Relíquias.
*Lumos*
Lembrem-se as maldições são imperdoáveis.. hihih...
Desculpinha pela demora gene, mas pelo menos dessa vez eu deixei um aviso explicando minha situação acadêmica...
Muito obrigado as pessoas que comentaram:
Leo Potter: Obrigada pelo comentario... concordo com vc.. ja ta cansando essa distancia, mas pesso um pouquinho mais de paciência... e o q a ruiva anda fazendo? bem... o bacaca.. (essa é boa!) ahh ñ vou falar nada... aguarde os proximos capitulos... b-jussss =**
andressa domingues: Bote paginas nisso... valeu pelo comentario moça!! Eu morro de pena deles... + sabe como é neh!! hihihih b-jusss
Tucca Potter: Puxa moça que bom que gostou de minha humilde fic e valeu por coloca-la nas sua favoritas, é um honra msm!! b-juss
Larissa Manhães: q bom q gostou do cap... tbm ando procurando um Harry desses para mim hihihih...Moooça ñ fik careca não pelo amor de Mérlim ta aki o cap. hihihih !!! b-jussss
mayra black potter: Nããão eles ainda não fizxeram amor... calma!! respira fundo. ñ! eles não fizeram nada, apenas dormiram, so dormiram OK... hihihih... + estamos xegando lá viu!!! b-jusss...
E b-juss a todas as pessoa que lêem e não comentam, mas que estão sem desejar dar o ar de sua graça. b-jusss
Bom é isso...
Ai vai o cap!!
*nOx*
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Era um campo imenso. Varias flores, em cores diferentes, deixavam o lugar ainda mais esplendido. Um homem, usando um conjunto de roupas brancas como as nuvens do céu, caminhava lentamente segurando a flor mais linda que conseguira achar, uma tulipa vermelha como sangue com as extremidades das pétalas em um branco que lembrava neve. Levantou o olhar e viu um casebre de tamanho considerável erguido em meio aquele campo. Uma linda mulher de cabelos flamejantes, sentada em uma cadeira de balanço da casa segurava, no colo, uma manta. Sorriu ao ver aquele homem se aproximando fazendo com que ele apresasse os passos em a direção à ela. Entregou a flor à mulher dando-lhe um beijo carinhoso, passou uma de suas mãos por entre seus cabelos vermelhos e macios. A Mulher abaixou o olhar para a manta sorrindo bobamente. O homem fez o mesmo e viu... Seus olhos eram vermelhos, no lugar do nariz havia duas fendas como de uma cobra, apenas um risco indicava o lugar da boca de por vezes uma língua serpentina sentia o ambiente.
- Não... – o coração do homem disparou fazendo com que desse passos vacilantes para trás. Instantaneamente suas mãos ficaram geladas.
- O que foi amor? – perguntou a mulher olhando-o intrigada - Não reconhece nosso filho?
O homem comprimiu os olhos com a expectativa de que aquilo fosse apenas um vislumbre. Quem sabe o sol forte que despontava do horizonte não agrediu de alguma forma seu raciocínio. Então ouviu um sibilar que pode distinguir perfeitamente.
- Que foi... papai... Pensou que eu lhe deixaria em paz pra sempre? – falou o protótipo de cobra com sarcasmo.
- Não... Você morreu... Eu acabei com você... – disse o homem com a voz falha se desesperando em tentar adivinhar porque aquela mulher olhava para aquele ser com uma feição tão amorosa.
- Você nunca se livrará de mim. Nem mesmo nos mais profundos de seus sonhos. Nem mesmo na morte. Seu corpo e sua alma estão marcados como meu igual. – uma gargalhada estrondosa como um trovão veio de dentro da manta.
A mulher levantou seu olhar e seus olhos já não eram carinhosos como quando recebeu a flor do homem, agora eram vermelhos como seus cabelos e lágrimas de sangue despontavam, marcando a fogo, sua face muitíssimo branca...
- Harry... Harry acorda... Vamos, vamos, acorde Harry... – Harry ouviu uma voz distante lhe chamar
- NÓS MATAMOS VOCÊ... EU MATEI VOCÊ...
- Harry acorde... Moody me ajude... – Harry sentiu quatro mãos tocarem seu corpo, no entanto não conseguia abrir seus olhos.
Ele se debatia na cama gritando cada vez mais, com as mãos segurando sua cabeça, como se estivesse com receio de que ela explodisse tamanha a intensidade da dor que sentia.
