Névoa.
Era um apartamento pequeno, mesmo contendo uma sala e cozinha no mesmo cômodo, apenas separado por um balcão, e dois quartos, cada um contendo um banheiro. Era simples. Aconchegante. Talvez fosse um pouco grande demais para apenas um ocupante, mas apesar disso Gina gostava do lugar, não para morar, mas para pensar... se esconder do mundo. Mesmo esse não sendo um dos melhores esconderijos, pois todos os Weasley e Hermione conheciam o lugar, mas pelo menos no seu apartamento ela poderia decidir quem receber ou não, pois A Toca, bem, erA’Toca.
Estava olhando por uma janela o pouco movimento da rua lá embaixo sem realmente vê-la, empoleirada em uma poltrona de couro vermelho. Seus cabelos estavam soltos caídos sobre os ombros realçando-os mais ainda sobre a camisa branca que usava. Em seu colo, colocada de uma forma displicente, estava sua bolsa. Estava pronta para sair fazia mais de uma hora, mas na verdade não estava com vontade alguma de levantar daquela poltrona, porém, o compromisso já havia sido marcado há dias e seria uma desfeita ligar em cima da hora para desfazê-lo.
Nas três últimas semanas isso já estava se tornando uma rotina. Dormir nA’ Toca, ir para o trabalho no dia seguinte, voltar para o seu apartamento, sentar a horas sem se importar naquela poltrona pensando na vida, para depois voltar a Toca para dormir. Era meio estranho que uma pessoa que possuía sua casa estivesse ainda dormindo na casa dos pais e ela sempre respondia que estava mal acostumada em morar em uma casa com 8, 9, 10 pessoas para agora morar sozinha. Mas essa não era bem a verdade, pois ela só voltou a dormir com freqüência nA’ toca ao perceber as visitas noturnas de um certo moreno de olhos verdes e cabelos em desalinho.
Era esse o motivo. Dormir, ou pelo menos tentar, em sua casa, para receber, de certa forma, a visitas de Harry. No entanto já fazia pouco mais de um mês que isso não acontecia a fazendo se irritar sempre que lembrava do Lírio branco que ele havia deixado na ultima visita que por um feitiço de permanência, ainda não havia murchado e parecia que a cada dia estava mais vivo ainda. Ironia! Gina sabia que as coisas andavam bem, pelo menos era o que parecia. O Profeta Diário noticiava periodicamente noticias sobre ataques e capturas de Comensais da Morte e citava aqui e ali o nome da Ordem da Fênix e de Harry Potter, que possuía o maior privilégio por agradecimentos e insultos implícitos. Pelo menos isso significa que ele esta bem. Pensava. Mas o fato de Harry não aparecer mais não era sua única preocupação, outro problema, ainda maior, com toda a certeza, assolava os sonos e o coração da ruiva.
Gina havia feito tudo que prometera a Harry. Havia se formado em Hogwarts, agora era um curandeira, mesmo sendo auxiliar de Hermione, ela era conhecida, aproveitava sua vida com grande intensidade, pois, como ele mesmo havia falado, quando voltasse sua liberdade como solteira acabaria. À noite seguia para festas trouxas e bruxas com amigos do hospital, dançava, se envolvia com outros homens, no entanto sem lhes dar falsas esperanças. Tornara-se o tipo de mulher envolvente, inteligente, mas de um coração com dono. Porém, os dias estavam contados. Quando Harry a deixou para seguir um caminho marcado como só ele conhecia, o tempo de três anos parecia muito, na verdade uma eternidade comparada aos, pouco menos, de dois meses que faltava para completar os três anos de sua espera por alguém que não saberia se voltaria, contudo pedia todas as noites antes de dormir que voltasse antes do seu tempo terminar.
Foi-se o tempo em que ela afirmava que esperaria a eternidade por Harry. Mesmo o amando de forma intensa não poderia esperar para ser feliz ao lado de outra pessoa por alguém como Harry Potter, “o eleito”. Como respondeu para ele... Serão apenas esses três anos, nada mais que isso. A única coisa que desejava era um sinal, um recado, mas nada chegava e a hora dela tomar uma das maiores decisões da sua vida estava chegando.
