A surpresa depois da bibliotec
As aulas estavam cada dia piores; parecia que toda matéria estava três vezes mais difícil... Complicando a vida de todos.
-Vocês já notaram a quantidade de deveres que nós temos? DCAT, Transfiguração, Herbologia, Poções... – disse Remo.
-E as aulas? Não vou me surpreender se na próxima aula de Trato das Criaturas Mágicas a gente tenha que domar uma quimera! – disse Rabicho.
-Não é pra tanto... Mas tenho que concordar que é cansativo. – disse Remo.
-Eu não me importo... No fim eu sei que passo em tudo mesmo – disse Sirius.
-É, mas talvez não em tudo... É o ano dos N.I.E.M’s, almofadinhas. – disse Remo.
-É, pode até ser. – disse Sirius.
-Vamos nos sentar um pouco no salão comunal... Eu to cansado de ficar aqui no dormitório! – disse Thiago.
-Se eu não me engano, o ‘motivo’ por você querer descer realmente tá no salão comunal – disse Remo.
-Ótimo, mas um motivo. Vamos logo – disse Thiago.
Lá em baixo depararam com a seguinte cena: Lily estava lendo um livro e ao mesmo tempo conversando com Sarah; Susan estava quase dormindo.
-Olá, meninas – disseram os marotos.
-Oi. – disseram as três juntas.
-O que você tá lendo, Lily? – perguntou Thiago interessado.
-Uma revista trouxa... Meus pais me mandam. – disse Lily, ainda sem encarar Thiago.
-Olha pra mim Lily... Será que eu não mereço? – perguntou Thiago.
-Tudo bem Potter. – disse Lily olhando nos olhos de Thiago. Ela não deixou de reparar que ele era lindo. Seus cabelos pretos caiam por cima dos olhos, que eram castanho-esverdeados. – O que quer falar?
-Nada Lily... Só queria te observar – disse Thiago.
-Desse jeito quem escuta até acha que você é romântico, Potter – disse Lily, se levantando.
-Pra onde você vai? – perguntou Thiago.
-Pra algum lugar que eu possa ler. – disse ela.
Thiago deu um sorrisinho. Ele e os marotos começaram a conversar com as meninas. Sarah e Sirius se encaravam por diversas vezes e Susan parecia realmente estar amiga deles. Thiago passou um tempo apenas encarando seu pés, porque a conversa não estava o agradando.
-Bem, eu vou andar por aí... – disse Thiago para os marotos e as meninas.
-Porque, Pontas? – perguntou Almofadinhas.
-Você ainda pergunta, Almofadinhas? – disse Remo.
-Ah é, Aluado, esqueci que Pontas não tem mais interesse pelos amigos – disse Sirius com uma fingida aflição – To brincando, Pontas... Vai atrás da sua ruivinha.
-Tchau então... – disse Thiago.
Ele andou um pouco imaginando onde ela teria ido. Provavelmente o dormitório feminino... pensou ele. Ele não podia entrar no dormitório, então perguntou a Jennifer (mais uma das garotas que eram alucinadas por ele).
- Ei, Jennifer! – gritou Thiago.
-Ah, oi Potter – disse ela corando – o que foi?
-Você viu a Lily? – perguntou ele.
-Que Lily? – falou ela fazendo uma cara de nojo.
-Lily Evans... Conhece? – perguntou ele, esperançoso.
-Não, Potter! – disse ela começando a sentir ciúmes.
-Ela tá na biblioteca, Thiago! – disse Rachel, que descia do dormitório. – Mas não diz que eu te falei tá? – falou ela rindo.
-Pode deixar... Valeu, Rachel! – disse ele quase correndo em direção a biblioteca. Ele não deixou de reparar que em quanto ele se distanciava, Rachel e Jennifer iniciavam uma briga.
Depois de ir o mais rápido que podia, Thiago chegou na biblioteca ofegante. Ele logo avistou Lily pela cor de seus cabelos. Ela estava distraída e ele aproveitou.
-Oi, Lily. – sussurrou ele no ouvido dela.
-Potter! Você quer me matar de susto? – perguntou ela após de quase cair da cadeira. A sensação da aula de Trato das Criaturas se repetiu.
-Claro que não, Lily, desculpa. – disse ele sentando ao lado dela.
-Ótimo, espero que dessa vez eu possa ler em paz – disse ela.
-Eu nunca impedi você de ler... Se eu atrapalho a sua concentração quando me aproximo de você – disse ele se aproximando ainda mais dela – a culpa não é minha.
-E ainda diz que não é metido! – disse ela encarando ele.
Ele riu um pouco. Eles conversaram um pouco e ele começou a acariciar seu rosto e seus cabelos.
-Potter, quem disse que eu te dei a liberdade de fazer isso? – disse ela revoltada.