Segundos depois acho que afogaria com a quantidade de água que sentiu escorrer pelo seu rosto e peito fazendo com que abrisse os olhos rapidamente como se estivesse acordado apenas naquele instante.
- Ele não morreu... não morreu.
- Quem não morreu, Harry? – perguntou Moody com uma expressão intrigada.
Mas quem não havia morrido, Moody não soube no momento, pôs logo em seguida, Harry jogou seu corpo para o lado e vomitou. Lupin passou sua mão na costa do garoto enquanto Tonks conjurava mais água dentro de um copo. O casal trocou olhares intrigados com Moody. Sabiam que aquela não era a primeira vez que Harry passava mal a ter pesadelos. Um arrepio percorreu o corpo da mulher que não era proveniente de nenhuma corrente de ar que não havia entrado. Ela entregou o copo a Harry que bebeu o líquido em um gole só, por fim se largara de peito para cima na cama. Lupin, com um leve aceno e varinha fez com que aquela sujeira sumisse ao mesmo tempo em que Harry respirava profundamente antes de falar:
- Vol... Voldemort...
- Harry... Foi só um pesadelo... – Lupin tentou confortá-lo.
- Ele estava lá... na... na forma de uma criança... no colo... no colo de... Gina... era meu filho. – falou o rapaz olhando nos olhos de cada um. – Meu filho! – mesmo sem queres essas palavras saíram mais desesperadas que ele pretendera.
- Harry... Voldemort não esta vivo, você o destruí... sabe que o destruiu. Foi so um pesadelo. Voldemort não esta vivo Harry. – Lupin tentava acalmá-lo mais uma vez.
- Harry, Remo tem razão. Não há possibilidade de Voldemort estar vivo. Você mesmo o matou...
- Eu sei que o matei, pelo menos eu acho que sim... mas...
- Potter! Foi apenas um pesadelo. Como já lhe disse antes. Todos temos pesadelos quando estamos passando por momento de muita pressão. – nesse momento Moody olhou significativamente para Lupin que não passou despercebido por Harry.
- O que foi professor? – perguntou olhando de Moody para Lupin e desse para o primeiro.
- Harry, você não acha que já está na hora de voltar... voltar ou tentar uma vida...
- Não! – respondeu firme sem ao menos esperar que Lupin terminasse a pergunta.
Tonks reclamou um “Eu disse!” sonoramente.
- Mas Harry... – insistiu.
- Não insista, professor. – alterou-se Harry levantando bruscamente da cama, havia um tom frio e obsessivo em sua voz que não era típico - Eu não vou embora. Ainda existe uma lista enorme de nomes de possíveis Comensais da Morte que devemos investigar. Eu não vou sossegar ate vê-los todos confinados em Azkaban...
- Harry, você não acha que esse desejo de vingança está lhe consumindo? – perguntou Tonks apoiando-se de costas no parapeito corroído por traças de uma janela que havia naquele quarto. Harry a olhou sem entender, mas nada respondeu. A mulher continuou – Essa obsessão para aniquilar todos os Comensais que encontra pela frente, sem se importar com quantos esta duelando e muito menos se estar muito exposto ou não. Uma ansiedade para que tudo termine logo e logo em seguida um desejo incontrolável de encontrar mais e mais Comensais para tentar extravasar isso que esta lhe consumindo.
Harry cruzou os braços na frente do corpo ao mesmo tempo, para parecer maduro, diante uma critica e esconder uma aflição que surgiu fazendo suas mãos tremerem. As palavras de Tonks invadiram sua cabeça percorrendo cada canto o fazendo perceber que a metamorfomafa estava com alguma razão.
- O que está me consumindo então? – perguntou com um leve sorriso desdenhoso no rosto mesmo com o receio de receber mais uma afirmação do que estava sentindo.
- Bom... resumindo, desejo de vingança...
- A quem desejava vingança está nesse momento morto...
- No entanto esta percorrendo seus sonhos com bastante freqüência. – sentenciou Lupin.
- Mas isso era de se esperar não era? Estamos falando do cara que acabou com grande parte da minha vida quando eu ainda era um bebê. – falou colocando toda a sua indiguinação na voz. O que eles esperavam? Que seus pesadelos poluídos com as imagens de Voldemort se extinguissem assim como o bruxo das trevas? Impossível!
