Complicações na Lua Azul



Remo reforçava com martelo e pregos algumas tábuas soltas na casa dos gritos.Fazia isto mais para se ocupar, pois ninguém se atreveria a chegar perto daquele lugar maldito, e também para não ficar pensando em Sirius de volta ao castelo e em Amanda, querendo fazer-lhe companhia na lua cheia.


Riu da situação.


-Sempre que você fica impressionado com alguma mulher; o destino lhe mostra que isso é impossível, Remo.Já devia ter aprendido isso...- dizia a si mesmo enquanto pregava mais uma tábua, e sentiu o cabelo da nuca eriçar.



Olhou para o céu, demoraria a anoitecer, e a lua cheia ainda não aparecera, foi até uma cadeira com três pernas, encostada na parede e tirou um frasco de poção de dentro do bolso de seu casaco.


-Um brinde a você Severo Snape, que apesar do mau humor, é o melhor preparador de poções que eu tive a oportunidade de conhecer.


Destampou-o e tomou o conteúdo púrpuro de um gole só.Estremeceu, pelo gosto ruim da mesma.


Começou a pensar nos últimos acontecimentos: Amanda e os filhos de Sirius Black, o ataque a Harry durante o passeio a Hogsmeade, a ajuda de Morgan e Ian O’Hara, o retorno de Almofadinhas como fantasma, e sua conversa com o amigo na torre de Astronomia.


Sua expressão suavizou.Mesmo sendo um fantasma Sirius ainda adorava, aquela torre.


Falaram sobre o que havia acontecido, que Sirius havia visto Tiago e Lílian, e que ele agradecia aos céus poder ter voltado pra conhecer os filhos.Contou sobre a paixão adolescente por Amanda; e neste ponto Remo, desviou os olhos do amigo, meio constrangido, meio irritado, meio com inveja.


Controlou-se e olhou para o amigo.

Ouvira e contara a tudo que tinha visto e ouvido sobre Alexandra e Nicolas e lhe deu uma advertência:


-Não tente me chantagear, novamente Sirius, como você fez durante o jantar.


-Que é isso Remo?Vai me dar uma detenção? Não foi chantagem, era um fato: sei que você perde o apetite nas vésperas da lua cheia, mas você precisa estar forte, pra melhorar logo, pelo menos não se machuca mais como antigamente.


-É sério Sirius, não queira bancar o engraçadinho pra cima de mim, ou você terá que se ver com a Murta-que-geme.


-Que tem ela?- perguntou Sirius ressabiado.


-Bom.... em nosso tempo de estudante ela também fazia parte do seu fã clube, talvez agora ela tenha chances....- disse Remo com uma expressão inocente no rosto.


Os dois amigos começaram a rir ao mesmo tempo, ao imaginar a Murta inundando os banheiros chamando por Sirius, e dizendo que era a namorada dele.


Com a velha camaradagem restabelecida, Sirius continuou:


-O Harry precisa que você esteja bem.Você é o que resta para ele agora, entenda isso.E ia ser muito engraçado eu bancando o fantasma doidão, contando coisas do nosso passado no salão principal.Err, Ahn....Não sei se notou, muita gente se preocupa com você, Amanda especialmente.


-Eu e Amanda somos amigos, eu a respeito muito.(Remo se justificou).


-Não se esqueça, que as poções que fizemos para que eu me tornasse animago, fizeram aflorar meu instinto primitivo, consigo ler sua mente próximo da Lua cheia, apesar de morto eu ainda posso fazer isso.


-Você não lê minha mente, o cão que há em você capta minhas sensações lupinas Sirius.- corrigiu professoralmente Remo.


-Tá, eu capto suas sensações lupinas senhor CDF. Preste atenção Remo: aconteça o que acontecer, você deve ficar perto de Harry e dos meus filhos.Amanda me prometeu que vai ajudar você em tudo, mesmo financeiramente e quero que você me prometa que vai cuidar deles.Eu não cumpri direito meu dever de padrinho com o Harry, peço que você me ajude nisso, ok?E quero que cuide dos meus garotos. Você é o único que pode fazer isso por mim.


Levantou as mãos translúcidas, pedindo silêncio, ante a ameaça de protesto de Lupin.


