Previas de um futuro bom?



*Lumus*
1° - Desculpa do fundo do meu coração pela demora... Tem umas coisinhas ai irritantes que estão tomando muita a minha atenção, mais do que deviam...
2° - Adriana Roland; Daniela Paiva; MarciaM; Marcele Bezerra; **Robertinha** : bigadim msm pelos coments... b-jus pra vcs!
3° - As amantes H/G, éis um cap. so deles...
4° - se possuir erros bizaros... desculpem... se não tiver sido o esperado... mil perdões, vou me dedicar melhor no proximo...
5° - Agora ja pode ler...


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“Preciso tanto aproveitar você.
Olhar teus olhos, beijar tua boca
Dizer palavras de um futuro bom”.


Era difícil explicar a necessidade de ter dito aquelas palavras. Era mais difícil ainda explicar o que sentia, tento nos braços a mulher que mais amava e desejava no mundo. Era muito mais difícil ainda ter que deixá-la para continuar seu caminho. Porém, à vontade de que aquele momento se tornasse eterno o dava força para continuar em busca de um futuro bom para ele, para ela, para ambos.

Ao ouvir aquelas palavras cantadas em seu ouvido, depois de ter sentido o gosto jamais esquecido dos lábios de Harry, Gina, mesmo tendo a certeza de que em todo o mundo nem uma outra mulher poderia estar mais feliz que ela, não deixou de sentir uma dor no peito. Tudo estava sendo maravilhoso, porem ela sabia que duraria, no máximo, ate a manha seguinte, assim como sentia que passaria muito tempo sem ver Harry. A dor era forte de mais para segurar, mas não queria chorar de novo, não queria que ele sentisse tristeza por vê-la chorar, não queria acabar com aquele momento criado por ele. Respirou fundo quando sentiu seus olhos encherem de lágrimas. “Não vou entristecer essa noite”. Prometeu para si.

- Lindas palavras Harry. – disse ela sorrindo e afastando-se um pouco dele. – Mas devo confessar, você canta muito mal. – brincou, fazendo Harry soltar uma gargalhada depois de lançar-lhe um olhar de ofendido. Aquele sorriso a energizou.

- Quero ver se consegue fazer melhor. – disse Harry recompondo-se.

- Quem sabe um outro dia. Teremos tempo suficiente para isso. Nosso futuro não será bom e sim ótimo. – Gina acariciava a face de Harry fazendo com que ele fechasse os olhos para sentir melhor aquele toque.

- Estou me empenhando ao máximo para isso.

- Eu sei. Apesar de não concordar. – Harry abriu os olhos, rápido, entortando a boca logo em seguida. – Não falei isso para brigarmos mais uma vez. É o só o que eu penso. E outra coisa. – continuou ela alteando a voz ao perceber que Harry falaria algo. – Estou com fome. Não como direito desde hoje de manha, ou ontem, não sei. Pra falar a verdade não como direito desde quando você virou o eleito de novo. – Harry revirou os olhos. – OU seja, estou morrendo de fome. Espero que tenha comida o suficiente para nos dois. – sorrindo, a ruiva afastou-se do moreno e dirigiu-se para a mesa no meio da sala comunal.

- Não parece que você não come direito em todo esse tempo. – falava Harry fazendo o mesmo. Ela franziu o cenho demonstrando que não entendera a colocação dele. – Porque você continua... sabe... bem... – explicou Harry fazendo movimentos com os braços. Desenhando as formas de um violão no ar.

Gina abriu a boca incrédula. Parecia processar a informação enquanto que seu rosto ruborizava a cada segundo seguinte.

Harry divertia-se com a cara de fingida indignação que ela fazia, ou parecia que era. Parou de rir no mesmo momento que a viu cruzando os braços na frente do corpo e cerrando os olhos em sua direção.

- É... Desculpa Gi... Eu pensei que...

Mas Harry não conseguiu terminar. So pode ver Gina pegar sua varinha rapidamente, que outrora deixara em cima da mesa, e com uma velocidade que ele desconhecia fez com que todas as almofadas da sala o atacarem consecutivamente. Gina soltava gargalhadas vendo seu namorado tentando se esquivar daquele ataque. Alguns segundos depois, girou sua varinha e as almofadas caíram estáticas no chão.

- Já me sinto vingada. – disse dando as costas para Harry, que ainda estava na defensiva esperando outro rompante da namorada, que não veio.

Gina afastou um pouco mais sua cadeira para poder sentar, mas, ao tentar, concretizar o ato, não conseguiu parar e caiu de bunda no chão. Atordoada e sentindo dor no lugar, olhou ao redor e viu Harry, apoiado com um dos braços na cadeira que ela pretendia sentar e segurava displicentemente, na outra mão, a varinha dele.

Mesmo sentindo raiva pela brincadeira de mau gosto dele, ela não deixou de rir quando ele fez o mesmo. Harry se aproximou dela e estendeu sua mão que ela pegou sem hesitar, e a ajudou a levantar.

- Essa foi boa Harry, mas a noite ainda não acabou. – disse ela sorrindo marotamente. Harry engoliu em seco.

Após o moreno ter convocado a cadeira de Gina. Sentaram-se, um de frente para o outro, e fizeram seus pedidos que rapidamente foram trazidos por Doody que estava extremamente feliz e maravilhado por servir o Senhor Harry Potter e a sua futura Senhora Potter. Dando vivas e afirmando convicto de que seria um imenso prazer cuidar dos filhos deles, os Potterzinhos, como preferiu dizer varias vezes fazendo Harry e Gina rirem com a precipitação do elfo.

Harry comia devagar seu rosbife com camarão empanado e salada crua enquanto via a ruiva comer os três diferentes tipos de refeição que pedira de uma só vez. Quando terminaram, ele pediu doce de chocolate com amora e ela doce de abóbora e bolo de chocolate repetindo duas vezes cada sobremesa.

- É nessas horas que percebo o quanto você é parecida com o Rony. – disse Harry a vendo colocar a ultima colher de doce de abóbora na boca.

- Não ofende Harry! – falou Gina após limpar a boca com o lenço jogando-se confortável na cadeira. – Rony como assim em dias normais e eu passei um tempo considerável beliscando a comida da senhora mamãe.

- Diferença mínima. – brincou ele.

- Mínima? – ela empertigou-se na cadeira. – Se eu comece assim ou pelo menos a metade do que Rony come no almoço eu viraria uma vaca. Não, uma vaca não. Uma porca... é, uma porca grande e imensamente gorda.