-Qual é o problema? Não posso me aproximar de você? – disse ele.
-Você tá querendo se aproveitar, é diferente – disse Lily.
-Me aproveitar? Claro que não, Lily! Como se eu fosse me aproveitar de você! – disse ele se fazendo de inocente.
-Então o que você chama de se aproveitar, Potter? – perguntou ela com um ar de riso.
-Isso... – disse ele segurando ela pela cintura e a beijando. Lily tentou evitar, empurrando ele, mas Thiago era mais forte. Após um tempo ele a largou.
-Potter... Como você OUSA? – perguntou ela sem ar e ao mesmo tempo com uma expressão de fúria.
-Não fiz nada que você não tenha gostado, Lily... Pode admitir. – disse ele, sorrindo.
-COMO ASSIM? EU NÃO GOSTEI POTTER, EU ODIEI! NUNCA MAIS OUSE – CHEGAR – PERTO – DE – MIM! – berrou ela, corando.
-Calma, Lily... Eu sei que isso é só fingimento! – disse ele, provocando-a.
-FINGIMENTO? – disse ela, corando intensamente – NUNCA... MAIS FAÇA ISSO! – gritou ela.
-Srta Evans, como você ousa em gritar numa biblioteca? Esperava um melhor comportamento seu! – disse a bibliotecária Madame Lince. – FORA antes que eu desconte pontos da Grifinória!
-Desculpa, Madame Lince – disse ela com um olhar tipo: olha o que você fez Potter.
Os dois saíram da biblioteca em silêncio. Um sorriso brincava nos lábios de Thiago e Lílian tinha uma expressão de pura fúria. Thiago tinha estranhado que Lily estivesse calada por tanto tempo, mas assim que chegaram do lado de fora da biblioteca, ela falou:
-NUNCA mais ouse chegar perto de mim, Potter. – disse ela – Se essa é sua nova tática, pode ter CERTEZA que vai dar errado!
-Calma Lily... Isso tudo por só um beijo? – perguntou Thiago.
-É, Potter, só por um beijo. – disse ela – por tanto da próxima vez fique avisado. Para o seu próprio bem, fique longe de mim! – disse Lily, entrando no dormitório.
-Lily! Espera... – disse ele, fazendo Lily recuar um pouco – Desculpa, tá? Até amanhã. – disse ele, sorrindo.
Ela saiu sem falar mais nada. Thiago sorriu: ‘Apesar da raiva, tenho um motivo pra ela pensar em mim a noite toda’. Pensou ele alegre.
Lily entrou no dormitório. Todos estavam dormindo. Ela tomou um banho, trocou de roupa e se deitou. Os pensamentos rodavam na sua mente. ‘Como o Potter teve a coragem de fazer isso? E ele ainda acha que eu gostei!– uma voz na sua cabeça falava: e você não gostou? ‘Claro que não, Lily Evans, como você pode ter gostado? Quem lhe beijou foi o Potter e você ODEIA o Potter, com todo aquele jeito arrogante e metido. Ele te da náuseas, lembra? – disse ela pra si mesma, tentando se convencer que aquele beijo não tinha significado nada. Depois de brigar um pouco com si mesma, ela adormeceu.
No dia seguinte, as meninas conversavam no dormitório.
-Que estranho! Normalmente quem nos acorda é a Lily! – disse Sarah.
-Vai que ela tava muito cansada – disse Susan.
-Ou foi dormir muito tarde, afinal, ela tava bem ocupada – disse Rachel, e as amigas a olharam com uma expressão de dúvida. – Ah, é verdade! Como eu sou burra! Eu nem contei a vocês...
-Contou o que, Rachel? – perguntou Sarah.
-Ontem, eu estava descendo do dormitório e o Potter estava perguntando pra Jennifer, aquela completa vaca, onde estava a Lily. Como ela é afim do Potter a um TEMPÃO, ela disse que não conhecia a Lily. Aí eu desci na mesma hora e disse pro Thiago que a Lily tava na biblioteca! Será que eles se acertaram? – perguntou Rachel.
-Não sei, mas agora eu to curiosa! Vamos acordar a Lily – disse Susan.
-Tá, vamos... – concordou Sarah.
- Lily... – falou Rachel ao ouvido de Lily.
-Desse jeito ela não acorda nunca! Licença... – disse Susan – LÍLIAN EVANS! – gritou ela no ouvido de Lily.
-AHN? O QUE ACONTECEU? SUSAN, EU VOU TE MATAR! – berrou Lily.
-Ah, se eu chamasse baixinho você não ia acordar mesmo... – disse Susan – Mas então conta aí... Como é que foi a noite com o Potter? Você não ia esconder nada das suas amigas né?
-Bem que eu devia, depois desse berro! Mas enfim... Foi horrível. Eu estava tranqüila na biblioteca, quando o traste do Potter aparece! – disse Lily.
