Memórias - Parte II
—Capitulo treze.
Memórias.-Parte II
—John! John!—Exclamou Josh, chamando o irmão.—Está passando uma coisa sobre Londres na TV!
—E daí?—Uma voz entediada, vinda do interior da casa, respondeu.
—Venha logo, John!—Disse Josh, irritado, sem tirar os olhos da TV.
John saiu do quarto, arrastando os pés. O sol ainda estava de pondo e John já estava com sono, pela “intensa atividade física”. Para Josh era apenas desanimo pela ausência de festas ou de suas “amiguinhas”. O Parker mais velho sentou-se no sofá, os olhos semi-cerrados, tentando focar a TV.
—Ta...o que houve?—Perguntou, a voz embargada de sono.
—Alguém invadiu o shopping e fez pessoas reféns.—Narrou Josh, ainda atento ao aparelho de TV.—Houve uma explosão em uma das lojas e a policia invadiu. Parece que houve mais uma explosão em um prédio residencial.
—Uau...—Disse John, arregalando os olhos de leve.—eu pensava que só nos Estados unidos tinha disso.
—Acho que nã...
—Noticias urgentes!—O tom alarmado do repórter chamou a atenção dos Parker’s.—Vamos de volta ao estúdio!
—Recebemos noticias alarmantes!—A imagem do shopping rapidamente foi substituída pela do estúdio. O ancora falava agitado.—Figuras encapuzadas invadiram diversas ruas de Londres e de outras cidades da Inglaterra! Recebemos também a informação que o primeiro-ministro da Grã Bretanha autorizou o exercito à agir para controlar a situação de caos instalada nas ilhas britânicas!
John e Josh trocaram olhares preocupados. O mais velho levantou-se, já sem um pingo de sono.
—Temos que falar com o Luke...e o Teddy...—Dizia, andando de um lado para o outro, preocupado.
—Temos que voltar para a Inglaterra!—Disse Josh, olhando o irmão.
—Enlouqueceu?!—John parou abruptamente, os olhos arregalados.—Voltar para nos metermos nessa confusão e acabarmos mortos?!
—John! Por Merlin!—Josh levantou-se, olhando furioso para o irmão.—Pare de pensar só um pouco nesse seu traseiro branco! É a nossa família!
John mordeu o lábio inferior e sentou no braço do sofá. Ficou olhando os próprios pés, em silencio. Por um tempo, apenas a TV era escutada. Antes que um dos dois tomasse uma decisão, alguém bateu a porta. Josh, que estava em pé, foi até a porta, abrindo-a. Dois homens altos e fortes, um loiro e um negro, vestindo ternos negros e portando armas, estavam diante dele.
—Pois não?—Perguntou Josh, assustado.
—Venham conosco, por favor...—Disse o loiro, com um forte sotaque germânico.—o Sr. Luke Parker nos enviou.
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—Passaporte, por favor.—Pediu educadamente o homem da companhia aérea britânica.
Sara entregou o passaporte. O homem checou os dados da passagem e conferiu a foto, pelo menos, duas vezes. Devolveu a Sara que entrou no avião. Liv veio logo depois. Entregou o passaporte e a passagem ao homem. Enquanto ele verificava os documentos, Liv olhava para a bandeira do Reino Unido, no alto da porta de embarque.
—Senhorita? Senhorita!—Chamou o homem. Liv sobressaltou-se, saindo de seus pensamentos.—Seu passaporte. Pode embarcar.
Liv sorriu sem graça e pegou os documentos. Entrou no avião e sentou-se em seu lugar, ao lado de Sara.
—Por que demorou tanto?—Perguntou Sara, apertando o cinto.—Problemas com o passaporte?
—Não...—Liv deu um sorriso amarelo e colocou o cinto.—me distraí um pouco.
Sara olhou-a longamente, tentando analisar a amiga. Mesmo após tantos anos de amizade, Liv ainda era uma grande incógnita para Sara. Misteriosa, com um passado tão misterioso quanto. Não era fácil para ela saber o que a ruiva estava sentindo. Nunca era.
—Está nervosa? Não queria voltar para a Inglaterra?—Perguntou Sara, as sobrancelhas erguidas.—Se quiser ainda pode desembarcar.
—Não...não...pelo contrario...—Olhou para a cadeira da frente, a mente distante.—estou ansiosa para voltar para lá. Apesar de...
