“Ele veio de um outro tempo”
A manhã daquele sábado começou nublada e com muita neve, tudo era branco do lado de fora do castelo, parecia que estava muito frio, mas muitas pessoas não se importavam com isso, pois havias muitas brincando do lado de fora.
Harry havia acabado de acordar com a cabeça latejando de tanto forçar a mente para pensar em Gina, depois dos momentos que vivera na mente de Voldemort no começo da noite, ele se levantou e viu que Rony já não estava mais em sua cama e pensou “Mione!” e riu, mas quando fez isso à cabeça doeu mais ainda, mas nada preocupante, a dor logo iria passar pensou ele.
Ele se lavou e foi em direção à porta do dormitório e abriu-a, havia muitas conversas e todas elas estavam rindo de alguma coisa, ele percebeu que as vozes que estava rindo eram Rony e Mione, mas eram risadas abafadas, parecia que estavam rindo de Gina e pensando nela, ele viu que ela estava na sala comunal discutindo com eles.
“Por que estão discutindo já a esta hora da manhã?” perguntou ele com a mão na cabeça.
“Nada!” exclamou Gina mais que depressa e lançou um olhar para que Rony e Mione não dissessem nada.
“O que houve Harry?” perguntou Mione notando a cara dele.
“Nada! Só um pouco de dor de cabeça” respondeu para tranqüilizar os amigos, mas ele sabia que não adiantava esconder alguma coisa deles, pois logo eles descobririam e não deu outra.
“Qual é Pontas, nós te conhecemos tempo suficiente para sabermos que qualquer coisa que estiver errada com você, pode estar acontecendo algo de muito ruim no resto do mundo cara, anda logo e desembucha” retrucou Rony.
Ele riu com gosto disso, mas ao fazer isso a dor pareceu aumentar de tal forma que ele teve que se ajoelhar no chão, fazendo com todos viessem em seu axilio.
“Harry, você esta bem amor?” perguntou Gina ajudando ele a se sentar na poltrona mais próxima.
“Você não pretende morrer agora né cara? Você ainda nem falou para mamãe e papai que você pediu a Gina em casamento e se morrer antes disso...” começou Rony brincando, mas levou uma cotovelada de Mione que fez com que o ruivo se sentasse ao lado do amigo esfregando a costela.
“Rony! Não seja idiota!” falaram Gina e Mione juntas.
“Hei! Será que vocês poderiam parar de brigar só um momento” pediu Harry.
“Ai desculpe amor” falou Gina carinhosamente.
“Tudo bem Gina! Eu estou bem, serio” falou ele.
“Tem certeza amor, você não parece muito bem” falou ela novamente.
“Olha gente, sei que vocês estão preocupados comigo, mas não precisam, serio, eu estou bem, só não tive uma noite boa e se nós continuarmos aqui, iremos perder o café e eu estou morrendo de fome” e se levantou saindo com os outros em seu encalço.
Ele passou o resto da manhã explicando aos amigos o que ele havia sonhado na noite anterior, nem mesmo a parte em que Voldemort dissera que o filho dele estava em Hogwarts.
“Mas como ele disse isso Harry? Afinal você não tem filhos ou tem?” perguntou Mione.
“Não que eu me lembre Mione e Gina não esta grávida” ele afirmou olhando para ela.
“É claro que não, minhas menstruações estão em dia” falou ela em tom de alivio.
“Então como ele sabe que você tem um filho, se nem mesmo você sabe cara” colocou Rony.
“Eu acho que Voldemort esta ficando maluco, quero dizer mais maluco ainda” falou Mione.
“Eu também achei isso no começo Mione, mas depois me ocorreu uma idéia que no inicio me pareceu meio maluca, mas era a única que me parecia boa” falou ele pensando e olhando para o relógio.
“E qual é more?” perguntou Gina ficando curiosa.
“Depois eu falo, agora eu e a Gina temos que ir falar com o professor Dumbledore, afinal ele já esta nos esperando, mas depois que nós voltarmos eu conto para vocês a minha idéia” falou ele saindo com Gina pelo buraco do retrato da mulher gorda.
Eles caminharam até a gárgula de pedra que escondia a sala do diretor e quando pararam na frente dela, se lembraram que não sabiam a senha, mas felizmente o diretor apareceu logo após eles chegarem.