-Traste nada... Nem vem que ele é bem lindinho – disse Rachel.
-Se você acha, pode ficar com ele. Enfim... Eu estava lendo na biblioteca e o Potter aparece! Ele interrompeu minha leitura e como se não bastasse, começou a mexer no meu cabelo e no meu rosto! Eu achei a maior falta de respeito e reclamei. Um segundo depois, ele tava com a maior cara-de-pau me beijando! – disse Lily, enquanto as meninas estavam espantadas.
-Não acreditooooo! – disse Rachel – Você arrancou um beijo do Potter?
-Eu não arranquei nenhum beijo dele... Ele que me beijou! – disse Lily indignada.
-Dá no mesmo... Não acredito, Lily! E aí... Como foi? Ele beija bem? – perguntou Susan.
-Deixa de ser ridícula, Susan! Você fala como se eu tivesse gostado! – disse Lily, corando.
-Você não respondeu minha pergunta, Lily! – disse Susan.
-VAMOS LOGO... Esse papo tá me irritando. Eu não quero mais ouvir falar do Potter – disse Lily em tom de quem encerra o assunto.
As meninas desceram para o café-da-manhã. Enquanto isso, os marotos conversavam:
-Então Pontas, como foi na biblioteca? Você não explicou direito! – disse Sirius.
-Querido Almofadinhas, se você espera que eu lhe ensine como se beija, você tá muito enganado! – disse Thiago, rindo.
-Como se eu precisasse! Vai falar ou não? – perguntou Sirius.
-Ela tava lendo, sozinha, eu me aproximei e percebi a mesma reação da aula de Trato das Criaturas Mágicas... Ela não agüenta quando eu me aproximo dela! – disse ele rindo, enquanto os marotos viravam os olhos – Mas enfim, começamos a conversar e eu comecei a acariciar o rosto dela... Ela fingiu que não gostou e reclamou. Então, eu beijei ela – disse Thiago displicente.
-Não acredito! Ela te matou, né? – perguntou Aluado.
-Quase, Aluado... Mas é tudo encenação porque ela não quer dar o braço a torcer. No fundo ela mesma sabe que gosta de mim! Afinal, não tem mulher no mundo que não ceda a mim, né... – disse ele rindo.
-Muito engraçado, Pontas – disse Sirius. – Vamos logo.
-Porque, Almofadinhas? – perguntou Pontas.
-Porque eu quero ver a reação dela quando te ver! – disse ele rindo – Vai que ela te mata de vez e você pára de encher meu saco.
-Ha—ha--ha, mas vamos logo mesmo... – Disse Thiago.
As meninas conversavam na mesa da Grifinória:
-Só espero que o Potter não venha atrás de mim hoje! – disse Lily.
-Ai Lily relaxa... Foi só um beijo! Porque será que você tá se importando tanto? – perguntou Susan.
-Porque eu odeio a pessoa que me beijou, só isso! – disse Lily.
-Hum... Tá bom, Lily – disse Sarah.
-Aliás, se prepara que ele vem vindo – disse Rachel.
-Ai, o que eu fiz de errado? – perguntou Lily.
Os marotos se aproximavam. Todos olharam para Lily e Thiago. Ele se aproximou e se sentou ao lado dela. No mesmo segundo, ela se levantou.
-Algum problema, querida Lily? – perguntou Thiago, com uma cara inocente.
-Você é meu problema Potter! E não seja falso! – disse ela, abandonando a mesa.
-O que será que eu fiz? – perguntou Thiago com uma fingida preocupação.
-Como você é falso, Thiago! – disse Sarah, rindo.
-Ah, a Lily pode dizer o que quiser... Se ela ouvir isso provavelmente me mata, mas a minha opinião ela gosta do Thiago sim... Se não fosse isso ela não teria se importado tanto! E tem toda aquela história que os opostos se atraem... – disse Susan.
-Obrigada pelo apoio moral, Susan! – disse Thiago animado.
-De nada, Thiago! Ou Pontas... Não é assim que te chamam? – perguntou Susan.
-Pois é... E Rachel, obrigada também! Você foi muito útil! – disse Thiago.
-Sem problemas, Thiago! – disse ela.
-E o que você vai fazer pra a Lily voltar a falar com você, Pontas? – perguntou Aluado.
-Relaxe, Aluado... Isso é entre a Lily e eu. Mas pode ter certeza que vai dar certo. Ela não vai conseguir ter raiva de mim. – disse Thiago.
-Metido... – disse Sarah.
-Vamos pra aula... – sugeriu Aluado.
-É, vamos.
Eles se dirigiram para as masmorras, para aula de poções. Lily já estava sentada quando chegaram e não havia nenhum lugar vago ao lado dela. Os marotos se sentaram juntos e as meninas sentaram o mais próximo que conseguiram de Lily. O professor começou a falar.