-Sei que a vida não foi muita justa com você, mas você também sempre correu das coisas boas que ela lhe deu.


-Talvez eu não seja aquilo que chamam de “normal”.-Remo disse irônico.


Sirius continuou, fingindo que não ouviu o comentário:


-Nossa amizade, por exemplo, só aconteceu porque eu e Tiago precisávamos de alguém que baixasse nossa bola, quando nos empolgávamos em nossas brincadeiras inocentes.Praticamente “te obrigamos” a nos suportar, lembra? Portanto meu amigo, se algum dia você deixar de sentir pena de si mesmo, e pôr na sua cabeça que você é um homem como qualquer outro, que merece ser feliz, saiba que vai contar com a minha benção, ouviu?- disse firme olhando nos olhos do lobisomen.


-Ah...meu amigo, você nunca pede pouco.- repetia a si mesmo enquanto reforçava as tábuas nas janelas, para mais uma noite de tormentos.


Seria a segunda lua cheia no mesmo mês, chamada por algum astrônomo apaixonado de Lua Azul, e a julgar pelas dores excruciantes em seu corpo, a lenda de que esta lua costumava ser mais forte que a outra, era verdadeira.


-Pelo menos, a fera estará lúcida.- foi o seu pensamento enquanto pegava mais uma tábua para pregar nas janelas.




O novo professor por ser um amante do quadribol, deixara um dia da semana livre para os treinos, ainda assim, Harry e seus amigos estavam estudando mais do que se fossem prestar os N.I.E.N.S.


Além de Harry, a única pessoa que poderia fazer Oclumência seria Gina, por ter uma sensibilidade maior que os outros.Por isso às vezes, enquanto os outros iam embora Harry e Gina ficavam um tempo maior com o professor.


Hermione, contrariada por não aprender Oclumência na prática, tentou resolver o problema como sempre: através dos livros, e com os deveres estava se desdobrando para marcar cada matéria com uma cor diferente, toda vez que Rony, lhe dizia para descansar um pouco, a amiga olhava feio para ele.Porém, como Rony iria precisar destas anotações no futuro, ele se calava.


-Droga, eu sou um inútil mesmo.Como posso ajudar alguém? Não salvo nem minha própria pele, disse após ser salvo pela doninha prateada que era o patrono de Hermione.


Ian olhara firme para Rony e fez uma coisa que nunca fizera antes.


-Você é um bruxo que tem nas veias o sangue de famílias bruxas muito antigas, e isso por si só, já são uma grande honra; mas se você tem medo de deixar este poder fluir de você, não sei como você foi chamado para freqüentar a Grifinória.(observava Rony que corava até a raiz dos cabelos e continuou).A primeira pessoa que tem que ter fé em você é você mesmo!Só ouvi elogios a seu respeito, rapaz, mostre-me que você é merecedor deles. – disse o bruxo, e Rony, que passou a se concentrar mais, e conseguiu conjurar um urso prateado por alguns segundos que afugentou a enorme aranha que era o bicho-papão de Rony.


Certa vez Harry voltou das aulas tão tarde, que nem estranhara o salão comunal da Grifinória silencioso, mas ao passar perto de uma poltrona dupla, encontrara Alex adormecida com um livro aberto no colo.


Todo o cansaço sumiu com a ternura que brotou em seu peito.Sentia um calor subir pela sua nuca, e seu coração acelerar ao vê-la gritar de alegria quando suas jogadas no quadribol davam certo ou o jeito dela tratar os animais de Hagrid, por mais estranhos que eles fossem.


Sorriu lembrando-se de um pequeno contratempo numa das aulas: Canino, começou a segui-la pela escola, após ganhar uns biscoitos de canela, invadiu uma aula de transfiguração de McGonagall.Foi engraçado ver aquele cachorro enorme espalhar baba nas vestes de Minerva, quando tentou expulsá-lo.


Por fim, Alex teve que levar o cachorro para a cabana de Hagrid, sob olhares severos da professora e risonhos de seus colegas.


Acordou-a com um beijo e a levou até es escadas do dormitório feminino, enquanto ela insistia entre um bocejo e outro que não estava dormindo, só descansava os olhos, enquanto se aconchegava mais junto dele.