“Vejo que são pontuais, mas não nos demoremos mais aqui, afinal esta tarde será muito importante para vocês, vamos” e dizendo isso Dumbledore se voltou para a gárgula e disse “Torrões de Açúcar” e a gárgula se moveu para o lado exibindo uma bela escada por onde eles subiram e entraram no escritório.
O lugar estava do mesmo jeito que Harry vira no ano anterior, quando esteve ali com Dumbledore após a luta no ministério em que ele perderá o padrinho e viu que também tudo estava no devido lugar, pois afinal ele havia destruído mais da metade do escritório do diretor em sua fúria de entender a morte de Sirius.
“Bom meus caros, devo dizer que estou impressionado com vocês, sabe, nunca esperei que aquilo que vocês fizeram ali na frente de todo o grande salão fosse acontecer de novo” disse Dumbledore se sentando em sua confortável cadeira, atrás da escrivaninha, enquanto Harry e Gina se sentavam a sua frente.
“Quer dizer que outras pessoas fizeram isso professor?” perguntou Gina surpresa.
“Devo dizer que sim Srta. Weasley, Harry não é o primeiro moreno a pedir a mão de certa ruiva em casamento diante de todo o castelo, só que havia duas diferenças daquele casal para vocês, primeiro, que o moreno tinha olhos azuis e a ruiva tinha olhos verdes e segunda diferença é que quem os via no castelo, não dizia que aquilo um dia chegaria a acontecer, afinal eles eram como cães e gatos” ele piscou um olhou azul vivo por trás dos óculos de meia-lua, quando terminou de falar.
“Quer dizer que o meu pai fez a mesma coisa com a minha mãe?” perguntou Harry incrédulo.
“Fez Harry! Eles começaram a namorar no sétimo ano, mas devido a uma inimiga de sua mãe que queria muito namorar seu pai, o namoro deles não durou muito, mas Tiago nunca desistiu de reconquistar Lillian e um dia ele a agarrou no meio do grande salão e a arrastou até a frente da mesa dos professores e do mesmo jeito que você, pediu a mão dela em casamento e ela aceitou na hora, pois viu que nada que dissessem sobre ele eram verdades, pelo menos as mentiras, pois afinal ele a amava o suficiente para pedi-la em casamento na frente de toda a escola” terminou o diretor novamente.
Harry estava muito feliz agora, nunca ouvira de ninguém como seu pai havia conseguido conquistar sua mãe, mas sabendo o que ele havia feito, Harry se sentiu renovado quanto a seu pai e sua mãe, afinal eles realmente se amavam, o que ele nunca duvidará.
“Viu amor, seus pais se amavam tanto quanto nós!” exclamou Gina se virando para Harry, que sorriu e lhe deu um beijo.
“Devo dizer que não Srta. Weasley!” falou Dumbledore.
“Como assim professor?” exasperou-se Harry.
“Devo dizer que nunca ouve em Hogwarts, desde o seu dia de fundação, nunca ouve uma casal tão apaixonado como vocês, nem mesmo os pais dos dois foram assim, claro que eles se amavam, mas não como vocês, por que o amor de vocês é um novo amor, mas um amor que brotou em seus corações desde o dia em que se viram pela primeira vez na plataforma de embarque para a escola, mas que ficou escondido no fundo de seus corações, até que estivesse pronto para se libertar, e era obvio que vocês ficariam juntos assim como seus pais e mães” ele falou isso com um imenso sorriso no rosto.
Harry e Gina sorriam um para o outro enquanto Dumbledore dizia aquilo.
“E devo dizer também que não a melhor hora para alguém se apaixonar quanto no meio de uma guerra, quero dizer, pois se duas pessoas conseguem se apaixonar e se amar do jeito que vocês se amam, principalmente por que vocês dois são os principais envolvidos neste conflito” disse ele.
“Como assim?” perguntou Gina.
“Quero dizer Srta. Weasley que vocês se apaixonaram no meio de uma das maiores guerras que este mundo já viu e do jeito que vocês estão juntos, isso dá uma confiança maior para os outros bruxos continuarem a viver suas vidas normalmente, apesar de tudo que está acontecendo, pois muitos desses bruxos acreditam que Harry é o único que pode derrotar Lorde Voldemort, o que é verdade, e como vêem que ele esta vivendo a vida dele normalmente, também iram seguir as suas” disse ele.