- Seria a porquinha mais lindinha desse mundo. – disse ele a fazendo rir.

- Espero que continue pensando assim quando ver grávida. – falou Gina se levantando. – Ai! To muito cheia. Nunca mais como assim. Prometo! – dizia a ruiva enquanto chutava as almofadas espalhadas para um canto do salão comunal. Percebendo o silêncio que de apoderou do lugar olhou confusa para a direção onde Harry estava.

- O quê... Harry, você esta bem? – perguntou preocupada aproximando-se dele.

Imóvel, de olhos arregalados, com as duas mãos em cima da mesa e olhando para um ponto distante em direção a lareira, encontrava-se Harry. Não estava conseguindo processar e muito menos imaginar Gina grávida. Era muita coisa imaginar ela grávida de filhos seus. Difícil ainda era imaginar que aquilo significava ter uma família. Uma que nunca teve, ou pensava não ter, pois os Weasley e Hermione eram a família que ele considerava como sua. Mas eram Weasley’s e Granger’s e não Potter’s, mas após ouvir a ruiva falar de gravidez teve certeza de que poderia ter uma família, a sua família. Sua casa, sua mulher, seus filhos, somente seus. E era inacreditável pensar que tudo isso poderia se tornar realidade e que estava mais perto do que ele pensava, estava ao seu lado, de joelhos no chão, a olhando preocupada, falando palavras, que para ele, eram desconexas. Sua verdadeira família se resumia, pelo menos naquele momento, em uma pessoa, Gina Weasley.

- Verdade?

- O quê? – perguntou Gina.

- Você, grávida? – um sorriso bobo estava escapando do rosto de Harry fazendo Gina ficar mais calma.

- Eu grávida? Claro que não estou grávida Harry. Que loucura...

- Não é isso que quis dizer. – desculpou-se ele a puxando para sentar em seu colo.

- Então da pra simplificar? – pediu ela cedendo.

- Em relação a você ficar gorda de grávida e eu não ligar para isso.

- Ah! Ainda não entendi bem. Mas quando a mulher engravida, ela engorda, por que como por si e pelo filho, ou filhos...

- Filhos? – espantou-se Harry.

- Harry? O que esta acontecendo? Não estou entendo o que você pretende falar. – disse Gina irritando-se. – Sim Harry, filho ou filhos. É a lei da natureza. Nascer, crescer, reproduzir e morrer. É assim!

- Estou falando de você com um filho meu ai dentro. – falou Harry apontando para a barriga dela. Gina riu. – É verdade.

- Não, Harry, não é verdade. – o sorriso que antes estava estampado no rosto do moreno sumiu rapidamente. – Eu não estou com nenhum filho seu aqui dentro. Mas, sim, é bem provável que futuramente eu esteja com um filho seu aqui dentro. Mas isso só acontecera quando você voltar.

O moreno ficou calado a ouvido falar. Era realmente verdade. Gina significava todos os tipo e formas de amor que ele acreditava existir.

- Harry? Que foi agora?

- Obrigado!

- Pelo o que? Harry você está me deixando confusa. – disse Gina cruzando os braços.

- Por você querer ter um filho meu, ou filhos. – ao ouvir isso ela arqueou as sobrancelhas balançando a cabeça negativamente.

- Ah Harry! Eu pensei que estava evidente que quero isso e muito mais. Penso em ti desde os 10 anos de idade quando te vi na estação de trem, quando Rony mandava cartas para casa que sempre falavam de você. E esse sentimento que eu não sabia o que era sempre teimava em aumentar me fazendo sonhar contigo, sentir um friozinho na barriga quando eu te via nesse salão comunal estudando ou fingindo isso, ou chegando para as refeições no grande salão principal. Era sempre uma tortura te ver jogar Quadribol e todas às vezes despencar daquela maldita vassoura e não poder fazer nada. Quase tive um infarto quando ouvi teu nome, como campeão no Torneio Tribuxo. – Gina falava olhando para um ponto na mesa sentindo o olhar de Harry em si. Apesar de ter feito varias vezes juras de amor para ele, ela sentia vergonha em falar sobre todo o tempo que gostava dele. Lembrar daquelas situações era constrangedor e engraçado. Por algumas coisas serem tão infantis, mas era a verdade e não podia negar isso. – E de repente, depois de te ver babando pela Cho e, você pode não acreditar, eu torcia por vocês – Harry riu descrente – É verdade! Apesar de gostar muito de você era dela que você gostava e eu não podia mudar isso e vendo você com ela me deixava feliz porque você estava feliz.

- Mas você tinha seus envolvimentos por ai. Não tinha! – falou ele fazendo cara de poucos amigos. Ela riu.

- Ta com ciúme Potter? – ele riu – Mas não deveria. Sim, eu tinha meus rolos. Ah caramba! Tantos garotos bonitos e legais em Hogwarts que seria um desperdício não aproveitar.

- Gina!

- Mas é serio Harry. O que você queria que eu fizesse? Ficasse chorando pelos cantos enquanto você se agarrava com a Cho por ai? – pediu ela levantando do colo dele.

- Você chorava? – perguntou ele preocupado.

- No começo sim. Mas, depois acostumei. Era complicado não sentir vontade de matar a Cho ou qualquer outra garota quando olhavam para você com segundas intenções. Você podia não notar, mas estava ficando mais pegável a cada ano.

- Pegável? – perguntou Harry gargalhando. Levantou da cadeira e pegou Gina por trás, enlaçando seus braços na cintura dela a conduzindo ate o sofá de frente a lareira. Sentou-se confortável e ela deitou, encostando sua cabeça no peito dele.

- Isso mesmo. Não era so a sua cicatriz que chamava a atenção. Seus olhos verdes, em contraste com seus cabelos pretos, escondendo a famosa cicatriz, sua habilidade para jogar quadribol assim como para arranjar problemas sem tirar a vontade que as garotas tinha em saber o que se escondia por debaixo das muitas roupas do uniforme da escola. – a cada justificativa que Gina dava Harry esbanjava gargalhada.

- E isso me deixava mais pegável?

- E como deixava. Teve uma vez que uma garota do meu ano, mas da corvinal, Samantha Exner, conhece? – Harry balançou a cabeça negativamente – Pois é. Ela perguntou se eu já tinha visto você com alguma parte do corpo descoberta ou saindo do banho, já que é melhor amigo do meu irmão...

- E o que você respondeu? – perguntou ele sentido o rosto corar.

- Menti é claro. Falei que já e que não tinha sido uma única vez. – falou ela rindo lembrando da cena.

