O confronto final



N/A: Como a fic é pós-hog, nada estranho em começá-la com o último duelo entre Harry e Voldemort...

BANG!!
As portas do salão de Entrada de Hogwarts se escancararam, e por ela, entrou Harry Potter, varinha em punhos, apontando para alguém que estava virado para as escadarias de mármore que levavam aos andares superiores do antigo castelo da escola, que agora estava fechada. O bruxo que ali estava, contemplando com um sorriso no rosto as paredes do castelo, virou-se e os olhos profundos e vermelhos de Lord Voldemort se encontraram com os de Harry Potter.
- Olá Harry. – disse Voldemort. – Imaginei que chegaria em breve.
- Olá Tom. – disse Harry, e o sorriso de Voldemort tremeu um pouco a menção de seu nome real. – Não posso dizer que é um prazer revê-lo em sua versão mais podre!
- Corajoso como sempre. – disse Voldemort, seu sorriso voltando ao normal. Agora, ele começou a andar pelo salão, com as mãos para trás, mas a ponta de sua varinha era visível para fora da capa negra que Voldemort vestia. – Mas vamos logo com isso.
- É. Eu concordo. – disse Harry, confiante, já que sabia que podia derrotar Voldemort. Ele tinha consciência de que agora ele e seu maior inimigo lutavam de igual para igual. Decidiu então começar o show que ele preparara. – Você me trouxe até aqui, Voldemort, porque achou que poderia armar uma armadilha e me prender aqui, já que nos terrenos de Hogwarts não é possível de se aparatar ou desaparatar. Mas o feitiço virou contra o feiticeiro. Você acha que não pode ser morto por mim por causa dos seus Horcruxes, mas para a sua infelicidade, suas horcruxes já não existem mais, o que faz deste nosso encontro, uma armadilha para você!
- Isso é impossível! – disse Voldemort, seu rosto uma mistura de fúria e desespero. – Você não pode ter destruído todos os meus horcruxes. Não teria como você saber...
- Ah não é? – disse Harry. Então puxou de um bolso interno das vestes o anel de Slytherin que Dumbledore destruíra e deixara-o cair no chão ao seu lado. Depois puxou a taça de Hufflepuff e deixou que ela também caísse, rolando ao lado do anel. Em seguida veio a pena dourada de Ravenclaw, e logo após o medalhão falso de Slytherin. – A propósito, esse medalhão não era um horcrux verdadeiro. Um tal de R.A.B. roubou o verdadeiro e o destruiu. Essa sigla te lembra alguém?
- Não é uma sigla. – disse Voldemort, apavorado.
- Não? O que seria então?
Voldemort ficou em silêncio por vários segundos, olhando para as portas ao redor do Salão de Entrada. Então mudou de assunto.
- Como conseguiu entrar na Câmara Secreta e destruir a pena de Ravenclaw? – perguntou Voldemort, e Harry sabia que ele estava tentando arrumar tempo, planejando qual seria o seu próximo passo. Ele fora até ali pensando em amedrontar Harry, mas no fim, o que acontecera fora o completo oposto.
- De alguma forma, quando você me atingiu com o feitiço Avada Kedavra quando eu tinha 1 ano de idade e eu não morri, você transmitiu alguns de seus poderes para mim. Desde criança posso falar a língua das cobras por sua causa.
- Isso é impossível! – brandiu Voldemort, incapaz de acreditar que tudo aquilo estava acontecendo. – Eu não cometeria tal erro!
- Então como pode a pena de Ravenclaw estar caída aqui ao meu lado, rachada ao meio?
- Não é a pena verdadeira! – retrucou Voldemort.
- Você está sendo estúpido, Voldemort. – disse Harry, totalmente no controle agora. – Sabe que eu não estaria aqui esta noite se esta não fosse a pena verdadeira. A Ordem da Fênix não teria se juntado aos aurores do ministério e eles não estariam lá fora hoje a noite, duelando até a morte contra seus capangas!
Voldemort iniciou então um silêncio que durou vários segundos. Ele analisava as suas alternativas empunhando a varinha.
