Um Elfo Detalhista
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– CAPÍTULO VINTE E QUATRO –
Um Elfo Detalhista
Plock!
Era uma cena grotesca que Harry já havia presenciado uma vez. Em meio a uma confusão de caçarolas, conchas e tachos de bronze, estavam dois elfos se engalfinhando, um deles era velho conhecido de todos, Monstro. O outro, parecia um palhaço vestido como um goleiro de Hóquei no gelo.
– Dobby! Como você chegou até aqui? – Perguntou Harry, perplexo.
– Vocês conhecem esse... Esse... Elfo ricamente vestido? – Perguntou Arthur, mal contendo o riso.
– Sr. Harry Potter! Sai para lá, seu ingrato! Não toque em Dobby ou Dobby irá... Oh, Sr. Potter, Dobby viu Monstro se ausentar de Hogwarts, Dobby sabia que Monstro não ia fazer boa coisa, Dobby tinha que segui–lo para o seu mestre!
– Esse verme traidor do sangue não é mestre de Monstro!
Monstro parecia estar guinchando preso à Dobby, de alguma forma. Pela confusão lanosa, não dava para ter certeza se por magia ou se estava amarrado por uma meia.
– Cale– se por ora, Monstro!
Como Monstro pareceu calar– se, apesar de não demonstrar a mesma fúria com que fez isso na sala dos Dursleys, Harry tranqüilizou – se.
– Agora nos conte o que está acontecendo, Dobby. – Disse gentilmente Hermione.
– Dobby viu esse verme ingrato fugindo de Hogwarts. – Começou Dobby guinchando.
¬– Como? Elfos não podem fazer coisas do tipo sem permissão do dono! – Ergueu– se Arthur confuso.
– Senhor esse elfo é um pouquinho detalhista no que concerne interpretar ordens de seu mestre. – Disse Hermione querendo defender Monstro, que nesse momento dará um soco em Dobby.
– Pouquinho detalhista? – Exclamou Rony rindo.
– Sim Dobby continue. – Lupin já estava ansioso.
– Então, Dobby seguiu Monstro, ele foi para aquela casa terrível em Hogsmeade, aquela...
– A casa dos gritos? – Perguntou Molly assustada.
– Essa mesmo, aí Dobby viu Monstro falar com aquela comensal Lestrange, ela tava dando alguma ordem para Monstro...
Nessa hora Monstro começou a se debater e a guinchar feito um louco.
– A Sra. Black ela sim , é a verdadeira Senhora de Monstro, Belatriz Lestrange, não esse... Traidor do próprio sangue.
Rony tentou segurar Monstro e Harry gritou rapidamente.
– Quieto Monstro! – Ele estava se enfurecendo cada vez mais com o Elfo, se ele estivesse seguindo ordens de Belatriz... – Vamos, diga Dobby, o que foi que Belatriz disse para o Monstro?
– Dobby não conseguiu ouvir tudo muito bem, Sr. Harry Potter, mas ela queria que Monstro vasculhasse a casa da tia e levasse algo para ela... Aquela bruxa má, sim, muito má é o que ela é! – Dobby chacoalhava– se enquanto Monstro guinchava tentando se desvencilhar, enfurecido.
Harry olhou a parede de pedra, pensativo. Lupin o observava, com certa ternura e emoção no olhar. Já não era o garoto que lhe pedira para ensinar a conjurar o patrono, a maturidade estava o alcançando e a responsabilidade de suas decisões já começavam a lhe pesar as têmporas, definindo suas feições. Lupin suspirou e se entregou às próprias lembranças, olhando o chão.
– Monstro, ordeno que diga o que Belatriz quer que você entregue para ela. – Disse Harry calmamente, se afastando para a sombra sob o arco da viga da cozinha, e sussurrando algo à Hermione, que saiu depressa. Virou– se e encarou Monstro. O reflexo do fogo da lareira brilhava em seus óculos. Harry sabia que agora teria que ser muito cuidadoso e para conquistar o respeito e a temeridade de Monstro, não bastaria ser rabugento como seu padrinho nem simpático como Dumbledore. Ele já sabia o que fazer.