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Liv ouvia gritos. Mas não tinha forças para se levantar ou para distinguir o que era. Sentia sua visão turva. Seus músculo doíam e sua força esvaia-se rapidamente de seu corpo. Afinal, a luta com Elijah Whitewoods não havia sido nada fácil. Seu pai não facilitou as coisas. E Liv nunca esperou que facilitasse. Agora, ali estavam. Ambos caídos no chão. Elijah morto e Liv não muito distante disso.
—É...’papai’...—Sorriu com as ultimas forças que lhe restavam, erguendo um pouco o rosto.—eu te venci...mas parece que no fim de tudo, você acabou nos vencendo...
Apesar de sua habilidade de detectar energias ser quase mínima, Liv conseguia detectar algo. Porém, não sentia mais as energias conflitantes de Lucius e Pedro. A energia de Chapolim, depois de uma grande explosão, também sumiu. A de Amanda estava estática. Como se estivesse congelada. E as de Ashley e Lilá estavam como a dela. Definhando rapidamente. Não havia sobrado mais ninguém para lutar. E pelo gritos que aproximavam-se mais, deviam ter perdido a guerra.
Fechou os olhos quando a multidão invadiu o quarto. Passavam ao seu lado. Alguém pegou-lhe pelo braços e apoiou-lhe nos ombros Sentiu-se carregada. As pessoas ao seu redor gritavam em euforia. Chutavam o corpo moribundo de Elijah, como se aquilo confirmasse sua morte. Fechou os olhos e sorriu. Haviam vencido, no final das contas. Sentiu os sentidos lhe abandonarem por completo. Liv apagou.
Pareciam ter passado apenas alguns segundos. Liv abriu os olhos e viu-se num quarto branco. Sentou-se bruscamente na cama e sentiu o mundo ao seu redor girar. Seu corpo estava fatigado e ainda sentia muito sono. Haviam ataduras em seus pulsos e pescoço e vários curativos no rosto. Olhou as mãos, uma delas totalmente enfaixada, mal acreditando na sorte de estar viva.
A porta do quarto abriu. Um homem e duas mulheres com batas verdes entraram. Começaram a examinar-la. Liv não teve forças para protestar. O homem dispensou as duas mulheres e começou a analisar alguns pergaminhos.
—Os níveis de energia estão estáveis...—Disse, sem desviar o olhar dos pergaminhos.—tirando lesões físicas, você está bem.
—Onde...—Liv olhou para os lados, perdida.—onde estou?
—No St. Mungus...há quase dois dias...
—Dois dias...—Murmurou Liv, olhando os pés.—e os outros? Como estão?
—Que outros?—Perguntou, pegando outros pergaminhos.
—Chapolim, Amanda...Ravenclaw...
O médico parou um tempo, pensando. Pousou os pergaminhos sobre uma mesa e sentou em um banco de madeira, afagando os joelhos.
—O corpo de Amanda Gryffindor está sendo descongelado, mas não sabemos se vamos fazer seus órgãos voltarem a funcionar. Muitas células do corpo de Chapolim Weasley sofreram desnaturação e suas funções vitais estão fracas. Ashley Delacour estava passando por uma transfusão sanguínea e agora está no quarto. Lilá Brown permanece desacordada.
—E...—Começou Liv, hesitando, com medo da resposta.
—Pedro Ravenclaw?—O médico soltou um suspiro desanimado. Liv sentiu um forte aperto no peito e os olhos umedecidos.—Estado grave. Estamos tentando estancar as hemorragias em seus órgãos internos. Ele se esforçou demais, é difícil controlar o colapso de seu corpo. Temos médicos tentando reconstruir seus nervos ópticos e devolver a sensibilidade de algumas regiões de seu corpo.—Balançou a cabeça negativamente.—Tem poucas chances de sobreviver...
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—Está ansiosa para ver-lo depois de tanto tempo, então?—Perguntou satã. O avião começava a taxiar na pista.
—Para ver todos...—Liv deu de ombros, olhando para a janela.—mas ele...
Sara apenas sorriu. Afagou os cabelos ruivos da amiga e olhou a janela. Liv ficou olhando para o lado de fora algum tempo, esperando e contando os minutos para o avião decolar.
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Luke ficou um bom tempo anestesiado diante da TV. Ainda não sabia o que fazer ou o que estava acontecendo. O repórter na frente do shopping falava com policiais, tentando encontrar uma explicação para o seqüestro.
