelo mundo que esta fazendo? – perguntou Gina toda pomposa quando falou de Percy o que fez Hermione e Rony reprimirem sorrisos.

- Não fale besteiras Gina. Percy só está passando um tempo fora, melhor assim, do que continuar recebendo a frieza de Arthur em relação ao que aconteceu no passado.

- Eu ainda acho que o papai esta sendo bacana demais. – disse Rony apos engolir uma garfada de ovos com bacon.

- Não seja injusto com Percy, Rony. Seu irmão so estava confuso. Mas ainda bem que percebeu o que estava fazendo com a sua família que sempre o apoiou. – disse a Sra. Weasley com um pouco de ressentimento na voz.

- Eu estava ate me acostumando com o Percy dizendo que não fazia parte da família. – dizia Gina sem olhar para a mãe que com certeza a fuzilava com os olhos – Mas não com a senhora chorando pelos contos com a “confusão” que Percy fazia.

- Concordo com a Gina. – disse Rony.

- Vamos parar com essa conversa então, ok? – a Sra. Weasley balançou as mãos freneticamente, como se estivesse espantando moscas - Por que hoje é uma dia muito especial para ficarmos falando de probleminhas do passado.

- Ah, sim! Muito bem lembrado. Então a senhora poderia nos dizer o que estamos comemorando? – pediu Gina levando sua xícara com leite ate a boca..

- Não seja tão irônica Gina. Não estamos comemorando nada, so estou feliz pela enfim reconciliação de Rony e Hermione.

Gina cuspiu em cima de seu prato o pouco de leite que havia tomando. Hermione se entalou com um pouco de comida e Rony deixou cair um pedado de torta de abóbora com recheio e cobertura de chocolate a poucos centímetros de seu prato. A Sra Weasley os olhava com espanto não entendendo a reação de surpresa deles.

- O que foi... Hermione! – gritou a mulher, interrompendo o que iria falar.

Uma cor avermelhada tomava o rosto de Hermione enquanto que a menina segurava com uma das mãos a garganta e com a outra abanava o próprio rosto. Gina se levantou apressada e correu para o lado da amiga, Rony começou a dar palmadinhas na costa da garota visivelmente preocupado, enquanto que a Sra. Weasley pegava o copo de Hermione e o enchia com um pouco mais de suco de abóbora o dando para a garota beber. Hermione pegou o copo com as mãos tremulas e tomou seu conteúdo às pressas fazendo com que um pouco escorresse do canto da boca para sua blusa. Rony acompanhou o trajeto que o filete de suco percorreu chegando ao decote um pouco discreto de Hermione ele virou rapidamente o rosto para o outro lado. A garota terminou depositando o copo em cima da mesa respirando com dificuldade. Todos a olhavam preocupados e com Rony não era diferente. Já recuperado do constrangimento que o decote de Hermione o fez passar ele pegou a mão da garota que estava ainda em cima da mesa segurando o copo, procurando seu olhar.

- Você esta bem? – perguntou. Hermione confirmou com um aceno de cabeça seus olhos estavam marejados pela agonia de ter ficado sufocada por alguns instantes. – Tem certeza?

- Umhum!

- Você tem certeza de que esta bem Mione? Não quer mais um pouco de suco? – perguntou Gina se abaixando ao lado da amiga.

- Estou... bem! – Hermione respondeu com a voz falhando.

Rony ainda a olhou questionador e ela balançou a cabeça consentindo que estava bem, depois soltou sua mão e voltou à posição normal na cadeira. Passou a encarar o pedaço de torta com firmeza como se estivesse tentando fazê-la se arrastar para seu prato com a força do pensamento

- Nossa que susto! Que bom que esta bem, querida! – falou a Sra. Weasley se afastando um pouco da garota e Gina já voltava para seu lugar na frente dela. – É muito bom que esteja bem e que finalmente se acertaram. – Rony levantou a cabeça para mãe tão rápido que sentiu o pescoço estalar, despertando de seu transe. – Estou muito feliz por vocês, ouviram. Eu sempre soube que isso aconteceria um dia. Na verdade, todos já desconfiavam que vocês reprimiam uma paixãozinha um pelo outro...