-Hoje nós vamos utilizar os ferrões dos billywigs que vocês usaram na aula de Trato das Criaturas Mágicas. Primeiro peguem os ingredientes que estão no quadro que darei as instruções para a poção! – disse o professor.
A poção era extremamente complicada. Thiago fez com facilidade e ficou observando Lily preparando a dela. Ele não ousou se aproximar da garota nos primeiros minutos, mas depois não resistiu. Unindo sua coragem ele disse:
-Oi Lily. Quer ajuda? – perguntou ele.
-Quero que você desapareça da minha frente Potter! – disse Lily.
-Não fala isso que você me machuca! Quando você vai me perdoar? – perguntou ele.
-NUNCA. – disse Lily.
-Me dá uma chance, Lily! Por favor. Deixa eu te fazer uma surpresa! – disse ele num tom todo derretido.
-Tudo bem Potter. Mas duvido que qualquer coisa que você faça seja boa o suficiente pra me fazer esquecer aquele episódio na biblioteca! – disse Lily.
-Deixa eu te provar que eu sou melhor que isso – disse ele, Lily olhou nos olhos dele. Então as palavras saíram da sua boca, contra sua vontade.
-Tudo bem Potter – disse ela, sem nem perceber o que falava – Agora sai daqui que eu tenho que fazer a poção!
-Ok Lily. Tchau – disse ele se distanciando.
-Lily Evans, no que você tava pensando? Dar uma chance para o Potter? – murmurou Lily para si mesma. – Ele nunca vai mudar, vai ser sempre galinha, metido, arrogante, lind... Ah, cala a boca, Lily Evans!
A aula seguiu e depois finalmente o sinal tocou. Susan, Sarah e Rachel se uniram a Lily.
-O que você falou com o Thiago, Lily? – perguntou Sarah.
-Nada demais... – disse Lily.
-Ah não, Lílian Evans, pode começar a contar! – disse Rachel.
-Tudo bem... Foi só que... Ele foi se desculpar, só isso! Pediu uma nova chance... Como se nada tivesse acontecido, aquele falso! – disse Lily.
-E você disse o que? – perguntou Sarah.
-Eu devia estar louca... Disse que sim! Pode me matar agora! Eu dei uma chance pra Thiago Potter provar que pode mudar! Eu devo tá louca né? – disse Lily.
-Louquinha pelo Potter, disso eu já sabia a um tempo! – disse Susan.
-Até parece Su... Como se eu fosse gostar daquele tipo de menino! – disse Lily, corando.
-Ninguém manda no coração, Lílian! – disse Sarah.
-Você que o diga, não é Srta Sarah Abbott? – disse Lily – Se apaixonando pelo Black... Nem acredito!
-Vamos embora! – disse Sarah corando.
Enquanto isso os marotos conversavam com Thiago sobre seus planos com Lily.
-Pontas, eu não acredito que você disse que ia fazer uma surpresa pra ela! – disse Sirius – Pirou de vez?
-Se ele realmente gosta dela, é absolutamente compreensível Almofadinhas. Você que não tem coração! – disse Remo, rindo.
-Pois é... O problema é que eu não faço a mínima idéia do que fazer! – disse Thiago.
-A gente te ajuda Pontas! – disse Rabicho – O Aluado tem as melhores idéias.
-Não exagera, Rabicho – disse Remo.
-TODOS vão ter que me ajudar... Inclusive você, Sirius! Conto com a sua ajuda. – disse Thiago.
-Ah Pontas, de melhor amigo viro conselheiro amoroso? – perguntou Almofadinhas.
-Amigo é pra essas coisas, Sirius. Isso vale pra todos os marotos. – disse Thiago.
-Tudo bem, eu faço isso mesmo que seja pra unir você e a Srta Cabelo de fogo. – disse Sirius rindo.
-Muito respeito, Sirius! A futura Sra Potter – disse Thiago.
-Duvido que você case com ela, Pontas! – disse Sirius.
-Ótimo, então quando a gente for casar você vai ser o padrinho só pra eu poder esfregar isso na sua cara, otário! – disse Thiago, rindo com os marotos.
-Ótimo, Pontas! Feito! – disse Sirius. Os marotos ficaram rindo e pensando no que fazer para ajudar Thiago e Lílian, uma tarefa extremamente difícil. As meninas Susan, Sarah e Rachel pensavam na mesma coisa: qual seria o plano de Thiago para juntar ele e Lily? De qualquer jeito, tinha que ser um plano de mestre, pois com a ‘cabeça-dura’ que a Lily era, tudo se tornava três vezes mais complicado.
N/A: adorei fazer essa cap..
mt coisa por vir! ;DD
comentem!
bjs
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