Soltou um bufo irritado se mexendo incomodada na poltrona fechando a cara logo em seguida. Olhou para o relógio de pulso ao mesmo tempo em que a campainha de seu apartamento ecoou pelo lugar a fazendo sebressaltar-se de susto.
- Um minuto! – falou alto para o que quer que fosse que estivesse do lado de fora ouvisse. Colocou as botas de couro de dragão, abotoou o botão da calça se levantando e dirigiu-se a porta.
- Oi!
- Oi! – falou surpresa. Não esperava ele ali.
- Posso entrar...
- Ah! Claro. Desculpe. – ela deu espaço para que pessoa entrasse e fechou a porta logo em seguida.
- Você esta linda! Na verdade é linda! – ela sorriu sem graça como resposta. – Mas... esperei por você em torno de meia hora, mas você não chegou... – falou olhando para o relógio – Fiquei preocupado e resolvi vim. Fiz mal?
- Não! Que isso! Desculpe. – falou meio sem jeito não o encarando. – Estava um pouco cansada e sentei um pouco para relaxar – apontou para a poltrona – E acabei perdendo a hora. Foi mal.
- Bom. Se você estiver cansada podemos ficar aqui mesmo...
- Não! Já estou melhor. Só vou pegar minha bolsa e já estamos indo Ok. – disse Gina fazendo um movimento com as mãos sorrindo. Era bom saber que ele se preocupava com ela. Adiantou-se a poltrona pegando sua bolsa. – Pronto, já podemos ir.
- Certeza Gi? – perguntou receoso. Ela registrou a forma como ele a chamou sentindo uma dor no peito e um frio na barriga.
- Claro e evidente, Scoth! – respondeu mais séria e asperamente do que pretendia. Já havia lhe pedido para que não lhe chamasse assim.
- Você tem certeza de que não que ficar aqui ou sei lá... podemos ir para o meu apartamento... descansar um pouco? – perguntou com um sorriso malicioso se dirigindo a ela. Envolveu seus braços em torno de sua cintura a
puxando mais para perto.
- Já disse que estou bem. E da mesma forma não podemos chegar tarde no aniversário de sua mãe. Ela pode lhe deserdar... - brincou
- Daria tudo que tenho para ficar ao seu lado para sempre. – olhava profundamente nos olhos dela que engoliu em seco. Não gostava de chegar a essa conversa. – O que você estava pensando. Sei que quando senta nessa poltrona é para pensar. Espero que tenha sido sobre o meu pedido. – falou olhando para a poltrona depois para ela.
- Digamos que sim. – falou tentando um sorriso convincente que pareceu funcionar. – Mas como já lhe disse antes não gosto de ser pressionada...
- Às vezes considero que você não gosta de mim da mesma forma que eu gosto de você. – falou Scoth se afastando dela e lhe dando as costas. Gina soltou um bufo virando os olhos nas órbitas.
- Eu gosto de você...
- Então porque precisa pensar. O que há de mal em duas pessoas que se amam desejarem morar juntas, constituir uma família? – tinha indiguinação na voz dele, mas Gina entendia perfeitamente, no entanto não deixou de registrar o que ele dissera: “Duas pessoas que se amam”? Eu nunca disse que o amo!
- Não há nada de mal... – ele já ia abrir a boca para retrucar, mas ela alteou a voz não permitindo – Mas eu preciso pensar. Fazemos parte de mundos diferentes...
- Já disse que não me importo e muito menos minha família...
- O que eu acho maravilhoso. Mas preciso pensar. Colocar minha cabeça no lugar. Existem coisas que somente eu entendo...
- É o cara não é? O seu ex-namorado que a largou para caçar seguidores de não sei quem...?
- Não fale do que você não sabe. – Falou Gina entre dentes erguendo um dedo.
- Esta vendo só? Só falar no cara que você já fica toda estressadinha. – falou Scoth irritado com um tom de deboche na voz.