- O quê? – perguntou Rony. Hermione o olhou de esgoela e viu que as orelhas do ruivo estavam ficando ligeiramente vermelhas.

- Não precisam ficar encabulados queridos. – A Sra. Weasley se aproximou dos dois ficando entre eles e se curvou pegando-os em um abraço triplo de lado. O constrangimento de Rony e Hermione era tamanho que Gina não suportou e deu uma gostosa gargalhada fazendo com que ambos ficassem mais vermelhos do que estavam, mas isso não impediu que Hermione lançasse um olhar ameaçador para a ruiva que nem ligou. Por fim ou graças a Mérlim a mulher os soltou.- Vocês têm a minha aprovação.

Nem Rony e muito menos Hermione conseguiram tomar um café descente, pois sempre que olhavam para a Sra. Weasley, ela estava com um sorriso de orelha a orelha e soltava suspiros em intervalos de segundos quando olhava para o casal. Sem contar nos olhares apaixonados que Gina lançava a eles, rindo logo em seguida. A paciência de Hermione diante da frieza de Rony que parecia descontar todo o seu desconforto no pedaço de torta de caramelo a sua frente, e nas gracinhas que Gina fazia, havia se esgotado fazendo com que ela não terminasse seus ovos com Bacon. Levantou-se pegando a louça suja levando-a ate a pia.

- Deixe isso comigo querida. – disse a Sra. Weasley tirando a louça da mão da garota.

- Não! Tudo bem. Posso ajudá-la com isso, Sra Weasley. – Hermione olhou para uma pilha de louça suja assustada. Seria melhor ocupar sua cabeça trabalhando do que presenciar pelo resto do dia a cara de péssimos amigos de Rony.

- Não Hermione. Pode ir aproveitar o resto do dia. À volta a Hogwarts já
esta chegando e é bom você, ou melhor, vocês aproveitarem. Lembrem-se que vão começar os N.I.E.M.s, além de outros deveres como a monitoria. Estou tão satisfeita com você. Monitora chefa. Seus pais já sabem? – falou a mulher balançando a varinha em cima da louça suja que logo em seguida ganhou vida própria em uma auto lavagem.

- Sim! Mandei uma carta a eles, cotando. Ficaram muito felizes comigo. – a Sra. Weasley sorriu para ela. – Por falar nisso. Acho que já estou tempo demais aqui...

- Não entendi querida.

- As aulas a Hogwarts já vão começar e acho que vou passar um tempo com meus pais. – Hermione falava sem emoção como se fosse um sacrifício deixar a casa dos Weasley. Na verdade estava, depois de sua própria casa e de Hogwarts, a Toca era um lugar que adorava ficar. – E também, acho que ocupo muito tempo de vocês, alem...

- Nunca mais diga isso, Hermione...

- Ih, Hermione! Ta com a síndrome do Harry é? – Gina interrompeu a mãe, com uma cara de indignação.

- È um prazer a tê-la conosco. Assim como para Harry gosto de saber que você gosta de nossa humilde casa. – Hermione encara o rosto compreensível daquela mulher por quem sentia um carinho enorme. A Sra. Weasley cuidava dela como se fosse mais uma filha, e ela se sentia assim. – Nunca mais fale que você não é bem vinda, ouviu mocinha? Principalmente agora que você e Rony finalmente se acertaram. – o sorriso que Hermione sustentava murchou dando lugar a uma cara de espanto quando a Sra. Weasley lhe deu um abraço de urso.

- Obrigada Sra. Weasley! – disse ela respirando com dificuldade quando a mulher a soltou. – Mas, vou amanha para a casa de meus pais. Já sabemos o que esta acontecendo, que essa guerra ainda não acabou. Não há grandes coisas para me prender aqui. Vou para casa amanha.

