Prologo



Em meio ao deserto da Arábia, a morte podia ter varias faces. Principalmente quando se está fazendo um trabalho de espionagem para o ministério da magia. O auror Lucian Alverton sabia disso. A qualquer momento podia ser atacado ali e ninguém saberia de sua morte. Dois meses depois, quando o ministério se desse conta, pensariam que havia morrido de fome ou numa tempestade de areia.
“Eu devia estar louco quando aceitei essa missão” era o que ele pensava constantemente.
Estava deitado de barriga sobre uma superfície rochosa e quente, se não fosse a grossa túnica branca que vestia, já estaria com serias queimaduras. Debruçava-se a beira de um cânion. Logo abaixo, pequenos pontos moviam-se, como se observa-se um formigueiro.
Havia algum tempo que o ministério sabia de movimentações estranhas no deserto da Arábia. Apesar dos tempos de paz, procurava-se evitar um holocausto como a dez anos atrás.
Girou lentamente a manivela ao lado de seu onióculo e aproximou mais a imagem. Fixou-a num homem alto, forte, de expressão rude e rosto marcado por varias cicatrizes. Carregava duas grandes sacas pretas, completamente vedadas. Milhares dessas haviam sido transportadas para dentro de uma caverna nos últimos dias.
Virou a cabeça um pouco mais para o lado e focou uma serie de pessoas, andando em fila indiana. Estavam presas umas as outras, pelos pés e pelas mãos. Suas roupas estavam rasgadas se sujas, assim como seus rostos. Atrás deles, um homem igualmente forte, porém, com o rosto coberto por um capuz negro e pontudo. Assim como as sacas pretas, muitas pessoas também haviam sido levadas para dentro das cavernas.
—Acho que vamos precisar de umas fotografias.—Deixou de lado o onióculo e puxou de uma grande bolsa de couro, uma maquina fotográfica de aparência velha. Girou algumas manivelas e posicionou-a de frente ao rosto.
—Vamos lá, garotos. Sorriam.—Fez uma careta, procurando o melhor ângulo, com o dedo pressionando o botão.
No instante em que iria tirar a foto, uma forte ventania passou pelo local. Instintivamente, levou as mãos ao rosto, procurando proteger os olhos da areia levantada pelo vento. A maquina fotográfica caiu rapidamente, espatifando-se no fundo do cânion.
Toda a movimentação cessou. Lucian rapidamente levantou-se e apanhou a bolsa de couro, onde carregava seus mantimentos. Agarrou-se firmemente em sua Weasley’s one e montou nela, pronto para decolar.
Antes que pudesse escapar, uma mão forte envolver-lhe o ante-braço. Sentiu todo o sangue gelar e uma súbita tontura. Logo, o silencioso deserto foi preenchido por vários “craks” sonoros.
Estava cercado. Aqueles homens misteriosos que tinha observado durante dias, agora estavam lhe cercando. E, com certeza, não era para dar as boas-vindas.
Foi arrancado bruscamente de sua vassoura e jogado contra o chão duro. Sentiu o próprio sangue escorrer das mãos raladas. Tentou levantar, mas um forte chute atirou-o para o lado.
Já sentia o sangue escorrer pela boca e a visão embaçada. Ergueu-se um pouco nas mãos doloridas e viu que a queda do cânion estava perigosamente perto. Estava experimentando uma sensação que não havia sentido em todos os anos como auror: medo de morrer.
Medo intensificado quando dedos grossos apertaram-lhe o pescoço. Sentiu seus pés abandonarem o chão e logo estava encarando um rosto barbudo, de pequenos olhos negros e malvados. Seu opressor sorria debilmente. Caminhou com ele até a ponta do abismo e esticou o braço além do precipício.
Ouviu palavras de apoio, pronunciadas em árabe. Os outros pareciam estar se divertindo. O auror estava num grande circo dos horrores. E ele era a atração principal. Engoliu seco e fechou os olhos, orando inconscientemente. Os dedos começavam a afrouxas, afrouxar, afrouxar e...
Sentiu-se flutuar no ar por milésimos de segundo, antes de ver toda sua vida passar diante de seus olhos.
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NA: pois é o.o...estamos de volta...como havia prometido, a fic esta sendo totalmente roteirada e melhorada, para não haverem grandes furos como na versão anterior e para dar mais ação a história.
NA2: Como havia dito antes, vai demorar mais para postar as coisas aqui, já que é ano de vestibular e tô tendo q me dedicar ao maximo aos estudos.
NA3: Esse capitulo é pequeno, mas é apenas um prologo. Tá meio ruim, mas é que tô precisando de um beta reader, para me ajudar no processo de criação da fic x.x'
NA4: Aproveitem \o...e não deixem de comentar =]...suas criticas e seu apoio são muito importantes. Até a proxima pessoal o/

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