Eunucu no Halloween



Capítulo 6
O Eunucu no Halloween

Naquela altura, eles aprendiam a transfigurar pequenos objetos, faziam poções simples, como lubrificantes, e em feitiços eles estavam diversas coisas, desde tornar buracos mais elásticos a um feitiço muito mais útil: Frontagium Fogosa, que consistia em fazer a pessoa ter desejo pela primeira coisa que ele ver na frente, em alguns casos o feitiço se prolongava, fazendo com que, depois de satisfeito o 1º desejo, eles passam a ter desejo para a próxima coisa que vêem.
— Gira e estoca! – dizia o pequeno prof. Pintwilk. – e repitam comigo: Frontagium Fogôssa! Mais uma vez: Frontagium Fogossa. Muito bem, agora treinem com seus parceiros. – Fez uma pausa – Me esqueci. Para reverter o feitiço, vamos aprender um feitiço mais simples, pois esse é meio descontrolado. Repitam: Parasse Fogate! Mais uma vez: Parasse Fogate. Pronto. Podem começar.
— Nossa, meu, ainda bem que eu to aqui com você Nenvill, porque esse menino é meio anormal, se é que você me entende... – disse baixo Gayrry – E vê se quando meu feitiço atingir você, vire pra lá que tem as meninas, num vem pra cima de mim não, viu.
— Relaxa...
— Ah, Gayrry, você vai me deixar praticar com essa mala aqui mesmo? – disse Rolla, referindo-se a Hermona, aos cochichos.
— Frontagium Fogôssa! – gritou Hermona.
Quando Rolla foi enfeitiçado, ele perdeu o controle e, já que estava virando para Hermona, a atacou vorazmente, deixado-a estatelada no chão como uma manga muito madura e partiu para as outras meninas que estavam por perto. Parecia uma máquina de tanto que ele as estocava com seu instrumento avantajado.
— Parasse Fogate! – gritou Gayrry, mas não conseguiu pará-lo. – Parasse Fogate! – tentou mais uma vez, que não deu resultado.
— Finite Incantatem! – gritou, irritado, o professor. – Quem é responsável por tudo isso? Essa enorme bagunça?
— E... E... eu... eu, professor. – gaguejou Rolla, vendo o que tinha feito sem acreditar.
— Leve essa garota para a enfermaria. Já!
— Hermona você ta bem? – perguntou Enfialá Bowm.
— Não... não sei, num to sentindo minhas pernas... – disse Hermona com a voz fraca.
— Vem, Hermona, eu vou te levar. – ajudou Rolla.
— Boa sorte. – desejou Nenvill, e depois com voz baixa: – garanhão. HAHAHAHAHA!
O restante da aula ocorreu normalmente, com Gayrry acertando todos os seus feitiços em Nenvill, que misteriosamente, sempre corria para as meninas. Gayrry, sempre que acertava, fazia Gayrry correr pro abraço com as meninas e meninos que aparecessem, mas ele parecia que tinha um certo controle sobre o que estava fazendo, pois o fazia com calma e depois partia para outra calmamente, como se fosse a coisa que ele sempre fez a vida toda (que na verdade era).
Nas meninas o efeito era mais suave. Elas só sentavam meio quietas ou então sentavam no colo de quem tivesse enfeitiçado ou até masturbavam-se fervorosamente. Só dois dos efeitos eram universais: a vontade e a bissexualidade, mas esses efeitos não se aplicavam, misteriosamente, a Nenvill.
Quando Gayrry e Nenvill chegaram ao Salão Principal, lá estava Rolla conversando entretido com Hermona, mas quando ele os viu, pararam de conversar.
— E ai, como foi? Ela parece estranha. – perguntou Gayrry em voz baixa.
— Comeu, comeu? – perguntou aos cochichos Nenvill.
— Ela é toda entranha! – disse Rolla, quase berrando, mas quando olhou para o lado, Hermona estava com lágrimas nos olhos se dirigindo ao banheiro.
— Ela não, a enfermeira gostosona! – afirmou Nenvill.
— O que ela tinha? – perguntou Gayrry.
— Ela fraturou o cóccix. – disse Rolla, envergonhado.
— Mas comeu ou não comeu? – perguntou novamente Nenvill.
Depois desse incidente, só quem via Hermona era Nenvill.
— Ela sumiu mesmo. Nem as meninas sabem dela. – disse Gayrry, preocupado.
— Melhor sem aquela CDF metida... – disse Rolla.
— Cu de ferro é? Você num conseguiu nada e fico nervosinho, foi? – gozou Nenvill.
— Parem vocês! O Rolla que foi grosso com ela! Vocês entenderam. – tentou Gayrry.
— Mas ele é grosso assim mesmo. – riu-se Nenvill – Ela é muito legal, me ajuda nos deveres – e, vendo o olhar de Gayrry, diz: - não, ela num quer nada a mais que amizade.
— Então é você que passa todas as noites com ela? – explodiu Rolla.
— Não! Eu estudo com ela à tarde, de noite eu só falo boa noite pra ela quando ela volta, lá pra umas 9h. E que interesse todo é esse?
— A, num amola, eu que engrossei nela e você fica ai falando coisas.
— Olha lá ela conversando com o prof. Spermus Sebose! – disse indicando Hermona com a cabeça.
— O que ela tem pra falar com ele?
— A sei lá deve ta falando de matéria, poções é muito foda.
— Mas só os alunos da Socadinha ficam com essa... intimidade com o Sebose...
— Deve estar perguntando da poção do esquecimento.
— Pra esquecer de quê? – não entendeu Rolla.
— Esquece, Rolla. Esquece.