Sem querer, Hermione olhou de esgoela para onde Rony estava, ele segurava uma garfada de bolo bem em frente à boca que estava comprimindo enquanto olhava para um ponto distante a sua frente.

- Bom! Não vou impedi-la de ver seus pais. Então, por isso mesmo que não vou deixar que me ajude. – Hermione riu.

Já ia se afastando em direção a escada quando a voz da Sra. Weasley tornou a ecoar pela cozinha.

- Rony! Vá fazer companhia a Hermione.

- Quê? Mas ainda to comendo. – disse Rony olhando bestificado para a mãe. Gina voltara a mais um acesso de riso.

- Você come demais Rony! – disse a mulher tirando o prato de Rony – Vá! Ande! Hermione vai amanha para a casa de seus pais, quem sabe, ela não possa levá-lo e apresentá-lo como namorado dessa vez! – a Sra Weasley, deslizou ate a pilha de louça suja que se auto lavava, sorrindo. Gina deu uma estrondosa gargalhada.

- QUÊ? – gritaram Rony e Hermione.

- Cedo demais? Tudo bem! Mas sua mãe com certeza gostaria de saber querida. – disse a mulher de costas para os dois.

- Gina! Posso saber o motivo de tanta risada? – perguntou Rony lançando olhares desafiantes para a irmã que continuava a rir insanamente com o constrangimento que os dois passavam.

- Nada maninho! Olha como o dia esta bonito! Por que vocês não vão aproveitar o dia lá fora? – Gina havia se levantado pegando a louça que sujara levando ate a mãe e foi aonde Rony e Hermione se encontravam, falando baixinho ao dois – Acho que vocês deveriam aproveitar o ar fresco da manha e colocar a cabeça no lugar. – Hermione abaixou a cabeça ligeiramente vermelha enquanto Rony olhou para o lado oposto que a amiga estava. Gina voltou a falar alto – Depois eu vou lá com vocês.

- Gina pra onde você vai? – perguntou a Sra. Weasley.

- Vou dormir um pouco, estou exausta! – Gina já havia pisado no primeiro degrau quando sua mãe voltou a falar.

- Acho que isso vai ter que esperar. Quero falar com você.

- Não pode ser depois não? To cansa...

- Agora mocinha! – disse a Sra Weasley alteando a voz para a filha que já voltada à cozinha por de baixo de risadinhas que Rony reprimia. Gina lançou-lhe um olhar enfurecido da cadeira que havia sentado.

- E vocês dois vão aproveitar o dia! – mandou a mulher a Rony e Hermione. Gina olhou divertida para os dois.

A Sra. Weasley esperou ouvir um barulho de porta se fechando o que indicava que Rony e Hermione não estavam na casa e virou-se para Gina.
A garota olhava para todos os lugares na cozinha menos para mãe com medo do que viria.

- E então, como se sente? – perguntou a mãe sentando-se de frente para a filha. Gina a olhou confusa.

- Não entendi!

- Em relação a Harry. Como você se sente? Feliz em vê-lo? – A Sra. Weasley tornou a perguntar lançando a filha um sorriso sincero.

- Muito. Foi bom vê-lo e saber que esta bem. – disse Gina – Mas ainda prefiro que ele estivesse aqui comigo. Na verdade não queria que nada disso estivesse acontecendo. Esperei muito tempo pra ele perceber que eu não era so a irmã do Rony. E quando penso que vou ficar com ele de vez, acontece tudo isso. Essa maldita guerra!

- Nem tudo é como você deseja, minha filha. Nem tudo pode ser perfeito. Mas se realmente gostas do Harry, então vai saber esperar mais um pouco pra estar ao lado dele. Eu acho tão bonito esse sentimento que vocês têm um pelo outro. E so dessa forma você vai fazer com que ele volte. – Gina escutava tudo com calma e atenção o que a Sra. Weasley falava. – Uma vez, eu ouvi de minha mãe que o amor escolhe o melhor momento para acontece. E seu momento chegou quando percebeu que sentia alguma coisa estranha pelo Harry, desde ai também, você deixava de ser criança. Com Harry foi diferente, mas também aconteceu. O amor é diferente para cada pessoa e ela se torna feliz quando consegue lidar com ele. Rony e Hermione são um exemplo vivo disso.