- Não estou estressadinha. Apenas não gostei da forma como você falou do Harry... – falou lentamente tentando se controlar – Você não sabe o que houve para que acontecesse o que aconteceu.
- Ah! Então esse é o nome dele? Harry...! – Scoth começou a andar de um
lado para o outro pelo aposento. – Não interessa o que aconteceu. Mesmo que eu tivesse todos os motivos do mundo nunca deixaria para trás a mulher que amo.
Apesar da raiva que percorria o corpo de Gina ela não deixou de desacreditar. Quando, no começo do relacionamento entre os dois, ela contou que era bruxa ele não acreditou. Ela insistiu. Ele acreditou assustando, no entanto feliz. Feliz? Nesse dia ela descobriu que o pai dele era historiador e possuía um fascínio pela idade das trevas ou idade média. Na verdade era fascinado por histórias de bruxas e ate aquele momento possuía varias suspeitas de que elas ainda não haviam desaparecido. E foi um tanto constrangedor ser observada como um ser em extinção além de responder tantas perguntas sem pé nem cabeça. Outro momento que a fez acreditar nos sentimentos dele por ela foi quando ela contou que amava outro homem. Ele não lhe deu as costas, no entanto pediu para que o deixasse fazê-la esquecer esse homem e a mulher mais feliz do mundo. No começo não aceitou achando que poderia ser taxada de egoísta, porém, sabendo que seria impossível que outra pessoa a fizesse esquecer Harry aceitou, isso sem contar com a insistência que Scoth demonstrou há quase um ano atrás.
- Eu sei. Mas existem coisas que só eu entendo como já falei. – disse ela com um tom de voz cansado.
- Gina... Há quase um ano atrás eu lhe pedi uma coisa. – ele se adiantou a ela pegando seu rosto com as mãos a fazendo olhar em seus olhos negros como seus cabelos. – Pedi para que me deixasse fazê-la a mulher mais feliz do mundo. Permita que assim seja Gina?
Mas ela apenas sorriu e o abraçou. Seu silêncio era a melhor resposta que poderia dar no momento ou a melhor que poderia dar nos próximos dois meses.
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- Pode fechar, sim!
- Sim! O que tenho doutor? – perguntou com um tom de voz um tanto cansado. Não gostava de fazer exames. Era sempre uma chatice. Abrir a boca. Fazer “Ahhh!”. Fechar a boca. Respirar fundo. Soltar. Um puxa aqui, puxa dali. Estica aqui e ali. Faz “Ahhh” de novo... Uma chatice!
- Não posso lhe dar um parecer imediato Sr. Potter. – falou o Dr. Sheen remexendo em uma maleta preta que se encontrava em cima de uma mesa de cabeceira. – Esses foram apenas exames de rotina...
- Que não podem explicar muita coisa. Ou podem? – perguntou mais uma vez ainda sentado na cama. Lupin e Moody observavam tudo com muita atenção de um canto.
- Apenas deixam claro que o Senhor possuiu uma saúde, digamos, juvenil. – respondeu sorrindo voltando-se para o garoto segurando uma lupa em uma das mãos. Harry a olhou com grande interesse. – No entanto...
- Sabia que havia alguma coisa. – interrompeu Moody com satisfação como se estivesse recebendo a afirmação de um problema já desvendado.
- No entanto. Acredito que seja extremamente necessário que faça outros exames mais profundos.
Harry já ia abrindo a boca para falar quando Dr. Sheen levantou seu queixo com a lupa de forma que olhasse para um ponto acima da sua cabeça e com a outra mão afastou os cabelos da testa do rapaz passando a olhar, através da lupa, com grande interesse a cicatriz em forma de raio tão conhecida. – As dores de cabeça parecem começar a partir dela não é?
- Não parece, começam! – respondeu com um pouquinho de dor no pescoço em decorrência da posição.
- Interessante... muito interessante...
- O que é interessante Doutor? – perguntou Lupin se aproximando, passando a observar com um olhar clínico o que o Dr. Sheen achava tão interessante. Primeiro estreitou os olhos logo em seguida os arregalou e... – Interessante... – sussurrou.