- Me pergunto quando foi que você escondeu a pena lá na Câmara. Você ainda estava estudando em Hogwarts quando criou este horcrux? – perguntou Harry.
- Não, este foi bem depois. – respondeu Voldemort. – Aproveitei uma visita que fiz a Dumbledore para esconder o horcrux. Só precisei dar uma ida no banheiro, ninguém desconfiaria...
- Aquela visita em que você implorava por um emprego a Dumbledore?
- Nunca implorei nada em minha vida! – retrucou Voldemort, irritado. Harry riu, e continuou a falar:
- Sabe, também não foi muito sensato de sua parte mandar Nagini se esconder na Floresta Proibida. – disse Harry, levantando a varinha, pois a qualquer momento agora, Voldemort podia atacar. – Eu tenho muitos contatos na floresta, e você...
- Crucio! – gritara Voldemort, interrompendo Harry, que deu um largo salto para o lado para não ser atingido pelo feitiço.
- Estupefaça! – gritou ele, mas Voldemort desviou o feitiço facilmente, com um simples brandir de varinha.
- Não seja ridículo, Potter! – gritou ele. – Você pode ter destruído meus horcrux, mas não pode me derrotar em um duelo justo de homem para homem! Avada Kedavra!
Aquele raio verde que era a conjuração do ódio de Voldemort veio rapidamente na direção de Harry, mas para o jovem garoto, foi como se o momento tivesse parado por alguns segundos, e ele pode ver claramente, em sua mente, os belos contornos do rosto de Gina Weasley. Seus cabelos vermelhos balançando com o vento. Sentiu o corpo quente, o coração disparou, e quando o feitiço de Voldemort estava a alguns centímetros de Harry, ele ricocheteou em uma barreira invisível e atingira as portas fechadas do Salão Principal, que explodiram com o impacto.
- Mas o que...? – fez Voldemort.
Deu certo!, pensou Harry. Ele realmente estava protegido pelo amor que sentia por Gina Weasley como Dumbledore lhe dissera naquela manuscrito que ele recebeu do testamento do eis diretor. Como aquilo era possível exatamente, ele não tinha como explicar. Só sabia que, como o amor que sua mãe sentia por ele salvara-o das garras de Voldemort quando ele tinha apenas 1 ano de idade, agora, o amor que ele sentia por Gina Weasley, salvara-o mais uma vez.
- E isso não é tudo Voldemort! – disse ele, agora sabendo que poderia vencer o bruxo das trevas que estava em sua frente. Apontou então sua varinha para o bruxo das trevas mais uma vez, e ainda com a imagem de Gina na cabeça, disse: - Expecto Amor!
O feitiço que Harry também aprendera com Dumbledore no tal manuscrito, correspondia a uma enorme bola vermelha de energia que saíra da varinha de Harry, avançara com velocidade para cima de Voldemort, mas este, reagiu rápido:
- Avada Kedavra!
A maldição de Voldemort e a de Harry se chocaram no ar e, novamente, como acontecera há 3 anos atrás, os feitiços dos dois se uniram em uma fina linha dourada, e outras linhas menores que encheram o salão.
Harry sabia bem o que tinha que fazer naquele instante. Só precisava pensar em Gina, nos seus pais, mortos por Voldemort. Sirius e Dumbledore também... De repente o salão se encheu com uma bela canção que Harry identificou facilmente. Era o canto de Fawkes e ele sentiu seu coração cheio de coragem. A fina linha dourada agora tomava a direção de Voldemort. Mas ele não pareceu nem um pouco desesperado ao ver sua varinha ser tocada por ela. Pelo contrário. Ele parecia não querer resistir. As mortes de Voldemort foram agora agilmente saindo da varinha do bruxo, uma atrás da outra, sem intervalos. O sr. Borgin, o sr. Olivaras, Scrimgeour, pessoas que Harry não conhecia e outras que ele apenas vira os rostos no Profeta Diário como vítimas de Voldemort. Cedrico Diggory caíra então da varinha enquanto o trouxa que Voldemort matara a 3 anos na casa de seus pais começava a aparecer.