— Hoje á noite, Spermus?
— Não me chame assim, alguém pode ouvir. Hoje depois da aula do 5º ano eu tenho um tempo livre, mas à noite não vai dar.
— Mas por que?
— Porque eu tenho uns assuntos a tratar com o prof. Quidell. Então hoje à tarde.
— Até à tarde, então.

Esqueceram um pouco de Hermona com a chegada do Halloween, que é a festa dos brichas. A escola estava sendo decorada com morceguinhos, abóboras, e as armaduras tinham ar fantasmagórico. Falando em fantasmas, os da escola estavam todos em trajes sociais e os professores todos muito bem vestidos, só se notava a ausência de Sebose.
A festa já rolava solta, com Gayrry e Nenvill acabando com as garotas e Rolla na bota deles. A pegação comia solta e foi aí que viram Hermona pela 1ª vez fora da sala de aula.
— E ai, Hermona? Beleza, num consegue catar ninguém naum? Hahahaha. – disse Rolla, que estava meio alegre pois tinha tomado umas.
— E você que num cata nem bêbada?
— Vai te a merda sua sabichona safada! Deixa eu beber... E eu só num pego porque eu num quero... Você só cata um cara se ele tiver enfetiçado! Vai te a merda, vai.
Ouvindo isso ela saiu correndo, não se sabe pra onde.
— O que foi Rolla? Quem é que tava correndo? – questionou Gayrry
— Aquela sabichona sem-vergonha de Hermona. Veio aqui me atormenta eu mandei ela ì pa merda. Que mala!
— Carai_, Rolla! Deixa a menina quieta! Vai dança... tá todo mundo facinho hoje, e você aí bebendo que nem um véio alcoólatra! Vai beija na boca!

Enquanto isso, nas masmorras:
— Tem que ser só uma rapidinha porque eu to ocupado, e vão sentir minha falta na festa.
— Rapidinha? Mas a gente têm feito a noite toda! Por que isso agora?
— Eu tenho uns assuntos meio urgentes para tratar essa noite. Fora a festa, entenda Mona.
— Ta bom, Spermus...
E na hora H...
— Desculpe, Mona. – disse Sebape, constrangido – isso nunca tinha acontecido... Desculpe-me... e eu não posso tentar novamente, tenho que voltar para a festa... mas dá tempo de eu ensinar um feitiço bom para isso. Eu ensino também o feitiço da camisinha, para emergências.
— O feitiço eu quero, mas você tá me trocando. Não agüento mais. Vamos esquecer. Mas me ensine o feitiço. – depois fica falando que os brouxas é que são broxas...