- Eu não estava falando de sua perda quando criança e muito menos de Voldemort. – Tonks pensou um momento e se corrigiu – Bem... em parte sim... mas quando você soube que essa... guerra, não havia acabado você tomou isso como mais uma interrupção da sua tranqüilidade tão sonhada... – nesse momento ela alteou a voz ao perceber que Harry falaria algo - E por isso todo esse desejo de vingança... Quer que tudo termine logo, por que se senti um tanto responsável por tudo estar acontecendo, além de que sente medo de que alguma coisa aconteça com algum de nos enquanto você estiver aproveitando a sua vida, dessa forma se culparia mais ainda por não estar lutando por uma causa que, como você mesmo tanto fala, é mais sua do que qualquer outro. E... – Tonks parou um momento para respirar já que havia despejado tudo em um fôlego só – ainda mais agora que você havia se acertado com Gina e como todos os casais faziam planos de um futuro juntos.
Ao ouvir Tonks se referir a Gina sentiu que suas mãos tremeram mais e sua respiração ficou descompassada. Uma onda de fúria percorreu seu corpo ao lembrar que seu tempo estimado estava acabando. Havia um mês que visitara Gina da ultima vez e ela parecia tão feliz. Também a partir desses dias que não conseguia dormir tão bem. Seus sonhos eram povoados por imagem cada vez mais complexas com relação à Gina e o Lord das Trevas e sempre acordava com uma intensa dor de cabeça. Mas dessa vez fora diferente.
No dia anterior haviam partido para Cabo York na Austrália, lugar onde, como diziam os moradores dali, coisas estranhas estava acontecendo: animais sumiam, barulhos esquisitos eram ouvidos, coisas que poucas vezes haviam acontecido naquele lugar. Aquilo poderia ser estranho para os trouxas, mas os bruxos sabiam que aquelas montanhas estavam escondendo algo mais que simples ecos. A Ordem da Fênix fora acionada e quando as buscas nas cordilheiras australianas estavam chegando ao fim em decorrência da noite que caia; Harry, Frank e Quim foram encurralados por um grupo de Comensais da morte. Ao mesmo tempo em que os Comensais deferiram feitiços estuporantes, Harry segurou Frank e Quim pela primeira parte do corpo que alcançou e desaparatou com eles para um ponto mais acima, conseguiram ver que os Comensais acertaram a si próprios, porém, Harry não pode mais acompanhar o que estava acontecendo, pois uma dor que superou qualquer coisa que ele já havia sentido, ou melhor, uma dor que relembrou sem desejar percorreu seu corpo; seus próprios ossos pareciam estar em fogo; sua cabeça sem dúvida alguma estava rasgando ao longo da cicatriz e seus olhos giravam dentro da sua cabeça e a única coisa que queria naquele exato momento era morrer.
Quando Harry pareceu recobrar a consciência estava deitado na cama que agora olhava com grande interesse sem saber como havia chegado ali e logo em seguida havia dormido de novo. Olhou para as três pessoas naquele quarto sem realmente encará-las nos olhos por fim sentou-se mais uma vez na cama.
- Acho que você tem alguma razão Tonks. Mas, sinto muito, não vou voltar
agora...
- Compreendemos a sua atitude, mas você tem certeza realmente se
deseja...
- Vou repetir pela ultima vez Tonks... – interrompeu Harry – Vou ficar ate ver o ultimo Comensal da morte mofando em Azkaban.
- Se é assim que você deseja Harry, ninguém mais vai contrariar a sua vontade mesmo que não seja sobre meu consentimento. – começou Lupin com um tom amargo na voz que poucas vezes Harry ouvira. – Mas quero que me prometa que vai tomar mais cuidado. Você não esta sozinho nessa Harry. Não é por que Tonks e eu não estamos acompanhando as buscas que você deve se expor sem nenhum cuidado...
- Você não tem mais idade para ter babá Potter! – falou Moody girando seus olhos nas órbitas fazendo Harry sentir seu estômago revirar, ainda não estava acostumado com isso.
- Isso não é um pedido Harry é uma ordem. – falou Tonks energicamente de seu canto. Harry sem controlar estava mais uma vez concentrado na barriga que aparentava agora um pouco de volume.
- Quanto tempo falta? – perguntou sem se conter.
- Quê? – perguntou Tonks sem entender.