Na véspera do jogo, enquanto se dirigiam ao campo, encontraram o time da Sonserina voltando de um treino, e Montague, o capitão sonserino, resolveu provocá-los:


-Potter, seu time de novatos não vai conseguir nada amanhã, só uma derrota vergonhosa.- disse Montague, encarando Nick que era grandão como ele, mas dirigindo as palavras ao capitão grifinório.


-Eu não te perguntei nada, mas pra sua informação, meu time não costuma roubar, mesmo que meus jogadores estejam sendo seguidos, pelos corredores do castelo. - disse Harry.- dando uma indireta para Malfoy.


E ele viu a compreensão passar pelos olhos cinzentos de Malfoy num lampejo.


-Vamos ganhar o Campeonato das Casas, Potter.- disse Malfoy entre dentes.


-Veremos.- respondeu Harry sem desviar os olhos, enquanto pensava:


-(Porque ele anda seguindo meus jogadores? Ou será....) não terminou o pensamento pois sentiu mais do que ouviu a aproximação de alguém.


-Aham, algum problema por aqui?- perguntou Ian, e os alunos se espantaram com a aparição repentina do bruxo.


-Não, só um bate papo amistoso entre duas equipes, professor.- respondeu Montague e rapidamente saiu em direção aos vestiários com seu time.


-Teremos de quer cuidado.-disse Harry e seus amigos entenderam que não era ao jogo que ele se referia.


O dia do jogo amanheceu nublado e frio.O salão principal estava impregnado com o cheiro de bacon e a expectativa de um de um novo time da Grifinória.


Chegaram ao salão principal e logo viram que Ian não estava entre os professores.


Nick deu uma escapada até perto de Amanda e logo voltou com notícias:


-Dumbledore pediu que ele fosse resolver um problema na Ordem, ele volta mais tarde.- e sentou-se para comer.


-Que pena, ele não vai nos ver jogar.Mas depois contamos tudo a ele. - disse Alex, mordendo um biscoito amanteigado.


Rony começou a jogar a comida de um lado para outro no prato.


-Você precisa comer.Nem que seja uma torrada.- Disse Hermione preocupada.


-Não tô bem, não consigo comer.- respondeu Rony tenso.


-Como ele consegue?- Dino olhou nauseado para o prato cheio de ovos com bacon de Nick e a voracidade com que ele comia.


-Ele tá nervoso.- respondeu Alex servindo-se de suco de abóbora e mordiscando mais um biscoito amanteigado.


Harry também estava ansioso e a muito custo engoliu um pouco de mingau de aveia, chamou o time e foram para o vestiário com Sirius flutuando ao lado deles.Olhou sério para seus companheiros:


-É hoje que o novo time da Grifinória estréia e quero que todos joguem com vontade, mostrem tudo de que são capazes.Boa sorte a todos.


Olhou confiante para cada membro do time, e seu olhar parou em uma certa artilheira, de olhos azuis e cabelos negros presos em um rabo de cavalo, que olhava orgulhosa para ele.


-Cof, Cof, Cof, Errr, falou bonito capitão, mas pra ganhar o jogo vocês precisam estar em campo.- disse Sirius, dando-lhe uma piscadela, deixando-o corado, fazendo seus companheiros rirem.


Entraram em campo e dois terços da torcida os aplaudia.O lado da Sonserina todo verde e prata, era bem barulhento, mas não superava os outros torcedores.


Madame Hooch puxou um silvo em seu apito de prata e quinze vassouras se ergueram no ar.


Terencio Boot, estava narrando a partida, uma vez que Lino Jordan se formara no ano anterior, e ele estava animado:


-Muito bem ai vem o time da Sonserina: Malfoy, Crabbe, Goyle, Zadinni, Nott e Montague.


- E agora o time dos leões: Potter, Black, Weasley, Patil, Black, Weasley e Thomas.Comeeeeeçaaa o jogo.E a goles está com Alexandra Black, bonita artilheira da Grifinória, que não quis sair comigo.


-Por Merlin, outro paquerador como narrador?(resmungou Minerva exasperada).-Boot!


-He, he, Ok, professora. – Terêncio continuou:


-Black passa a goles para a outra artilheira da Grifinória:Gina Weasley, a ruiva mais bonita que eu já vi.


-Boot, narre-o-jogo-agora.- os lábios contraídos de Minerva formaram uma linha fina.