- Pode notar Sr. Lupin? – perguntou-lhe o curandeiro lhe lançando um olhar rápido.
- Pode notar o quê? – perguntou Harry apreensivo.
- Estranho! – exclamou em um sussurro Moody que havia se esgueirado ate os dois homens para contemplar o que tinha de “interessante” na cicatriz de Harry.
- Conseguem divisar a cor? – perguntou o curandeiro para os dois que mexeram a cabeça em afirmação. – Nunca tinha visto nada parecido em uma cicatriz...
- Não é comum? – perguntou Moody com sua voz arrastada.
- As cicatrizes são apenas marcas deixadas por ferimentos que a pela não foi capaz de regenerar ao estado anterior. Mas isso...
- Dá para falar o que há de estranho e interessante na minha cicatriz, por favor? – perguntou Harry com a voz um pouco alteada, levantando-se de supetão da cama ajeitando a franja para que pudesse esconder a marca, dessa forma assustando os três homens que pareciam analisar sua cicatriz como uma espécime em extinção. – O que vão querer fazer depois? Colocar-me em uma jaula para estudar o meu comportamento?
- Desculpa Harry! – pediu Lupin um pouco constrangido voltando, juntamente com Moody, para o canto no qual se encontravam anteriormente.
- Sim. Agora pode me falar o que há com ela? – perguntou apontando para a testa.
- Claro. O Senhor me falou que as dores de cabeça tendem a acontecer primeiramente nela, na cicatriz, e logo em seguida passam para o resto da cabeça, sim? – Harry confirmou. – Não é estranho que dores de cabeça comecem em um ponto se espalhando logo em seguida por toda a região...
- E? – apressou-se Harry em perguntar, pois a calma do curandeiro estava começando a irritá-lo.
- Acalme-se Harry. – sentenciou Lupin.
- No entanto, Sr. Potter, sabemos muito bem como essa cicatriz surgiu. – Harry engoliu em seco. As coisas pareciam se encaminhar para onde ele imaginava. – Sabemos que Você-sabe-quem, que era um bruxo das trevas muito poderoso, executou a mais forte e mortal, dessa forma, maligna, maldição no senhor quando criança. Dessa forma é curioso que suas dores de cabeça comecem justamente na marca deixada pela Avada Kedavra, justamente a maldição que deveria matá-lo. E todos nos sabemos que os feitiços realizados por pessoas que vêem a morrer tendem a desaparecer junto com elas. Mas talvez a sua marca seja mais uma das que não sumiram, assim como as marcas que os Comensais da Morte possuem...
- Por favor, não compare minha cicatriz com aquela marca de maldição. – sentenciou Harry entre dentes. Já estava sendo bastante horrível ter a certeza de que tudo o que estava acontecendo era culpa de alguém que já havia morrido. Alguém que ele mesmo matara.
- Claro... Isso pode ser apenas uma coincidência. Apenas uma coincidência... – mas a expressão do curandeiro não igualava com que acabara de dizer. Era uma de preocupação.
Harry refletiu por um momento em cada palavra dita pelo Dr. Sheen e não pode deixar de lembrar do que sempre ouvia quando era atacado por dementadores: o grito de sua mãe antes de ser morta pela Avada Kedavra. Sentiu os olhos arderem instantaneamente e balançou a cabeça como se estivesse tentando afastar essa péssima lembrança para uma região que o permitisse pensar no presente. No que estava acontecendo com ele. E o que a maldição que recebeu quando criança tinha haver com tudo aquilo. - E o que tem de interessante na minha cicatriz? Do que vocês estavam falando?
- O interessante na sua cicatriz Sr. Potter é que a analisando através da lupa notamos que no centro há uma espécie de linha em um tom esverdeado. – respondia o curandeiro com uma pouco de hesitação na voz. - E sabemos que a cor do raio de luz da terceira maldição imperdoável é...
- Verde... – as palavras escaparam de sua boca sem que ele notasse enquanto olhava seu reflexo em um pequeno espelho quadrado preso à parede oposta.