- E o que ela falou?

- Por que a curiosidade heim Harry? – brincou ela, cerrando os olhos para ele.

- Por nada. – desconversou ele, olhando significativamente para a lareira fazendo Gina sorrir.

- Hum-hum! A garota ficou toda empolgada e começou a fazer varias perguntas enquanto que varias outras garotas que juntaram para ouvir a historia da garota que tinha visto Harry Potter só de cueca no quarto do irmão.
- Quê? – espantou-se Harry, arregalando os olhos, quase gritando. – Você
falou que tinha me visto só de cueca?

- Falei. E a primeira pergunta que ela fez foi. “Ele é bem dotado?” – disse Gina mudando o tom de voz para uma mais fina, parecia tentar imitar a voz da tal garota. Harry empertigou-se no sofá fazendo com que Gina quase caísse. – Calma Harry! Eu me acabei de rir. E desconversei fazendo ela repetir a pergunta varias vezes enquanto ia respondendo as outras.

- Não quero nem saber quais eram as outras perguntas. – Harry voltou a sentar direito no sofá e Gina voltou à posição anterior.

- So perguntaram se você era bonito de corpo. Eu falei que sim. Que seus músculos, da costa e dos braços era bem definidos, que sua barriga era um verdadeiro tanquinho e que seu compartimento traseiro era bem pegável. – Gina terminou rindo da cara de incredulidade que Harry fazia.

- So você mesmo Gina. E nenhuma perguntou se você tinha visto mesmo? Se eu era tudo isso mesmo?

- Claro que sim. E eu falava: ”Vocês estão falando com Gina Weasley. Irmã de Rony Weasley, melhor amigo de Harry Potter”. E as loucas acreditavam.

- Só você mesmo para inventar que tinha me visto so de cueca...

- E quem disse que eu inventei? – perguntou ela toda cheia de si encarando os muitíssimos olhos verdes do moreno que arregalaram com tal afirmação.

- O quê? Mas você não disse que tinha mentindo? – perguntou ele descrente.

- Menti em algumas coisas. Como dizer que tinham sido várias vezes.

- Então quer dizer que você já tinha me visto so de cueca?

- Já. Uma vez. E, Harry, foi apenas uma vez que te vi so de cueca.

- Quando foi isso?

- Foi em casa, quando você passou o Natal lá. O Natal que o ex-ministro, Rufos, foi visitá-lo. – Harry entortou a boca ao ouvir aquele nome – Era de manha cedo e eu estava descendo a escada, meio sonolenta, quando passei na frente do seu quarto e a porta estava entreaberta. Quando te vi lá, só de cueca, terminando de se enxugar, de costa para a porta. Acordei de uma vez. Eu não queria, mas fiquei paralisada, como se o meu pé estivesse colado no chão. O que eu pensava? Não faço a mínima idéia. Eu estava presenciando um momento único que não iria acontecer de novo. – Harry sentia o rosto ficar vermelho a cada palavra que ouvia. Gina continuou com um olhar sonhador – Terminou de se enxugar. Pegou uma calça que já estava separada, a vestiu e foi procurar uma camisa, por segundos sumiu de vista, mas depois apareceu e ficou de frente para a porta, eu congelei nessa hora, queria mais que tudo sair dali, mas foi ai que percebi que você estava sem óculos e por isso não tinha me visto te espionando. Relaxei e aproveitei a visão de você colocando a camisa escondendo essa barriga definida que eu não inventei para aquelas loucas – Gina terminou de falar acariciando a barriga de Harry sorrindo bobamente.

- Ai caramba! Que vergonha! – disse Harry levando as duas mãos ao rosto. Gina gargalhou.

- Vergonha por que Harry?

- Por que será Srta. Weasley? – indagou – Consigo lembrar que Hermione falou alguma coisa sobre ter mulheres na casa e que eu deveria ser mais cauteloso em relação a isso. Na hora eu não entendi nada, mas depois dessa sua confissão, acho que era sobre isso que ela falava.

- Ah Sim! Era disso mesmo. Segundos antes de você colocar seus óculos e sair ela me pegou e vendo minha cara, a porta entreaberta, e você lá dentro, acho que ela desconfiou e me arrancou dali me passando o maior sermão. Mas eu não queria nem saber, minha cabeça ainda estava na frente daquele quarto e so naquele momento minha mente começou a processar o ocorrido e imagens absurdas começaram a invadi-la e não pude controlar um desejo de ter sido aquela toalha assim como o meu corpo ter ficado quente tão de repente.- e riu.

- Ma-mas... Gina, você esta me deixando constrangido. – ela riu mais ainda - Por que você pensou isso?

- Pensa comigo. Se você tivesse visto a Cho Chang, na época que gostava dela, so de roupa intima na sua frente, trocando de roupa, o que você pensaria? Tudo menos pureza. – Harry abriu a boca para falar, mas Gina não permitiu. – Vai dizer que não? – ele sorriu envergonhado. – Pois foi por ai que eu pensei. Eu nunca que poderia imaginar que alguns meses depois daquele dia você me beijaria no meio desse salão na frente de toda a
grifinória.

- Nem eu poderia imaginar. Era um absurdo tão grande que me mataria se fosse a quatro ou cinco anos atrás. Mas, depois de sentir um perfume floral na aula do Slughorn e descobrir que era seu. Essa possibilidade não era mais tão absurda.

- Nem parece que isso aconteceu há dois anos atrás.
Ficaram calados depois daquela conversa descontraída. Perdidos nas chamas do fogo que crepitavam, concentrados na respiração do outro e nas lembraças que passeavam aleatórias na cabeça de cada um.

Era bom estar ali, nos braços um do outro. Envoltos naquele clima romântico. Sem grandes preocupações, ou pelo menos era assim que parecia. Era muito difícil imaginar que fora do salão comunal, de Hogwarts, um grande grupo de Comensais da Morte ainda vingavam a morte de Lord Voldemort. Levando e reproduzindo medo a toda a comunidade bruxa. Apesar de se sentir segura nos braços do homem que escolheu ter ao seu lado, mesmo sendo tão marcado quanto so ele conhecia, Gina não pode deixar de sentir medo ao pensar em tudo que eles terão que passar para ficarem juntos.

- Desculpe por tocar nesse assunto Harry, mas, você acha estranho que em todo esse tempo não tenha encontrado nenhum Comensal da Morte? – perguntou ela.

Harry respirou fundo. Queria, mas não podia deixar de pensar que era verdade e muito menos que seria impossível não permitir que a conversa chegasse a esse ponto.