-Sim senhora professora. – Boot achou melhor não brincar com a sorte, e se controlou.


-E Grifinória está jogando com força total, Alexandra Black lançou para Patil e esta desviou de um balaço lançado por Crabbe, mas soltou a goles.Fica calma ae... Parvati gatinha, (recebeu outro olhar feio de Minerva). ham, Zadinni de Sonserina pegou a goles e vai com tudo pra cima do goleiro Weasley, mas o goleiro salvou o aro, e Sonserina com a goles, e lá vem um balaço dos batedores grifinórios em cima do sonserino, isso aí:Gina Weasley recupera a goles e dá uma volta para escapar do sonserino e Nicolas Black e Thomas rebatem um balaço e o jogador de sonserina desvia.Weasley lança para Black, que joga a bola para Patil que abre o placar.Grifinória dez a zero.


A torcida vibrou.


Harry deu um looping para comemorar e logo voltou a esquadrinhar o campo a procura do pomo.


Malfoy logo estava na sua cola e disse:


-Não confia em deixar sua namorada na arquibancada?Quer se exibir é?Por isso a trouxe pro campo?


-Não enche Malfoy, se você não percebeu ela é artilheira do time, e já vou avisando: Se você fizer alguma coisa contra a Alex, eu acabo com você.Você tá seguindo ela, eu sei.


-Não se preocupe Potter, eu nunca faria mal a ela, e qualquer hora ela vai perceber que você não é nada, e eu vou estar esperando.- e se afastou rápido antes que Harry respondesse.


Rony conseguira impedir alguns gols da Sonserina, mas a partida estava em cinqüenta a quarenta, Harry queria pegar o pomo logo, pois com o placar apertado os sonserinos começaram a jogar sujo.


-Cadê o pomo?- Harry se perguntou novamente.


Mal formulou o pensamento e vislumbrou um pontinho dourado do outro lado do campo.Malfoy também percebeu e disparou atrás de Harry.


Harry estava a toda na sua vassoura e Malfoy colado a ele, afastava as suas mãos, para que ele não pegasse o pomo, o que foi em vão.


Harry esticou mais uns milímetros os dedos e agarrou a bolinha dourada, em tempo de desacelerar e ir para o alto comemorar com seus companheiros, após o apito de Madame Hooch.


Alex estava sorrindo satisfeita, voando em direção a Harry, e não viu o balaço se aproximando, quando levou um golpe na cabeça caindo da vassoura.


Para Harry parecia um filme em câmera lenta, ele voou em direção da garota, para tentar impedir que ela batesse no chão com força, pois estava bem a uns vinte metros de altura, e pelo canto do olho ele viu Malfoy, deitar na vassoura e fazer o mesmo, e nem quis perder tempo brigando com o sonserino.


-Deus, ela vai se arrebentar!- a frase vinha vinha na sua mente inúmeras vezes.


Harry e Malfoy chegaram quase juntos, conseguiram segurar a garota antes que ela batesse no chão. Cada qual segurando um braço, eles pousaram e Harry não sabia o que dizer; acenou com a cabeça, e Malfoy se afastou, logo que os outros jogadores se aproximaram.


Madame Hooch estava gritando com Goyle que não se ataca um jogador quando termina o jogo e que iria descontar pontos da Sonserina; Nick estava sendo impedido por Gina, Dino e Parvati de pegar Goyle; se Dumbledore não estivesse em campo, teria havido uma briga de torcedores, pois os alunos da Corvinal e Lufa-Lufa, há muito tempo esperavam um motivo para briga, devido a muitas injustiças sofridas no passado, tomaram as dores dos grifinórios.Hagrid precisou usar todo o seu tamanho para acalmar os ânimos.


Alex estava desmaiada e era visível o galo se formando no lado da cabeça.Madame Pomfrey veio examinar e conjurou uma padiola, levando-a para a ala hospitalar com Amanda, Sirius e o resto do time logo atrás. Snape logo empurrou os sonserinos para o próprio salão comunal.


Harry andava de um lado a outro no corredor da enfermaria, passava as mãos pelos cabelos, deixando-os mais desalinhados que de costume.Olhava para seus amigos e percebeu surpreso que Rony segurava a mão de Hermione, que tinha os olhos preocupados, talvez até sem perceber que estavam de mãos dadas.


