E a guerra começa



Os meninos foram para o quarto logo em seguida. Rony dormiu logo que deitou na cama. Mas Harry não, Harry pensava no dia seguinte, ele estava preocupado, e não era pouco. Se remexia na cama, ficava em todas as posições tentando achar uma mais confortável, só que nada adiantava, então, pegou o mapa do maroto, sentou-se na cama, e começou a folheá-lo.
Nada de anormal, tudo como sempre, Filch e Snape caminhando pelos corredores, cada professor em seu dormitório. Viu Cho Chang e um garoto chamado Edward Clooney praticamente um em cima do outro, na torre de Astronomia.

Como eu pude gostar dessa garota?

Seus olhos se viraram para o dormitório da Grifinória, viu seu nome, e de todos os outros, mas seus olhos se prenderam no nome de Hermione, imóvel ali no mapa.

Não suportaria te perder Hermione...você é tudo pra mim.

Pensando nisso, Harry adormeceu com o mapa em suas mãos.

Harry caminhava em um corredor escuro, parecia que estava em Hogwarts. As luzes da lua que entravam pelas janelas iluminavam um pouco o lugar. Era noite de Lua Cheia.
Havia marcas de mãos, rastros e pingos de sangue no corredor. O moreno começou a ficar preocupado, e agora caminhava mais rápido pelo corredor, foi quando viu uns dizeres na parede, como em seu segundo ano, sujos de sangue.

“Chegou a sua hora, Potter!”

Harry corria pelo corredor escuro, parecia que não acabaria nunca. Olhou em seu relógio, era 02:59 da manhã. Quando seu ponteiro moveu mais um minuto, Harry ouviu um grito. Um grito tão familiar que lhe arrepiou as espinhas. Era o grito de Rony.
O moreno saiu em disparada pelo corredor, sem se preocupar com a pouca iluminação. Chegou a frente de uma porta enorme, não esperou nem mais um minuto e entrou no lugar. Logo de cara viu Rony, sentado no chão com as mãos no rosto chorando como Harry nunca tinha o visto chorar. Mostrava sua dor e raiva no choro, tremia e estava pálido. Harry correu até ele, puxou seu rosto para cima, para poder fitá-lo.

- O que aconteceu, Rony?

O ruivo nada disse, apenas apontou seus dedos trêmulos para o outro lado da sala. Harry se virou lentamente, e a viu. Viu o corpo de Hermione jogado no chão da sala, seu pijama branco completamente sujo de sangue, seus olhos completamente parados fitando o nada, estava branca como leite.
Belatriz Lestrange estava parada até o momento, com a espada de Godrico Grifinória em suas mãos.

- Ohhh, Potter ficou tristinho com a morte da namoradinha?

- SUA DESGRAÇADA! – raiva nunca ficou tão raivoso antes, não pensou duas vezes e lançou um Crucio em Belatriz.

Ela se debatia e urrava de dor.

- POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOTTER! PARE COM ISSO!

- Nem pensar, você vai ter o que merece! – disse Harry debatendo os dentes, tremendo como nunca.

Belatriz não resistiu e desmaiou.




- Harry! HARRY! Acorda! – dizia Simas atordoado. – Harry! Rony sumiu!

Harry abriu os olhos, suado e branco.

- O rony sumiu!

- O QUE? RONY SUMIU? – Harry pegou o mapa do maroto e saiu correndo para o lado de fora.

Gritou para Simas avisar a Professora Minerva que a guerra havia começado e foi á busca.
Corria enquanto olhava no mapa o nome de seus melhores amigos. Estavam parados no mesmo lugar, com o nome de Belatriz andando de um lado para o outro. Não se preocupou com os outros nomes de comensais que havia no mapa, seguiu para o corredor que dava a sala onde os dois estavam.
Chegou no lugar, estava exatamente como no sonho. Harry olhou rapidamente para o relógio. Era 02:55, tinha apenas cinco minutos para salvar Hermione. Corria como nunca, e logo chegou à porta. Abriu-a com toda força. Lá estavam eles, Rony e Hermione. Rony preso em correntes perto da parede, e Hermione deitada no chão. A diferença é que ela não estava suja de sangue.

- Ora, ora, ora...até que você demorou para bancar o herói, não Potter?

- Solte ele! O que você fez com ela? – disse Harry com uma raiva que nunca havia sentido antes. Tremia e seus dentes se debatiam fortemente. Seu coração batia tão rápido, que chegava até a doer.

- Apenas lancei um feitiço extremamente poderoso e a deixei em coma, e quanto a ele, deixa ele ali, não vai fazer nenhuma diferença.

Belatriz estava alucinada, alienada, louca. Ria por qualquer coisa, parecia bêbada, só que estava sã.

- Sua vez de sofrer, Potter! CRUCIO!

