A Carta
Era uma noite escura e fria, principalmente numa casa na rua dos Alfeneiros, precisamente o nº 4, Harry ainda estava deitado, sua cicatriz ardia como nunca, ele acordara de um pesadelo terrível, olhara o relógio: 23:58, há tempos que vinha acordando neste horário, por estes mesmos sonhos, como se estivesse sendo preparado para algo que aconteceria, ele estava cada vez mais assustado, não poderia esclarecer nada com ninguém, pois a única pessoa em quem confiava para falar sobre isso estava morta, Rony e Hermione nunca o entenderiam, pois estavam mais preocupados com o que Harry decidira fazer do que porque, afinal ele decidira procurar as Horcruxes e deixá-los em Hogwarts, mesmo que eles insistissem em ir com ele, nem mesmo Gina, que amava tanto, ele poderia levar, pois jamais se perdoaria por tê-lo feito.
Harry queria revê-la, poderia simplesmente, aparatar para a Toca e falar com ela durante horas, uma vez que poderia não vê-la novamente, ele quase não resistiu ao impulso de ir até lá, mas segurou-se, pois sabia que isso colocaria não só ela em perigo, mas todos os Weasleys, que são uma verdadeira família para ele, sem excluir Hermione Granger, que nunca o deixou, em momento algum, e sempre o apoiou.
Refletiu sobre o convite de Rony para ir assistir ao casamento de Gui e Fleur, mas decidiu deixar de fazer essas honras, pois ainda estava preocupado com os comensais da morte, que poderiam atacá-lo a qualquer momento, pois ele já escapara deles várias vezes, e ainda por cima estava à partir de agora,ele olhara no relógio, passara da meia noite, fizera 17 anos, estava sem a proteção de Dumbledore, a de Sirius e agora, de sua mãe.
Ele mal podia esperar pela sua ida à Hogwarts, ele tinha que contar tudo o que acontecera com ele para seus amigos, Harry estivera tão concentrado mergulhando em seus pensamentos que não percebera que Edwiges estava voltando, só percebera quando Edwiges deu um pio alto, mas que, por sorte não acordara os Dursleys.
-Edwiges, está louca? Você quase acordou os Dursleys, se o Tio Valter acordasse...
A coruja deu um pio, assustada e tremeu, devia estar pensando no castigo que aquele velho, gordo e enorme senhor poderia dar-lhe, e ela não poderia nem mesmo reagir, ou seria servida de jantar.
Harry guardou-a em sua gaiola e leu o recado de Rony e Hermione:
Querido Harry,
Estamos preocupados com você, você não pode faltar ao casamento de Gui e Fleur, eles estão ansiosos para te ver, afinal, você não nos mandou nenhuma e nos proibiu de mandar-lhe uma carta, Gina está morrendo de saudades -Harry pensou no beijo doce de Gina e continuo a ler a carta -esperamos você amanhã, na Toca.
Ele percebeu que a letra mudara para um garrancho agora, certamente de Rony:
Cara, você não sabe o que aconteceu! A mamãe quer tirar a loja de logros e brincadeiras do Beco Diagonal, pois ela acha muito perigoso lá para o Fred e pro Jorge, as vezes eu acho que ela está certa... Hermione diz que ela está e não devia mudar de idéia, mas os dois já disseram que não vão sair dali a não ser que encontrem lugar melhor para fazer negócio... Quem sabe em Hogsmead...-A letra mudara novamente, agora era a de Gina-Harry, meu querido, eu queria tanto que você viesse para cá, estou com muitas saudades, não agüento mais nem um segundo longe de você, espero que você reconsidere o que me disse sobre me deixar, eu sempre te amei tanto, muitos beijos, te amo.
Hermione, Rony e Gina.
Harry leu a carta e decidiu ir para a toca, mesmo com seu medo de ser atacado, ele estaria protegido, afinal, muitos bruxos estariam lá, e deixariam o local seguro, e aparatou.
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