Sanidade



Os corredores de Hogwarts ressoavam com os passos dos alunos, que caminhavam para suas aulas apressadamente. Corvinais, grifinórios, sonserinos e lufa-lufas misturavam-se numa turba alegre e barulhenta.

Severo meneou a cabeça. Barulhenta, com certeza, mas alegre... Algum desavisado poderia pensar que via naquele infernal trânsito de alunos uma cordial troca de experiências. Mas ele enxergava ali ecos de sua própria juventude.

- Aquele sangue-ruim imbecil...

- Sonserinos idiotas...

- Deviam acabar com toda essa escória...

- Eles deviam ser proibidos de freqüentar a escola! Ninguém percebe que todos eles são bruxos das trevas em potencial?

- É realmente uma pena que o Lorde...

O professor parou no meio do corredor, piscando os olhos com força. Teria imaginado aquilo ou realmente... Suspirou, fechando a porta de sua sala e voltando a atenção para os frascos que os alunos tinham deixado sobre sua mesa antes de sair.

Tantas recordações... Às vezes se perguntava se ter ficado em Hogwarts fora uma boa idéia. Talvez, se tivesse ido para longe, pudesse ter esquecido de tudo o que acontecera. Todas as escolhas erradas que fizera.

Talvez até pudesse afinal dormir sem ser assombrado pelo passado em seus pesadelos.

Ele se sentou junto à mesa, fechando os olhos, escondendo o rosto nas mãos. Detestava sentir-se tão fraco como se sentia naquele momento. Detestava o fato de que a simples lembrança da infeliz moça que conhecera nas masmorras do Lorde o fazia lembrar-se que era, afinal, humano.

Dorcas Meadowes. O que teria acontecido se ela não tivesse sido assassinada? Ele teria começado a trabalhar para Dumbledore? Teria se dado uma chance, uma derradeira chance de felicidade?

Severo respirou fundo, levantando-se ao mesmo tempo em que a porta da masmorra era entreaberta por mais uma leva de alunos. Ele deu um sorriso frio para os sonserinos que agora penetravam em sua sala.

Era hora de fazer aquilo que ele fazia de melhor...

Representar.


--------------------------------------------------------------------------------



09 de janeiro de 1978

'- Creio que está honrado com o presente de aniversário que o Lorde lhe deu, Snape. – uma voz cínica soou no alto da escadaria que descia até as masmorras – Guardião das chaves... Parece-se muito com o título do imbecil do Hagrid, não?

Severo levantou a cabeça, seus olhos encontrando-se com as orbes azuis de Bellatrix Black.

'- Veio também me felicitar, Black? – ele perguntou, voltando a atenção para o estojo de poções que ele organizava antes da comensal entrar.

Bellatrix apenas sorriu, içando o corpo para cima, a fim de se sentar sobre a mesa onde os pertences do rapaz estavam espalhados.

'- Não pense que o mestre o desconsidera, Snape. Essa masmorra é apenas um teste. Prove que está à altura de servi-lo, e o Lorde o colocará em seu devido lugar. – ela jogou a cabeça para trás antes de encará-lo - O título de Mestre de Poções o agrada?

Ele a observou com cuidado.

'- O fato de não participar de suas maravilhosas diversões com trouxas, Black, não significa que não tenho sangue frio o suficiente para servir entre os comensais.

Uma gargalhada fria ecoou pela masmorra. Bellatrix levantou-se, ainda com a sombra do riso nos lábios.

'- Perdoe-me, Snape, eu me esqueci do seu amor pela sutileza... Sabe, você seria um excelente espião. Mais do que ninguém, você consegue esconder suas emoções por trás de uma máscara de frieza e sarcasmo. Mas o Lorde não se deixa enganar por essa máscara, meu caro.

'- O que quer dizer afinal, Black?

Ela deu as costas a ele, começando a subir as escadarias novamente.

'- Que esses não são tempos seguros para demonstrar compaixão. – ela respondeu simplesmente – Você tem se controlado admiravelmente, Severo Snape. Mas isso não é o suficiente. Jamais será o suficiente até que você seja capaz de dar seu próprio sangue por nossa causa.