Harry pensou profundamente nas coisas que Dumbledore estava dizendo e também pensava se ele não estava sendo um pouco irresponsável por ainda não ter dado um fim a guerra, afinal ele era o único que podia destruir Voldemort e não estava fazendo nada para descobrir onde seu inimigo estava e se sentia mais culpado ainda, pois de alguns dias para cá, muitas mortes recomeçaram a acontecer e ele tinha o poder de entrar na mente de Voldemort, porém não o fazia, ele era o culpado de todas aquelas mortes, por não estar fazendo nada para impedir Voldemort.
Dumbledore parecia estar lendo a mente de Harry, pois logo disse.
“Não se preocupe Harry, a culpa não é sua, você é jovem, esta fazendo o que os jovens fazem se divertir e faz de você uma pessoa normal, uma pessoa que você sempre quis ser não é?” Dumbledore sorriu por trás da escravainha.
“Mas professor, eu sou o único que pode vencê-lo e eu posso descobrir rapidamente onde ele está, mas ainda não o fiz” disse Harry, mas foi interrompido por Dumbledore que recomeçou.
“E isso é uma vantagem nossa sobre ele, mas ela deve ser usada na hora certa, meu amigo, mas ainda não é a hora, pois se for atrás dele, só ira conseguir a derrota, por isso eu o chamei aqui hoje, pois nós temos um visitante muito ilustre em nosso castelo desde o inicio do ano” falou ele.
“Quem é professor?” perguntou Gina.
“Na hora certa vocês saberam, mas não poderá passar desta noite, pois o que ele dirá a vocês poderá mudar o destino desta guerra, tenho que fazer uma pequena introdução sobre o que ele vai falar, pois tudo será novo para vocês, mas peço que não me perguntem coisas enquanto ele falar, pois eu não saberei responder” falou Dumbledore muito sério e Harry e Gina prestavam atenção em cada palavra que ele dizia.
“O que ele dirá professor, pois o senhor parece tenso e eu nunca o vi assim” falou Harry, vendo que Dumbledore suava um pouco.
“Você se lembra de quando estava em seu terceiro ano aqui na escola Harry, em que você e a Srta. Granger tiveram que voltar no tempo para salvar Sirius e Bicuço?”
“Claro que sim professor, mas o que isso tem a ver?” perguntou ele.
“Eu disse a vocês que não deveriam ser vistos por ninguém, pois arriscariam mudar o tempo, nunca devemos mudar o tempo a não ser que o futuro seja terrível” ele parecia cada vez mais tenso.
“Tudo bem professor?” perguntou Gina.
“Claro! É que não sei como contar a vocês o que iram ouvir de nosso amigo, pois ele dirá coisas que jamais deveriam ser ditas...” Dumbledore foi interrompido por Harry que disse.
“Ele é de um outro tempo não é professor?” falou serio.
Gina olhava de Dumbledore para Harry que se encaravam com as mesmas caras calmas e tranqüilas agora, como se aquela conversa tivesse apenas começado.
Depois de minutos de silencio, os dois Bruxos sorriram e Dumbledore falou.
“Vejo que não se conteve Harry, parece que meu desconforto baixou a guarda em minha mente e você pode entrar nela, mas foi só isso que você viu?” perguntou ele sorrindo.
“Harry!” exclamou Gina parecendo indignada.
“O que?” perguntou o garoto.
“Você não pode ficar entrando na mente das pessoas assim deste jeito e...”, mas foi interrompida por Dumbledore.
“Calma Srta. Weasley, não há problema nisso, alias ele me poupou um pouco do trabalho que era para contar a vocês que o nosso visitante realmente veio do futuro, ele chegou no dia primeiro de setembro e disse que tinha que falar com vocês, me contou tudo que aconteceu no futuro, mas quem deve contar isso a vocês é ele mesmo, portanto, se vocês me derem licença eu vou buscá-lo” e levantando-se da cadeira, foi a até a porta e saiu deixando Harry e Gina sozinhos.
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