- Mãe! – Gina balançou a cabeça negativamente para a mãe. – Rony e Hermione nunca se acertaram e não vai ser agora. A senhora não sabe, mas eles brigaram hoje cedo e...

- Sei! Claro que sei! Ouvi quando você gritou de seu quarto. E quando fui verificar o que estava acontecendo ouvi Rony e Hermione discutindo. Achei melhor não interferir, e instigar os dois a se entender de novo. E foi o que eu fiz...

- Credo mãe! Às vezes eu tenho medo da senhora. – a Sra. Weasley sorriu para a filha.

- Que bom que você esta feliz, esta bem disposta.

- Como eu lhe disse mamãe. Tudo vai ficar diferente. Tenho promessas para cumprir. Uma delas é ser como sempre fui, se não, pior. – disse Gina se levantando. A Sra. Weasley fez o mesmo e se aproximou da filha lhe dando um abraço carinhoso.

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Sentindo que se estivesse em seu quarto lendo algum livro estaria bem melhor do que ao lado de Rony que não parava de resmungar coisas que ela não entendia. Andaram uma boa distância ate ficaram longe o suficiente da casa para que a Sra Weasley não ouvisse a briga que com certeza teriam. Rony parou um pouco mais a frente que Hermione, olhando um gnomo que se satisfazia comendo uma enorme minhoca.

Hermione hesitou um pouco em falar alguma coisa, pois sabia que o ruivo a trataria mal. Mas já que ela havia feito a besteira, então deveria desfazê-la, mesmo com a certeza de que ele não aceitaria, não de imediato. E se fosse preciso ela voltar para sua casa naquele dia, ela voltaria. Respirou fundo procurando algo para falar...

- Como será que Harry esta? – Rony apenas balançou a cabeça negativamente. ”Pelo menos ele fez um gesto. Bom começo”. Pensou. Com isso tomando coragem para voltar a falar. – Perguntei a Gina como ele esta. Ela não falou muita coisa, apenas disse que esta bem.

- Hum...!

- Eu sinto saudade dele. – Hermione andou e emparelhou com Rony. Ele a olhou pelo canto do olho. – Queria tanto que estivesse aqui. Queria que ele voltasse a Hogwarts conosco para passarmos mais um ano juntos. Ia ser maravilhoso se nos formássemos, assim como entramos, no mesmo ano...
Hermione não terminou de falar por sentir um grande e doloroso nó na garganta e o choro que continha pela briga repentina que tivera com Rony começou a escapar de seus olhos ao lembrar do amigo. Levou rapidamente as mãos ao rosto reprimindo soluços que com certeza sairiam. Rony a olhou e se espantou quando viu que a pouca área do rosto dela que ficara visível estava vermelha.

- Que... mas... – tentou falar, mas a única coisa que conseguiu fazer foi abraçar Hermione quando a garota se jogou em seus braços, com o rosto afundado em seu peito.

Não sabia o que dizer muito menos o que fazer, apenas ficou acariciando ora os cabelos dela, ora suas costas. Pelo o que pareceu demorar um tempo considerável, um bom tempo, Hermione parou de chorar enxugando seus olhos com as costas das mãos, porém não se afastou dos braços do ruivo que ainda a abraçava.

- Me... Me desculpa Rony? – pediu ela encarando Rony com seus olhos vermelhos e seu rosto manchado de lagrima.

- Claro! - Hermione voltou a afundar seu rosto no peito do ruivo, porém não chorava, mas sim, sorria aliviada – Ainda não entendi a sua reação, mas sei que deve se estranho pra você gostar de um cara como eu.

- Não é estranho Rony. É uma maravilhosa satisfação.
De repente o dia tinha ficado especialmente maravilhoso.