– Um retrato, um retrato dos Black que não traíram o próprio sangue. Uma recordação da tia...
O rosto rugoso de Monstro esboçou um sorriso maldoso, enquanto os demais observavam. McGonagall acabara de entrar na cozinha, seguida de Hermione, saudando a todos e retirando sua capa, ela parou repentinamente ao ver os dois elfos emaranhados. Molly fez sinal, oferecendo uma cadeira e pedindo a capa de viajem enquanto Hermione estendeu o objeto secretamente na mão de Harry.
Harry, ainda sob a sombra, sorriu e repetiu a última frase de Monstro. Ele abriu lentamente a mão e deixa escorregar um camafeu que brilhava ao fogo da lareira, balançando.
– Não seria esta a recordação, Monstro? – Disse ele suavemente.
Os olhos de Monstro arregalaram– se e este pareceu engasgar. Harry guardou a Horcrux falsa no bolso e caminhou até Monstro. Todos observavam em silêncio, quando Harry se abaixou na frente do elfo, que agora estava tremendo:
– Monstro... – Continuou calmamente. – Eu lhe ordeno que vá encontrar com Belatriz. – Ouviu– se murmúrios pela sala, McGonagall se empertigou na cadeira, mas ninguém interrompeu. – E lhe diga que você não cumpriu o seu pedido. Diga– lhe somente isso, e nem mais uma palavra, guincho, gemido ou... Ou qualquer outra comunicação com ela. E volte para cá imediatamente, isso eu não precisaria nem ordenar, você não iria gostar do que ela tentará fazer com você, mas me desobedeça e enviarei a sua cabeça como lembrança da família Black àquela doce e gentil senhora a quem você sempre quis servir, satisfazendo o seu desejo e o dela.
Hermione levou a mão à boca, chocada, enquanto Rony estava de boca aberta e Moody exibia satisfação no rosto, compartilhada pelos gêmeos. Os demais estavam atentos e perplexos. Dobby então, que parecia triste e chocado, desamarrou uma das meias do tornozelo do Monstro, que desaparatou, ainda trêmulo.
– Dobby... – Interrompeu Harry, às vozes que perguntavam agora o que tinham presenciado. – Você tem certeza que ele se foi? – Dobby apenas balançou a cabeça, olhando para o chão, então Harry continuou: – Eu já mas farei nada disso, Dobby. Eu agi assim para Monstro ficar com medo, eu precisava ter certeza do que ele estava procurando. Você está nervoso, sente– se perto do fogo e tome um... Um... Bem...
Harry esfregava os cabelos. Nunca oferecera nada a um elfo, não tinha a menor idéia do que eles gostavam de beber.
– Chá, senhor, Dobby toma chá. – Hermione se adiantou e foi preparar o chá para Dobby, ainda abatido.
Harry cumprimentou a professora Minerva, e fez sinal para que sentassem à mesa, que ainda estava posta.
– O que é esse colar que Belatriz quer? – Perguntou Molly.
– Não é esse colar. Esse é parecido. Quando ele falou lembrança, eu entendi, e pedi à Mione que o buscasse. Eu queria uma confirmação, mas já que Monstro não o escondeu, temos que achar Mundungus.
– Ele não deve ser tocado! – Exclamou Hermione.
– Exatamente. Estejam preparados para isso. Esse colar não deve cair em mãos erradas, ele é um... Uma alma. – Disse Harry pensando no esforço em vão na caverna.
– Mas Mundungus passou para o outro lado! Se ele roubou o colar, Bela não pediria a Monstro.
– Eu não teria tanta certeza, Remo, é capaz dele nem saber que guarda algo tão valioso. – Exclamou Moody.
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