- O Bebê. Seu filho... Quando tempo ainda para nascer?
- Ah sim! Cinco meses...
- E o que você esta fazendo aqui? – perguntou sem interesse.
- Eu... é... – ela olhou significativamente para o marido.
- Moody me chamou e Tonks... bem... Estávamos preocupados com você...
- Pensei que o senhor tinha falado que eu não precisava mais de babá. – falou olhando irritado para Moody que parecia não estar mais prestando atenção ao que eles conversavam.
- Mais também não é por isso que vamos deixa de nos preocupar com você Harry. – Tonks se aproximou de Lupin segurando seu braço como se fosse aparatar em poucos segundos com ele.
- Sim Harry, você não nos prometeu que tomara mais cuidado. – Lupin tornou a falar.
- Não tenho saída, tenho? – falou com um quê de sarcasmo na voz.
- Não gosto quando você fala assim, Harry, parece...
- Remo? Acho melhor você tirar Tonks daqui. – falou Moody energicamente
sacando sua varinha de dentro das vestes. Seu olho estava apontando para o assoalho. Alguma coisa estava acontecendo no andar de baixo.
Ninguém precisou perguntar nada por que um estrondo vindo do anda de baixo fez com que toda aquela estalagem tremesse. Harry so teve tempo de colocar sua capa de viagem e chegar à porta quando um homem branco, alto, de cabelos, olhos e barba bem negros e crespos entrou no corredor gritando que Comensais da morte haviam invadindo o local.
- Remo saia com Tonks pelos fundos. – falou ele antes de desaparecer pela porta, no entanto ouviu a metamorfomaga reclamar.
- Não estou doente e nem vou morrer se lutar contra alguns Comensais Remo.
Contudo quando Remo voltou ao encontro deles, Harry, Moody, Quim e Frank, Tonks não estava mais com ele, mas sua feição era uma de aborrecimento.
Chegando a metade da escada eles encontraram três Comensais que pareceram não se intimidarem pelo fato de estarem em menor número.
- Espero que um de vocês seja Harry Potter. – falou o último que subia numa voz arrastada.
- Quem sabe... – falou Harry dando um passo para frente fazendo um movimento rápido com a varinha e segundos depois as capas dos Comensais estavam em chamas. Ao mesmo tempo em que Lupin balançou a cabeça negativamente ao ver o que Harry fizera Quim, Moody e Frank, cada um estuporou um adversário, os três caíram no chão inconscientes enquanto suas capas eram consumidas pelas chamas.
- Professor, cuide deles. Vou ver o que temos lá embaixo...
- Mais devagar Potter. – falou Moody segurando Harry pelo ombro. – Vigilância constante. – e saiu à frente dos outros. Harry girou os olhos nas órbitas.
- Você prometeu Harry, tome cuidado. – disse Lupin ao vê-lo descendo.
No andar de baixo, havia mais cinco Comensais da morte, um parecia estar inconsciente jogado a um canto coberto do que parecia ser metade das cadeiras que continham naquele bar-recepção, e os quatro ainda lutavam com vigor, porém sem realmente se preocupar em atingir me cheio um único adversário fazendo com que grande parte da entrada da estalagem estivesse sob uma camada nevoenta de poeira.
Antes de descer o último degrau, Harry sentiu uma pontada forte na cabeça com isso desencadeando a mesma dor que sentira a pouco, porém, em menor intensidade, mas da mesma forma o fez comprimir os olhos de tanta dor. Levou as duas mãos à cabeça e se desequilibrou ao tentar descer mais um degrau, fazendo-o se apoiando, com o corpo, no corrimão da escada.
- Que foi Harry? – ouviu uma voz do alto e logo em seguida sentiu uma mão comprimir seu ombro.
- A dor... voltou... Minha cabeça vai explodir...
- Venha Harry, vou tirá-lo daqui. – falou Lupin o puxando pela capa. Harry hesitou.
- Não! Vou com vocês. – Harry tentou seguir para o lado oposto do que Lupin o tentava levar, porém, uma outra pontada forte fez com que soltasse um grito de dor e sem controlar a fraqueza que sentiu em suas pernas deixou-se cair nos últimos degraus da escada.
- Somos 11... e você já pegou trez de uma só vez. – falou lupin. Harry tentou um sorriso, sem sucesso. – Você não esta bem Harry! Venha, vamos sair daqui.