- Concordo com você. Moody fala que é normal. Que antes de tudo os Comensais estão com medo do que podem encontrar já que Voldemort esta morto. Mas o que não entendo é como antes era um ataque atrás do outro e agora tudo parou. E essa espera esta me deixando frustrado. – terminou Harry levantando bruscamente, dessa vez fazendo Gina cair no chão. – Caramba! Desculpa Gi.

- Não! Não! Tudo bem! Nem doeu! – disse ela levantando e sentando-se no sofá com a ajuda dele. Via-se aflição no rosto de Harry.

- Desculpa.

- Tudo bem Harry! Eu que peço desculpa. Não deveria ter tocado nesse assunto.

- Se você não tocasse eu tocaria. Mas, eu sinto que essa tranqüilidade vai acabar. Eu sinto alguma coisa crescer aqui dentro. Como se fosse um aviso. E sinto uma incomoda dor de cabeça por causa disso. – Harry parou de frente para a lareira com os olhos semicerrados pela quentura. Gina levantou-se do sofá e foi ate ele, o abraçando por trás.

- Você esta sentindo essa dor de cabeça agora? – perguntou ela preocupada.

- Não, agora não! Estou me sentindo bem, por que você me faz bem. – ele virou-se para ela e capturou seus lábios antes que falasse qualquer coisa. Se pudesse passaria todo o resto de sua vida beijando Gina, mas conversar com ela era tão bom quanto sentir seus carinhos e olhá-la por horas. – Vamos fazer o seguinte. Vamos encerra esse assunto. Temos coisas melhores para conversar.

- Como o que, por exemplo? – Pediu Gina com malicia.

- Tipo. Como tudo parou quando te vi descer a escada dA’Toca. Nunca tinha imaginado o quanto você poderia ser ainda mais linda. – disse ele acariciando o rosto da ruiva.

- Ah! É verdade! Por que você fez isso? – Gina colocou as mãos na cintura encarando Harry seriamente.

- Do quê que você esta falando? – desconversou ele voltando a se sentar no sofá.

- Como o quê, Harry? Por que você teve que se transformar no Dino para ir
ao meu aniversário?

- Seria pior se eu não tivesse ido.

- Você teve ajuda de quem pra isso heim? Por que você como preparador de poções não é lá essas coisas viu! – falou Gina sentando-se de frente para ele no sofá.

- Realmente não sou mesmo. E por isso tive ajuda de alguns amigos para isso. – falou ele displicentemente.

- Como quem? Não vejo ninguém que em sã consciência tivesse permitido que você tivesse essa idéia. Ou não...! – de repente Gina ficou calada e pela sua expressão de incredulidade tinha percebido que estava errada. Que em sua festa tinha uma pessoa que agia estranhamente. – O prof. Remo Lupin. Ele estava olhando constantemente para o relógio, como se estivesse preocupado com as horas... – Harry sorria com a esperteza da namorada. – Mas, com certeza, ele não teria permitido que você fizesse tal absurdo.

- Não teria mesmo. Mas digamos que uma pessoa muito influente me ajudou com isso.

- Tonks?

- Isso mesmo. – confirmou Harry sorrindo – Ele não tinha permitido. Dizendo que seria muito perigoso para mim. Que estávamos em tempos muito difíceis para eu pensar em fazer tal absurdo. Eu achava o mesmo, mas à vontade de te ver era muito grande, mas nada justificava me meter em perigos. Ai a Tonks ouviu a historia e me perguntou, como quem não quer nada, qual era o meu plano. Eu disse que precisava de uma pessoa neutra que com certeza iria para o seu aniversario e que se não fosse não teria problemas. Primeiro pensei no Neville, mas não seria tão egoísta ao ponto. Tonks sugeriu uma garota, mas não me sujeitaria a tanto. – Gina riu com a expressão de pavor no rosto dele. – Ai, lembrei de uma vez que eu e o Rony encontramos você naquele corredor vazio com Dino Thomas. E achei a pessoa certa para o meu plano.

- Quando ele, ou você, ah sei lá, quando o Dino que era você, colocou aquele doce na minha boca me deu uma vontade de transformá-lo numa lagartixa roxa. – Gina brandiu com cara de poucos amigos.

- Desculpe. Eu sabia que você não ia gostar ainda mais vindo dele.

- Não gostei mesmo. Mas, como foi que a Tonks conseguiu pegar um pouco de cabelo do Dino pra isso. É essencial para a Poção Polissuco. – quis saber a ruiva olhando curiosa para Harry.

- Também queria saber. A única coisa que sei é que ela teve a ajuda de Edwirges para isso.

- Ela não lhe contou?

- Não. So disse que se me contasse me mataria depois. – eles riram.

- Sim, continue Harry. Depois que Tonks conseguiu o cabelo do Dino, quem fez a Poção?

- O Prof. Slughorn. – falou ele levando as mãos à parte de trás da cabeça olhando de esgoela para Gina.

- Quê? – espantou-se a ruiva. – O Prof. Slughorn? Ma-mas... Com o Lupin pode ate ter sido fácil com a ajuda da Tonks, mas o Prof. Slughorn? Como você conseguiu?

- Digamos que foi com a ajuda do meu grande poder de persuasão. – Harry falou cheio de si. Gina gargalhou. – O que foi?

- Eu não sabia que você tinha esse negócio ai viu. Persuasão. – continuou
rindo.

- So por isso, não vou falar mais! – disse ele cruzando os braços à frente do corpo ficando sério.
- Ih ficou com raiva foi? – falou ela fazendo uma cara engraçada de raiva com uma voz fininha, que mais parecia de uma criança. Ele consentiu com a cabeça. – O que será que devo fazer para mudar isso? – Harry a olhou com o canto dos olhos enquanto Gina começava a se aproximar dele engatinhando, lenta e sensualmente. – Será que carinho pode mudar isso? – falou ela ao pé do ouvido do moreno que se arrepiou todo ao ouvir a voz doce e cheia de malicia da ruiva.

Delicadamente começou a beijar o pescoço do moreno. Uma de suas mãos acariciava o peitoral de Harry enquanto que outra fazia o mesmo na nuca dele. Harry lentamente foi fechando os olhos sentindo aquele carinho único que so a ruiva, sua ruiva conseguia fazer. Sentindo que aquele lugar estava ficando quente de mais assim como seu coração que batia rápido de mais, Harry puxou Gina pela cintura a fazendo virar e cair em seu colo. A olhou profundamente antes de beijá-la. Não era o primeiro beijo dos dois, mas o friozinho na barriga, os corações e as respirações descompassadas e o desejo de que acontecesse eram as mesmas sensações de que sentiram naquele dia de junho quando a Grifinória ganhou a Taça de Quadribol e eles a retribuição de sentimento um do outro.