- Olá Harry! – cumprimentou-o Cedrico. Mas Harry não tinha tempo para isso. Ele iria ver seus pais novamente em alguns segundos. Berta Jorkins agora acabara de sair da varinha e os cabelos despenteados de Tiago Potter se aproximavam. Depois a sua mãe. Os dois se aproximaram de Harry, enquanto mais pessoas iam deixando a varinha de Voldemort.
- Olá, querido. – disse Lílian para o filho, ao lado de seu marido. – Só queríamos dizer que estamos muito orgulhosos.
- Bom trabalho filho. – disse Thiago, acenando positivamente com a cabeça. Muitas e muitas pessoas agora iam saindo da varinha de Voldemort e todas incentivavam Harry como uma torcida que acompanhava a final de um campeonato do seu time. Quando finalmente o trouxa alto que Harry sabia ser o pai de Voldemort saiu da varinha do bruxo, foi apenas o tempo deste mesmo dizer: “Então, este é o meu filho...” e Voldemort soltou uma inexplicável gargalhada e disse:
- Obrigado por limpar a minha varinha Harry! – e com um forte puxão na varinha, Voldemort encerrou a ligação que havia entre o seu feitiço e o de Harry, rolando no chão para desviar do feitiço que continuava a avançar, e imediatamente lançando mais uma maldição Avada Kedavra para cima de Harry.
- Expecto Amore!- gritou Harry, confuso, ao mesmo tempo que a multidão de pessoas que os rodeavam desapareciam. Mas, por alguma razão que Harry não pode entender no momento, os dois feitiços não se uniram em uma linha fina e dourada novamente. Ao invés disso, eles se ricochetearam destruindo as paredes e a escadaria de mármore, como se suas varinhas não fossem gêmeas.
Harry caiu para trás com o impacto dos dois feitiços e uma densa fumaça encheu o salão de Entrada do castelo de Hogwarts. A varinha de Harry voara para longe e ele tateava as cegas atrás dela, sem conseguir achá-la.
Quando a fumaça finalmente se dissipou, ele não tinha sua varinha em mãos, mas Voldemort agora, estava parado a dois metros de distância dele, com a varinha apontada para o seu peito.
- Estúpido Potter! Achou que eu ficaria no mesmo lugar depois que todos os meus feitiços tivessem sido desfeitos, permitindo que você me matasse? Claro que não... e além de tudo, agora minha varinha está completamente limpa. É como se tivesse sido fabricada neste exato instante. Não haverá mais Priori Incantatem Potter, já que não há mais nada para ser desfeito!
E riu daquele seu jeito maligno. Não era bem um riso de felicidade. Era maldade e talvez um pouco de satisfação.
- Foi por isso que seqüestrei Olivaras. Queria saber como diabos eu fazia para me livrar do efeito das varinhas gêmeas. Agora Potter, você que seria a minha última ameaça, está prestes a morrer! Como se sente? – e riu de novo. – Finalmente terminarei o que comecei 17 anos atrás! O último passo para a minha imortalidade!! Avada...
- Expelliarmus! – ouviu-se a voz de Tonks atrás deles. Com o impacto das maldições de Voldemort e Harry, a porta do Salão de Entrada havia sido obstruída e dos jardins da escola, onde aurores e membros da Ordem duelavam contra os Comensais da Morte, Tonks se sobressaiu e conseguira atingir Voldemort.
- Avada Kedavra! – ouvira-se a voz de McNair lá fora e o corpo de Tonks fora arremessado para dentro do Salão de Entrada, completamente sem vida.
- Tonks, não! – gritou Harry. Ele então saltou para cima da sua varinha que estava caída a dois metros dali. Voldemort tentara fazer o mesmo, mas sua varinha voara para bem mais longe, e quando ele finalmente tinha sua varinha em mãos, Harry já havia conjurado o mesmo feitiço que ele usara antes e a gigantesca bola de energia vermelha estava prestes a atingi-lo, quando a visão de Harry ficou escura e ele caiu no chão, inconsciente.

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