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Mas nem tudo eram maravilhas. Em algum lugar do norte da Inglaterra a Ordem da Fênix travava uma luta que parecia durar pelo resto do dia, só pela disposição que os Comensais da morte demonstravam. Os dois lados da guerra estavam equilibrados enquanto que feitiços eram lançados para lados diferentes. Todos os pensamentos estavam direcionados para a luta que travam, menos um. O corpo estava presente, mas a lembrança de lindos e cheirosos cabelos vermelhos intercedidos por mechas cor de mel invadia a cabeça de Harry constantemente e seria por esse, ou pelas aulas de defesa e ataque que estava tendo, ou pelo desejo de que aquilo terminasse logo e pudesse voltar a pensar com mais calma na ruiva, que ele estava fazendo o melhor que podia. No entanto um sorriso bobo não saia de seu rosto, mesmo ele estando sujo de sangue por um corte no supercílio.
Um lampejo verde passou por sua cabeça quando sentiu ser empurrado, caiando no chão e alguém falando:

- A Ruiva ainda quer você vivo Harry! – era Tonks com seus cabelos em corte chanel e negros como a noite. Ele sorriu ainda mais.
No que demorou duas horas, por fim, dez Comensais da Morte estavam amarrados dos pés a cabeça, esperando para serem levados para Azkaban. E dois estirados ao chão inconscientes.

Mais uma vez a imagem de longos cabelos vermelhos invadiram a mente de Harry, o fazendo sorrir, quando estava sentado ao chão segurando um pano úmido em cima do supercílio ferido, longe dos outros integrantes da Ordem, sendo que alguns explicavam em detalhes todo o ocorrido para aurores do Ministério e outros estavam, como ele, cuidando dos ferimentos provocados pela luta. Olhava para os companheiros agradecido de que não houve baixas em decorrência daquela luta. No entanto ele sabia que aquela era apenas a primeira de muitas outras que aconteceriam, porem não estava se sentindo triste por isso, pela primeira vez em meses estava feliz por ate que enfim, encontrar alguns partidários do Lord Voldemort, sem contar na injeção de ânimo que toda vez lhe enchia o peito quando lembrava de cabelos nitidamente vermelhos e que agora eram intercedidos por mechas cor de mel. Agora como nunca Gina mais parecia uma espécie de Deusa do Fogo do que uma Weasley, propriamente dita.

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“Comensais capturados”

“O terror que parecia ter deixado a comunidade bruxa voltou a preocupar quando, em menos de três dias após a morte daquele-que-não-deve-ser-nomeado, ainda, mortes e ataques voltaram a acontecer realizados pelos que se auto intitulam Comensais da Morte. Será que Aquele-que-não-se-deve-nomear não morrera, como acontecera quando enfrentara Harry Potter pela primeira vez? Será que a Comunidade Bruxa ainda não está por inteira livre dos latrocínios provocados pelo maior bruxo das trevas que já existiu? Onde andam os ditos Comensais da Morte senão atrás das grades da muralha em alto mar que é Azkaban? Não temos todas as respostas para as várias perguntas que assolam a Comunidade, assim como o Ministério da magia, que mais uma vez, se encontra incapacitado de respondê-las deixando a todos nauseados pela falta de informação. Mas, na manha de hoje, em Yorkshire, um grupo intitulado Ordem da Fênix, liderados pelo Menino-que-sobreviveu, Harry Potter (Mesmo com as varias especulações em torno da Morte do Lord Vocês-sabem-quem, ainda não temos provas o suficiente de que Harry Potter realmente o liquidou. Vejas as teorias na Pag. 3 e 4), provou resultados quando um grupo de doze Comensais da Morte foram abordados pelos membros dessa Ordem.