- Exatamente. – afirmou o curandeiro – Contudo Sr. Potter... – colocou sorrindo. O sorriso que os médicos nos dão quando tentam mostrar que há alguma coisa de bom na tempestade que esta se formando em nossas cabeças. - Seus sinais vitais estão em perfeitas condições. Pressão sanguínea, temperatura do corpo, batimentos cardíacos. Tudo na perfeita ordem. No entanto seu globo ocular esta um pouco mais vermelho que o normal, mas creio que isso é em consideração as fortes dores que senti na cabeça.
- Resumindo...
- Bem... Apenas que não é estranho que as dores venham de um ponto da cabeça se espalhando logo sem seguida por aquela região... – Interrompeu Lupin. - Mas sim, que se tratando de uma marca deixada por uma maldição, é aconselhável que o Sr. Potter procure por orientações especificas para essa situação. Sou apenas um curandeiro geral. Cuido de alguma coisa aqui e ali. Não tenho grandes especificações em relação às reações da região cerebral.
- Então o senhor nos orienta a procurar por um especialista? – perguntou Lupin olhando significativamente para Harry.
- Obviamente essas dores não são normais já que, pelo o que o Sr Potter falou, ela tendem a se intensificar. E o resultado da ultima foi um desmaio. Considero que não deva brincar com isso Sr. Potter.
- Não lhe falei Harry, mas você...
- Estava querendo deixar tudo em ordem para poder cuidar de mim. – falou voltando a sentar na cama. – Pois bem. Sei que não é brincadeira alguma, no entanto... – parou um pouco para respirar. – Vamos procurar um especialista.
- Faz bem Sr. Potter! – falou curandeiro lhe dando uma tapinha nas costas. – É de vital importância que você procure o melhor. Em Londres...
- Não! – Harry cortou o curandeiro tão asperamente que este o olhou assustado. Lupin balançou negativamente.
- Harry. Você ouviu o que o Dr. Sheen falou: É importante que seja o melhor dos especialistas e no St. Mungus é o lugar mais indicado para encontrarmos um...
- Já falei que não volto a Londres assim. – começou a altear a voz consequentemente sua cicatriz começou a latejar. – Será impossível me tratar no St. Mungus sem que ninguém perceba. Sem ninguém descobrir. Eu conheço os jornalistas ingleses e não quero nenhuma Skeeter no meu pé inventando o que seja a meu respeito. E além do mais, não sei se você lembra professor, mas Hermione trabalha no St. Mungus e será mil vezes doloroso ver pena no olhar dela. – as suas últimas palavras saíram tão fracas e tão penalizadas que Remo, mesmo não aceitando a decisão de Harry apenas por querer o seu melhor, respirou profundamente concordando com um aceno de cabeça.
- Acho que você já é maduro o suficiente para saber o quê é melhor para você, por isso...
- Obrigado professor! – colocou com um meio sorriso.
- Porém Harry, não vou permitir que você tome algumas decisões apenas pelo bem dos outros, mais uma vez. – começou a falar com autoridade. - Deixar de se consultar com os melhores curandeiros do mundo apenas por não querer ver seus amigos preocupados. Se ficam assim é por que se importam com você e você não pode privá-los de saber que esta precisando de ajuda. Se for preciso, Harry vamos procurar ajuda em Londres e queira você ou não.
O silêncio pairou pelo quarto. Todos olhavam para Harry com ansiedade enquanto este parecia pensar no que acabara de ouvir. Se dirigindo ate a janela, Harry falou: – Passei a maior parte da minha vida atrás da pessoa que havia matado meus pais e não só eles. Meu objetivo de vida sempre foi derrotar Voldemort para poder viver realmente. Para poder me divertir como qualquer pessoa da minha idade. Não que eu não tenha aproveitado dos momentos felizes que tive, mas era bem complicado sorrir sabendo que seria só naquele instante, sabendo que coisas horríveis estavam acontecendo. – Olhando pela janela continuou. - Mas conheci a felicidade no momento que conheci Hogwarts. No momento que Rony e Hermione entraram em minha vida se tornando meus melhores amigos. Provaram tantas vezes que eram amigos de verdade sem necessidade que não vou me privar de lhes pedir ajuda caso precise. – olhou para Lupin que sorria orgulhoso. – Vou procurar um especialista aqui. Caso for necessário, voltamos a Londres e procuramos pela Dr. Hermione Granger.