- Ah, Harry! Isso é golpe baixo. – exclamou Gina, após quase um bom tempo sentindo o beijo de Harry.

- Como isso pode ser um golpe baixo se você é o meu ponto fraco? Golpe baixo foi o que você fez ainda pouco. – disse ele brincando com a alça do vestido de Gina que teimava em cair. Ela abriu um lago sorriso ao ouvir isso, depositando um selinho nele que não se contentando a puxou para mais um longo beijo. Gina não pestanejou.

- Ta bom! Ufa! – falou Gina interrompendo o momento que já estava ficando incontrolável, balançando as mãos freneticamente, como se fosse um leque, em direção ao seu rosto. – Bom. Se você pensa que ia fugir de explicações, enganou-se. Bora Harry, termina de contar seu plano para ir ao meu aniversário.

- E onde foi que parei? – perguntou Harry sem emoção.

- Nas suas habilidades persuasivas em relação ao Prof. Slughorn. – brincou Gina procurando, ao lado de Harry, uma posição aconchegante.

- Há, sim! No meu sexto ano, quando Aragogue, a aranha gigante que Hagrid criava na Floresta Proibida, lembra? - Gina consentiu – Na noite que ela morreu, que foi a mesma noite que consegui a lembrança que o Slug escondia em relação a Horcruxe... – de repente Harry sentiu uma pontada e um aperto no lado esquerdo do peito. Sempre que lembrava das vidas dividas de Voldemort era inevitável não lembrar de Alvo Dumbledore. Calou-se e respirou fundo por um momento. Gina percebendo e já sabendo do que se tratava não fez objeção alguma em relação à mudez repentina do namorado. – O Prof. Slughorn pegou escondido do Hagrid algumas garrafas do veneno de Aragogue. – continuou ele como se não tivesse interrompido aquela explicação. Sentiu-se grato pela paciência que Gina demonstrou - E eu deixei. Sabia que tinha que fazer isso para conseguir a tal lembrança. Pelo menos era o que Felix Felicis dizia para eu fazer. E foi com isso que consegui a ajudinha do Prof. Slughorn.

- Mas ele aceitou assim de primeira? – perguntou ela mexendo nos botões da camisa de Harry.

- Não. Eu não queria fazer isso. Ele já tinha me ajudado o bastante me dando aquela lembrança. Não havia necessidade alguma de fazer com que ele retribuísse o favor que fiz a sua conta bancaria no Gringotes. – riram – Mas eu não so precisava como tinha de fazer isso. E também não foi nada difícil convencê-lo quando lhe lembrei que Hagrid era um meio gigante que ama animais esquisitos e que Aragogue era seu favorito.

- E como você o encontrou? Ate onde sei, ele sumiu depois que Voldemort descobriu que ele tinha ajudado Dum... – Gina parou bruscamente de falar. Dumbledore ainda era um assunto muito complicado para se tratar com Harry. – Que tinha ajudado você. – continuou ela hesitante.
Harry ficou calado por um momento. Sentiu raiva do deslize de Gina e no momento seguinte sentiu raiva de si mesmo por sentir esse absurdo em relação à namorada. Sabia que ela não tinha feito por maldade.

- Slughorn não sumiu. Sumiram com ele. A Ordem o protegeu durante toda a guerra a meu mando. So não sei como não o pegaram já que os dois primeiros lugares que o escondemos, os Comensais da Morte encontraram. Mas essa é outra historia. – desconversou Harry percebendo que a ruiva ia dar continuidade àquela conversa. – Depois que a guerra terminou eu não soube mais do paradeiro do Prof. Slughorn. Queria muito lhe agradecer pela ajuda, mas eu mal sabia que tudo não tinha acabado.

- Nem você, nem eu, nem Hermione e muito menos Rony. – concluiu Gina crispando os lábios.

- Outra conversa que não quero desenvolver agora.

- Nem eu. Mas na primeira oportunidade que tiver vontade vou azarar os gêmeos. Aqueles traidores. – Gina falava com profundo rancor o que fez Harry rir. – Ria a vontade, pois ainda não me vinguei direitinho de você. – ele parou instantaneamente de rir. Gina soltou uma gargalhada macabra e ambos riram do feito da ruiva.

- Estarei preparado.

- Continua Harry. – pediu ela, sorrindo.

- Claro! Você é quem manda! – Harry depositou um beijo na cabeleira ruiva com mechas em cor de mel de Gina – Eu não sabia se Slughorn estaria escondido no esconderijo antigo, mas a Ordem sempre soube onde ele estava, não so ele, mas todos que ficaram ao nosso lado na guerra. Moody, Tonks, Quim, Lupin, não perderam contato com ninguém prevendo que nada tinha acabado por inteiro. Na primeira oportunidade que surgiu para visitar Slughorn eu fui. E foi assim que pedi sua ajudinha.

- Nossa Harry! Ate que você é bom em montar planos. – exclamou Gina
sorrindo para o moreno.

- Tenho minhas qualidades, ruiva. – brincou ele selando seus lábios aos dela.

- E quais são? – perguntou ela com um fingido olhar de desentendimento.

- Pensei que já conhecia todas. – falou ele serio.

- To brincando Harry. Eu conheço as melhores que nenhuma outra garota conheceu, nem mesmo a Chang. Mas se ainda falta alguma eu vou descobrir. Teremos tempo suficiente para isso. – falou ela olhando profundamente aquelas íris verdes que tanto adorava.
- É o que mais quero. – selaram mais uma vez os lábios. – Mas ainda não acabou. A poção ficou pronta um dia antes do seu aniversário. Mas eu ainda não tinha contado a Lupin que o meu plano so precisava da autorização dele para se colocado em prática.

- Por que Harry? - perguntou Gina contrariada.

- Uma das promessas que eu deveria fazer para ir com a Ordem a procura dos Comensais era que deveria obedecer aos outros, indiscutivelmente. Eu tinha a ajuda de Tonks, mas não era a mesma coisa que a permissão de Lupin, ele ainda é a única pessoa que faz eu me sentir mais próximo de meu pai, por ter sido um de seus melhores amigos. Não sei, mas sinto que devo respeito maior a ele por isso.

- Compreendo. – disse Gina tristemente, mas ao mesmo tempo orgulhosa da consideração do namorado em relação ao antigo Professor.