— Você viu? A Hermona não pára de bufar no banheiro.
— Ela num ta bufando, ela ta chorando!
— Pra mim, ela ta fazendo os dois.
— Pra mim isso aí é falta de rola!
— Alguém falou meu nome? – questionou o bêbado, Rolla.
— Para de graça, Rolla! – gritou Gayrry – a menina ta chorando no banheiro por causa de você. E não só chorando. Você a mandou pra merda e ela foi literalmente! Depois você quer pegar as meninas legais. Fama de insensível passa rápido, viu!
— Ah, desculpa ae. – disse, dando umas pescadas – é que eu num to bem, naum... – e vomitou nos pés de Gayrry.
— Ah, Rolla, vai tomar Noku!(noku é uma poção que os pobres tomam como se fosse água.) – irritou-se Gayrry.
— EUNUCU! EUNUCU NAS MASMORRAS! – gritou o prof Quidelle logo em seguida desmaiou.
Depois de um segundo a paz estava abalada.
— Monitores! Levem os alunos para os dormitórios! – e virou-se para os professores: - Vamos atrás do Eunucu.

— A Hermona não tava no banheiro chorando? – disse Gayrry, preocupado.
— É verdade vamos ajudar! – disse Rolla, que já estava mais lúcido.
Correram para o banheiro das meninas. Quando chegaram lá, porém, o trasgo havia entrado no banheiro.
— Vamos trancar ele lá dentro.
Trancaram. Mas em seguida ouviram um grito agudo e feminino.
— Hermona! – gritaram os dois em uníssono.
E correram para socorrê-la.
— Nossa! Olha o tamanho dessa coisa! – disse Gayrry, se referindo ao Eunuco, que tinha o corpo enorme e uma cabecinha que parecia encaixada no pescoção da coisa.
— O que faremos? – perguntou Rolla, vendo Hermona chorando estática no chão com o Eunucu olhando para ela.
— Já sei! Frontagium Fogôssa! – gritou Gayrry, e Rolla já teve aquele espasmo que conhecemos e de roupa e tudo atacou o pobre do Eunucu.
— Toma! E mais isso!
Até que chegou uma hora que o Eunucu não agüentou mais e desmaiou. Mas o feitiço não perdeu o efeito e Rolla partiu para Hermona, que estava preparada e antes de receber o que estava por vir, usou o feitiço da Camisinha que Sebape a tinha ensinado.
O efeito acabou a tempo de Hermona se ajeitar antes dos professores chegassem para averiguar o motivo dos gritos.
— O que aconteceu aqui? – perguntou McGonorréia vendo um Eunuco adulto desacordado no chão.
— É que eu li tudo sebre Eunucus e pensei que poderia derrota-lo. Então eles sentiram minha falta e vieram me salvar. Se não fossem eles eu estaria morta.
— Rolla deu conta dele. – disse Gayrry, meio que rindo.
— Vocês podiam ter todos morrido! Menos 5 pontos da Fuckindor! Vá para o dormitório, Hermona Granger. – esperou ela sair – Mas derrotar um Eunuco Adulto, não é pra qualquer um não! Mais 5 pontos para a Fuckindor para cada um de vocês. Agora vão para seus quartos. A festa continua nas casas.
Quando saíram viram Quidell ofegante e Sebape mancando.
— Será que... – começou Gayrry.
— Não! Eu acho que o Sebape num ia come um treco desse não. – interompeu Rolla.
— Não era isso que eu pensava. Hermona, chega aí. – gritou Gayrry para Hermona – será que ele soltou o Eunucu para distrair e foi tentar pegar o que tem no corredor do terceiro andar?
— Acho mais provável que ele tenha cedido ao prof. Quidell. Mesmo ele não fazendo o tipo bi. – disse Hermona, pensando.
— Quem resiste a um chato querendo dar... – pensou alto Rolla.
— Mas o interesse nessa pegadinha pode ser outro.... – disse Gayrry enquanto chegavam ao Salão Comunal da Fuckindor.
— Que outro interesse? – perguntou Rolla.
Mas o que Gayrry pensava eles não descobriram por que quando entraram se depararam com uma festança e logo esqueceram do que falavam.

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