Após uma denuncia anônima de uma moradora do local que estava vigiando há mais de três dias o comportamento estranho de um grupo de pessoas que entravam e saiam constantemente de um casarão senhoril, que parecia desocupado, no morro acima de sua casa, informou ao Ministério da Magia. A Ordem da Fênix e Harry Potter que estava em uma cidade próxima colhendo novas informações do mesmo grupo de Comensais foi imediatamente acionada, resultando em um combate que durou a manha inteira e agora esses partidários de Vocês-sabem-quem estão em Azkaban esperando serem julgados.

Não houve mortes em nenhum dos lados, apenas ferimentos e contusões leves. Porem, não podemos negar que mais algumas perguntas surgiram após esse combate. Por que julgar esse grupo se já está mais do que provado que são partidários Daquele-que-não-se-deve-nomear? Será que, mas uma vez, o Departamento para execução das leis Mágicas vai se deixar levar por desculpas envolvendo a Maldição Impérius? E O que Harry Potter está pretendo em liderar um grupo de perseguidores de Comensais da Morte? Esperamos que não seja mais uma de suas inúmeras tentativas de provações...”


- Que ridículo! A Ordem coloca doze Comensais da Morte em Azkaban, coisa que o Ministério da Magia não fez, e ainda não agradecem... – disse
Hermione jogando bruscamente o Profeta Vespertino para a ponta da mesa da cozinha, onde Gina estava sentada fitando um ponto da mesa com os olhos brilhando.

- Tirando que eles pintaram o Harry como um garoto que so gosta de chamar a atenção, como sempre. – falou Rony interrompendo as reclamações de Hermione.

- Mesmo que o Harry prove que foi ele que derrotou Voldemort...

- Nos, Hermione! – corrigiu Rony. – E não dá pra você não falar esse nome. – Hermione o olhou aborrecida.

- Dá no mesmo. Mesmo que ele prove, não vai mudar nada. Não mudaram quando ficou provado que Voldemort... Rony já está na hora de parar com isso... Que ele voltou, imagine agora que os Comensais da Morte ainda estão por ai. – Hermione levantou-se da cadeira e começou a andar de um lado para o outro na cozinha.

- Não entendo como eles podem falar uma coisa dessas do Harry. È uma injustiça com uma pessoa de tão bom coração como ele. – brandiu a Sra Weasley. Seu rosto estava vermelho, igual os dos filhos quando estavam com raiva.

- “Mesmo com as varias especulações em torno da Morte do Lord Vocês-sabem-quem, ainda não temos provas o suficiente de que Harry Potter realmente o liquidou” Ah! Por favor! – falou Hermione com uma voz desdenhosa – Ninguém precisa de provas pra isso.

- Na verdade, Hermione... – Gina começou a falar com um sorriso enorme
no rosto – Mesmo que provem e que as pessoas acreditem, não vão parar de falar mal do Harry. Foi-se o tempo que ele era visto como um herói. E, também, nos não precisamos disso. Estávamos lá. Vimos e fizemos alguma coisa que ainda não encontrei explicação que me convença do que aconteceu. Mas estávamos lá...

- Mas, não é justo que falem do Harry assim... – interrompeu Hermione.

- Não falam do Harry por que ele é o Harry, mas por que é Harry Potter “O menino-que-sobreviveu”. Enquanto ele for o Harry que conhecemos vão pintá-lo como quiserem. E eu ainda prefiro que ele seja so o Harry a Harry Potter, o “Eleito”, o “menino-que-sobreviveu”, mesmo que isso não vá mudar nunca.

Por fim, não so Hermione, como Rony e a Sra. Weasley entenderam o que Gina queria dizer. Não importava quantos sinônimos ainda dariam a Harry Potter, pois ele sempre seria o Harry, grande amigo e companheiro de todas as horas e somente isso.

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E ai gostaram? espro que sim...
Não vou prometer que vou postar logo o proximo cap. + vou fazer o possivel para postá-lo ate esse final d semana...
B-jus pra todos!!!!
Ahhh a musica que imaginei que Hermione estaria cantando é Always do Bom Jovi... eu estava a ouvindo quando estava escrevendo aquela parte...
É isso!
Comentem please!!!!
=*********

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