Após um tempo longo demais, Madame Pomfrey veio dar as notícias:


-Ela acordou? – perguntou rápido Harry.


Madame Pomfrey olhou para todos e disse calma:


-Ela sofreu uma concussão, foi uma pancada feia. Não houve danos sérios.Agora ela está dormindo, e quando acordar vai ter uma boa dor de cabeça, por isso deve ficar aqui esta noite, para eu medicá-la novamente.Vão para o seu salão comunal, amanhã a senhorita Black estará de volta.


Harry soltou o ar preso nos pulmões.


-Vem Harry, a gente espera lá.- disse Rony sem muita convicção.


Nick sacudia a cabeça negativamente, sob as palavras da curandeira. Gina segurava sua mão, com uma expressão de alívio no rosto.


Madame Pomfrey entrou novamente e trouxe Amanda que protestava para fora, esta deu um abraço no filho e Harry viu que apesar do tamanho ele estava assustado e Harry tinha que admitir: ele também ficara.


-Nick vá para o salão grifinório.Seu pai vai ficar com ela.Madame Pomfrey nos avisa quando ela acordar.- disse Amanda olhando para a enfermeira, e Harry notou que a face da professora estava pálida.


Dumbledore saiu do quarto e se dirigiu aos jovens:


-A professora O’Hara tem razão.Vocês devem ir para o salão comunal, festejar a primeira vitória da Grifinória.Madame Pomfrey avisará quando a senhorita Black acordar e Sirius vai ficar por perto.


Nesta hora Sirius passou pela porta e Harry viu aquele olhar ao mesmo tempo apreensivo e aliviado no rosto do padrinho:


-Vai filho, fica lá com o Harry e os outros. Ela tem a cabeça dura dos Black, vai ficar bem.-disse rouco, querendo fazer graça.


Nick após olhar novamente para a mãe concordou a contra gosto, resmungando para chamarem por ele quando a irmã acordasse.


-Usei um encantamento curativo que logo vai fazer efeito, ainda mais com a lua de hoje.-disse madame Pomfrey eficiente.


-A lua de hoje? O que tem ela?- quis saber Harry.


-A lua cheia de hoje é a segunda do mesmo mês, e mais forte que a primeira, muitas magias feitas hoje terão efeito dobrado.Logo o feitiço que usei, terá um efeito fantástico.- ela explicou.


Sirius a Amanda olharam um nos olhos do outro e disseram ao mesmo tempo:


-Remo.


-Eu cuidarei para que ele fique bem.- disse Dumbledore, tranqüilizando-os.


Os garotos, vendo que Madame Pomfrey continuaria mandando-os embora, foram para o salão grifinório que estava todo enfeitado em dourado e vermelho, as mesas cheias de comidas e enormes jarras de suco de abóbora, porém silencioso.


Os colegas de casa, após serem informados que tudo ficaria bem, começaram a comemorar e a falar entre si, das jogadas e das tentativas dos sonserinos em vencer o jogo.E o choque comum ao ver Malfoy ir em auxílio de uma grifinória, despertou inúmeras teorias, que Harry não quis parar para ouvir.


Trocaram as vestes do jogo e Harry não queria saber de festa.Queria ficar ao lado da namorada. Resolveu pegar a capa da invisibilidade.


Rony que o conhecia bem perguntou ao ver suas vestes meio estufadas:


-Você está com a capa, não?


-Eu quero ficar lá com ela, Rony.


-Quer que eu fique com você? A gente pode revesar, a Mione e a Gina também ficaram preocupadas e o Nick vai ter um troço se ficar aqui.


-Eu preciso ficar lá com ela.Por favor, fica de olho no Nick, ele tá abalado e pode fazer alguma besteira, como ir atrás do Goyle sozinho.


Rony assentiu com a cabeça e viu seu amigo deixar o dormitório.

Harry saiu pelo buraco do retrato, cobriu-se com a capa de seu pai e atravessou os corredores o mais rápido que podia, chegando meio arfante na ala hospitalar.


Esperou um tempo, e com cuidado abriu a porta da enfermaria.Entrou bem devagar e viu que ao lado da cama de Alex tinha uma cadeira.Sentou-se e ficou quieto.


