Um par para Hogsmeade



13 de dezembro, faltavam poucos dias para o natal, e lá estava ela, pensando em alguma coisa para dar de presente para aquele idiota do Harry. Sim, idiota. Eles haviam brigado e novamente ela acabara o namoro. Se desse para contar nos dedos a quantidade de vezes que isso já havia acontecido antes, eu lhe garanto, seria bem mais de umas 50.

“Ele era incapaz de pedir desculpas. Ele era incapaz de dirigir a palavra à mim! Ele era incapaz de se perguntar por que ele estava com aquela maldita garota.”

-Idiota. – ela pensou em voz alta.

-Se quiser eu volto outra hora. – ela olhou para Harry, sentado à alguns metros à sua frente, enquanto Simas falava com ela, de trás da poltrona. - Ainda nem começamos a brigar e você já está nervosa.

-Eu não estava falando com você! – ela sorriu e o encarou o garoto atrás da poltrona por um segundo.

-Só queria saber se não quer ir à Hogsmeade comigo.

“Exatamente o que eu precisava naquele momento era falar um “Sim” para o Simas. Para deixá-lo feliz e para ver a cara do Harry ficar vermelha de ciúmes, mesmo quando eu não vejo ele ficar vermelho, eu sei que ele está, pois depois de seu rosto ruborizar, ele sai por aí batendo o pe´. E exatamente o que saiu da minha boca foi um:”

-Não, me desculpe. – ela sorriu.

-Tudo bem. Alguma hora alguém aceita. – ele deu de ombros.

-Está chateado? – ela perguntou.

Ajoelhou-se no sofá de frente para o encosto e ficou observando Simas por mais um tempo. Apoiou os cotovelos no encosto e pôs o queixo sobre as mãos.

-Não, para falar a verdade não. – ele novamente deu de ombros. - Estou acostumado a ver você me dando foras continuamente. Só não sei como ainda te agüento.

-Eu vou com o Ron. – ela sorriu – Eu disse que ele poderia convidar a Hermione... mas ele é um chato, e isso não é surpresa.

-Tudo bem, não tem problemas, mas... acho que isto não está funcionando! – ele murmurou apontando uma menina no outro lado da sala, perto de Harry. Parvati Patil.

“Como ele era insensível! Ele estava comigo! E não é só por que era para por ciúmes na Parvati que ele deveria simplesmente fingir que éramos apenas bons amigos! Não que eu realmente estivesse interessada no Simas, mas ele deixava tão claro que gostava de Parvati, que só sendo muito burra, ou cega, ela não perceberia. E eu fingindo estar total e completamente apaixonada por um amigo meu. Como se isso fosse possível!”

-Acha que meu plano não vai funcionar?! – ela gargalhou alto. – Não se preocupe, queridinho. Se não funcionar, - ela sussurrou. – você arranja uma namorada nova, ok?

Ela se levantou do sofá e caminhou até ele. Parou à alguns centímetro e...

“Ele estava tão bonitinho. De uniforme, nunca soube o que ele estava fazendo de uniforme num sábado, cabelos bagunçados, mais que o normal, e as maçãs do rosto bem rosadas. Uma imagem muito “fofa” de se ver, até hoje eu me lembro. Eu beijei ele! Dentro da sala comunal, na frente de todos!”

Ela se pôs na ponta dos pés e lhe deu um beijo. Não um beijo, um BEIJO. Daqueles de arrancar fôlego de qualquer um. Ninguém pôde dizer que Simas não correspondeu, sim, ele corrspondeu. Ok, os dois estavam loucos. Dois minutos depois eles ainda estavam se beijando. Até que se soltaram, ofegantes e tudo mais. O garoto ficou vermelho no mesmo instante, junto à Ginny e Harry, que saiu batendo pé, da sala comunal.

Tanto Ginny quanto Simas acharam aquilo tudo uma grande piada. Só se beijavam mesmo quando tinham certeza de que Parvati estivesse olhando. Mas, era a primeira vez que se beijavam com a sala comunal lotada.
Ambos estavam tão vermelhos que Ginny abaixou o rosto por um instante querendo pôr uma barreira entre seu rosto escarlate e os intrometidos de plantão que estavam ali.

Simas à abraçou gentilmente e continuou sorrindo, agora, perto de seu ouvido, enquanto afagava os cabelos ruivos dela.

-Acho que você exagerou. – ele murmurou sem conseguir esconder um pouco de riso em sua voz.

-Demais. – ela sorriu também, ainda abraçada por ele. – Vou para meu dormitório. – ela se afastou.

-Acho que o Harry está com mais ciúmes do que a Parvati... – ele reclamou.

-Dor-de-cotovelo. Ele é um idiota completo, acha que eu vou me arrastar até ele! – ela cruzou os braços e bufou.

-Tudo bem, não precisa ficar com raiva. – Não vamos brigar de novo por causa dele, ok?

-Ok, Si.

-Se continuar a me chamar de “Si” eu vou fazer você ficar trancada com o Malfoy até se apaixonar por ele e se esquecer do Harry. – ele falou sério.

-Nossa que mau! – ela sorriu.

“Eu sempre achei que era uma coisa impossível me apaixonar por um Malfoy. Ou até mesmo por um amigo, o que não era na realidade o caso dele até um tempo depois. Eu e Simas tínhamos uma amizade muito grande. A parte dos selinhos e mais alguns carinhos, que nunca passaram de carinhos trocados entre amigos, era só encenação. Simas queria de qualquer jeito que a Parvati notasse nele. Não sei se era por que ele gostava dela ou se era por que ela vivia atrás do Ron e do Harry e... bem eu nunca soube o por que mesmo!
Até que um tempo depois, eu descobri que o Draco não era simplesmente um Malfoy sem coração. Draco era um Malfoy sem coração e sem amigos verdadeiros. E já que uma coisa leva à outra, ele nunca teve amigos verdadeiros. No dia seguinte, eu descobriria a verdade sobre o “Menino Malfoy”, e não seria a das piores. Tenha certeza.“

Logo depois da pequena conversa com Simas, a ruiva lhe deu um outro beijo, esse um pouco mais demorado, e foi correndo em direção ao dormitório.

Nada melhor que um banho de água gelada para esquecer a briga que tivera com Harry naquela manhã. Como nas outras cinco manhãs que tivera durante a semana.

Pelo menos desta vez, a culpada pela briga não foi Cho. Eles haviam brigado a semana inteira por causa de ninguém mais ninguém menos que Cho Chang.

“Eu me sentiria extremamente bem se pudesse enfiar uma faca no meio da testa daquela oriental metida, ou em qualquer outro lugar que à fizesse sentir dor. Ela andava para lá e para cá, dando mole para o Harry e eu quase enfiando a mão na cara dela. Cara de pau, não era? Bem, agora, além dessa cara-de-pau, agora tinha a Luna! Quase pulando no pescoço do Harry e...

-Ginny, por favor. Sem ceninhas de ciúmes por causa do Potter, esqueceu o combinado?

-Desculpa.

Ela sempre lá, agarrada no Harry, e eu sentia – do verbo não sinto mais, ouviu amor? – muito ciúme daquela sirigaita loira. Galinha!”

Luna Lovegood, era o mais novo motivo das brigas deles. Luna perturbava Ginny, até quando estava à quilômetros de distância.

Ela sempre teve Luna como uma amiga, uma amigona, mas quando Luna começou a dar em cima do Harry ela começou a dar fora constantes na loira, que desistiu da amizade e foi correr atrás do “prejuízo” (ou seria Harry?).

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