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O dia parecia se encaminhar para mais um cheios de dores de cabeça. O Ministério da Magia mais uma vez negou seu pedido para a reforma da sala de testes explicando que seria inviável e desnecessário. Sua assistente iria viajar para a Alemanha para representá-la em uma conferência e dessa forma ela ficaria sozinha para cuidar de um departamento todo sozinha. Não que não fosse capaz. Era! E muito. Mas, dessa forma, o tempo que tinha para outros assuntos iriam se extinguir mais. Com isso desencadeando outro problema: brigas constantes com seu namorado em decorrência do pouco tempo que já tinham juntos.
Passou a mão por entre os cabelos jogando o corpo para trás na poltrona e soltando um bufo de irritação. Dessa forma não notando que uma mulher havia aberto a porta de sua pequena sala.
- Posso entrar Hermione? – perguntou Gina colocando sua cabeça para dentro da sala. Recebendo um aceno afirmativo entrou. – Você esta bem?
- Estou! – respondeu com um meio sorriso ajeitando alguns pergaminhos que estavam espalhados pela mesa.
- Certeza?
- Não! – falou enterrando o rosto nos pergaminhos. – Não estou nada bem. Na verdade estou sim, mas... acho que preciso de algumas férias ou posso enlouquecer aqui.
- Mione, você tem certeza que queres que eu vá viajar. Por que se...
- A questão não é essa Gi. Não sou eu que decido se você vai ou não. Temos que representar nosso departamento no St. Mungus na Conferencia de hospitais bruxos. Não podemos não ir, pois perderemos credibilidade. E... – pegou um dos pergaminhos, de caráter oficial com um emblema enorme do Ministério da Magia como marca d’agua, na mesa esticando-o para que Gina pegasse. – não conseguiremos isso também.
Gina o leu por um momento atentamente. Soltando um bufo de irritação, jogou-o na mesa de Hermione. – Mas será Mérlim? Às vezes, ou quase, sempre, não compreendo esse pessoal do Ministério. – Gina começou a andar de um lado para outro na sala. - Primeiro, eles pareceram dar a maior força pra gente, ou melhor, você quando teve a iniciativa de criar esse departamento. E agora que queremos uma reforma eles... nem ai. Como se tudo isso aqui fosse apenas brincadeira. Será que eles têm noção de quantas doenças irreversíveis nos já revertemos?
- Parece que não, não é? – respondeu a amiga em um tom cansado. – E é por isso que devemos ir a esta conferência. Você deve ir.
- Mas Hermione, você não disse que só mandaria um novo pedido depois que a Conferência ocorresse? – perguntou Gina olhando significativamente para ela.
- Disse! Mas...
- Às vezes tenho medo desse seu “mas”! – falou Gina fazendo uma careta. Hermione apenas sorriu.
- Mas, deveríamos saber se eles sustentariam a “dificuldade”. – levantando de sua poltrona Hermione continua. – Agora me diga Srta. Weasley, quando que um hospital se recusa terminantemente de reformar uma ala que esta beneficiando não só a comunidade bruxa de sua região como também de todo o mundo? Uma ala que prioriza estudar, pesquisar e reverter vários casos que antes eram considerados finalizados em seu estado terminal?
- Hum! – consentiu Gina entendendo onde Hermione queria chegar que sorriu para o entendimento rápido da amiga. – Nenhum hospital permitiria tal afronta contra seus pacientes que precisam de soluções.
- Exatamente! – exclamou Hermione sorrindo mais ainda.
- Sim! Agora me diga. O que exatamente devo fazer nessa tal conferência? – perguntou Gina sentando-se em uma cadeira de frente para a de Hermione que acabara de ocupar.