Dessa vez, Harry, não hesitou por que sua cabeça doía tanto como se várias furadeiras estivessem tentando sair por sua cicatriz.
- Acobertem-nos! – gritou Lupin.
E Harry deixou-se levar por ele, pelo o que pareceu, para fora da estalagem, pois, nos segundos seguintes, não sentia mais os feitiços, que estavam sendo lançados, passarem raspando por si e os gritos da batalha haviam se diminuído. Por fim Harry abriu os olhos e constatou que realmente estavam fora da estalagem mas, sentiu seus olhos em brasa tornando-o a fechá-los.
- Como esta se sentindo Harry? – perguntou Lupin cauteloso.
- Bem... a dor... esta passando. – respondeu respirando descompassado. – Mas... já senti dores piores – brincou.
- Não é hora para brincadeiras Harry. – irritou-se Remo.
Ficaram alguns segundos calados. Harry, recostado em uma mureta de pedra lascada massageava a cabeça, por vezes fazia uma careta de dor quando sentia algumas pontadas intensas, no entanto o espaço de tempo de cada uma era cada vez maior. Lupin olhava para os lados, visivelmente preocupado, por estarem tão expostos, porém nada fez para mudarem de lugar, pois, antes de tudo, estava preocupado com o homem a sua frente e suas dores de cabeça, que, querendo ou não, eram muito suspeitas para não falar em alarmantes.
Poucos momentos depois Moody foi ate onde eles se encontravam um pouco distante da estalagem que estava em um estado precário (neblinas de fumaça de poeira saiam pelas janelas) avisando que os Comensais por fim haviam sido controlados e que mais uma vez Frank Silver’s havia se ferido, não seriamente, mas já estava se tornando um costume para o Auror que o outro não escapava ileso de qualquer batalha, mesmo a mais “tranqüila” de todas e possuía leves suspeitas de que o jovem havia “comprado” seu diploma de auror. Ao mesmo tempo em que Quim Shacklebolt desaparatava para informar ao Ministério a recém captura dos Comensais que perseguiam a mais de duas semanas.
- E o Potter como esta? – perguntou para Lupin enquanto olhava Harry pela nuca com o olho mágico que se adiantava a estalagem para verificar os resultados da luta.
- Falou que as dores passaram e parece que sim. Mas ainda estou preocupado com essas dores. – respondeu olhando Harry atravessar a porta da estalagem.
- É o que eu lhe digo, Remo, pressão demais... – colocou Moody sabiamente.
- Pode ser. Mas nunca vi nada igual. – falou Lupin pensativo, mirando um ponto no muro de pedra - Harry precisa de ajuda. O quanto antes.
- Se você considera que isso é necessário Remo, concordo com você... – Moody olhou em direção para o meio de uma rua de terra batida em frente a estalagem onde acabaram de aparatar um grupo de em torno, 15 pessoas, contando com Aurores do ministério, guardiões de Azbakan que se comunicavam em uma língua diferente e que exalavam um cheiro acre e jornalistas do Profeta Diário. – Agora o problema é convencer o Potter do mesmo. – e se precipitou em direção ao grupo para lhes informar o que fosse necessário, deixando Lupin com a esperança de que as dores de Harry fossem apenas à decorrência dos pesadelos e da pressão, nada mais que isso.
No entanto as dores de cabeça de Harry não passaram no decorrer dos dias. Era como se ele só as sentisse realmente quando lembrava dos pesadelos ou das mesmas, mas possuía uma leve impressão de que a dor o acompanhava desde o momento que acordava ate o de dormir. Coisa que ultimamente não fazia. Seus sonhos eram sempre pontuados por imagens difusas vermelhas e negras e vozes que nunca entendia o fazendo acordar e dessa forma perder o sono. “O que ta acontecendo comigo? Por que essas dores? Será que Voldemort não morreu?” Esses pensamentos povoavam sua cabeça enquanto mais uma vez tentava dormir. Estava ficando cada vez mais magro, olheras contornavam seus olhos e a barba estava crescendo. Por vezes Moody e Frank brincavam falando que Harry estava entornando garrafas de whisky de fogo com muita freqüência e as escuras e que estava chegando a parecer com Mundungo Fletcher. Harry apenas sorria com as manifestações descontraídas, porém, não se deixava iludir quanto ao que os outros estariam pensando dele. Sabia muito que bem que seu desempenho desde a última vez que encontraram Comensais da Morte em uma estalagem em Cabo York estava caindo. Não só pelo estado frágil que seu físico apresentava, mas, em decorrência das dores, não estava conseguindo racionalizar com a mesma agilidade que antes. Contudo não pretendia deixar tudo para trás por causa de algumas dores de cabeça e havia aceitado as colocações de Moody. Pressão, apenas, pressão.