—E vocês já sabem alg...—Uma forte explosão interrompeu o repórter. A câmera focou uma bola de fogo negro que rompeu o teto do shopping, lançando destroços para todos os lados. A lembrança dos atentados a Londres, anos atrás, gerou um pandemônio nas pessoas.—O que foi isso?! Uma bola de fogo acabou de irromper do teto do shopping! Os policiais já se mobilizam para entrar!
Luke pareceu sair de um intenso transe. Levantou-se bruscamente da cadeira, derrubando-a no chão. Correu até seu celular em cima de uma mesa no primeiro salão. Discou números rapidamente e pôs no ouvido e esperou, tamborilando nervosamente o tampo da mesinha de mármore.
—Welma!—Berrou Luke, afastando-se, assim que uma voz sonolenta atendeu do outro lado.—Ligue agora mesmo para nossos contatos no Estados Unidos! Mandem buscar John e Josh! Sei que sabem a localização dos dois.—E desligou rapidamente, sem dar chances da confusa Welma responder.
Guardou o celular no bolso da calça e já correu até a porta. Entrou em seu EcoSport e cantou pneu, saindo apressado pela propriedade. Raspou a lataria do carro no portão que abria lentamente e saiu em disparada pelas ruas vazias. No dia...no dia em que foi lhe avisar sobre o retorno de Voldemort, Nilo lhe avisou...como pode ser tão tolo?
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—Da minha...—Luke ainda olhava para a repentina escuridão que o feitiço de Nilo lançou sobre a sala.—ajuda?
—Sim...você conhece mais bruxos aqui do que eu...conhece melhor as pessoas...—Nilo sentou-se na cadeira diante dele, as mãos sobre os braços da cadeira.—estudou em Hogwarts e deve ter contatos com alguns antigos alunos que lutaram contra os comensais no passado...
—Sim...digo...alguns...—Hesitou Luke, olhando mais uma vez para a escuridão, antes de voltar-se para Nilo.—Mas para que diabos você quer falar com esse tipo de gente?
—Se você fosse só um pouquinho mais inteligente...—Nilo abaixou a cabeça, balançando-a negativamente.—notaria o que quero dizer.
Luke fez menção de abrir a boca para retrucar, mas calou-se. Cruzou os dedos sobre o peito e ficou olhando para Nilo, que parecia raciocinar sobre o que e como dizer. O árabe finalmente ergueu o olhar, respirando fundo. Abriu a boca levemente e assim ficou, até voltar a falar.
—Voldemort, meu caro...Voldemort retornou...
—Você só pode estar louco...—Sorriu Luke, balançando a cabeça negativamente.—Voldemort está mortinho da silva! O que restou da velha valdoca está agora no ministério que...
—Acabou de ser alvo de um estranho acontecimento.—Disse Nilo, erguendo uma sobrancelha levemente.
Luke abriu a boca, mas nenhum som saiu. As peças começavam a se juntar em sua cabeça. Ergueu as sobrancelhas e deixou o queixo cair um pouco mais, olhando pasmo para Nilo que apenas acenava de maneira positiva para o Parker.
—Você quer dizer...
—Que precisamos reunir bruxos fortes, com força para que possamos derrotar-lo.—Disse Nilo, levantando-se.—Tente contatar Potter na Alemanha e até Ronald Weasley na Irlanda...eles serão grande ajuda...ainda não encontrei Granger, mas farei o mais breve possível. Procure reunir o maior numero de bruxos possível. Ofereça sua casa como moradia temporária. Acredite, essa guerra não vai ser tão fácil como a outra.
—Como assim?—Luke ergueu uma sobrancelha, sorrindo.—Voldemort não têm mais partidários. Ninguém mais está de seu lado. Grande parte está presa ou morta. Oras. Acho que ele não é ameaça por enquanto.
—Não se engane...Voldemort sabia que alguém um dia lhe destruiria...—Nilo respirou profundamente, de costas para Luke.—então, deixou uma semente muito bem plantada entre alguns jovens seguidores que transmitiram suas idéias pelo mundo.—Nilo voltou-se para Luke, o olhas sombrio.—Voldemort hoje tem um exercito mais poderoso do que a dez anos atrás.