- Apenas conversar sobre nossas preocupações com as pessoas certas. – respondeu.
- Então... – começou Gina pensativa. – Devo, primeiramente, apresentar as palestras já marcadas e, quem sabe, uma vez ou outra, comentar sobre esse caso mal resolvido entre duas curandeiras brilhantes que revolucionaram a medicina bruxa e o Ministério da Magia Inglês que se encontra “incapacitado” de atender as necessidades da comunidade?
Por um momento Hermione ficou olhando para Gina admirada por sua idéia que ficou bem melhor que a sua própria. – Confesso que não tinha imaginado essa proporção Gi, mas, você é que sabe.
- Não se preocupe Mione, saberei falar na hora certa e no momento certo. – colocou com uma piscadela.
- E por falar em momento certo. Como vai com Scoth? – perguntou Hermione um pouco hesitante. Gina revirou os olhos nas órbitas.
- Vai indo...
- Ele continua lhe pressionando?
- Depois do dia do aniversário da sua mãe não tocou mais no assunto. Apenas me disse ontem à noite quando me deixou em casa...
- Qual casa? – pediu sem se conter. Não entendia ainda em que casa se referia Gina toda à vez que falava sobre elas, pois tinha duas.
- NA’toca. – respondeu entortando a boca. Hermione consentiu. – Disse que o futuro era incerto e que o privilegio de uma vida ao lado de quem nós gosta são para poucos. Ou uma coisa assim. – seu tom de voz estava pesado.
-Hum... – Hermione parecia pensar no que a amiga havia falado, mas na verdade estava se lembrando de certo ruivo que há três dias não via.
- Mione?! – chamou Gina.
- Quê? – vendo a cara de desentendimento de Gina, percebeu que ela havia notado seu passeio. – Sim. Sinceramente Gi? – Gina olhou para Hermione interessada. – Acho que Scoth tem um pouco de razão.
Gina levantou-se rapidamente da cadeira cruzando os braços de costas para Hermione.
- Mas Gina. É verdade!
- Mione...
- Me escute. Eu adoro Harry, tenho um carinho enorme por ele como um irmão. E adoro você. Fiquei super feliz ao saber que vocês haviam se dado bem no nosso sexto ano, mas...
- Mas o que Hermione? – perguntou Gina já irritada, mas ainda de costas para a amiga.
- Não é justo você ainda ficar se prendendo ao Harry. A promessa que ele fez...
- Mas ainda faltam dois meses. – falou ela convicta virando-se par Hermione.
- Pouco menos, você quer dizer. – sentenciou.
- E o que importa? Prometi a Harry que iria esperá-lo por três anos e nada mais que isso. Você não compreende a tortura que estou passando ao saber que esse tempo esta acabando sem termos uma única noticia dele. E o que foi aquela noticia de primeira pagina do Profeta Diário hoje de manha? – Gina se aproximou da mesa de Hermione, apoiando-se com as duas mãos na mesa olhou profundamente para amiga com os olhos brilhando de excitação. – Acabou Hermione! Ele esta voltando, eu sei que está!
Hermione abriu a boca para falar, argumentar ou ate criticar, mas não conseguiu. Fechou a boca e sorriu para a Gina. Porém ela não sentia o mesmo entusiasmo que a amiga. Mesmo ao ler a noticia de que os últimos Comensais da Morte haviam sido pegos em uma cidade do México seu coração dizia que alguma coisa de errado estava acontecendo. Não que estivesse acreditando na noticia e nem que não estava feliz. Estava e muito! Apenas sentia que o tempo ainda não havia desanuviado para Harry.
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Desculpa gente pela demora... desculpa msm... + algumas coisas aconteceram... coisas um tantinho ruins... + ta ai o cap.. espero q tenham gostado...
Peqno??? eu tive q corta-lo ai~... =D
Obrigadinha pelos comentarios: Leo Potter, Larissa Manhães ,mayra black potter ,Tucca Potter , Priscila Bananinha...
Para as pessoas q leem e ñ comentam.. um b-jão tbm
=****
ate o proximo!!
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