Mas um dia, depois de receberem um aviso de que possíveis Comensais da Morte estavam escondidos em Sierras Madres no México, uma das piores crises abalou Harry, não permitindo que aparatasse para o lugar já que, em conseqüência das fortes dores, desmaiara, dessa forma, mais uma vez Lupin fora chamado. O melhor do desmaio fora que, pelo menos Harry não iria se irritar por não ter prosseguido com os outros componentes da Ordem e o pior fora que dormira um dia inteiro, mas seu sono era pontuado por pesadelos que externalizavam a dor que o rapaz estava sentido. Murmúrios indistintos escapavam de sua boca enquanto que o suor escorria por seu corpo. Após um dia e meio convalescendo em um sono profundo, Harry, por fim acordou. Abriu os olhos e rapidamente os fechou, pois a claridade da luz do sol ofuscou seus olhos. Reabriu os olhos piscando varias e varias vezes para se acostumar, percebendo que estava sem os seus óculos apalpou os extremos da cama a sua procura.
- Aqui Harry. – ouviu uma voz e logo me seguida remo Lupin entrou em foco. Parecia que não havia dormido, pois olheras e um ar de cansado percorriam seu rosto. – Como se sente?
- Faminto. - respondeu prontamente encostando-se no espelho da cama. – Mas... O que aconteceu? – perguntou olhando para Lupin levando uma de suas mãos a têmpora.
Mas Lupin não respondeu. Com um movimento de varinha conjurou uma bandeja contendo sopa de cebola, alguns pães, uma jarra de suco de abóbora, talheres e um copo que oferecendo a Harry não hesitou em aceitar, pois a fome era muita. Enquanto Harry devorava a sopa o mais rápido que a sua temperatura o permitia, Lupin não falar nada, apenas observava Harry com cautela. Por fim, quando Harry descansou a bandeja ao lado da cama em uma mesa de cabeceira, após se servir de suco de abóbora, olhou para lupin repetindo a pergunta:
- Pronto. Agora, o que aconteceu professor?
- Bem Harry, você desmaiou após sentir mais uma dessas dores de cabeça. - respondeu arrastando uma cadeira ate a cama. Harry respirou profundamente, era visível que a irritação estava lhe consumindo.
- Desmaiei... então é por isso que estou nessa cama como um doente e mão em Sierras Madres... perfeito... – sua voz saiu mais estridente que imaginou.
- Calma Harry...
- Não preciso de calma Lupin... preciso saber o que tenho. – falou sem encarar o amigo nos olhos. Não podia mais permitir que dores de cabeça atrapalhassem sua vida... Que atrapalhassem a sua busca.
Remo respirou profundamente e não pode conter um sorriso sobressair em seus lábios quando o alivio percorreu seu coração.
- Então... Você concorda que precisa de ajuda Harry? – perguntou e ao receber um aceno positivo do rapaz prosseguiu. – Ainda bem. Menos uma preocupação. – Harry lhe lançou um olhar inquisidor. – Enquanto você dormia estava procurando os melhores argumentos para lhe convencer de que precisa de ajuda profissional...
- Acho que quase dois dias fora de órbita e esse dor que não me deixa em paz são os melhores argumentos. – cortou Harry com um sorrindo enviesado.
- Então... quando se sentir melhor para viajar, voltamos a Londres...
- Quê? – perguntou Harry quase aos gritos. – Calma ai... falei que preciso de ajuda, mas isso não quer dizer que quero voltar a Londres...
- Harry, mas eu pensei...
- Pensou errado professor! – sentenciou com um que de contrariedade na voz levantando-se da cama. Ao ficar de pé cambaleou um pouco para o lado fazendo com que Lupin adianta-se a ele com a intenção de ajudá-lo, mas Harry meramente fez um aceno com a mão descartando o oferecimento. – Se voltasse para Londres direto para o St. Mungus seria uma repercussão muito grande. Posso ate ver as manchetes do Profeta Diário “Harry Potter entre a vida e a morte” – Lupin meramente sorriu balançando a cabeça negativamente aos comentários sarcásticos do Harry que os fazia como se estivesse declamando um poema – Ou então “Será o fim d’O eleito?” ou também “Ate os heróis precisam de cuidados – Harry Potter jás no St Mungus”...
