Sentimentos revirados



Capitulo 1
SENTIMENTOS REVIRADOS

Uma voz estridente e assustadora cortou o agourento silencio, e fez com que aquele lugar, se é que era possível, se tornasse ainda mais sombrio.
Haviam por volta de vinte pessoas encapuzadas, no qual todas cercavam um homem com feições horripilantes que lembravam uma cobra.
Todas aquelas pessoas o ouviam atentamente, mas o homem, porém, parecia exigir mais do que eles eram capazes.
Quase sempre, gritos de muita dor e gargalhadas maquiavélicas do Lorde se misturavam e podiam ser escutadas a metros dali,porém ninguém escutaria pois, aquele lugar era praticamente impenetrável a qualquer bruxo ou trouxa,por mais que estes fossem sábios.
- Comensais!-falava em tom baixo, e, ao mesmo tempo autoritário - esse ano terei de lutar para conseguir acabar com o meu maior inimigo.
Ao olhar com repugnância e maldade para todos os seus servos,ele continuou.
“Confesso que me sinto rebaixado ao relembrar que pude matá-lo diversas vezes, e que, ele escapou de todas... ainda mais com a idade e o conhecimento que possui. Mas muitos de vocês não se mostraram tão fieis á mim quanto diziam! Muitos puderam trazê-lo, e não conseguiram porque não deram o melhor de si! Não foram leais ao juramento que fizeram... não, não foram leais ao Lorde Voldemort!”.
O homem parecia que iria continuar seu monólogo, mas parou abruptamente de falar quando viu um pequeno e corpulento homem chegando cada vez mais perto do local aonde estavam.Em seu semblante, todos viam que, estava com muito medo do que poderia vir, afinal sabia que seu mestre não gostava nem um pouco de ser interrompido.Logo atrás do homem vinha um outro; este estava encapuzado, mas via-se que possuía cabelos na altura do ombro e que eram extremamente oleosos.
- Mil perdoes mestre -falou o primeiro homem se dirigindo ao com feições viperinas.Logo depois apontou, com uma mão metálica, para trás de suas costas - mas ele insistiu tanto!Foi mais do que eu pude agüentar...
Todos puderam ver quem era, afinal aqueles cabelos eram inconfundíveis, e a tensão só pareceu aumentar. Ao ser apresentado, caiu aos pés do Lorde das Trevas, e este agora sorria triunfante.
- Muito bem Snape - falou pegando no braço do servo que se dirigia a ele, arregaçando a manga de sua capa e passando os finos dedos por cima da marca negra - depois deste ano, você demonstrou ser o melhor e mais fiel dos meus seguidores.
- Foi com imenso prazer que fiz esse trabalho mestre – sussurrou Snape olhando para o seu braço, que agora ardia e ressaltava uma marca feita á muitos anos atrás.




Naquela mesma hora, a quilômetros de distancia, uma cicatriz formigou intensamente e seu dono acordou assustado.
Estava muito suado e sua cicatriz doía muito, assim como toda a sua cabeça.Já estava sendo rotineiro estes sonhos, mas ele não estava muito assustado pois tinha consciência de que seria desse modo,agora que Voldemort estava mais poderoso do que nunca.
Porém aquele sonho foi diferente dos outros; naquela noite ele tinha visto Snape, e ele estava sendo recompensado.
Só de escutar aquela voz, o garoto sentiu repulsa, mas esta logo foi trocada por um sentimento no qual Harry estava sentido todos os dias e noites desde que seu único guia fora morto: indignação.
Harry já havia chorado muito neste tempo.Por causa de Voldemort tinha perdido seus pais, Sirius e agora Dumbledore.Nos últimos dois anos ele havia descoberto coisas entre ele e Voldemort que qualquer um se assustaria se estivesse em seu lugar.Toda hora se flagrava pensando na profecia e nos horcruxes que tinha de achar e destruir; como se ainda não bastasse, Ron e Hermione queriam seguir com ele nessa jornada, que em seus planos faria sozinho.
Não que ele não gostasse de seus amigos, muito pelo contrário, adorava-os e justamente por esse motivo queria ter a consciência tranqüila de que estariam bem (bem não...mais seguros)em Hogwarts,se abrisse,ou em suas casas.
Tentou adormecer novamente, mas sua cabeça estava lotada de preocupações e ele resolveu tentar - pelo menos – se desfazer de uma.
Ainda com a sua cicatriz ardendo feito brasa, ele se sentou na cama e com dificuldade achou o seus óculos que estavam em sua mesa de cabeceira,ajeitou-os em sua face ,respirou fundo tentando diminuir a dor, e de um pulo se levantou da cama indo em direção a sua escrivaninha.
Sentou-se na cadeira e passou, nervoso, as mãos pelos cabelos arrepiados; por quem iria começar?
Ele sabia que teria de utilizar as palavras certas nos momentos certos, pois era um assunto que tinha consciência de que seria difícil de lidar.
“Ainda mais com aqueles dois!” -pensou - “cabeças-duras do jeito que são vai ser complicado convencê-los...”
Pegou dois pergaminhos e começou a escrever.Primeiro fez o de Hermione, leu e releu a carta diversas vezes, depois de alguns reajustes, ele percebeu que havia ficado boa.