Bellatrix deixou as masmorras e Severo viu-se novamente sozinho, imerso em pensamentos.

O que ela quisera dizer? O que exatamente aquelas palavras significavam?

Com um suspiro profundo, ele deixou a masmorra, aparatando para o pequeno apartamento em que vivia. Deitou-se ainda vestido e ficou observando o teto. Acabou adormecendo, embalado pelo silêncio.

Horas depois, acordou assustado, sem saber o porquê. Até que vigorosas batidas na porta o fizeram levantar-se de um pulo.

Teriam-no descoberto? Impossível. Se fosse algum auror, certamente não estaria batendo à porta – já teria arrombado a entrada há muito. Respirando fundo, ele girou a chave na fechadura, abrindo passagem para que outro rapaz entrasse.

'- Boa noite, Snape!

Severo estreitou os olhos encarando Travers. O outro comensal fora seu colega em Hogwarts e eles tinham entrado para o serviço do Lorde quase na mesma época. O loiro apoiou-se na parede, sorrindo, enquanto encarava o dono da casa.

'- O que está fazendo aqui, Travers? – Severo perguntou, ainda segurando a porta aberta, franzindo o cenho ao sentir o cheio de álcool que vinha das roupas do outro comensal.

'- Bem, eu estava passando e pensei, porque não convidar um velho amigo para uma pequena diversão esta noite? E, bem, cá estou eu.

Severo suspirou. Travers estava completamente bêbado. Não podia simplesmente mandá-lo embora. Se Travers fizesse alguma besteira, ele também poderia ser responsabilizado por não ter feito nada. E se o Lorde já não estava muito contente com ele...

Vestiu um sobretudo rapidamente e acompanhou Travers, que, embora cambaleasse um pouco, parecia estar bem consciente do que queria. Os dois comensais caminharam por várias vielas escuras até chegar a um casarão não muito longe do Ministério.

'- Cá estamos... Vamos fazer uma visita simpática ao Crouch! – Travers disse, sorrindo como um louco e tirando a varinha das vestes.

Severo arregalou os olhos. Ouvira bem? Travers queria atacar Bartolomeu Crouch, um dos membros mais influentes do Ministério e isso a poucos passos do quartel-general de aurores!

'- Você enlouqueceu? – ele sibilou, e, embora estivesse exasperado, sua voz não passava de um sussurro.

'- O que foi, Snape? Está com medo? – Travers riu alto, chamando a atenção dos poucos passantes que estavam na rua àquela hora.

O moreno mordeu os lábios, voltando-se para a casa dos Crouch. As luzes do primeiro andar estavam agora acesas. A risada de Travers certamente chamara a atenção dos moradores.

'- Vamos embora agora.

'- Mas é claro que não! Eu ainda não me diverti!

'- A diversão foi cancelada, seu idiota. – Severo tirou a varinha do bolso e apontou para o companheiro – Estupore!

O corpo de Travers bateu contra a porta dos Crouch. Severo rapidamente vistoriou suas próprias roupas até encontrar um frasco vazio.

'- Portus. – ele murmurou, tocando o frasco e guardando a varinha.

Passos ecoavam do lado de dentro da casa. Severo rapidamente puxou a mão de Travers, fazendo com que ele envolvesse o frasco com ela. E, no exato momento em que Bartolomeu Crouch abria a porta, eles desapareceram...

...e reapareceram diante do mais temido dos bruxos das trevas. Lorde Voldemort.

'- Snape? – a voz melíflua do Lorde perguntou, observando-o com curiosidade.

Severo inclinou-se, largando Travers de qualquer maneira no chão.

'- Milorde.

'- O que aconteceu?

O rapaz mordeu os lábios de leve. O que Voldemort diria quando soubesse que impedira um comensal de matar uma das mais influentes famílias de bruxos que se opunham a ele?

E se o próprio Voldemort tivesse ordenado o ataque?