- Tudo estava pronto. A Poção Polisuco. O cabelo do Dino. O salão comunal
da Grifinória...

- Como você conseguiu o salão? – perguntou ela.

- Meu presente de aniversário que pedi a Profa. Macgonagall. Claro que só lhe pedi isso quando tive a certeza de que Slughorn prepararia a poção. – explicou ele olhando ao redor.

- Ah! Entendi. – exclamou Gina.- E como foi que o Prof. Lupin aceitou tudo isso.

- Quando me viu de Dino Thomas hoje mais cedo.

- Serio?

- Anham! Ele só faltou soltar fogo pelo nariz. No fim concordou. So depois de dizer que iria junto para não me deixar fazer nenhuma besteira. Eu tive que aceitar. Já estava de bom tamanho ele ter permitido sobre pressão.- concluiu Harry sorrindo, apertando Gina contra si.

- Então foi assim que você decidiu ir ao meu aniversário? Escondido na forma de Dino. Queria ver o que aconteceria se não houvesse ocorrido a festa. – falou ela.

- Seu pai havia garantido que haveria. Por que então todos estavam lá no mesmo dia que você decidiu fazer a festa? Algumas horas antes? – perguntou ele.

- É verdade. – surpreendeu-se Gina. – Não tinha pensado nisso antes.

- Jorge e Fred já tinham distribuído os convites. Tudo estava pronto porque todos sabiam que você não seria mal educada a ponto de expulsar todos os seus amigos e parentes de casa. So faltava o seu real consentimento para a festa acontecer. – explicou ele tentando fazer com que a ruiva não explodisse de raiva por terem feito tudo às escuras.

- COMO É QUE É? – gritou Gina levantando-se – Eu não acredito que eles fizeram isso.

- Calma Gi. Foi pro seu bem...

- Eu to cansada das pessoas ficarem decidindo as coisas por mim. Que droga! – Gina começou a andar de um lado para o outro na frente Harry. – Então por isso essas roupas, as investidas contínuas da mamãe e do papai, a historia da Hermione...

- Não sei o que Hermione lhe falou. Pois isso, nem o Rony soube dizer. – Harry interrompeu a ruiva. Conhecendo ela como conhecia sabia que ia praguejar a família ate se cansar e não queria isso. A conversa dos dois estava muito boa. – Eu sei como é chato quando as pessoas decidem por nos e como sei, mas, leva em conta que você estava deixando a todos em sua casa muito tristes.

- Não justifica! – brandiu ela parando de chofre à frente dele.

- Justifica sim. Eu que estou distante de você sabia que estava mal, imagine as pessoas ao seu redor. Imagine sua mãe, que já é preocupada com os filhos de costume, vendo sua única filha definhar por causa de mim e não conseguir fazer nada para mudar isso. – disse Harry após se levantar de supetão e ficar cara a cara com a ruiva, que o olhava descrente pelo o que estava acontecendo. – Desculpa Gi, mas não vou permitir que você se irrite com isso e com as pessoas que querem o seu bem.

- Como sempre eu fazendo a merda que resulta em mais uma descursão contigo. – falou Gina sentando-se no sofá e cruzando os braços na frente do corpo, emburrada.

- Não Gi. Você não fez merda alguma. So estou dizendo isso para que você controle um pouco mais seus impulsos e ver essas coisas por outros ângulos que não seja só o seu. – pediu Harry, ficando de joelhos ao pé da ruiva e acariciando suas pequenas mãos.

- Era so o que me faltava. Harry Potter me dando esse tipo de conselho. – falou ela virando os olhos para cima.

- Ta! Eu posso não ser a pessoa mais indicada para isso. Mas eu não quero que as pessoas fiquem colocando, indiretamente, a culpa em mim pelas coisas que você não anda fazendo, como comer, sorrir, se divertir com as pessoas por causa da nossa distância. – isso era o que Harry realmente queria e já havia lhe dito uma vez, mas em carta. – Não foi isso que você me prometeu naquela sua carta.

- Desculpa. Mas eu acho que já deu pra perceber que eu so faço coisa errada. – desculpou-se ela abaixando a cabeça.

- Isso é mentira. Você so não é perfeita porque o mundo não é perfeito. –
Gina sorriu para ele. – Olha so! Se ate o teu sorriso é lindo, imagine o resto. Ate hoje não entendo o que você viu nesse moleque magricela, de cabelos arrepiados, míope, com a cabeça rachada...

- É mais fácil perguntar o que eu ainda não vi em você. – Interrompeu Gina levando uma de suas mãos ao rosto e Harry sorrindo. Como era fácil para Gina levar a paz ao coração de Harry com um único gesto de carinho e ela mal sabia que tinha todo esse poder sobre o moreno.

- Então você desculpa sua família por isso? – pediu ele ainda de olhos fechados.

- Claro né! Mas, so pelo fato de que foi por essa bendita festa que estou aqui, agora com você. Por que se não por isso, com certeza, você não teria aparecido tão cedo, não é Sr. Potter? – falou ela apertando as bochechas de Harry que fez uma careta de dor.

- Talvez! Oportunidades não faltariam. – disse massageando o lugar, enquanto se levantava e sentava mais uma vez ao lado da ruiva – Pelo menos eu acho.

- É talvez! Mas... Espera ai. Quer dizer que você anda se comunicando com o meu pai? – perguntou ela descrente.

- Não! Eu não. Mas...

- Então como é que você sabe tudo sobre o que fizeram para o meu aniversário? Sobre eu não estar me alimentando direito...?

- Por que você disse ainda pouco que estava com muita fome porque não comia direito a um bom tempo. – interrompeu Harry encolhendo no sofá sobre o olhar de censura da ruiva.

- E sobre eu não estar fazendo o que prometi em carta para você. Justifique-se Harry. – ordenou ela erguendo o dedo indicador em direção a ele. – E sobre o meu pai também.

- É... Eu não estou me comunicando com o seu pai, ou outro Weasley... a não ser o Carlinhos que esta repassando informações para a Ordem sobre um grupo de possíveis Comensais na Romênia. Falo serio! – colocou vendo o olhar de Gina que parecia não acreditar naquela historia – Seu pai fala de vez em quando com Quim ou Lupin. Para colocar meu plano em prática eu tive que ter certeza de que sua festa aconteceria mesmo e foi Tonks que cuidou disso pra mim. Ela que perguntou sobre isso para seu pai. – Harry terminou de falar voltando a uma posição mais confortável ao perceber que Gina parecia considerar sua história.