Logo Sirius se aproximou:


-Sabia que você viria para cá com a capa do Tiago.- disse aos cochichos.


-Como você consegue ver?- Ele respondeu baixinho.


-Não vejo, mas eu e seu pai, vínhamos aqui disfarçados, quando Remo, voltava muito machucado das transformações, e a Papoula não queria deixar a gente visitá-lo.E do jeito que você ficou quando ela caiu, foi só somar dois e dois.


-Eu preciso ver ela acordar Sirius, não me mande embora.Eu a.. a...- calou-se e seu padrinho olhou pra ele compreensivamente.


Harry lembrava-se de haver sentido uma agonia assim, quando Hermione fora petrificada no segundo ano, na época após ingerir uma poção de mandrágoras a amiga voltara ao normal.


Mas agora... ele ficara apavorado em vê-la ferida.


Alex estava pálida e seus cabelos cobriam os travesseiros.Ela dormia profundamente.


-Ela vai ficar bem Harry.Eu sei que vai.


Sirius ficou quieto e transpassou um biombo ao ouvir um barulho leve na porta, e Harry ficou imóvel.


Alguém vinha entrando sorrateiro na ala hospitalar e se aproximou da cama.


Ele bem devagar levantou a mão pálida, e Harry notou os nós dos dedos avermelhados e meio inchados da mão direita, como se ele tivesse socado alguma coisa, e olhou para o rosto do visitante.


Harry conhecia aquele olhar, já o vira várias vezes, durante as aulas, começou a sacar a varinha ao mesmo tempo em que ódio pelo sonserino crescia em seu peito, ao vê-lo levantar a mão próxima do rosto da garota.


-Não-toca-nela-seu-idiota.-(ele pensava).


De repente, Madame Pomfrey apareceu na porta:


-Senhor Malfoy, algum problema?- disse séria.


-Ela se mexeu na cama, achei que ela estivesse falando alguma coisa, madame Pomfrey.Ela não vai morrer, vai?- ele disse assumindo o ar arrogante, e com várias perguntas ao mesmo tempo.


-Porquê?- a curandeira perguntou.


-Ora, porque eu não quero que o meu time seja acusado de matar alguém, mesmo que seja um grifinório.- ele disse tentando parecer indiferente.


-Não creio que ela vá morrer.Ela está dormindo.- disse Madame Pomfrey.


Harry sentia tanta raiva que a expressão de alívio de Malfoy, o irritava.


-Quando ela acordar, a senhora pode me avisar?- pediu Malfoy.


-Vou avisar a família, eles podem falar com o senhor.


-Por favor, madame Pomfrey. Seria um favor especial para mim.(e insistiu) A senhora me avisa?


Era a primeira vez que a bruxa via o jovem Malfoy, pedir algum favor com educação em seis anos, e isso a espantou, assentiu, e viu Draco olhar para a cama mais uma vez, virar as costas e sair porta afora.


Novamente ela olhou para a paciente e foi para sua sala.


Sirius que vira tudo se aproximou do afilhado:


-Tudo bem ele ajudou a amortecer a queda da Alex, mas... Qual é a dele?- perguntou Sirius.


-Ele acha que devem ficar juntos, por serem puro sangue e por serem primos. Ele anda seguindo-a pelos corredores do castelo, eu vi no mapa do maroto.


-E quem disse que minha filha ficaria com ele?Moleque presunçoso.- disse Sirius ficando irritado.


-O que mais me irrita Sirius, é que ele ficou realmente preocupado com a Alex, é como se....como se ele se importasse com ela.


Pararam de falar quando a garota se mexeu na cama, mas voltou a dormir.


-Harry vai pro seu dormitório descansar, Papoula fez um feitiço forte, dificilmente acordará hoje.Eu cuido dela, prometo.- disse Sirius.


Harry vendo que não adiantaria insistir, se aproximou da namorada, lhe deu um beijo e viu o sorriso que se formou nos lábios dela, enquanto dormia.


-Fique bem pra mim.- ele sussurrou próximo aos lábios dela e voltou para o salão comunal.




NOTA DA AUTORA>>> Olá, após um bom tempo, posto o novo cápítulo da fic.Sim, demorou, porém não foi por falta de idéias, mas de conseguir por no papel.Espero que gostem e se puderem comentem.Obrigada





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