Ignorando essas perguntas e o peso que existia agora em seu estômago, ele se forçou a encarar o outro bruxo.

'- Travers estava bêbado. Ele tentou atacar a casa dos Crouch, próxima ao Ministério.

Severo se calou, esperando por uma resposta. Teve apenas silêncio. Ele voltou a baixar a cabeça quando Voldemort levantou-se. Seria torturado agora. Talvez morto. O rapaz se surpreendeu ao perceber que isso não importava. Ele não estava nervoso com a proximidade da morte.

Na verdade, ele parecia estar provocando-a, tentando fazê-la lembrar-se dele... Tentando fazer com que ela o levasse.

- Enervate.

Ele rapidamente levantou a cabeça enquanto Travers soltasse um esgar de dor. Voldemort sorriu, apontando a varinha para o corpo do comensal.

- Crucio.

O peso no estômago voltou, enquanto Travers gritava, contorcendo-se em meio à tortura. Mesmo sentindo vontade de vomitar, Severo obrigou-se a continuar impassível, apenas observando o espetáculo.

Quando Voldemort finalmente parecia ter se satisfeito, ele deu as costas aos dois comensais, guardando a varinha, um sorriso frio nos lábios finos.

'- Leve-o para as masmorras. Que ele tenha muito tempo para refletir sobre agir sem minhas ordens.

Severo assentiu e, quando fechou a cela e observou o outro rapaz caído no chão, incapaz de se mover sem soltar uma exclamação de dor, ele se sentiu estranhamente realizado. Como se sua consciência lhe agradecesse por ter impedido que, pelo menos por aquela noite, uma família dormisse em paz.


--------------------------------------------------------------------------------


Soprava um vento frio, e as muitas árvores que povoavam o cemitério balançavam-se ao sabor dele, tocando com suas ramagens as lápides frias. O portão de ferro soltou um longo e triste rangido quando ele forçou sua entrada.

Há muitos anos que aquele lugar não era visitado. Com a queda de Voldemort, as pessoas pareciam querer se esquecer de todos aqueles nomes que adornavam os túmulos de mármore e granito. Esquecer os nomes e as histórias de cada um daqueles que tinham tido coragem suficiente para se levantar contra o Lorde das Trevas.

Ele caminhou lentamente por aquela floresta da morte, observando os epitáfios gravados em ouro sob as fotografias já amarelecidas pelo tempo.

“Há uma coisa tão inevitável quanto a morte: a vida. Em memória de Gideão e Fábio Prewett”.

“Um homem nunca sabe aquilo de que é capaz até que o tenta fazer. Edgar e Camille Bones”.

“Pobre é o amor que pode ser descrito. Na vida e na morte, Lílian e Tiago Potter”.

Ele sorriu ironicamente. A julgar pelas frases escritas, nenhum dos mortos estava realmente sozinho em seu túmulo. Finalmente, parou diante de um túmulo onde uma jovem sorridente acenava da fotografia já desbotada.

Severo aproximou-se mais um passo da lápide e passou os longos dedos pela fotografia. O nome dela estava quase descascado, mas, mesmo sem ler, ele sabia exatamente quem estava ali. Dorcas Meadowes.

"À liberdade acima de tudo: eis meu lema e por ele viverei e morrerei". - ele leu em voz alta o epitáfio da moça de olhos tristes.

Olhos tristes... Mesmo que na imagem ela sorrisse, ele se lembraria eternamente dos olhos brilhantes dela – olhos de quem perdeu a inocência, a vontade de viver...

Ele suspirou, aparatando. Já perdera tempo demais ali.


--------------------------------------------------------------------------------


19 de dezembro de 1978

Severo respirou fundo enquanto ouvia os gritos dos prisioneiros que estavam no calabouço. Era sempre assim: eles começavam gritando, o medo e o desespero visíveis e depois, se calavam. Azkaban também era assim. Só que nas masmorras do Lorde das Trevas só existiam inocentes.