- Vejo que o garoto esta bem melhor. - falou uma voz vinda da porta. Harry parou com suas suposições olhando para o lugar onde Moody com uma aparência extravagante segurava sua bengala.
- O que houve com você? – perguntou Harry preocupado. Moody levou a mão livre ate a cabeça tocando levemente uma espécie de turbante de bandagens.
- Ah! Velhice. Devo admitir que não sou mais o mesmo. Porém, ainda dou conta de alguns hipogrifos raivosos. – respondeu estufando o peito, mas logo em seguida foi acometido por um acesso de tosse. Lupin e Harry se entreolharam e sorriram – Podem rir. A velhice tarda mais não falha. Mas sim, está melhor garoto?
- Sobrevivo... Mas Como foi nas Sierras Madres? Conseguimos? – perguntou apreensivo.
- Não e sim. O lugar é um pouco complicado de se chegar. Temperatura baixa. Umidade. Bem, um pouco mais complicado do que pensávamos, mas pelas informações que recebi estamos indo bem. – falou balançando um pedaço de pergaminho amassado.
- E Comensais pegaram alguns? - tornou a perguntar Harry agora um pouco mais agoniado que antes por respostas.
- Sim! Dois na verdade...
- Só? – exclamou Harry surpreso. – Se eu estivesse lá...
- Talvez estivesse morto agora. Era uma emboscada... – Moody adiantou-se a cama sentando-se tirou a perna de pau com uma careta de dor a encostando ao lado. – Caímos direitinho. Eles sabiam o que estavam fazendo, os comensais. Na encosta de uma das montanhas de lá recolhemos comentários de que pessoas estranham apareceram do nada ali. Fomos atrás. Percorremos os arredores, encontramos alguns acampamentos que apresentavam sinal de há poucos dias haviam sido desocupados. Recolhemos os dados, planejamos o ataque, mas mal sabíamos que estávamos sendo vigiados. Fomos pegos de surpresa, hoje de madrugada, e devo admitir, esses eram realmente bons. Não igual aos que encontramos em Cabo York, que mais pareciam alunos do primário do que Comensais realmente. Esses sabiam o que estavam fazendo. Enfim, capturamos apenas dois, outro morreu por ficar entre uma Maldição imperdoável e Quim e três dos nossos estão feridos, além de mim. – terminou contando nos dedos o resultado da batalha.
Dessa vez Harry parecia enfurecido. Andava de um lado para o outro dentro de um quarto em um bairro de periferia em Nova Jersey. A raiva percorrendo cada canto do seu corpo, respirava com profundidade sem nem ao menos perceber que sua cicatriz estava latejando. Lupin apenas o acompanhava com o olhar enquanto Moody parecia não perceber a raiva que provocou no rapaz apenas tocava em sua cabeça turbante fazendo caretas de dores.
- Não posso ficar parado aqui. – falou ao parar de andar pelo quarto decido. Pegou seu sobretudo de cima de uma cômoda o colocando.
- Para onde você pensa que vai Harry? – perguntou Lupin alarmado.
- Não posso ficar parado aqui enquanto meus amigos estão correndo perigos.
Estão precisando de mim lá... – falou alterando a voz.
- Na verdade Potter. Não estamos. – falou Moody avaliando Harry com seus dois olhos. O queixo de Harry caiu. – Segundo as nossas suspeitas, mesmo que estejamos nos lidamos com Comensais de ótima categoria, talvez esses sejam os últimos rebelados... – Moody alteou a voz ao ver a expressão de incredulidade percorrer o semblante do rapaz – Acredite Harry. Dos dois Comensais que capturamos ate agora extraímos informações muito valiosas com a ajuda de Veritasserum e um pouco de tortura... Devo aplaudir os novos guardiões de Azkaban, parece que sabem fazer as coisas sem piedade... Pois então. Pelo o que nos passaram, eles estavam se comunicando com outro grupo de Comensais que se escondiam em, adivinhe...
- Austrália? – falou Harry com exatidão cruzando os braços a frente do corpo.