Querida Hermione,

Como andam as coisas?Espero que estejam bem...Aqui eu estou indo, na mesma você sabe, os meus queridos tios e meu adorável primo Duda continuam aquelas gracinhas de sempre.
Meus sentimentos estão divididos...Metade da minha mente saltita alegremente só de pensar que eu, depois que sair dessa casa, nunca mais precisarei voltar!Já a outra está com receio do que possa vir a acontecer no futuro que me aguarda.
Bom, é justamente sobre isso que gostaria de falar com você e com o Ron.Estou mandando cartas para vocês dois porque gostaria de esclarecer algumas coisas.
Mione, você e o Ron são muito importantes para mim...meus amigos,que se mostraram leais e fieis diversas vezes.Sinceramente, eu adoraria não ser o “Eleito”(provavelmente você já percebeu isso).Gostaria imensamente de poder curtir minha vida sem confrontos ou mortes travados por Voldemort,poder ter meus amigos,meus pais e até minha namorada perto de mim sem correrem perigos por minha causa.
Mas, infelizmente isso não é possível.Nasci sendo assim...um bruxo que não tem a vida igual a de todos e que tem que exterminar Voldemort ou ser exterminado pelo mesmo.
Não quero que sinta pena de minha situação, quero apenas que você entenda que tenho motivos para querer a distancia de vocês.
Não faça essa cara...apenas pense...reflita sobre os perigos que vocês irão enfrentar se forem comigo em busca das horcruxes.
Você gostaria que seus amigos,que gosta tanto,corressem perigos absurdos por sua causa?
Bom, é isso...reflita,e eu,espero que use a sua inteligência para escolher o caminho certo Mione,aquele que não se corre perigos.



Abraços,
Harry




Harry pensou que com os argumentos utilizados, talvez ela desse o pé para trás.Agora precisava fazer a carta que seria enviada para Ron.
Depois de várias tentativas e muitos erros ele começou a achar que talvez fosse impossível convencer Ron.Já havia feito vários rascunhos e nenhum convincente na opinião de Harry.
No começo, achou que seria mais fácil de fazê-la do que a de Hermione, mas a sua opinião não era a mesma agora; na verdade não conseguiria dizer qual fora a mais difícil de elaborar.
Após escolher a dedo as palavras e as expressões, Harry suspirou esperançoso e leu-a.

