Quatrobol



Capíltulo 4
Passavam as aulas, e Gayrry se tornava mais amigo de Rolla. Nenvill se fazia de bobo com muita sagacidade, trazendo risos e menininhas inocentes para o lado deles. Essas meninas gostavam de Nenvill, mas gostavam mais dos garotos das séries mais avançadas, por esse motivo, era mais fácil dar uns pegas nas veteranas, já que elas só queriam dar uma zuadinha, ou então pegar a Cornoval, que só tem garotas fáceis, desde que você tenha um dinheirinho para agradá-las. Sendo assim só quem não pegava ninguém era Rolla, já que sua família era mal de grana.
Já na primeira semana de aulas eles teriam aulas de vôos e, para o desespero geral, ia ser junto com os metidos da Socadinha.
— Eu sei voar um pouco, meus irmãos me davam umas aulinhas, pra eu num fazer tão feio quando chegasse aqui, já que eles são batedores no time de quatrobol.
— Isso não tem nem como eu saber, eu sou de família brouxa, e não tem como aprender a montar com os livros, eles são muitos pequenos. – Disse Hermona, frustrada.
— Eu nunca vi uma vassoura voadora na minha vida, e muito menos entendi o que é quatrobol. – disse Gayrry, se sentindo excluído.
— Vamos começar! – gritou a professora. Fiquem com a vassoura no meio das pernas e ordene: “ereta!”, depois segure firme com as duas mãos e dê uma guinada na vassoura. Vamos!
Todos tentaram, mas além de Gayrry, apenas alguns conseguiram deixara as vassouras eretas. Depois de muito tempo que todos já tinham conseguido a professora explicou o procedimento e disse pra eles tentarem quando ela mandasse.
Todos já estavam montados nas vassouras e, antes do sinal, Nenvill Comebotton, um garoto másculo bastante ligeirinho durante a noite mas, para disfarçar, se fazia de besta durante o dia e andava com seu lembrol (artigo que serve para lembrar nomes, tem forma triangular e cabe na mão), já estava longe e sem controle. Todos ficaram olhando até que ele foi de boca numa gárgula e caiu com estrondo no chão.
— Todos quietos enquanto eu levo Comebotton à enfermaria, se alguém se mexer, vai ser expulso antes de dizer ‘rapidinha’. – nesse momento, Nenvill estava dando um sorrisinho para seus amigos, todos já sabiam que ele ia traçar a Srta. Pumfrey, a enfermeira gostosona e eficiente.
Vendo Comebotton se dar bem, Malfode resolveu fazer uma putariazinha básica e pegou o Lembrol, que estava do outro lado do gramado.
— Hei, Gayrry, olha só o que eu achei! – e mostra o precioso lembrol de Nenvill – será que ele vai sentir falta? Hahahaha! – falando isso ele monta na vassoura e sobe aos céus.
— Solta isso Malfode! – e monta na vassoura para segui-lo, mesmo nunca tendo feito aquilo. – Devolve isso aqui!
— Vem aqui buscar, se puder! Hahahaha! – e faz piruetas como se fosse uma bailarina sentada no pau.
— Dá isso aqui, ou eu te derrubo dessa vassoura! – diz, já bem perto – Aqui em cima num tem aqueles gostosões para te defender. – vendo que deu certo dar uma cutucada, diz: – Vai, se não quando você chegar lá em baixo, quem vai te cutucar vai ser o Rola! Hahaha!
— Vai buscar. – diz Malfode, já com medo de ter que encarar Rola, joga o Lembrol longe e volta para o chão antes que o ele se foda.
Gayrry então voa desesperado para catar o Lembrol, mas ele vai caindo e ele tem que se esforçar muito e fazer uma super pirueta para pegá-lo.
Quando chega ao chão é tudo festa, até que chega a profa. McGonorréia:
— Gayrry Putta! – diz, com cara de poucos amigos – Na minha sala agora!
Ele, sem saber o que fazer, a segue e todos atrás começam a rir ou a se preocupar.
Andando pelos corredores, McGonorréia, diz a Enfilch, o inspetor:
— Chame Bolivio Warvre na minha sala, agora. – e depois cochicharam algo que Gayrry não ouviu e voltou para Gayrry – Como pode fazer aquilo? Você já tinha voado antes?
— Não. Eu vivia com os brouxas, eu nunca tinha viso uma vassoura na vida. – e pensou “não uma grande assim e se eu for expulso talvez eu veja”.
Nessa hora entra na sala Bolivio Warvre, olha para Gayrry:
— Porte ideal! O Enfilch já me deixou interado do assunto. Perfeito! E será o mais novo do século! Pode deixar que depois das aulas de hoje eu o deixo por dentro do quatrobol!
—Ã? – Gayrry não entende o que acontece.
— Você vai jogar no time de quatrobol. E tomara que você se esforce ou terá uma punição por não obedecer às normas!
E foi levado por Bolivio enquanto ele explicava vários fundamentos que Gayrry não entendia direito.
No almoço, contou a Rolla sua sorte, mas quando olhou para traz, vinha Malfode com Cospe e Engoyle.
— Já fez suas malas, Putta? – disse Malfode com sua voz desdenhosa.
— Você até parece mais gay ainda aqui em baixo, sabe, Malfode, com seus guarda-costas... – disse Gayrry, provocando.
— Posso provar pra você que sou homem hoje à noite! – vamos para a rumba! Fiquei sabendo que os alunos da Cornoval sempre fazem quando conseguem. Apareça lá à meia-noite e vamos ver quem é o gay da história.
— Combinado. Quem pegar mais MULHERES ganha.
— Com certeza.
— Se comer, vale mais! – gritou Gayrry quando ele dava as costas.
— Eu nem sabia disso. Eu vou também. – disse Rolla, se animando.
— Beleza. Vamo chama o Nenvill, ele tem mó pegada, só de andar com ele as meninas já vão vir que nem abelha no mel.
— Com licença, eu ouvi o que vocês conversavam com Malfode. E acho muito errado vocês ficarem perambulando pela escola durante a noite, e ainda mais pra rumba. É muito egoísmo da parte de vocês. Deixem eu ir junto. – disse Hermona.
— Não. Nós vamos duelar, esqueceu? Não podemos levar o bolo pra festa...

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