Lentamente ele caminhou por aqueles seres que um dia tinham sido chamados de humanos. O lugar todo fedia e aqueles que já não estavam em completa apatia o olhavam num misto de desprezo e pedido de piedade. Ele parou diante de uma das últimas celas, onde uma mulher estava sentada em silêncio, sozinha.

Os cabelos desgrenhados caíam sobre a face suja e ela já respirava com dificuldade. Tinham-na trazido há pouco tempo, mas o rapaz tinha quase certeza que ela não duraria muito. A moça levantou a cabeça levemente ao ouvir os passos dele, mirando-o com os olhos de um castanho esverdeado tristonho. Como se fosse falar algo, ela abriu a boca, mas, em seguida, voltou a baixar a cabeça.

Severo observou-a em silêncio antes de passar a outra cela em que um homem forte o olhava com evidente desprezo. Os dois se entreolharam por alguns instantes antes do primeiro enfiar uma chave na grade de ferro, abrindo-a.

'- O Lorde o perdoou, Travers. Saia logo antes que eu decida esquecer as ordens dele e deixe você apodrecendo aí.

O outro comensal não pestanejou, saindo praticamente correndo daquele inferno. Severo voltou a trancar a cela e parou de novo diante da moça de olhos tristes. Ela não se mexeu dessa vez, nem ele desejou que ela assim o fizesse. Finalmente ele deu as costas a ela, saindo do calabouço, a cabeça estranhamente pesada.

Naquela noite, quando estava dormindo, Severo acordou suado em seu quarto, sentindo a cicatriz em seu braço queimar. Voldemort estava chamando. Imediatamente o rapaz se levantou, vestindo-se apressadamente para depois aparatar, reaparecendo no grande salão onde vários comensais já se encontravam. Ele observou o Lorde conversar apressado com Bellatrix. Qualquer que fosse o assunto daquela reunião, ele já estava muito atrasado.

O olhar arguto de Severo percorreu o salão muito rapidamente, fixo em um comensal que escapulia sorrateiramente. Travers. Ele sentiu um arrepio de ódio e seguiu o outro comensal, passando igualmente despercebido por todos que estavam no salão.

Silenciosamente eles desceram escadarias, Travers um pouco mais à frente, sem saber que era seguido, até chegarem às masmorras do Lorde das Trevas. Severo observou-o parar diante da cela da jovem de olhos tristes.

'- Olá, Dorcas Meadowes.

A jovem levantou a cabeça silenciosamente. Snape, mesmo de longe, podia perceber o brilho de ódio que havia nos olhos dela. Travers riu ruidosamente, abrindo a cela e aproximando-se da moça.

'- Sabe, Dorcas, eu estava a fim de ter um pouco de diversão hoje à noite. - ele abaixou-se até ficar no nível dela, que estava encolhida, sentada no chão, deixando-a perceber que estava completamente bêbado - E já que fomos quase namorados...

Ela cuspiu no chão antes que ele pudesse aproximar-se o suficiente.

'- Não sabe como me arrependo de ter aceitado ir ao meu último baile com você, seu monte de m...

O comensal riu, segurando-a com força pelo queixo.

'- Você costumava ser mais limpa, Dorcas, mas assim mesmo há de servir.

Com violência, Travers tomou os lábios dela entre os seus. Na escadaria da masmorra, Severo segurou com força sua varinha.

- Everte statum! - a voz dele soou.

Travers foi jogado contra a parede. A varinha escapou de suas mãos e, antes que ele pudesse se levantar, Dorcas estava diante dele, a varinha em punho, os olhos brilhando.

'- Avada...

Severo segurou o pulso dela e apontou a própria varinha para a testa de Travers.

'- Se fizer isso, vai acabar se arrependendo. - ele disse para ela com a voz rouca, os olhos presos aos dela.

'- Você vai se arrepender por isso, Snape. - Travers disse, os dentes rilhando.

'- Não se você não se lembrar, bêbado idiota. - o outro comensal observou com um sorriso sarcástico - Obliviate!