Caro Ron,

Como vai você?Espero que esteja tudo bem.
Nada de novidades por aqui; os meus tios e o Duda continuam os mesmos de sempre, mas para a minha felicidade irei embora dessa casa logo, e o melhor: será para nunca mais voltar!
Estou escrevendo para você e para Hermione, porque necessito conversar com vocês algo muito importante nesse momento.
Ron, eu sempre pressenti que havia algo entre Voldemort e eu, porém não sabia que nos envolvia uma profecia, e que você tem que concordar que é estranha e um tanto assustadora.Para complicar ainda mais essa situação, descobri que Voldemort possui horcruxes e que eu terei que achá-los e destruí-los.
Você deve estar se questionando o por que de minha súbita repetição de todos os fatos que já sabe de cor, mas é que realmente preciso falar para vocês isso.
Queria voltar para Hogwarts, sabendo que a mesma continua sendo segura, ter meus amigos e meus pais por perto; mas realmente não é possível e é sobre essa questão que eu desejo esclarecer algumas coisas á vocês dois.
Você e a Mione são meus melhores amigos, e vou ser bem claro: não quero que mais ninguém que eu goste morra por minha causa, entendeu?
Ron pense mesmo se você quer correr o risco de morrer aos dezessete anos...você e a Mione podem ser poupados,já no meu caso,sou obrigado pela minha própria vida á ir atrás de Voldemort.
Eu não suportaria ver vocês dois sofrerem por minha culpa.
Reflita Ron, e lembre-se: você ainda tem uma vida inteira pela frente.



Abraços
Harry


P.s: como andam todos?E Gina...como ela está?


Após reler umas cinco vezes, dobrou as cartas e se recostou, cansado, na cadeira.Sua cicatriz ainda doía, mas não tão fortemente como quando havia acordado.
Dirigiu-se a gaiola de Edwiges e pegou-a.
A coruja parecia estar chateada com o dono, por que em seus olhos brilhavam uma mistura de raiva e tristeza.Harry ao perceber o comportamento da coruja, tratou de saber o que estava acontecendo.
- Edwiges, o que você tem?-disse o garoto afagando as penas da coruja – por que está assim?
O animal continuou olhando indiguinada para Harry.Depois de pensar em diversas possibilidades de seu bicho estar agindo daquele modo,inclusive o de não passear,ele viu que a gaiola da mesma estava realmente suja.Havia muitas penas e titica do animal.
Tantas coisas estavam acontecendo que, Harry estava cada vez mais absorto em pensamentos sobre os mais diversos assuntos, e conseqüentemente esquecia-se de seus afazeres.
- Ah! – exclamou sem emoção –limparei se você for rápida e entregar isso á Ron e Hermione.
Entregou os envelopes a Edwiges e fez um carinho em seu bico,e a mesma fez um gesto agradecido antes de sair pela janela do quarto e sumir pelo céu escuro daquela noite quente de verão.
Voltou a deitar-se,mas como já era de se esperar,não pode dormir pois sua mente estava a mil.

"Será que eles vão concordar?
Acho que não,viu...
Talvez!Você mostrou para eles que é realmente perigoso!
Mas eles são tão teimosos..."



Definitivamente, não conseguiria dormir.Ele queria estar em paz, tranqüilo e que nada daquilo estivesse acontecendo; queria se sentir seguro e como se nada existisse em volta, assim como sempre sentiu quando estava com Gina.
De súbito, aquele perfume floral adentrou suas narinas, e uma garota de cabelos cor-de-fogo invadiu sua mente.
Harry sentiu saudade do seu lindo sorriso, de abraçá-la, de beijá-la, de tê-la por perto.
Lembrou-se de que havia terminado com ela durante o funeral de Dumbledore, e ao pensar nisso, lembrou-se também que havia perguntado sobre ela na carta de Ron...Não!Ele não poderia ter feito isso!Mas agora Edwiges já deveria estar longe, afinal ela desejava profundamente uma gaiola limpa.
Uma fera – bem conhecida - dentro de Harry rugiu, pedindo a ele que falasse com a garota, que voltasse com ela.
Mas Harry não pode nem pensar por muito tempo naquela hipótese.Ele não queria Ron e Hermione com ele, quanto mais ela, que já fora vitima de Voldemort.
Respirou fundo tentando relaxar e devido ao cansaço, adormeceu com a imagem de Gina abraçada a ele.


N/A.:E ai pessoal??Gostaram??Gent eh a minha primeira fic intaum dá uma amenizada,tá??
Ficou pequenininha mais o segundo cap e o terceiro serão melhores e maiores...
Bjoo
COMENTEM POR FAVOR!!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.