- Isso! Eles estavam se comunicando com os comensais que capturarmos nas montanhas e naquela estalagem em Cabo York, mas parece que eles deixaram de mandar mensagens menos de um mês. O que indica que esses Comensais em Sierras Madres devem ser os últimos que não estão se escondendo como tantos outros mais sim vingando a morte do Lord das trevas. Ouvi muito bem um deles falando que morreria feliz por saber que fora o último a vingar a morte do seu senhor ao em vez de se esgueirar como santo no mundo dos bruxos.
Harry não sabia se por imaginação ou outra coisa mais sentiu alguma coisa deixar as suas costas, como se estivesse tirado delas uma mochila que continha chumbo. Um alívio percorreu seu corpo fazendo parar a dor latejante que sentia na região da cicatriz deixando escapar um sorrido juntamente com um suspiro aliviado.
- Estou lhe falando Harry. Agora como nunca é uma boa hora para você se preocupar com essas dores do que com Comensais da morte. – falou Moody notando o sorriso no rosto do rapaz e fazendo o mesmo.
- Então Harry. Vamos cuidar um pouco de você agora? – pediu Lupin com um tom cansado, porém descontraído na voz levantando-se da cadeira.
- E os outros Comensais, os que estão escondidos entre pessoas descentes, o que acontecera com eles? – perguntou como se estivesse se certificando de tudo para poder ficar ausente. Lupin tornou a se sentar.
- Essa é a parte burocrática que nem você e muito menos eu ira querer participar. Intimações e mais intimações... uma chatice! – Moody terminou com um movimento irritado com uma das mãos.
- E agora Harry, será que podemos...
- Sim Lupin, vamos ver o que são essas dores de cabeça, mas me recuso a voltar a Londres. – falou olhando pela janela um beco que lembrava muito a entrada para o Ministério da Magia inglês, mas sem a cabine telefônica.
- Então vamos procurar ajuda aqui mesmo já que não deseja voltar a Londres...
- Desejo e anseio voltar, mas não nessas condições. Não quero que Gi... – mas parou de falar de olhos fechados.
Era esse o problema. Não queria que Gina soubesse que ele, Harry Potter, estava de alguma forma debilitado, pois já havia compreendido, mesmo não querendo, que essas dores de cabeça não eram normais e definitivamente tinham alguma coisa haver com a sua cicatriz, pois a dor sempre começava por ela e se espalhava por toda a cabeça. Era esse seu medo.
- Pois bem Harry, mas procurar ajuda longe de Londres. Mas se tivermos que nos encaminhar para lá, nem que eu tenha que amarar você, nós iremos. – disse Lupin com autoritarismo.
Por alguns segundos Harry pegou-se imaginando Lupin o amordaçando e o amarrando em cadeira para poder aparatar. – Como vamos fazer isso em sigilo. Como já disse não quero que meu nome apareça em jornais junto com noticias de internações ou coisas do tipo.
- Acho que temos uma solução Potter. – falou Moody interrompendo Lupin que ia abrindo a boca para falar. Ele recolocou sua perna de pau, apoiou-se na bengala e levantou da cama e saiu do quarto, segundos depois ele voltada em seu encalço estava Frank Silver’s com o braço direito em uma tipóia, com um ar meio aturdido por não saber por que fora chamado ali. – Silver’s você tem uma tio curando não é? – perguntou Moody recebendo uma confirmação muda. – E onde ele trabalha?
- Aqui nos Estados Unidos mesmo, mas em Nova York...
- Potter precisa visitar de uma consulta. Podemos contar com seu tio? – perguntou Moody com um sorriso presunçoso.
- Ele ficara satisfeito em consultar o grande Harry Potter. – respondeu o rapaz com um grande sorriso.
- Muito bem. Caso resolvido! – exclamou abrindo os braços quase acertando sua bengala em Lupin que se abaixou no momento certo. - Mas em sigilo, ouviu Silver’s. Se vazar vou saber que é você e não queira ganhar mais cicatriz do que eu tenho no corpo nesse seu rostinho de modelo bruxo. – o rapaz engoliu em seco após afirmar com um aceno convulsivo de cabeça.
O coração de Harry, sem saber por que, se encheu de uma coisa que a muito tempo não sentia, medo.
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Tive que corta o cap nesse ponto senão iria ficar enorme e pra tbm dar um espectativa do que virá depois...sugestões???
Espero Comentarios...
B-jusss
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