Luke deixou o queixo cair mais uma vez. Como era possível? O ministério sempre divulgava que haviam intensificado a segurança para impedir que dias como aquele se repetissem. E agora recebia a noticia que Voldemort havia voltado, mais forte do que antes.
—Eu sei...foi um plano muito bem montado...—Nilo suspirou e começou a andar pelo escuro.—uma coisa temos que admitir, ele é precavido.
—E...quando ele vai agir?
—No dia da lua vermelha...—Nilo olhou para o alto, pensativo.—quando ele puder trazer de volta seus mais fortes comensais. Nesse dia, estejam preparados.
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—Como eu pude me esquecer disso?!—Irritou-se Luke, dando um golpe no volante e virando-o rapidamente, seguindo por outra rua. Estava se odiando.
Parou o carro diante de um luxuoso prédio um pouco próximo ao centro de Londres. Desceu e correu até os elevadores, socando o botão, esperando nervoso o elevador. Assim que ele chegou, precipitou-se para dentro, apertando o botão do décimo andar, ignorando os pedidos de uma senhora de sessenta e poucos anos, de esperar. Apertou o botão com mais insistência, como se aquilo fosse fazer ele ir mais rápido.
—Anda! DROGA!—Berrava, xingando o elevador.
As portas abriram e Luke saiu correndo de dentro. Socou a porta do único apartamento do andar, apertando com insistência sua campainha.
—Teddy! Teddy caralho! Abre essa porra dessa porta!!—Berrava, apertando a campainha.
Teddy apareceu na porta, vestindo um robe de ceda inglesa, cor de vinho. Sem poder falar nada, foi empurrado pelo primo, que entrou como um trovão. Pegou uma garrafa de uísque, despejando tudo num copo. Bebeu um grande gole e olhou para Teddy.
—Eu sou um idiota!—Bradou, bebendo mais um gole.
—Isso ninguém nunca negou...—Teddy fechou a porta e foi até o primo.—sei que vou me arrepender de perguntar. Mas...o que diabos aconteceu?
—Hoje! É hoje Teddy?!—Bradou Luke, terminando de beber o uísque do copo e colocando mais.
—É hoje...?
—O dia! A lua vermelha!—Teddy olhou para Luke, com uma sobrancelha erguida.—É o dia que Voldemort vai voltar a agir! E eu esqueci disso!
Teddy arregalou os olhos e deixou-se cair no sofá. A TV estava noticiando sobre um misterioso seqüestro e diversas explosões, mas Teddy achou tratar-se de mais um ataque terrorista. Não. Era algo pior do que isso. Olhou para o primo, perplexo.
—E...os nossos aliados?
—Foram para o shopping...pensando que é só uma tentativa de Voldemort chamar atenção...—Luke bebeu mais um copo e largou-o de lado, escondendo os olhos atrás das mãos.—Eu sou um idiota!
Teddy ficou olhando para Luke, sem saber o que fazer.
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Lucas Crouch, o professor de herbologia, andava apressado pelos corredores de Hogwarts. Havia sido chamado com urgência pela diretora ao final da aula. Subiu um lance de escadas, cumprimentando duas alunas do quarto ano. Precipitou-se por um corredor e logo estava na frente da gárgula de pedra. Murmurou a senha e a gárgula liberou a passagem. Logo estava diante da porta da diretora.
—Diretora?—Abriu a porta e colocou a cabeça para dentro da sala.—Mandou me chamar?
—Sim, profº Crouch...—Disse Minerva, fazendo sinal para ele entrar e sentar.—tenho algo importante a lhe pedir.
Lucas entrou e sentou-se diante da diretora. Haviam vários memorandos e cartas sobre sua mesa. A diretora parecia envelhecida, mas do que já estava. Tirou os óculos quadrados e esfregou fortes os olhos, antes de falar.
—Recebemos um aviso, a certa de um mês, de que algo ruim iria acontecer hoje...—Disse Minerva, procurando algo em meio aos papeis em sua mesa.—achamos que se tratava de apenas um trote, uma brincadeira de alguém.—Suspirou pesadamente, pegando um envelope de aspecto oficial.—Porém, há alguns minutos, recebemos uma mensagem do ministério, mandando fechar os portões do castelo.
—E...por que isso?—Perguntou Lucas, remexendo as mãos nervosamente sobre as pernas.