- Compreensível. – Gina olhou em direção a lareira e contemplou as chamas por alguns segundos antes de voltar a falar. – E sobre o meu estado de espírito, o que você diz?

- Sobre seu estado de espírito? – brincou Harry sorrindo, mas não veio nenhum sorriso por parte da ruiva, o que fez com ele voltasse a ficar serio – É... Foi na festa. Ouvi sua mãe conversando com a Profa. Macgonagall na cozinha quando estava voltando do banheiro. Tinha ido tomar um pouco de poção a mando de Lupin. Ele que estava controlando a hora para eu aproveitar tudo.

O semblante que Harry demonstrou ao dizer essas palavras foram de tristeza. Fazendo com que a expressão de desconfiança que outrora estampava o rosto de Gina se transformasse em compaixão. Sabia muito bem que Harry não queria ter ido transformado ao seu aniversário. Que teria aproveitado muito mais se Rony, Hermione e os outros soubessem que ele estava lá comemorando não so maioridade de Gina, mas também o fim de uma guerra á muito tempo desejada por ele.

- E como foi ver o Rony e a Mione, Harry? – perguntou ela hesitante, mas relaxou ao ver um sorriso no rosto dele.

- A Mione, so vi de relance algumas vezes. Ela e Rony não estão se falando direito não é? – perguntou ele apoiando os braços nos joelhos. Olhando para Gina.

- Digamos que sim. Eu meio que me afastei deles. – falou ela envergonhada. Mas Harry pareceu não ligar.

- Rony não falou que estavam brigados, mas pelo modo como ele a olhava indicava que sim. E quando o Vitor Krum chegou. Caramba! Rony só faltava soltar fogo pelas narinas. – Harry e Gina riram. – Não foi você que o convidou não foi? – Gina negou – É, o Rony falou também. Foi bem engraçado tirar uma com a cara dele em relação a Hermione sem receio de que ficasse com raiva de mim.

- Eu não os entendo. Será que é tão difícil dizer o que sentem um ao outro. – falou Gina balançando a cabeça negativamente.

- Deve ser. Se já foi difícil pra mim que falava normalmente com você,
imagine para eles que fingem se odiar desde o primeiro ano. – disse Harry rindo.

- Olhando por esse lado... pode ate ser. – ela também ria.

- A Mione não mudou tanto. Continua a mesma. Conversando com todo mundo, sendo gentil. So cresceu um pouco. Mas o Rony. Caramba! Eu pensava que ele já tinha crescido tudo que tinha para crescer. No mínimo, antes dos 20 anos vai ficar com a mesma altura do Gui. – dizia Harry estufando o peito com os braços um pouco estendidos ao lado do corpo.

- Também pudera. Come que nem um cavalo. Não sei onde arranja tanto espaço para a comida. – disse Gina aproximando-se de Harry e se aconchegando mais uma vez ao seu lado.

- E por falar no Gui. A Filha dele com Fleur é linda! – exclamou Harry imaginando por alguns segundos se a filha dele com Gina seria tão bonita quando a de Gui com Fleur.

- Claro! Tendo o meu irmão com pai, a mãe, descendente de Veela e eu como tia. A pequena não poderia nascer sequer bonita e sim linda. – Harry riu com a explicação da namorada. – E por que você ta rindo? É a lógica Harry!

- Claro que é! – concordou ele ainda rindo. – Foi bom ver todos. Foi ótimo ver você. Ainda me surpreendo ao lembrar de você descendo aquela escada. Linda! Perfeita! Maravilhosa! Imponente! Como so você sabe ser.

- Harry você esta me deixando desconcertada! – disse ela escondendo o rosto rubro com as mãos provocado pelas palavras de Harry.

- Nossa! Um momento único. Gina Weasley, ficando desconcertada!

- Não teve graça Harry! – falou ficando mais vermelha ainda.

- Ficou lindo. – Harry falou de repente.

- O quê? – perguntou Gina surpresa acompanhando o olhar de Harry que caia no seu pescoço. - Ah! Ficou perfeito Harry. E nem pude lhe agradecer por isso. – disse ela sentando-se de frente para ele.

- Não precisa. So pelo fato de você estar aqui comigo já é um agradecimento – falou ele admirando a peça.

- Precisa sim! Obrigada Harry, muito mesmo. Não sei nem o que dizer...

- Diz que me ama e que vai passar o resto da sua vida comigo. – sugeriu ele ficando de pé enquanto que uma música instrumental começou a soar pelo salão. Gina olhou ao redor procurando a fonte, mas não encontrou nada que pudesse dizer de onde vinha àquela música. Por fim desistiu e olhou para a mão que Harry estendia a sua frente.

- Me concede essa dança senhorita? – pediu ele curvando-se um pouco para ela. Elegante.

- Concedo, belo rapaz! – falou ela com sua voz suave – Mas antes disso, tira esses sapatos. To descalça e não quero que meus lindos e cuidados pés sejam esmagados por seus delicados pés tamanho 40, pode ser? – mandou ela com fingida seriedade olhando para os sapatos de Harry.

- Poxa Gina! Você acabou com o clima – desolou-se ele tirando os sapatos com a ajuda dos pés. Gina que ficara seria ate o momento não se agüentou e caiu na risada com a situação.

- Ah! Harry! O que você queria? Tenho que zelar pela saúde...

- Você tem um grande problema Gi. – interrompeu ele a puxando pela cintura em direção a si. Gina arregalou os olhos de surpresa. – As vezes, você fala demais. – e colou seus lábios ao dela.
Ficaram ali em pé, no meio do salão comunal da Grifinória, curtindo o momento que mais gostavam quando estavam juntos. Se beijando. Tudo estava maravilhoso. A música ao fundo trilhando a história de dois corações apaixonados que, apesar da distância, não parecia que ia esquecer um do outro.

Lentamente, Harry foi conduzindo Gina para uma parte mais ampla do salão. Um lugar que não houvesse obstáculos para a dança dos dois. Despertaram daquele beijo, se olharam por alguns segundos e Gina re-encostou sua cabeça no ombro de Harry.

- Te amo e vou passar o resto da minha humilde vida ao teu lado. – Harry apenas sorriu com a confissão da namorada.
Após algum tempo dançando, Gina sentia que estava ficando sonolenta, que suas pálpebras estavam ficando cansadas e travavam uma batalha quase vencida com a dona que não queria dormir ainda. Tinha muita coisa para conversar com Harry e sabia que se dormisse, logo depois estaria na sua casa ou sozinha nesse salão comunal e que definitivamente a noite maravilhosa que passara com Harry havia, por fim, terminado.
Afastou sua cabeça do ombro de Harry o suficiente para olhá-lo nos olhos e ele soltou um bocejo, impedindo que algumas palavras saíssem de sua boca.