Harry bloqueou o feitiço de tal maneira, que o feitiço caiu sobre o feiticeiro, tamanha era a raiva e o ódio que sentia. Belatriz se debatia e gritava de dor, não agüentou e desmaiou, a espada de Godrico caindo sobre o mármore do chão, fazendo um barulho tão alto, que doeu até os ouvidos. Harry não esperou mais nada, correu até Rony, lançou um “Bombarda” nas correntes e tirou o lenço que havia em sua boca.

- Harry, precisamos tirá-la daqui!

Harry foi até Hermione, passou a mão na testa da morena, estava gelada. Pegou em sua mão e disse:

- Hermione, meu amor...por favor, resista. Não sei viver sem ter você. – pegou a mão fria da garota e a beijou. Ouviu o som de alguma coisa caindo, percebeu que caiu da mão de Hermione. Eram duas correntinhas de ouro, com um coração partido ao meio, no qual cada metade estava em uma correntinha, elas seu uniam perfeitamente. Atrás de cada metade havia um H desenhado. Harry colocou uma correntiha em Hermione, colocou a dele no bolso, a pegou no colo e seguiram para o corredor.

- Harry, onde vamos deixá-la?

- Na sala Precisa, vamos!

Quando chegaram no sétimo andar, olharam para baixo e viram comensais lutando com alunos, correria e clarões de feitiços para todos os lados.

- Não temos tempo a perder! Pense em uma sala boa para ela ficar Rony, rápido!

Rony pensou, e eles entraram em uma sala confortável com uma cama no centro. Harry a colocou na cama lentamente, como se ela fosse uma peça de porcelana, que quebraria com um toque mais forte.

- Eu te amo, Mione. – disse Harry com lágrimas nos olhos. – Você vai voltar pra mim, eu sei disso. A gente vai se casar e ter muitos filhos, vou vencer essa guerra por você!

E saíram.





Belatriz cambaleava pela sala, se apoiando nas paredes.

- Dessa você não escapa, Potter!



Harry e Rony corriam com as varinhas em punho. Iam em direção da sala de Madame Pomfrey para avisá-la que Hermione estava em perigo. Isso é, se ela estivesse lá.
Alunos, comensais e professores lutavam por todo canto da escola, haviam muitos feridos ali, tanto alunos, como comensais. Alunos eram carregados para o Grande Salão, Madame Pomfrey devia estar lá.

- Vamos para o Grande Salão, Rony!

Rony não respondeu.

- Rony! – Harry se virou. – Seu amigo estava parado, imóvel, olhando fixamente para a luta que estava ocorrendo na sua frente. Era Luna, lutando com Dolohov, e parecia que ela estava perdendo, machucada, saindo sangue de um corte na sobrancelha.

- Eu vou ajudá-la, Harry. Pode ir. – e seguiu para a luta junto com sua namorada.

Harry saiu correndo para o Grande Salão, entrou no lugar e viu Madame Pomfrey em um canto, com vários alunos feridos. Cho Chang estava do seu lado, ajudando com algumas coisas.

- Madame Pomfrey! – disse Harry ofegante. – É urgente!

- O que foi, Potter?

- É a Hermione, ela está em coma....por favor, me ajude....por favor... – dizia Harry desesperado, suplicando para a senhora.

- MEU MERLIN! Cho! Cuide deles, esses ferimentos não são tão graves, enquanto eu vou buscar a Srta Granger.

Harry e Madame Pomfrey saíram em direção da onde Hermione estava.

- Onde ela está, Potter?

- Na Sala Precisa...

- Onde é isso, jovem?

- No sétimo andar, não há tempo para explicações...

Chegaram ao local, Harry logo pensou no lugar em que Hermione estava, entraram no quarto e a enfermeira seguiu rapidamente pra onde a morena estava.

- Meu Merlin...o que foi que aconteceu com ela?

- Belatriz Lestrange lançou um feitiço nela, não sei qual foi...ela não disse...

- Potter! Eu não tenho nenhum recurso aqui!

- É só você imaginar, que aparece tudo o que você quiser aqui...apenas faça isso, depois eu explico.

Madame Pomfrey examinou Hermione. Pegou sua varinha e colocou no pulso dela, a ponta ficou vermelha.

- Isso não é bom sinal, Potter.

- Não! Por favor, por favor – dizia ele em lágrimas – faça ela melhorar....por favor.

A enfermeira olhou com carinho para o garoto, admirou o tanto que ele a amava, não se conseguia homens assim nos tempos de hoje.

- Com certeza vou conseguir, Potter. Mas é um processe lento, e talvez ela não resista aos medicamentos...- antes que ele começava a falar alguma coisa ela disse – mas farei de tudo para salvá-la.

- Obrigado, muito obrigado...

- Agora vá Potter! Tenho muito o que fazer, e você tem uma escola para salvar!

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