—Ele...—McGonagall falava como se hovesse um peso em seu peito. Seu rosto escava encoberto pelas sombras e parecia que uma nuvem de tempestade havia se formado sobre sua cabeça.—o pior de tudo que podia acontecer. Lord Voldemort...retornou e está atacando Londres...o ministério ainda não sabe...mas suspeita...e quem nos informou já sabia...
—A...atacando Londres?—Perguntou Lucas, a voz tremula.—Como?!
—Não sei ao certo...—Disse a diretora, abaixando o olhar.—mas não foi para isso que lhe chamei. Quero te pedir um favor.
—Diga, diretora.
—Quero que procure a pessoa mencionada nessa carta...—Empurrou uma carta escrita em papiro até o Crouch.—saia sem ser notado. E volte o mais breve possível.
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John e Josh tiveram tempo apenas de mudar a roupa. Os dois homens levaram eles rapidamente a um heliporto, onde embarcaram em um helicóptero, estilo militar, com duas grandes hélices. Agora estavam sobrevoando o atlântico velozmente. Ninguém falava absolutamente nada. Apenas escutavam os sons das hélices.’
John olhava o oceano abaixo, escuro e turbulento. Mas não pensava no oceano. Estava voltando para Londres. Estava voltando para casa. Para...
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John corria pelos corredores da mansão. Abria e fechava portas, enfiando a cabeça dentro dos cômodos. Tinha nos lábios um sorriso malicioso e nas mãos, um pedaço de papel amassado. Se não fossem os treze anos de idade do garoto, iria parecer uma criança procurando um presente no aniversario ou um ovo de chocolate na páscoa.
Mas não. Estava procurando algo mais interessante.
Já havia procurando em todos os cômodos. Não podia imaginar onde mais procurar.
¾Mas é claro!¾O sorriso alargou-se mais. Virou-se e disparou na direção do salão de visitas.
Chegou ao enorme salão de visitas e subiu rapidamente as escadas. Passou por salas de chá, escritórios e bibliotecas, até chegar onde seu alvo deveria estar. Era obvio. Ela só podia estar ali. No seu quarto.
Abriu a porta e o sorriso alargou-se. A jovem de uns dezesseis anos, corpo esbelto, pele branca, lábios finos e rosados, esperava-o. Os olhos eram de um verde intenso, como esmeraldas e os cabelos eram loiros, brilhantes como ouro. Estava encostada nos pés da cama, com as pernas trançadas, olhando provocadoramente para John.
A jovem trajava uma roupa negra com detalhes brancos, como os das empregadas dos filmes. Era a jovem camareira da família. Trazida da Suécia junto com uma família de imigrantes bruxos.
O jovem Parker não se demorou muito na porta. Rapidamente, correu e jogou-se sobre ela. Caíram juntos na cama, abraçados. John não permitiu que ela falasse nada. Beijou-a, forte e apaixonadamente.
Mille, como a garota chamava-se, tinha as mãos delicadas colocadas sobre a nuca do Parker. Enroscava os dedos aos cabelos dele, acariciando sua nuca de leve. John seguia o beijo, com uma das mãos correndo pela barriga da garota, tentando desabotoar-lhe o vestido.
¾Não...John.¾Dizia a jovem, entre os beijos.¾É muito...arriscado. Seus pais...podem nos...pegar.
¾Que eles se danem!¾John continuou sua ação.¾Quero mais é que eles vejam. Já estou cansado de esconder isso.
Mille afastou-o e sentou-se. Cuidou de tirar o resto da camisa e puxou John novamente.
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Era fim de tarde. John dormia tranqüilamente. Estava completamente nu, com um lençol cobrindo-lhe até a cintura. Mille dormia sobre seu peito, com o lençol cobrindo até seus ombros.
Tudo estava perfeito, se não fosse pelo grito que acordaria eles.
¾JOHN PARKER!!¾Era a aguda voz de sua mãe, berrando da porta de seu quarto.
Os dois deram um pulo da cama, assustados. Procuraram os lençóis, para cobrir o corpo, mas, pelo olhar de sua mãe, ela não se importava com aquilo.
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Suspirou cansado, afastando-se da janela. Josh falou e apontou algo, mas o som das palavras foi abafado pelas hélices do helicóptero.
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N/A: o_o...deixei isso aqui as moscas...mas toh voltando...
N/A2: Sei que não vai adiantar pedir mas, comentem \n_n
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