- Sono? – perguntou ela, logo em seguida soltou um bocejo também.
Sorriram.

- Acho que já está na hora de dormimos Gi. Pelos meus cálculos já deve esta amanhecendo.

- Não interessa se esta amanhecendo ou não. So interessa que quero e preciso ficar mais um pouco com você antes de... – Gina parou de dançar olhando nos olhos de Harry profundamente – Harry posso lhe pedir, ou melhor, implorar uma coisa?

- Se for sobre o que estou pensando... Não posso Gi. Você sabe disso. – Harry murmurou, contendo uma enorme vontade de dizer o contrário.

- É... Eu sabia disso. Não sei nem por que me ousei perguntar. – falou ela afastando-se de Harry e sentando-se sobre algumas almofadas no chão, pegou outra e abraçou-a.

- Gi. Nos já falamos...

- Eu sei, Harry, que já falamos sobre isso e que você não vai mudar de
idéia, que eu devo entender tudo que esta acontecendo e blá blá blá. – falou tornando sua voz um pouco diferente, uma que Harry não conhecia, ou talvez não lembrasse de tê-la ouvido saindo da boca de Gina. Parecia de amargura e desdém.

- Por favor, Gina não fale assim. Como se não se importasse com o que esta acontecendo. Você acha que eu preferiria esses Comensais idiotas a ficar com você nA’Toca, jogando Quadribol, ouvindo as eternas e irritantes descursões entre Rony e Mione, comendo a deliciosa comida da Sr. Weasley, pensando em uma possibilidade de voltar e terminar meus estudos em Hogwarts dentre muitas outras coisas? – perguntou ele sentando-se na frente dela, tentando ao máximo não se irritar com a cara de desaprovação que ela fazia.

- Eu sei que você não trocaria isso por nada...

- Claro que não! Era o mínimo que eu poderia querer depois de tudo que aconteceu comigo. Depois de ter passado por tantas coisas. Não me importa quanto tempo ainda vou ter que esperar para aproveitar esses momentos, só desejo que eles aconteçam. – Harry procurava o olhar de Gina que abaixara a cabeça ouvindo o que ele dizia, pedindo com todas as forças para que ela não estivesse chorando. Não agüentaria vê-la desse jeito de novo. Não se o culpado fosse ele.

- E se esse tempo passar... Os três anos que você me prometeu? – perguntou ela levantando o olhar. Não chorava, mas estava com uma expressão decidida no rosto.

- Estão prometidos. Não me preocupo com o tempo que teria para conseguir tudo que quero, contanto que no final você esteja do meu lado. Vou fazer tudo que puder para que não ultrapasse esses três anos, mas, infelizmente, não depende so de mim...

- Então como é que você quer que eu espere uma coisa que talvez não aconteça? – Gina apertava com todas as forças a almofada em seu colo fazendo com que as pontas de seus dedos ficassem brancas.

- Eu pedi para você três anos. E será so esse momento. – falou ele decidido – Vou fazer o máximo para que tudo acabe o mais rápido possível, como já lhe falei. Apesar de que não faço uma idéia precisa de quantos Comensais da Morte ainda existam. Mesmo que eu ultrapasse esses três anos o que contara, de verdade, será o que ainda sentirei por você. O que tendera somente a crescer.

- Mesmo que você encontre uma pessoa melhor que eu? – pediu ela implorando a Merlim que a resposta dele fosse negativa.

- Mesmo que você encontre uma pessoa melhor que eu. Mesmo que você deseje viver sua vida ao lado de alguém que não lhe traga dores de cabeça, que não tenha um senso de heroísmo exacerbado, que nunca tenha sido jurado de morte por nenhum louco homicida, que nunca a tenha feito chorar... como muitas vezes já fiz. – Harry falou de cabeça baixa sentindo uma pontada estranha e que fora esquecida na região da cicatriz. Preferiu não comentar nada com a Ruiva. Aquele momento já estava sendo bastante difícil sem ter que contá-la que sua cicatriz, a tão famosa cicatriz, doera pela primeira vez em meses.

- E se eu não quiser essa pessoa sem graça? – perguntou ela com um meio sorriso no rosto fazendo com que Harry esquecesse a dor repentina na cabeça.

- Eu seria o homem mais feliz do mundo! – exclamou ele sorrindo abertamente.
No momento seguinte a única coisa que sentiu foi os braços da ruiva em volta de seus pescoço e cheiro fascinante da cabeleira rubra de Gina.

- Então promete pra mim que você vai voltar independente de quantos anos passarem. Promete Harry?

- So se você aceitar em me conceder uma noite de sono tranqüilo ao seu lado. – falou ele selando seus lábios aos dela.

Devagar Gina foi deitando naquelas muitas almofadas puxando o namorado pela nuca, ainda com os lábios grudados aos de Harry. Aconchegou-se o máximo que pode ao lado do moreno.

Aquele chão poderia ser o mais desconfortável de toda a Hogwarts, mas eles não conseguiam imaginar que pudesse em todo o mundo haver um lugar melhor se não um nos braços do outro.

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Lentamente a porta do quarto foi abrindo. A dona de uma mente preocupada e arrependida por ter sido tão grossa com eles colocou, ainda mais vagarosamente, a cabeça para dentro do quarto e abriu um sorriso ao ver os dois, vencidos pela noite cheia de acontecimentos, dormindo sossegados em uma cama fora do ângulo normal, descalços, com os rostos muitos juntos para duas pessoas que prefeririam morrer ao pensar que um dia isso poderia acontecer com eles.

Com a mesma habilidade que abriu a Sra. Weasley fechou a porta soltando
um gritinho abafado pelo avental que levou a boca para não acordar Rony e Hermione por tanta excitação. Desceu a escada lentamente pensando no que os dois mais gostavam para preparar o melhor café da manha para eles. Nesses breves segundos que se seguiram esquecera que a filha caçula não dormira em casa e que estava em algum lugar com quem ela preferia chamar de príncipe encantado.

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Eu sinto... no fundo do meu estômago... que não respondi a espectativa de algunz d vcs... p/ ñ falar em todos...hehehhe
+ é assim msm...
Bom é isso... espero comentarios... e prometo não demorar muito p/ postar o proximo ja q ele esta semi-pronto!
b-jussss....

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