Um jorro de luz atingiu a cabeça de Travers, que ficou com o olhar perdido, acabando por desmaiar. Dorcas puxou o pulso com violência da mão do ex-sonserino.

'- Porque me ajudou?

'- Eu não gosto dele. - Severo respondeu, dando de ombros - E ninguém mexe com os meus prisioneiros. Corra até as escadas. Dali poderá aparatar.

Dorcas olhou-o espantada por alguns instantes.

'- Obrigada. - ela sussurrou antes de se levantar, desaparecendo na curva das escadarias.

Das outras celas começava a se levantar um murmúrio. Severo apontou para Travers com a varinha, fazendo-o levitar. Antes de sair, ele mexeu numa caixa onde dezenas de vidros guardavam líquidos coloridos. Suas queridas poções. Ele escolheu um vidro azulado e, quando chegou à porta que saía das masmorras, fez o corpo desacordado do outro comensal passar e jogou o vidro escadaria abaixo, fechando a porta em seguida. Lá embaixo, o vidro se partiu, deixando um vapor azulado escapar para as celas cheias de prisioneiros.

Sabia que aquilo poderia lhe render bem mais que um castigo. Mas para que se importar? A morte lhe seria muito bem-vinda. Se o Lorde não acreditasse quando dissesse que Travers deixara uma prisioneira fugir enquanto estava bêbado e que, acidentalmente, deixara cair um frasco de veneno na masmorra... Ele certamente ganharia um quarto no último círculo do inferno.


--------------------------------------------------------------------------------


Dor... Sua cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento... O corpo parecia clamar por misericórdia enquanto sentia os espasmos causados pelo feitiço.

- Crucio! – a voz de Voldemort voltou a soar, enquanto um brilho de prazer surgia nas orbes vermelho-sangue do homem.

Seu estômago dava voltas, enquanto a marca negra queimava como se tivesse sido marcada a fogo naquele exato instante. O coração batia descompassado e ele sentiu gosto de sangue na boca. Não suportaria muito mais...

- Não, você não deve morrer agora... Não ainda... Não até que grite e implore por sua vida...

Ele fechou os olhos, tentando ignorar a cena que se desenhava à sua frente. Bellatrix parecia estar se divertindo imensamente com as caretas de dor que Dorcas fazia. As risadas dela ecoavam sinistramente por todo o casarão, preenchendo as sombras da noite.

Severo acordou assustado. Tinha sonhado de novo com a morte dela, como se estivesse assistindo e como se a dor que ela sentia fosse a sua própria. Nos últimos tempos, isso estava acontecendo com uma freqüência assustadora. E ele temia descobrir o que isso significava.

Levantou-se, deixando o confortável quarto e entrando em seu escritório. Hogwarts estava em silêncio. Um silêncio pesado, vazio, quase enlouquecedor.

Sentou-se à mesa, observando as carteiras onde os alunos costumavam se sentar. O que aqueles pesadelos significavam? Estaria vendo uma cena real ou aquilo era apenas produto de sua imaginação, de sua insanidade?

Ele respirou fundo. Alguma coisa lhe dizia que muito em breve iria rever aqueles personagens.

Tempos negros se aproximavam.


--------------------------------------------------------------------------------


Muito bem, aí vocês têm capítulo novo. Para compensar o tamanho do capítulo passado, esse aqui saiu com a metade do tamanho... Mas eu gostei. Espero que tenham gostado também.

As frases nas lápides são, respectivamente de Charles Chaplin, Charles Dickens e William Shakespeare. A última, eu acho, é de Darcy Ribeiro, mas não consigo me lembrar com certeza... Quando eu estava escrevendo, ela simplesmente me veio à cabeça.

Mas me deixem mudar de assunto antes que eu comece a chorar... No próximo capítulo, começaremos a reta final de DA, os últimos quatro anos antes de Sirius fugir de Azkaban. As lembranças tendem a se tornar mais e mais opressivas... Desconfio que receberei muitas ameaças de morte até postar o epílogo dessa história...

Beijos!

Silverghost.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.